OU: “COMO É DIFÍCIL TRANSCENDER O ÓBVIO”!!!!
Temos aqui 62 faixas de HARD ROCK americano selecionadas a dedo. Entre elas, dezessete clássicos inequívocos.
Não, não duvido que a imensa maioria caminha na direção do HARD ROCK. Mas, a questão é mais ampla e talvez profunda: o conceito.
Ouvindo os três CDS que fazem parte deste BOX bem concebido, com livreto explicativo e tudo, miscelânea muito legal, e talvez imprescindível, percebemos que em sete anos trafegaram de origens muito identificadas com o PSICHEDELIC ROCK, até definição mais clara do que de fato é considerado HARD ROCK!
Mas, TIO SÉRGIO, dá uma luz para nós, pô!
Claro, sobrinhos.
Em primeiro lugar, não há como criar alguma coisa fora do que foi ditado pelo ROCK PSICODÉLICO, entre 1967 e 1969.
Os clássicos dessa transição, VANILLA FUDGE, IRON BUTTERFLY, BLUE CHEER, STEPPENWOLF, SPIRIT e FRIJID PINK são facilmente identificáveis: não eram PROGRESSIVOS e nem METAL: eram claramente ROCK PSICODÉLICO PESADO, algo próximo ao HARD ROCK. Mas, abdicando do BLUES!
Então, como concebê-los?
O jogo fica mais claro, mas também complicado, a partir de 1969. Temos ALICE COOPER, MOUNTAIN, Z.Z.TOP, CACTUS, BLUE OYESTER CULT, DUST, JAMES GANG e aquela banda que todos gostamos e conhecemos. Como se chama, mesmo?
Mas, tio SÉRGIO, aqui aparecem doideiras pesadas anteriores e posteriores fazendo muito barulho, mas longe do BLUES. É gente como, QUICKSILVER MESSENGER SERVICE, BLUES MAGOOS, HUMAN BEINZ; e o reverenciado MUDDY WATERS… e, também, ARTHUR LEE, TOD RUNDGREN, LOVE… E para jogar gasolina e nitroglicerina na lenha, MC5 e STOOGES!!!! E tudo classificado como HARD ROCK?
Pode? E, se não não pode, o que fazer?
Ah…, tem mais, muito mais. Um montão de gente “sabida”, mas não tão “reputada”. E pencas de desconhecidos “siderantes” pelo espaço/tempo do POP ROCK . Vejam por aí…
Eu finalmente consegui uma faixa que me persegue desde o final da década de 1960. Não era tão difícil, mas postergada feito precatório: THE BUBBLE PUPPY, com HOT SMOKE AND SASSAFRASS – psicodelia pura, que saiu por aqui também, algo reverenciada e muito lega!
Não comprei o LP original, de 1968, acho. E, à partir de ontem, já posso ouvir em casa…
Fica para outra conversa distinguir o HARD ROCK feito pelos INGLESES do concebido e tocado pelos americanos. Há trilhas nessa mata….
Mas, não dá pra deixar de lado a imensidão de bandas “legais”, mas com talentos limitados. Gente que mal transcendeu o elementar, mas frequenta o imaginário de colecionadores com o TIO SÉRGIO, e muitos que conheço na rede, e pelas ótimas postagens.
Para resumir um início de papo, é BOX bem legal! Eu aconselho a vocês prospectarem. São caminhos muito próximos e instigantes. E o produto não é tão caro. Uns $35,00 BIDENS, com extorsão fiscal e tudo…
A edição é da nobre GRAPEFRUIT RECORDS, ingleses dedicados e conhecedores. E saiu este ano!!!
Sei lá… como chama mesmo aquela banda americana que todo mundo gosta?
