Eu chamo de COLEÇÃO uma discoteca específica bem formada, variada, mas constantemente ampliada onde, por tabela se vai adicionando outros discos dos mesmos artistas; ou de certa tendência, ou motivos, escolhidos para serem colecionados.
Em resumo, coleção ou coleções é, ou são DISCOTECAS DENTRO DE OUTRA MAIOR.
Os discos aqui são partes de COLEÇÕES. Eu tenho outros dos caras e bandas apresentados, e pretendo conseguir tudo o que fizeram.
É assim que prefiro, faço aos poucos e me divirto!
1) Acima, à esquerda, um dupla CULT conhecidíssima durante a década de 1960, e avançando em direção aos 1990; e talvez mais…
Um casal, JACKIE CAIN AND ROY KRALL, ela cantora e ele pianista, se juntaram durante atividades profissionais na década de 1950. Gravaram intensamente no lusco – fusco integrador entre um POP SOFISTICADO e o francamente JAZZÍSTICO, em sua melhor acepção.
Este álbum é um achado. Está entre o ROCK PROGRESSIVO E O JAZZ FUSION. Está meio fora do espectro criativo deles, mas é a cara daqueles tempos mutantes e nada translúcidos.
“A WILDER ALIAS” funciona bem para quem gosta dos MANHATAN TRANSFER, mas curte mesmo o RETURN TO FOREVER e o WEATHER REPORT.
2) OREGON é grupo americano, mas de perfil inteiramente europeu, formado na UNIVERSIDADE DO OREGON – hummmm…
Os músicos são Intelectuais, estudiosos, e cultores de FUSION totalmente original. São tão diferenciados que acabaram gravando muito na ECM, a CULT e indispensável gravadora alemã.
“DISTANT HILL” é disco obrigatório em qualquer DISCOTECA sofisticada!!
3) JANIS SIEGEL & FRED HERSCH. Vocal e piano em repertório ultra moderno com o retrogosto da mais clássica e artística CANÇÃO PÓPULAR AMERICANA. Mas no fundo é abertura para o imortal em JAZZ.
Absoluto!
4) PATRICIA BARBER – “MYTOLOGIES”. Funciona, assim: ela é cantora excelente e pianista múltipla; é feminista e gay convicta, e milita musicalmente nos escaninhos do “não óbvio”.
A moça vai de excelentes performances em nightclubs, no clássico piano, baixo, vocal e bateria; e se expande aos limites do JAZZ FUSION, QUASE ROCK, como nesse disco.
É para quem gosta de guitarras distorcidas e outros fragmentos de dubiedade.
Para a turma do ROCK “não é permitido não conhecer o disco aqui postado”. Vai lá. Não duvide do tio SÉRGIO…
PATRICIA é o desafio!
5) JOHN MAYALL & ALLEN TOUSSAINT – “NOTICE TO APPEAR”, lá por 1973.
É tão simples assim: a maior figura do BLUES INGLÊS em conluio ( conúbio? ) artístico com um dos maiores do R&B americano.
Resumo: redefinição do R&B em BLUES dançante e elegante ao extremo. Eu danço, tu danças, eles e nós dançamos. Não é pouco e não veio tarde. Procurem por aí! Já!
6) Um box de JAZZ da gravadora francesa VOGUE. É o JAZZ MODERNO redefinido na EUROPA. É descritível, sim; muita gente conhecida, mas vá atrás. Um monumento CULT aos prazeres de ouvir.
7) IAN CARR & NUCLEUS: JAZZ VANGUARDA em estado da arte feito na INGLATERRA, na década de 1960. JÁ escrevi sobre eles… Procurem. Não é para todos os gostos, mas TIO SÉRGIO gosta, e muito!
8) SADAO WATANABE, CHICK COREA, MIROSLAV VITOUS, JACK DE JOHNETTE: “ROUND TRIP,” gravado em 1974.
JAZZ VANGUARDA PÓS FREE, gravado na VANGUARD RECORDS. Bagunça organizada por artistas hoje consagrados, mas muito jovens quando fizeram…
Reservo-me o direito de inquirir vocês. Virem-se. Traduzam o que perceberam!
9) CARLA BLEY : ESCALATOR OVER THE HILL. Lá por 1971. A vanguarda inglesa aliada à grande maestrina e pianista em obra transcendental. Quase todo mundo que importava na Inglaterra está nesse álbum.
Saiam atrás, salvem e curtam!
10) CHARLIE PARKER: YARDBIRD SUÍTE: O que dizer? imprescindível! Comecem por este para invadir universos distantes…
Falei! Vocês digam!
POSTAGEM ORIGINAL 05/04/2017
