PUB ROCK: ISTO AQUI É ROCK’N’ROLL!

Em 1976, o PUNK espalhou – se pelo ROCK, e a imprensa e os relações públicas os venderam como iconoclastia radical “contra tudo aquilo que estava ali “; uma rebeldia inédita em busca pelo “LOW-FI” – o basicão mal acabado.
Um contraste às grandes bandas, à turma do PROGRESSIVO, e ao POP bobinho de sempre – todos desertores e traidores do verdadeiro ROCK ‘ N ‘ ROLL, na opinião de muita gente.
Os PUNKS foram ou tentaram ser tudo isso. Mas como a vida ensina, o buraco pode ser outro, mais específico, e de características híbridas. É bom saber que o tempo todo há outras crateras e orifícios que vivem, concorrem e sobrevivem à pandemia da hora.
Fora da grande mídia sempre houve bom ROCK de verdade; variado e sem regras rígidas, oscilante e acontecendo junto ao modismo do momento.
Saiu o GLAM e assumiu o PUNK? Sim, entre várias sobrevivências, eu complemento.
O ROCK básico sempre esteve rolando. Na Inglaterra, com o final do BEAT, em meados dos 1960, sobreviveram muitas bandas, e surgiram outras levando a bandeira do ROCKABILLY, do R&B e do BEAT modificado. Tocaram em PUBS, CLUBES, RÁDIOS, e entraram para coleções.
Todas foram juntadas sob o nome genérico de PUB ROCK. E aqui estão seis artistas, sendo um deles uma sugestão do tio Sérgio.
DAVE EDMUNDS talvez seja o pioneiro. Grande guitarrista, sobrevivente do BEAT, mas com talento e discografia suficiente para influenciar os STRAY CATS, ELVIS COSTELLO e produzir e incentivar diversos outros.
Esta coletânea é ROCK PURO, e tem faixas desde os anos 1960 com o “LOVE SCULPTURE” , sua banda original. E há, também, com NICK LOWE – outro ícone – e CARLENE CARTER, filha de JOHNNY CASH. Os colecionadores podem procurar o VINIL de EDMUNDS lançado por aqui em 1979, “Repeat when Necessary “. Pau puro!
DR. FEELGOOD é a essência do PUB ROCK. Pesados e simples sem serem simplistas; são básicos, não rudimentares. Por aqui, foram editados discos deles em VINIL, na década de 1970. Quem ainda não ouviu “Roxette” “She does it right” ou “Going back Home” está esquecendo ROCKS. São imperdíveis! Nesse BOX, 49 músicas lançadas apropriadamente em SINGLES.
Vamos dar meia volta para o futuro: imperdível e muito fácil de achar é o Cd gravado em 2014 por WILCO JOHNSON – guitarrista do DR. FEELGOOD e ROGER DALTREY, vocalista do THE WHO, o mais PUB-ROCKER entre os grandes vocalistas do ROCK CLÁSSICO. O disco é uma delícia, foi gravado na CHESS RECORDS, e simbolismo melhor impossível.
Aqui, também, o meu predileto entre eles todos: GRAHAN PARKER & THE RUMORS. Misto de R&B, DOO-WOP, com retrogosto de SKA e ROCK AND ROLL tradicional de primeira linha, trazidos para o clima PUB em meados dos anos 1970. PARKER é um cantor “PUNK” circundado por uma excelente banda de R&B! Original, pesado, algo sutil nas letras e festa garantida.
HEAT TREATMENT, na foto é, para mim, o disco ápice dessa mescla. E, na coletânea, o primeiro disco é ROCK da melhor qualidade. O segundo já encontra o PARKER “compositor”. Algo meio chato entre BRUCE SPRINGSTEEN e BOB DYLAN. “Vai” de gosto, mas eu “fico”…
TIO SÉRGIO “what porra it´s that”? As BANGLES por aqui?
Eu defendo que sim. Nesse “Different Lights” , as meninas revivem a sonoridade, e “quase são” os também ingleses SEARCHERS, banda BEAT ícone dos anos 1960/1970.
Elas tocariam o repertório delicioso em qualquer PUB da época.
E os SEARCHERS, até 2020 faziam o circuito PUB – pequenos clubes. E se aposentaram com “60 anos de contribuições ao ROCK”.
Não percam!
POSTAGEM ORIGINAL: 26/04/2020
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