Nos dias de hoje, ninguém está infenso de ser visto, fotografado e flagrado, por causa do imenso arsenal “pró fuxicos” à disposição de todos; há celulares, fotografias, câmaras de vigilância e o vasto etc… que nos assegura e, ao mesmo tempo nos expõem perante o mundo.
Em outros tempos, certos fatos ou histórias poderiam passar batidos, se não houvessem testemunhas e, mais importante, comprovação do que aconteceu.
TIO SÉRGIO trouxe para vocês historinha verdadeira, comprovada, envolvendo em tempos pretéritos os dois grandes ícones. Ela é significativa para entender que o somos: mulheres e homens profissionais, ou não; mas gente comum. Todos tiramos melecas do nariz, e nem sempre estamos atentos ao “hipotético, ou potencial”, que pode nos surpreender feito avalanche!
HUGH FLINT, bom baterista que esteve no fundamental “JOHN MAYALL featuring ERIC CLAPTON”, lançado em 1965, contou para a revista RECORD COLLECTOR o seguinte fato:
Em meados de maio de 1965, BOB DYLAN estava na Inglaterra com a “entourage”, acompanhado por ALBERT HAMMOND, seu empresário; e TOM WILSON, um mago engenheiro de som que “criou” o FOLK ROCK eletrificando a FOLK MUSIC.
BOB DYLAN era artista ainda não famoso, mas em ascensão; e assistiu na TV INGLESA a uma performance de JOHN MAYALL´S BLUESBREAKERS, e ficou fascinado! Empresários acertaram que MAYALL e banda acompanhariam DYLAN – o que era muito comum com músicos vindos da América. E marcaram uma gravação conjunta.
Em 12 de maio de 1965, foram para o estúdio. ERIC CLAPTON, recém chegado à banda, era o único que “ouvira falar de DYLAN”. MICK FLEETWOOD, FLINT e MAYALL, não sabiam dele. Todos eram do BLUES, e não do FOLK. Mas, trabalho é trabalho, então… BOB DYLAN entrou no estúdio, apresentou-se, e disse para quem estivesse á juntar-se à “festa” com a sua turma … Havia vinhos de montão…
Muito tempo depois, DYLAN entrou no estúdio, e disse: “Vocês me acompanham”… Sentou-se ao piano e começou a tocar… A banda, nem reagiu… Ele reclamou, “e aí, pessoal”? E foi quando HUGH FLINT observou meio ironicamente, que talvez DYLAN nunca tivesse tocado com um GRUPO; e perguntou em que “tom seria”; pediu contagem ( 1,2,3,… ) para todos entrarem no tempo correto … Tudo óbvio. DYLAN disse que não precisava, que bastava acompanhá-lo…. Tentaram; e foi fracasso total. DYLAN interrompeu a sessão furioso, e abandonou tudo…
Bem, mas foi verdade, TIO SÉRGIO? Foi. HUGH FLINT conseguiu e guardou os “TAPES” da gravação. A ironia se consumou rapidamente: entre 15 de junho e 01 de agosto de 1965, DYLAN gravou o clássico absoluto e seminal “HIGHWAY 61 REVISITED”, onde está “LIKE A ROLLING STONE”, pedra fundamental da modernidade, a música que revolucionou a música popular moderna… DYLAN é PRÊMIO NOBEL DE LITERATURA, jamais esqueçam.
Hoje, todos são fãs de DYLAN, e o “COULSON, McGUINESS & FLINT” lançou, em 1972, um disco todo só com músicas de BOB DYLAN. O MANFRED MANN gravou, na década de 1960, várias composições do bardo, que sempre os considerou a banda que mais bem o representava no POP.
POSTAGEM ORIGINAL: 27/03/2025

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