DEXTER GORDON – BLUE NOTE 60′ SESSIONS – E OUTRAS ANDANÇAS

Uau!!!!
TIO SÉRGIO escrevendo esta resenha escutava “MORE POWER”, o CD da capa “CRIMSON” na foto, com DEXTER GORDON e JAMES MOODY, ambos estilistas do SAX TENOR, acompanhados por time de primeira linha: BUSTER WILLIAMS, no baixo; ALBERT “TOOTIE” HEATH, bateria; e BARRY HARRIS, no piano. É show de música, SAX TENOR, principalmente, gravado na PRESTIGE RECORDS, em 1969!
Bom, DEXTER gravou uns oitenta discos, nas mais diversas gravadoras do mundo. Era quase comum fazer isso, na época dele; e ainda, é, mas para poucos.
Minhas memórias sobre o cara são indeléveis: era o negão COOL, HIP, como dizia a gíria do JAZZ, na década de 1950. GORDON era um sujeito enorme, com vozeirão grave e pinta de pegador! Inesquecível!
E por que digo isto?
Eu o assisti pela televisão CULTURA, em 1980, em concerto no FESTIVAL DE JAZZ de SÃO PAULO. DEXTER deu um show de técnica, feeling e empatia dizendo poucas palavras… Foi um sucesso!
Na época, seu SAX TENOR já soava como GUITARRA COM DISTORCEDOR. Nas palavras de meu falecido tio Juliano Garini, músico da ORQUESTRA SINFÔNICA DO ESTADO DE SÃO PAULO, e que assistiu parte da transmissão comigo, “o som deste sujeito é de taquara rachada”…
“Era não sendo”, é óbvio! Foi todo um desenvolvimento que o levou àquilo. Estilo e sonoridade próprios! Um diferenciado!
Alguns certamente assistiram ao filme “ROUND MIDNIGHT”, 1985, de BERTRAND TAVERNIER, que valeu a DEXTER GORDON o prêmio de ator do ano.
O nosso herói fazia o papel de um músico americano em Paris, nos anos 1950/1960, misto de CHARLIE PARKER com ele mesmo.
A TRILHA SONORA existe e é sensacional; está na foto!
O filme, magnífico, é sobretudo como funcionava o mundo do JAZZ. E a música é inesquecível, como só os grandes sabem “propor”.
GORDON viveu muito tempo na Europa, e fez discos difíceis de encontrar para a cult “STEEPLE CHASE, gravadora errática. Antes, deixou coisas na SAVOY, como a edição magnífica da foto, lançada no JAPÃO, e com tal zelo impossível de não se tentar obter!
DEXTER percorreu, tocou/esteve em quase todas as grandes gravadoras. Deixou obra imensa, entre elas esse BOX coligido pela BLUE NOTE. Pois, então; 6 CDS, libreto e que quisermos gravado por ele, entre 1961 e 1965. Há STANDARDS aos montes; e músicas originais, e a companhia de monstros gentis eternos que nem vou citar – são muitos!
O BOX é graficamente lindo, bem produzido, e o som é de alta qualidade técnica. Tudo considerado, é o “everything” que DEXTER fez por lá, naquela radiante fração do tempo.
Se consigo decifrá-lo, eu diria que seu fraseado mais longo tem cadência, andamento algo lento, é muito expressivo e próprio! Justifica a gravadora BLUE NOTE tê-lo sob projeto e, ao mesmo tempo, lhe dá a distinção do estilista. Do músico que permanece irrepetível…
Mas TIO SERGIO, o BOX é bom para todo o mundo que gosta de JAZZ?
OOOOOOOOOOOOOOOHHHHH se é!
POSTAGEM ORIGINAL: 12/11/2025
Pode ser uma imagem de texto

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