BUFFALO SPRINGFIELD – ATCO RECORDS – 1966/1968 – COMPLETE RECORDINGS

“Música de STEPHEN STILLS, na interpretação de BUFFALO SPRINGFIELD: “”BLUEEEEBIRRDDDD””… “locutou” CARLOS ALBERTO LOPES, o SOSSEGO, em seu programa de rádio, em 1967!!!
Entrou aquele RIFF espetacular, e TIO SÉRGIO em seus 15 anos de curiosidade intensa afogou-se um pouco mais no ROCK!
Foi definidor e definitivo. Lá por 1968, eu trabalhava no extinto BANCO MERCANTIL DE SÃO PAULO, na RUA AUGUSTA, nos JARDINS. Quase em frente a agência, do outro lado da rua havia uma loja chamada DRUGSTORE. Vendia artigos variados, camisas e calças da moda, e objetos de consumo para jovens com grana. Discos, inclusive. E também tinha um bar, onde havia drinks sofisticados. Claro, não era para o meu bolso…
Mas dia qualquer, e depois de quase ser atropelado por um “ônibus elétrico” que descia a AUGUSTA sem o menor cuidado, como era “normal”, resolvi entrar e ver o que rolava por lá. Dei de cara com um SINGLE do BUFFALO SPRINGFIELD. Não foi sucesso, mas é um clássico na voz de NEIL YOUNG: “Expecting to Fly’ está no álbum “AGAIN”, de 1967. É psicodelia de alta qualidade; arranjo refinado, viajante. Foi o primeiro disco que consegui da banda.
Já escrevi sobre o BUFFALO SPRINGFIELD de vários jeitos formas ou em citações. Eles estão na gênese de parte do ROCK AMERICANO feito daqueles tempos em diante. Foi celeiro de craques e criativos. Havia STEPHEN STILLS, guitarrista espetacular, o melhor da banda; e NEIL YOUNG, aos poucos se firmando como estrela nos próprios termos. E, também, RICHIE FURAY, guitarrista e cantor que depois fundou o POCO, com JIM MESSINA – Country Rock Band duradoura e famosa. O baixista BRUCE PALMER e DEWEY MARTIN, baterista, seguiram em frente com menos visibilidade…
Mas, talvez como disse a imensa CAROL KAYE, a mais profissional e talvez a maior baixista da música popular americana, ” O BUFFALO SPRINGFIELD não tocava nos discos. Éramos nós de estúdio”, O “nós” era gente como GLEN CAMPBELL, o baterista HAL BLAINE, o pianista JACK NITZCHE, o guitarrista TOMMY TEDESCO e diversos.. O livreto no BOX confirma em parte isso… no entanto….
O nome BUFFALO SPRINGFIELD foi adotado porque eles viram uma barca, barcaça, sei lá… batizada com este nome expressivo. Hoje é história.
Lembro quando ouvi e adorei “For What it´s Worth”, do primeiro álbum da banda, lançado em 1966. É canção libertária contra a eterna “cisma” das polícias contra “gente diferente”. Foi possivelmente na RÁDIO ELDORADO; em meados dos “sixties” era suficientemente eclética para ter na programação desde a MÚSICA CLÁSSICA, passando pelo JAZZ; MPB de qualidade; e um programa de novidades da “música americana”, chamado “DANCE COM A ELDORADO”, no ar às sextas e sábados depois da 22 horas. Lá rolava de tudo…
Eu e meu amigo SILVIO DEAN compramos o BUFFALO SPRINGFIELD AGAIN, em 1968. Foi no MUSEU DO DISCO. É um dos LONG PLAYS que mais curti na vida! “MR. SOUL” e “BLUEBIRD” são verdadeiras epifanias! Músicas “YARDBIRDIANAS” onde STILLS, YOUNG e FURAY dão show total nas guitarras! Primórdios do HARD ROCK. Essenciais!!!
O restante do LP é diferenciado, múltiplo: PSICODELIA, FOLK, e até um R&B SENSACIONAL cantado por DEWEY MARTIN, com sua voz de negão, feito MIKE SMITH, do DAVE CLARK FIVE! Ah, é bom lembrar que o disco foi lançado pela ATLANTIC RECORDS, que se dedicava ao R&B, e tinha um dos maiores CASTS de pretões e pretinhas de talentos descomunais! Era a casa de ARETHA FRANKLIN, WILSON PICKETT, OTIS REDDING, dos RASCALS… e muitos, muitos mais!
O terceiro CD, “LAST TIME AROUND”, 1968, eu comprei dia desses. Além do trivial da banda, também flerta com LATIN ROCK; e tem um arremedo de BOSSA NOVA no meio – “Pretty Girl Why?”
Mas TIO SÉRGIO, por que você tem os três CDS de série, em edições alemãs medíocres; se já possuía o caixotão com os discos originais, e cheio de OUT TAKES , e DEMOS?
Ora, porque sim… Com essa postagem, encerro o ciclo. Acho que vou arquiva-los por um bom tempo!
Divirtam-se!
POSTAGEM ORIGINAL: 22/02/2025
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