Pois, é; TIO SÉRGIO É FUCEIRO – como quase todo mundo por aqui. Para discos, música, livros, essas coisas…, eu me comporto feito um GATO que “SUPERVISIONOU” o churrasco que assei no quintal, uns 30 anos atrás: dei mole e o bichano queimou a pata na grelha tentando pegar um peixe… E, mais rápido do que a língua da GLEISI HOFFMANN, o felino escalou o muro e foi comer na casa do vizinho…
O TIO prospecta na internet e consegue achar coisas muito legais; às vezes a preços abaixo da linha da ganância. Parte do aqui postado é assim. De vez em quando, agindo feito aquele gato, eu me estrepo por causa do risco que “arrisco”. Aí estão alguns discos que ainda não ouvi direito, misturados a velhos conhecidos em novas edições.
Começo por gratíssima surpresa que chegou por $ 8,00, com tudo incluído. Acima, e o primeiro à direita, está O EP. “HEROES”, do KING CRIMSON. Cinco faixas ao vivo, adequadamente gravadas em BERLIM, VIENA e PARIS durante a turnê de 2016. Pra variar, MEL COLLINS, GAVIN HARRISON, TONY LEVIN, PAT MASTELLOTO e FRIPP estão em plena forma criativa.
Quatro músicas são cantadas pelo guitarrista JAKKO JAKYZIK, de voz clara que ressoa a GREG LAKE: “EASY MONEY”, “STARLESS” e duas versões deliciosas do clássico HEROES, em arranjo muito próximo do original, onde ROBERT FRIPP e sua guitarra despontaram e pespontaram à época. A gravação comemorava 40 anos, e sua inclusão foi homenagem ao BOWIE, que falecera em 10 de janeiro de 2016.
Agora, os gatos pingados:
1) THE ARTWOODS, “LIVE AT KLOOKS KLEEK”. É show abaixo da linha da pobreza artística, gravado em 1965. Se a carrocinha passar em frente ao prédio, é capaz de me carregar para um centro de controle de zoonoses! Estou indignado e enraivecido! A performance deles está anos – luz aquém da excelente banda que nos legou “ART GALERY”, em 1964; um clássico da era BEAT! O LIVE custou muito caro e não vale o quê o gato excretou depois de papar o peixe….
2) MIKE SMITH, “IT´S ONLY ROCK ´N´ ROLL”, 1990. “Pout pourri” de clássicos do ROCK AND ROLL feito pelo vocalista do DAVE CLARK FIVE – entre os melhores “crooners” de seu tempo -, com pegada mesclando BEAT e R&B. É disco para completistas; ou indicado aos que gostam de “GOING BACK HOME”, disco de ROGER DALTREY e WILKO JOHNSON. Pepita a ser considerada.
3) SOFT MACHINE, “BUNDLES”, 1975, álbum clássico na intersecção entre o ROCK PROGRESSIVO e FUSION JAZZ; com pitadas de PHILLIP GLASS. A edição é japonesa, SHMCD de alta qualidade. E CARAVAN, “NONE OF YOUR BUSINESS”, 2021, que ainda não ouvi, mas “Sei que vou te amar”, como filmou o JABOR! São duas bandas de CANTERBURY, cidade e ambiente musical que definiram estilo preciso no ROCK.
4) SPOOKY TOOTH e PIERRE HENRI, “CEREMONY”, 1969. VANGUARD ROCK mesclando MÚSICA ELETROACÚSTICA e ROCK PESADO. Disco imperdível e ultra colecionável, edição japonesa em SHMCD, que voltarei a ouvir com interesse e a redobrada “paixão da razão”!
5) GURU GURU GROOVE, disco experimental de 1969, nos primórdios do KRAUTROCK. Não escutei ainda. “Só relei a orelha”… e vou devagar. Pode ser um “andor”, carregando um santo de barro. É um trio alemão de guitarra, baixo e bateria, totalmente imbuído do marmóreo propósito de arruinar minha sanidade já mínima… Hummm!!!! Saberei.
6) LEE RANALDO, “BETWEEN THE TIMES AND TIDES”, 2012. Ele é um dos guitarristas do SONIC YOUTH, a extraordinária, criativa e vanguardista sem ser chata NOISE GUITAR BAND americana. Ele fez esse disco pesado, mas “amenamente dosado” com certo retrogosto do SHOEGAZE. O clima é algo lírico/onírico resvalando o DREAM POP. Dois estilos vizinhos naqueles tempos entre 1980 e 2010 – e talvez beyond. É ROCK pra valer, e o TIO SÉRGIO está gostando muito!!! Vê aí, pô!
7) LANA DEL REY – “VIOLET BENT BACKWARDS OVER THE GRASS”, 2021. É uma coleção de poesias escritas e narradas pela algo pachorrenta gatona canora… Há discreto acompanhamento instrumental. Eu não sabia o que era. Mas, custou tão barato que, sei lá… Vai enclausurar-se em minha discoteca, porque eu gosto da moça.
POSTAGEM ORIGINAL: 25/05/2024

POSTAGEM ORIGINAL: 25/05/2024
