JACKIE CAIN & ROY KRALL: DUPLA VOCAL ESPETACULAR!

Mas como é possível, TIO SÉRGIO, você ter apenas três discos de JACKIE & ROY?
Você passou a vida juntando “rodinhas pretas e prateadas”; os conhecia há meio século porque houve disco deles lançado por aqui, e não fez nada?
Pois bem; Paciência! Eles formam dupla vocal de alto nível. E ROY é, também, ótimo pianista.
Em 56 anos de carreira, gravaram perto de 40 discos. Foram dos bares de JAZZ, à BROADWAY; aos BEATLES; passaram por TOM JOBIM e muita BOSSA NOVA. Fizeram percurso do “JAZZ POPIFICADO” ao POP JAZZIFICADO” – se me entendem… Cruzaram todas as tendências JAZÍSTICAS modernas, e da GRANDE CANÇÃO AMERICANA, também. Fizeram até disco FUSION espetacular “A WILDER ALIAS”, DE 1973!
JACKIE & ROY cantam muito! Têm repertório eclético, selecionado, e de bom gosto; desenvolveram técnica musical refinada; e gravaram com diversos craques da música popular contemporânea.
Ouvi no YOUTUBE outro disco sensacional: “SONG OF DORY & ANDRÉ PREVIN”: ela cantora; e casada com o famoso pianista e compositor. As versões feitas por JACKIE & ROY são espetaculares! Eu gostaria de conseguir um CD.
Pois é! Precisou o Rene Ferri e seu gosto refinado; e conhecimento enciclopédico mostrar vários vinis pra turma, para eu, mesmo chegando tarde, olhar mais atentamente esse duo imperdível!
Mea culpa; Mea maxima culpa! Pô, Ayrton Mugnaini Jr. !Cadê a revisão do meu latim latido feito vira-latas?
Os dois, marido e mulher, sempre estiveram muito próximos ao JAZZ, como ELLA, BILLIE, DINAH, SARAH, BENNETT, SINATRA e a geração deles todos. Deleite memorável! E de WHISKY, também…
ROY & JACKIE começaram em 1946. Gravaram pela primeira vez em 1955, e prosseguiram até a morte de ROY KRALL, em 2002.
JACKIE, loira voluptuosa e excelente cantora, só foi para o CELESTIAL CLUBE DOS ARTISTAS”, em 2014, aos 86 anos. Sobreviveu muito bem! Que ótimo!
Mas, quero comentar “THE WILDER ALIAS”, de 1973. O time que os acompanha é vindima de safra superior. HUBERT LAWS e JOE FARREL nos metais, STEVE GADD, na bateria, entre vários e consistentes músicos.
A direção é de DON SEBESKY; orquestrador envolvido em quase tudo! Nos estúdios operavam RUDY VAN GELDER e CREED TAYLOR. Tá bom assim? Um álbum um tanto fora do esperado, convenhamos! Porém, totalmente contemporâneo, e dentro de amplo contexto, quando foi gravado.
Será que nos lembra o “RETURN TO FOREVER”, na fase com FLORA PURIN cantando? Expõe, inclusive, um travo do que TOM JOBIM E BANDA fizeram no final de carreira. Para completar, esta edição é japonesa e da gravadora a cult CTI. É FUSION da melhor cepa!
Então, pessoal, procurem conhecer. E não percam outros discos desses dois. Percam-se neles!
RESENHAS MUSICAIS: 11/08/2023
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