Há gente com enorme e reconhecido talento, mas que não consegue transcender em carreira solo o que produziu no grupo de origem.
Alguns casos de ícones óbvios: FREDDIE MERCURY sem o QUEEN; MICK JAGGER fora dos STONES; IAN ANDERSON, à parte o JETHRO TULL.
GARY BROOKER teve criativa, longeva e bem sucedida carreira com o PROCOL HARUM.
Mas, quando o ROCK PROGRESSIVO decaiu, gravou três discos medianos, com boas faixas pontuais, na década de 1980.
Claro, trouxe amigos para participar. Artistas como ERIC CLAPTON – de quem era íntimo -, GEORGE HARRISON, PHIL COLLINS, entre diversos, o que aumentou o interesse do público, e tornou os discos objetos de coleção.
GARY BROOKER sempre foi um grande cantor de “RHYTHM’ N’ BLUES”, e BLACK MUSIC, em geral. O que o tornou um vocalista diferenciado no campo do ROCK PROGRESSIVO.
Seus discos solo são bem distintos do que ele fez em grupo. E a sua fantástica e reconhecida voz SOUL / BLUESY nos discos solo permanece firme e intacta!
BROOKER convidou, também, outros letristas no lugar de KEITH REID, o “poeta responsável pelos textos” no PROCOL HARUM.
Álbuns solo impõem responsabilidade total ao artista.
Expondo, inclusive, seu limite de criatividade. As escolhas de instrumentos, arranjos, e outras atitudes profissionais antes tomadas conjuntamente, tendem a se limitar ao artista e ao produtor.
Talvez a imensa identificação de cada um deles com seus grupos originais, os tenham impedido de criar além e melhor do que haviam feito. O condicionamento reforça o bloqueio criativo.
E há, também, a dificuldade em selecionar os repertórios na composição dos SET LISTS para shows, em caso de poucos discos individuais lançados.
E foi o quê aconteceu a esses três grandes artistas.
Lançar disco solo é outro papo.
Talvez?
