AMY WINEHOUSE ERA TALENTO PROMISSOR.
ERA.
FEZ TRÊS DISCOS. O PRIMEIRO, “FRANK”, EU MANDEI PRA FRENTE, PORQUE NÃO ERA O TIPO DE CERVEJA QUE EU GOSTO DE TOMAR. ENFATIZANDO, NÃO ERA VINHO PARA O MEU CÁLIX.
O segundo, “BACK TO BLACK” , é bastante bom. Tem arranjos para mim mais palatáveis. É SOUL MUSIC E O R&B clássicos. A banda trabalha muito bem, e AMY canta expressiva e corretamente daquele jeito que alguns acham emular a BILLIE HOLIDAY. Mas, TIO SÉRGIO, o chato de óculos, acha que AMY lembra mais DINAH WASHINGTON.
O disco seguinte e final, “LEONESS HIDDEN TREASURES” tem repertório agradável, seguindo mais ou menos o anterior, com algumas modernizações. Só que se percebe nitidamente que ainda não estava pronto.Em todos, aparece a foto da menina esquálida, viciada, e derretida por drogas.
Nos dois primeiros, ela está cantando algumas insanidades que compôs, experiências da vida jogada no lixo, e sem a poesia de um LOU REED que justificasse o desperdício.
Sobre a pessoa de AMY, cabe paráfrase: “Pobre menina, não tem ninguém”…, que um dia cantaram LENO E LILIAN, destruindo de vez o clássico “HANG ON SLOOPY” ou “LOUIE LOUIE” – tanto faz, são a mesma melodia -; um BEAT clássico, famoso e chato, dos anos 1960…
Em 1994, entraram em minha loja, a CITY RECORDS, na Avenida Paulista, em SAMPA, duas clientes conhecidas. Estava rolando no CD-player, o segundo e ótimo disco do SEAL.
Eu as deixei à vontade, e fui verificar outra coisa. Mas, percebi que as moças olhavam a foto daquele preto enorme, atlético e carismático; e comentaram baixinho entre elas sobre como seria “NAVEGAR AQUELE DESTROIER” ; as dimensões do “instrumento” e como aconchegar o “mastro” em suas respectivas marinas! Quase não disfarçaram o entusiasmo…
Eu percebi tudo, e disse nada, claro…
SEAL foi um elo entre a melhor BLACK MUSIC e o POP comercial. De certa forma substituiu, aqui no Brasil, o gosto e alguma preferência por JOE COCKER, nesse mercado meio indefinido.
Seria?
No início dos anos 1990, SEAL ajudou a revitalizar o R&B e a SOUL MUSIC em geral, com sua voz pessoal, diferenciada, de preto, quase rouca e aveludada.
O estilo de compor e cantar recuperava a tradição da melodia POP, com arranjos modernizados; sutil gosto de vanguarda, e um travo único que só os ingleses conseguem.
Os três discos aqui são excelentes. Tem gente do calibre de JEFF BECK, TREVOR RABIN (YES), e incontáveis tocando, e ampliando o espectro. A produção é de alto nível pelo mago de estúdio TREVOR HORN. Discos imperdíveis, eu acho!
SEAL é nigeriano, com ascendentes africanos e brasileiro. Foi adotado por ingleses e desenvolveu LUPUS, doença degenerativa que deixou as cicatrizes que o marcam.
O negão continua sucesso firme e sólido.
As moças compraram os discos dele. Dois para cada uma… SEAL daria conta delas, tranquilamente…hummmm!!!!
TERENCE TRENT D`ARBY mudou de nome. Desde o fracasso do segundo disco, “NOR FISH OR FLESH”, virou SANANDA MAITREYA. E continua por aí.
Em 1987, ele era a bola da vez na música negra.
Americano, serviu ao exército, na Alemanha, no mesmo batalhão em que ELVIS PRESLEY esteve “lotado”, na década de 1950… É só História, e nada se comunica, é claro!
Lá, começou a cantar, coisa e tal, e migrou para a Inglaterra, onde seu primeiro disco, “INTRODUCING THE HARD LINE”, foi gravado e tornou-se um clássico do R&B moderno.
D`ARBY tem voz rascante, potente, identificável, talvez entre os timbres de MARVIN GAYE e um jeito do STEVIE WONDER cantar. Subiu feito foguete. Depois, caiu feito um míssil! Continua gravando. Já esteve por aqui. Seja como for, o primeiro disco é, sim, muito legal!!!
RIHANA: Quem não ouviu e não gosta de DIAMONDS, sucesso retumbante de uns anos atrás, não captou a essência POP única que só os negros conseguem transmitir. É moça charmosa, bela, com o jeito meio descolado dos marginais de boutique.
Canta muito legal! A menina tem voz límpida, clara; e seu disco, “UNAPOLOGETIC”, 2012, também virou um clássico. É POP no último gole de vodka com energético…
TIO SÉRGIO curte. E de montão! Os arranjos eletrônicos são bem dosados; há melodias agradáveis, e joga a turma na pista de danças para pular, ou roer o pescoço da (o) parceira (o). .. Hummm, TIO SÉRGIO está décadas distante desta hipótese!
Resumindo, é bem legal ouvir; e eu mantenho a pretinha atrevida e suas baforadas de maconha, fotografadas na capa, em minha discoteca.
Não fujam desse TRIO!

