Tio SÉRGIO é mantenedor de certas tradições que a velhice permite que tenha observado. Vivido, inclusive.
A cada vez que descubro alguma traquinagem em certas áreas da música, primeiro vou atrás dos “SUSPEITOS DE SEMPRE”. Ajo como espécie de chave de cadeia, delegado do bem, e vou desentocar certos discos na coleção.
Pois, bem:
Ontem, a FADINHA MASTERCARD deixou o CORREIO desovar outro pequeno BOX precioso em meu cafofo!!!!
OOOPSSS, TIO SÉRGIO!!! Nem bem o “seo Messias” foi exilar-se na DISNEYLÂNDIA, você ativou o seu lado “miliciano”? Pô!!!
Sejam magnânimos com o tio SÉRGIO!!!!
É que tenho o hábito de checar certas origens. E coleciono ROCK PSICODÉLICO E SUAS VARIANTES.
Mas, primeiro vou falar desse pequeno BOX, 3 CDS, 80 músicas e quem sabe todas elas retiradas de SINGLES raros, gravados na Grã Bretanha entre 1967 e 1978. É sumo raro de coisas legais!
Claro, nem tudo são joias. Aliás, em miscelâneas como esta é bom trazer pro jogo a visão feminina desses adereços. Joias musicais geralmente já são conhecidas, circulam ou circularam. E são caras, e algumas inacessíveis a custo compensador.
Nessa coleção, há faixas dos STRAWBS, CURVED AIR, THE SEARCHERS, ROCKING BERRIES, BARCLAY JAMES HAVEST, NIRVANA (UK), PROCOL HARUM, DONOVAN, ZOMBIES, THE MOVE, GRAPEFRUIT, SPENCER DAVIS…
Claro, menos conhecidas do que as músicas habituais. E este é o charme da coisa! Porque essa tendência é uma variante do FOLK e do ROCK PSICODÉLICO de lá.
É bem diferente do FOLK PSICODÉLICO AMERICANO, apesar de algumas convergências .
O que significa uma plêiade formada por artistas que se aventuraram no POP BAROQUE, além dos já conhecidos BEATLES, ROLLING STONES, BARCLAY JAMES HARVEST, JETHRO TULL, e quase todas as grandes bandas das terras de sua Majestade.
Vou dar dois exemplos que talvez alguns conheçam, entre o quê se poderia considerar nas adjacências do POP dito BARROCO. Porque relevantes e os donos só liberam em discos do próprio artista: BARRY RYAN, ELOISE, 1969. Grande SINGLE, de autoria de dois irmãos, PAUL E BARRY. Canção longa, cheia de alternativas e mudanças de andamentos e final épico. Orquestração de nível. Tornou-se um clássico, e raramente encontrado fora dos relançamentos dos autores. Jamais vi em coletâneas e miscelâneas…Eu ainda não tenho…
Outra gravação é Mac ARTHUR PARK, de RICHARD HARRIS, também de 1969. Música longa, bela, com orquestração primorosa, e outro grande sucesso da época.
São duas canções que aproveitaram o gosto por orquestração mais sofisticada, em nada lembrando o “MUSAK” ou as soluções dadas por PAUL MAURIAT, RAY CONNIFF e outros.
Entraram na onda dos MOODY BLUES, PROCOL HARUM e, claro, tangenciando o sucesso dos WALKER BROTHERS, e até ROD STEWART, que tiveram arranjos orquestrais não psicodélicos.
Enfim, é dica e tese. Procurem conhecer.
