Gostei muito da nova mixagem feita por GILES MARTIN, filho de GEORGE MARTIN, que produziu originalmente o disco, em 1968.
O espaço entre os instrumentos, o recorte, a intenção dos artistas, e a nitidez sonora deram vida nova ao disco que, para o meu gosto, ainda é obra menor na discografia dos BEATLES.
Mesmo assim, é obra perfeitamente identificável com a PSICODELIA , naquela época já no entardecer, mas em transição para o ROCK PROGRESSIVO.
É bom notar que o WHITE ALBUM é o sucessor temporal, mas não estilístico, do SGT PEPPERS. Este, sim, um marco do ROCK PSICODÉLICO e, para muitos, o melhor disco POP todos os tempos.
Observem, também, que naqueles tempos já havia obras mais avançadas em experimentação, como THE PIPER AT THE GATES OF DAWN, ou A SAUCERFULL OF SECRETS, ambos do PINK FLOYD E outros diversos trazendo novidades, incluindo o CREAM, HENDRIX, MOODY BLUES, PROCOL HARUM, JEFFERSON AIRPLANE, e algum etc…
Em todos há propostas sonoras e artísticas além do que fizeram os BEATLES no WHITE ALBUM.
O disco é agradável. No entanto, para quem estava em luta para manter a hegemonia da VANGUARDA POP, soa como estático para os standards no primeiro time.
Seja como for, a reconstrução melhorou muito o disco original, e é legal de se ter na coleção.
Não percam!
postagem original: 16/02/2019
