Vou dar uma lambida rápida. Se é que isto é possível.
Tá na cara que o tio Sérgio adora a banda! E a coleciona até certo período. Não adentrei os anos 1980, acho. É assim mesmo: o gosto estabelece os limites.
Todos sabem que os grandes artistas ultrapassam a “metragem do tempo”.
Aliás, curiosamente, para um evento cultural que se pode considerar efêmero, as grandes bandas de ROCK tornaram-se mais, muito mais longevas do que se suporia, não é mesmo?
Busquei a gênese do DEEP PURPLE em meados dos anos 1960. JON LORD, um mago dos teclados e influente na história do rock além do reconhecido, tocou na talvez melhor banda BEAT inglesa de todos os tempos, tecnicamente falando: ARTWODS!
A banda foi criada e liderada por ART WOOD, irmão de RON WOOD, guitarrista dos ROLLING STONES. E lá estavam JON LORD; mais DEREK GRIFFITHS, guitarrista; e MALCOLN POOL, contrabaixo, que se tornaram músicos craques nos estúdios; e o mega-baterista KEEF HARTLEY, de carreira intensa. Procure ouvi-los. Eles punham a concorrência no chinelo!
A fase PSICODÉLICA do DEEP PURPLE, no final dos anos 1960 é muito boa, também. Um excelente compacto ( single ) deles foi lançado no Brasil, em 1968: HUSH!. Eu tive.
Porém, na opinião de LORD, RICHIE BLACKMORE e IAN PACE, não rolaria para o que estava se anunciando: música elétrica, pesada, HARD ROCK, e o ROCK PROGRESSIVO. E testaram IAN GILLAN e ROGER GLOVER, para o lugar de NICK SIMPER, baixo e ROD EVANS, vocal. E da ruptura surgiram o WARHORSE – xiiiiiiiiii, esqueci de incluir na foto! – e o CAPTAIN BEYOND, duas bandas excepcionais.
A vida seguiu, o DEEP PURPLE de 1970 a1976 foi glória absoluta! Discos clássicos, como IN ROCK, FIREBALL, WHO DO WE THINK WE ARE, MACHINE HEAD, e a sequência de álbuns ao vivo, entre os melhores da história do rock.
Os LONG PLAYS seguintes com GLEN HUGHES, e sua voz de cantor de R&B, recrutado no TRAPEZE; e DAVE COVERDALE, claro, do WHITESNAKE, formam discografia imprescindível para quem gosta de HARD-ROCK-PROGRESSIVO instilado por gotinhas de HEAVY METAL e tudo o que importa dos anos 1980 em diante.
Eles permanecem. Formam uma empresa que agrega quem esteve e ainda está em atividade. Cuidam do acervo histórico, trouxeram um guitarrista excepcional, STEVE MORSE, provindo do grupo country progressivo americano DIXIE DREGS, para o lugar de BLACKMORE. E o experiente e histórico DON AIREY, para os teclados.
Infelizmente, JON LORD nos deixou por outras galáxias. e RITCHIE BLACKMORE segue carreira solo. Mas, continuam em frente, de geração em geração. Viraram instituição. E com toda a razão – para cunhar rima vulgar, porém exata e justa.
Tio Sérgio foi vencido ainda nos anos 1970, e parou de compra-los. Mas, continua os acompanhando e gosta muito até hoje!
E acho que todos devem concordar: PERFECT STRANGER é uma grande música! Digna dos clássicos atemporais dos anos 1970!!!
E aqui estão os discos que tenho, honrosamente, em minha discoteca!
Don´t you?
