BYRDS – ORIGINAL SINGLES – A’s & B’s SIDES – 1965/1971 – MONO – COLUMBIA RECORDS – JAPANESE EDITION

 

Sempre digo que os nossos irmãozinhos de olhinhos puxados têm racionalidade própria, e seguem lógica estrita e cortante.

É o seguinte: se é para fazer direito, reproduzem o original no estado da arte. E original quando se fala de SINGLES da década de 1960 é fazê-los em MONOAURAL. E ponto.

Mas, TIO SÉRGIO, porque não editar em STEREO se já havia tal possibilidade?

Porque os “MASTERS ORIGINAIS” foram gravados em MONO. E o resto são mágicas de estúdio.

Em compensação, a captação original é da COLUMBIA RECORDS, garantia de qualidade a toda prova. Portanto, o impacto sonoro é impressionante.

Está tudo lá no lugar certo. Os instrumentos com recortes nítidos, em que você percebe todas as nuances, a intencionalidade dos artistas é decifrável a cada faixa, e inteireza de cada música se expõe.

TIO SÉRGIO é velho. E nessas coisas concorda com certo conservadorismo. Para tirar dúvidas, procurem a gravação do SINGLE original “I CAN SEE FOR MILES”, por THE WHO, 1968. Comparem as versões em MONO e STEREO.

Em MONO há um soco direto na boca do estômago!

Aqui, é mais ou menos a mesma coisa. O impacto de ouvir grandes clássicos, como MR. TAMBOURINE MAN e TURN, TURN, TURN é grandioso.

Deixando esse papo de lado, aqui está o repertório para quem pretende ser apresentado aos BYRDS. Todos os 26 SINGLES e respectivos lados B. São 52 músicas que abrangem quase 8 anos de trajetos e trajetórias. Apenas duas são em STEREO…

Vão do BEAT ao FOLK ROCK, passam pela PSICODELIA, em arranjos e inovações tecnológicas, e outras coisas aprendidas no JAZZ e na MÚSICA ORIENTAL. E desaguam no COUNTRY ROCK, que eles criaram, diferenciando do que era feito no COUNTRY, tradicional ou modernizado.

Está tudo aqui! Nove canções de BOB DYLAN, parceiro dileto; uma série de clássicos compostos por ROGER McGUINN, GENE CLARK, CHRIS HILLMAN. Há coisas de CAROLE KING, KIN FOWLEY e CLARENCE WHITE.

E, também, músicas tradicionais rearranjadas com mestria por ROGER McGUINN – que vai “além tudo” com sua mágica guitarra RICKENBACKER – que foi introduzida no ROCK pelos ingleses THE SEARCHERS, em 1962, e adotada pelos BYRDS como uma das marcas históricas da banda.

Os irmãozinhos de olhinhos puxados mais uma vez produziram artefato popular, e muito bem feito. A começar pelo estojo plástico de alta resistência e beleza, e a própria qualidade dos CDS em si. E trazem, também, livreto com as letras das músicas em inglês e japonês, datas, e etc…

Mas, o texto é em japonês. Língua que o TIO SÉRGIO falava, lia e escrevia corretamente. Até que, 71 anos atrás, esqueceu por completo e nunca mais atinou…

A versão dos irmãozinhos japônicos é muito boa. Mas, qualquer outra que contenha este repertório atenderá ao gosto da maioria.

Procurem escutar e saber…

BYRDS é indispensável.

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