De uns tempos para cá, o conceito de “OLDIES” vem sido redefinido por revistas especializadas e colecionadores de discos.
Até recentemente, OLDIES englobava tudo produzido antes da década de1980, talvez. Mas, como a impermanência é característica suprema da existência; então, a vida muda e a “Pomba-Gira”…epa…
Hoje, o considerado OLDIES deslocou-se para um intervalo entre o surgimento do GRUNGE, mais ou menos 1990, recuando para os primórdios do ROCK PSICODÉLICO, aproximadamente 1965.
Dalí para trás, a nova nomenclatura é VINTAGE.
ED LINCOLN foi baixista, pianista e organista. Trabalhou nesse pré-sal da modernidade na música: início dos 1960 em diante.
Fazia o chamado EASY LISTENING, um “tutti-fruti” de SAMBA modernizado e diluído, BOSSA NOVA, gotas de JAZZ e outros ritmos, executados na sensação pop da época, o ÓRGÃO HAMMOND.
ED LINCOLN não esteve só. Seguiu o caminho de WALTER WANDERLEY – o nosso JIMMY SMITH -; e WALDIR CALMON, pianista POP famoso e com dezenas de discos gravados, que incorporou ao SET um instrumento chamado SOLOVOX – espécie de pré-sintetizador.
Essa turma, que no geral gravava sucessos e CLÁSSICOS DO POP da época, conhecia música e tocava bem. E, o que é mais difícil ainda: fazia todo mundo dançar!
ED LINCOLN animou a geração pré -1967, o ano em que fui ao meu primeiro bailinho para tentar descobrir o que as garotas escondiam. Os bailes eram uma espécie de ritual de iniciação.
Na minha adolescência o som já era outro. Mesmo que, simultaneamente a JOHNNY RIVERS, ainda se dançasse sob a batuta do maestro RAY CONNIFF, e das baladas de JOHNNY MATHIS, por exemplo.
Eram tempos mais “elegantes”. Quase todo mundo já havia descoberto que o sexo, aposta do capeta para desencaminhar os jovens, já “tinha sido inventado” muito antes…
Então, procurem saber do ED LINCOLN e aquela turma toda. Principalmente velhões como eu@ Nelson Rocha Dos SantosAntonio Molitor,e diversos vários por aqui. É nostalgia pura, mas são muito divertidos!
