Grandes artistas raramente fazem discos ou ruins. Fazem discos menores, muitas vezes medíocres.
Estes são alguns dos que tenho de CLAPTON dos anos 1980 em diante. O primeiro acima à esquerda é uma coletânea.
Afinal de contas, teria ERIC CLAPOTN perdido O carisma? Não, mas deixou de criar surpreendendo, o que é bastante comum em quase todos aqueles que sobreviveram em carreiras muito longas. Vejam os ROLLING STONES, ou PAUL McCARTNEY, por exemplo. Ninguém fica 100% do tempo em alta performance. É quase impossível.
CLAPTON não tem discos insuportáveis. Todos são audíveis, adequados. Porém, nos últimos 40 anos nenhum é genial ou com músicas memoráveis, mesmo que muito conhecidas e de sucesso garantido perante ao público.
ERIC conservou um tom médio superior em sua fusão de gêneros, que o manteve como artista único. Tem voz diferenciada e canta muito bem. Tocar ele sempre o fez com maestria. Mas, os solos encapetados dos anos 1960 até quase o final dos setenta deram lugar a um BLEND entre BLUES, POP, R&B e BOSSA NOVA LOUNGE – charmosas pitada de “LIGHT JAZZ”.
MR. “SLOWHAND” é muito bom de palco, tem bom gosto musical e faz trabalho de arqueologia do blues muito importante e consistente. É um dos responsáveis pela ascensão da MÚSICA NEGRA, e diminuição do racismo.
Sei de ERIC desde mais ou menos 1966. E o conheci pra valer em 1967 ouvindo o CREAM, adorando os YARDBIRDS, e idolatrado JOHN MAYALL! Ele está entre os meus ídolos, e certamente ficarei triste e algo desolado se ele mergulhar na cachoeira das eras antes de mim.
Grande, muitas vezes incompreendido e sofrido ERIC CLAPTON.
POSTAGEM ORIGINAL: 19/04/2019
