HOUVE TRÊS NOMES DE BANDAS QUE SEMPRE ME IMPRESSIONARAM : “ELECTRIC PRUNES”, “THE MUSIC EXPLOSION” E…”THE BLUES PROJECT”. NOMES FORTES, MAGNÍFICOS, EXPRESSIVOS, EU ACHO…
VOCÊS SABIAM QUE QUATRO “GUITAR – HEROES’ DA PESADA SÃO DE ORIGEM JUDAICA? VAMOS LÁ: “PETER GREEN”, INGLÊS. E TRÊS MERICANOS: “THAT FAT GUY FROM QUEENS”, COMO DIZIAM NOS ANOS 1970 SOBRE “LESLIE WEST”, CONSAGRADO NO MOUTAIN. E “MIKE BLOOMFIELD” E … “DANNY KALB”.
Mas tio Sérgio, quem é o honrado e último mencionado por sua impertinência?
Eu conto: “DANNY KALB” era o guitarrista dos “BLUES PROJECT”. Dedilhar minimalista, cuidadoso, com estilo identificável a cada audição.
“BLUES PROJECT” foi um grupo espetacular, de vida curta e errática; criado em Nova York, em meados dos anos 1960 e, curiosamente, os integrantes eram todos descendentes de judeus…
Além de KALB, um craque explícito, passaram por lá “STEVE KATZ” e “AL KOOPER”, que ajudaram a fundar outro enorme, histórico e consagrado grupo americano, o “BLOOD, SWEAT & TEARS”, em 1969. A participação de ambos foi marcante!
O “BLUES PROJECT” esteve além da repetição dos STANDARDS DO REPERTÓRIO FOLK DA ÉPOCA. E das tradicionais características dos gêneros pelos quais transitou.
Criou um BLUES verdadeiro, amalgamado ao FOLK com pitadas de JAZZ, COUNTRY, algo de ROCK, mas sempre de vanguarda. Mais para a linha do que fizeram os ingleses a partir de 1966/1967, do que a tradição americana.
Eram PROGRESSIVOS? Certamente, se observarmos os aspectos de vanguarda na música deles.
“Ma non tropo”! Apenas faziam FUSIONS diversas entre elementos de músicas do dia-a-dia. Competentes.
Aqui estão alguns discos que fizeram. Uma coletânea dupla esplêndida, conjugando faixas dos seis Lps da banda. São todos interessantes – eu garanto.
E outros originais de estúdio, já com a formação alterada, mas não muito longe da linha original.
Entre os destaques o vital, cult e imprescindível “LIVE AT THE CAFE AU GO GO: show de técnica, feeling e calor! É pauleira brava!
Você jamais ouvirá uma gravação de “SPOONFUL” tão espetacular como a deles! Sem contar “BACK DOOR MAN”, “JELLY, JELLY BLUES” e “WHO DO YOU LOVE”, inesquecíveis, originais, pesadas e, quem sabe, ainda não superadas!!!!
Para os que colecionam informo que este LONG PLAY saiu no Brasil, em 1966, pela VERVE FORECAST. Eu tive. Consegui, por volta de 1969. Sei que dois dos nossos por aqui@Aldo Portes de FrançaLuiz Sérgio Do Espírito Santo também têm! Portanto, lição de casa para quem não sabia: conseguir uma cópia em vinil ( Quá, duvi-d-o= do!!! ). Tá bom, ao menos procurem em Cds, vale além da pena!!!
Indico, também, curiosidade imperdível: dois discos do “SEATRAIN”, uma dissidência dos “BLUES PROJECT”, gravados em 1971; e que trazem atrativo muito instigante: foram produzidos por “GEORGE MARTIN”!
Sim, aquele senhor fleumático que produziu, também, aquele grupo inglês…ahnnn “THE BEATLES”, quem sabe…
Ah, foi isso mesmo…
“MARTIN” fez um trabalho de produção espetacular para uma banda surpreendentemente boa, que mescla COUNTRY, BLUES e fortes pitadas de ROCK PROGRESSIVO.
As gravações são de clareza absoluta; límpidas; deixando de lado uma talvez esperada aspereza BLUESY. É um trabalho de primeiro nível!
Poucas vezes você ouvirá um violino em música popular tão bem tocado, como fez “RICHARD GREENE”. Performance verdadeiramente mágica; e corretamente integrada com teclados sutis, mas sem perder a referência do BLUES e do FOLK. São dois discos raros e preciosos.
Como sempre, seria possível continuar expondo curiosidades, mas será legal se vocês forem procurar saber também desses moços.
Vale o esforço, porque em troca haverá prazer de ouvir e, quem sabe, colecionar.
Tio SÉRGIO garante!
