Eles sempre existiram, claro!

Na primeira metade dos anos 1960, houve uma revolução quando os artistas que gravavam e se apresentavam começaram a compor as próprias músicas, antes encomendadas de compositores profissionais.

Para não ir muito longe, os BEATLES, os ROLLING STONES, e outros vários, deixaram de fazer principalmente “COVERS”, ou tocar obras originais compostas para eles por outros compositores.

Começaram, então, a criar as próprias canções – e também fornec^e-las para outros. Houve explosão de criatividade, e o POP estabeleceu-se de vez!

Da segunda metade para o final dos 1960, quando principalmente os grupos de POP-ROCK começaram a se desintegrar, as gravadoras tentaram reter os principais artista de cada banda, para lança-los em carreiras solo.

Teve de tudo: retumbantes fracassos, como o naufrágio da carreira solo de MARK LINDSAY, vocalista do PAUL REVERE & THE RAIDERS, uma espécie de JON BON JOVI daqueles tempos.

E muitos deram certo, como VAN MORRISON, após sair do THEM, para tornar-se compositor e estilista supremo até hoje; e o novaiorquino BILLY JOEL, muito similar em percurso e originalidade.

Este foi apenas um dos movimentos tectônicos no sub-solo da música.

É impossível não recordar de JOHNNY CASH, BOB DYLAN e TOM JOBIM, logo após a transição para a década de sessenta, e o retumbante sucesso e significado que obtiveram e retêm!

É impossível esquecer quando PAUL McCARTNEY, certamente o maior compositor popular da História, ingressou na carreira solo, no final dos “sixties”.

Talvez o mais criativo e interessante desses movimentos tenha sido a transformação de compositores profissionais em performers: JONI MITCHELL, JUDY COLLINS, CAROLE KING, CARLY SIMON… e CHICO BUARQUE, CAETANO, GIL e FRANCIS HIME, para ficar apenas nos que estão aqui postados.

A mudança significou, principalmente, o enterro do preconceito contra as vozes e timbres menores, mas sempre interessantes e peculiares, trazidos por tantos e tontos que é impossível não considerar.

Vou ficar com LEONARD COHEN, LOU REED e o próprio CHICO.

E não vamos esquecer grandes/enormes de vozes agradáveis, como as de EGBERTO GISMONTI, GORDON LIGHTFOOT, SCOTT WALKER, e FRANÇOISE HARDI. E há mais, muito mais!!!!

Aqui tem pra todo mundo e preferência: de NORAH JONES a CARLA BRUNI; e de JOHN MARTIN a TIM HARDIN, dois intimistas e refinados criadores de um FOLK-JAZZ à inglesa.

E que tal NEIL YOUNG e JAMES TAYLOR? E, decolando para ELVIS COSTELLO e pousando em DONOVAN? Pode ser?

Todos SINGERS & SONGWRITERS de primeira linha, para delimitar o espaço e a escrita.

Certamente esqueci um montão, e aceito críticas de tratores e detratores, porque tema vasto e imperfeito.

TIO SÉRGIO vai dar uma informação final e curiosa:

Vocês conhecem HANK SNOW?

Pois bem, era canadense e fez longuíssima carreira de 60 anos no HOSPÍCIO DO NORTE, como cantor e compositor de música COUNTRY. Quer dizer, era do time aqui!

Pois bem, HANK gravou 140 LP`S e colocou 85 SINGLES na parada da BILBOARD! Ele tem 6 BOXES enormes de CDS, as com suas músicas coligidas, remasterizadas e lançadas pela GRAVADORA – BOUTIQUE alemã BEAR FAMILY RECORDS!

Foi SINGER-SONGWRITER gravado pelos STONES, ELVIS, RAY CHARLES e outros “submersos”, em tal quantidade que é impossível citar!

HANK SNOW É O SEGUNDO MAIOR VENDEDOR DA HISTÓRIA DA GRAVADORA R.C.A VICTOR, perdendo apenas para um cara chamado ELVIS PRESLEY!

Considerem conhecê-lo também!
POSTAGEM ORIGINAL: 09/10/2021