DAVID BOWIE, BEATLES e RIHANNA, A DISCOGRAFIA PERTINENTE PARA O FILME “LUCY IN THE SKY”, 2021

“LUCY IN THE SKY” , é um filme profundo dirigido por NOAH HAWLEY, COM NATALIE PORTMAN & JON HAMM, 2021.
LUCY COLA é astronauta. E isto significa disciplina, inteligência acima do normal, determinação, lógica, autocontrole, coragem; e um acúmulo estruturado de informações, conhecimentos científicos e tecnológicos.
E tudo isso para “sair da TERRA”:
Eis a tórrida e definitiva observação do MAJOR TOM, o astronauta depressivo, personagem criado por DAVID BOWIE em seu primeiro clássico, “SPACE ODDITY,” gravado em 1969:
MAJOR TOM diz para o CONTROLE DE TERRA que “THE PLANET EARTH IS BLUE, AND THERE´S NOTHING I CAN DO!!!”. Não,😒 queridões, queridonas, e queridexes, TIO SÉRGIO não vai traduzir…
Assistam ao filme.
É inquietante, inteligente e filosoficamente demolidor, como deveria ser; concordo eu, agnóstico relutante que sou, mesmo rezando todas as noites.
A questão é: de um ser humano treinado, recheado de álgebra, condicionado a responder com a eficácia de um robô às circunstâncias que humanos não conseguiriam, espera-se respostas e decisões excepcionais?
Definitivamente, talvez;
LUCY – oi, pessoal, apresento-lhes uma NATALIE PORTMAN em grande performance interpretativa, em meio a elenco adequado e afiado. Pois, bem; LUCY fez viagem espacial, é da elite da NASA, e ficou encantada com o que viu lá de cima…Mas, retorna à sua vida aqui na terra; tem marido e filha, e… dá de cara com o cotidiano.
Não foi um choque óbvio, mediano, trivial. E, sim, uma verdadeira desconstrução do “EU”.
As perguntas e possíveis respostas se transportaram para dentro, e não para fora dela, como ela mesma esperaria…
Afinal, aquela “dimensão incomensurável”, que todos observamos daqui da Terra, repleta de luzes de estrelas emitidas milhões, sei lá, ( bilhões? ) de anos atrás, e talvez provindas de corpos que não existam mais; não são assimiláveis, e menos ainda traduzíveis às dimensões humanas. Mesmo para superdotada como ela.
Pessoas vivem até 70/90 anos, se superestimamos o prazo para o “countdown” rumo à extinção de cada um de nós…É muito pouco frente ao Universo!
Resumindo, como lidar com o vazio imenso e a nossa insignificância em relação ao “INFINITO”? Foi o que LUCY sentiu.
Então, como e por que estar metido nisso, se todos somos segmentos de retas; frutos, em geral, da ejaculação de um homem em uma mulher, num momento de prazer – ou não?
Vamos viver tão pouco e seremos interrompidos… Em viagens rumo ao desconhecido, se encontrará “nada” por distâncias que podem ultrapassar vidas e vidas? Centenas, milhares de anos… para chegar a … algo.
Devemos concordar: com a tecnologia disponível, defrontar-se com isso é um monumento à frustração. E nem a expectativa de ser filho de um DEUS criador e mitigador de sofrimentos está no aprendizado de um astronauta!
Então, como aguentar o retorno para dentro de si mesmo?
LUCY COLA pirou porque precisava, no mínimo, identificar um propósito para perceber-se “gente”. E tentou. Mas, isso deixo para vocês concluírem quando assistirem ao filme.
O médico da famosa série,”Dr. HOUSE”, em rara discussão com uma paciente, ouve dela que “Se Deus não existe, a vida não faz sentido”. E responde: “A vida não faz sentido se não tiver um propósito”! E é aí que os problemas começam.
De BOWIE voltamos aos BEATLES, 1967.
“LUCY IN THE SKY WITH DIAMONDS” é um clássico alternativo e cult do ROCK. A letra é totalmente lisérgica e surrealista. E melodia e harmonia são ricas e bem trabalhadas.
Mas, a viagem interior através das drogas também contempla a mente expandida em direção ao Universo. Os diamantes, metáforas para estrelas, refletem a imaginação sobre algo parcialmente visível, mas de grandeza e riquezas inimagináveis.
Estão aí os telescópios, as novas tecnologias e as descobertas assombrando crédulos e agnósticos; céticos e nefelibatas.
A viagem que faz RIHANNA é terrena, palpável, enamorada, e mostra um bom propósito para continuar vivo: amar. Mesmo que o eterno seja breve.
Em DIAMONDS, 2012, seu clássico POP instantâneo, ela identifica a pessoa que está com ELA como “BEAUTIFUL LIKE DIAMONDS IN THE SKY. A música belíssima foi produzida por “STARGATE”. Aliás, nome mais significativo é difícil imaginar…
Através de RIHANNA, eu compreendi melhor os BEATLES…
Pois, é! A viagem de LUCY COLA refletiu a inquietação de DAVID BOWIE, a ousadia de JOHN LENNON e o romantismo de RIHANNA.
E, também, a imaginação de bilhões de terráqueos – e talvez de habitantes de outras galáxias.
Mas…
POSTAGEM ORIGINAL: 06/05/2023
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