O SMALL FACES tem o status do THE WHO junto à imprensa inglesa e aos colecionadores em geral.
São ícones!
As duas bandas eram vizinhas, em bairros próximos, e competiam enquanto a “cultura” “MOD” esteve no auge, em meados dos 1960. Depois, confluíram; e tornaram-se amigos.
Muitos daqueles tempos fizeram a mesma trajetória, e saíram do BEAT para o ROCK PSICODÉLICO. THE WHO foi mais longe, e adentrou um pouco ao PROGRESSIVO.
O SMALL FACES também foi um serpentário do ROCK. Cobras criadas, criativas e criadoras, como RONNIE LANE, STEVE MARRIOTT e KENNY JONES estiveram por lá…
Gravaram muitos SINGLES de sucesso, e LPS menos vistosos, porém interessantes. Os discos originais valem uma baba, porque bons e relativamente poucos.
De seu período áureo, entre 1965 e 1968, três compactos foram lançados no BRASIL: o cult e imprescindível “ITCHCOO PARK”, PSICODELIA INGLESA de alto nível; “HERE COMES THE NICE” e “LAZY SUNDAY”, na mesma direção, porém menos inspirados. Apesar do sucesso na Inglaterra, no Brasil jamais aconteceram…
Deles, muitos sabem que o espetacular vocalista e guitarrista STEVE MARRIOTT saiu para o HUMBLE PIE, onde fez dupla cintilante com PETER FRAMPTON.
Mas, na banda permaneceram o baixista RONNIE LANE e o tecladista IAN McLAGAN. Juntos, fizeram a sequência para o “apenas” FACES. Quando atraíram a bordo dois ex-membros do JEFF BECK GROUP: o já famoso cantor ROD STEWART, que deu o gingado “WHITE” SOUL que faltava. E o guitarrista RON WOOD, futuro e definitivo ROLLING STONE.
Em nova configuração, a sonoridade do grupo foi renovada. Fiicou mais pesada. Entre 1969 e 1975, o FACES gravou diversos discos de HARD ROCK / R&B bem legais, e com grande sucesso!
Mas, a banda começou a decair após ROD STEWART focar cada vez mais em sua espetacular e ascendente carreira solo.
E, naufragou pra valer em 1975, com a saída de RON WOOD, que tornou-se e mantem-se parte dos ROLLING STONES há décadas.
Talvez a maior aproximação entre o SMALL FACES e THE WHO, tenha facilitado outros projetos. Com a morte de KEITH MOON, em 1978, o baterista KENNY JONES juntou -se ao THE WHO.
E há um disco cult e colecionável, gravado por PETER TOWNSHEND e RONNIE LANE, em 1977, chamado ROUGH MIX.
Bons amigos, excelentes negócios….
Os discos aqui postados formam o artefato mais colecionável e cult da banda. O projeto gráfico original de OGDENS NUT GONE FLAKE, 1968, é o fino!
São dois LONG PLAYS, acondicionados em capa totalmente redonda, com muitos encartes; e que certamente inspirou o design do “E PLURIBUS FUNK”, o disco da moeda gravado pelo GRANDFUNK, 1971.
OGDENS é exemplo cult do ROCK PSICODÉLICO INGLÊS.
E, claro, é raro e precioso!
A minha edição, em três C.Ds, emula o LP original. Está em caixinha de madeira do tipo usada no brasileiríssimo “queijo Catupiri”. É muito bonita; e difícil de encontrar, hoje em dia…
Tão vibrantes quanto THE WHO, o SMALL FACES merece audição mais atenta. Eu acho banda ótima!
Os SINGLES, principalmente, são excelentes! E a voz única e “WHITE” SOUL de STEVE MARRIOTT teve seguidores notáveis, como MICK HUCKNALL, do SIMPLY RED; e GLEHN HOUGHES, ex – TRAPEZE, DEEP PURPLE e desenvolvedor de carreira solo reconhecida.
SMALL FACES eu recomendo de olhos fechados – mas sorriso e ouvidos abertos!
