FUSION & BEYOND – TRANSIÇÃO DE MINHA DISCOTECA À PARTIR DO ROCK EM DIREÇAO À FUSION.

 E DAÍ AO PRESENTE, AO PASSADO E AO IMPENSADO…
Quanta pretensão, né TIO SÉRGIO?
What Porra it´s that?
Pois, é; continuo postando a pedido do nosso amigo@Rene Mina Vernice, e fazendo um voo, quem sabe revoada, espantando discos, abrigando outros, tentando compreender a mim mesmo dentro desse HOBBY que eu levo a sério.
Em certo momento, a curiosidade e a oferta de ideias catapultou meu interesse para coisas que jamais ouvira!
Já contei por aqui, uma visita meio involuntária, e única, a um SALÃO DO AUTOMÓVEL. Foi há uns cinquenta anos.
Sei lá. Meu interesse por máquinas é totalmente utilitário: que não me causem problemas, e façam o básico para o quê foram projetados…
Mas, houve uma apresentação de ballet moderno em um stand luxuoso lá. Sei lá por que? Achei que a música era do SOFT MACHINE – que eu jamais tinha ouvido na vida!
Coisas de ainda adolescente. O que rolava era faixa do PINK FLOYD, na trilha do LA VALLÉE!
Não passei muito longe…
Porém, pouco depois comprei o SOFT MACHINE, 4, de 1970. Dei de cara no MUSEU DO DISCO, e comprei.
Nas primeiras vezes que ouvi não entendi nada!!!! Paulatinamente, fui assimilando. Percebi que não era o JAZZ, do jeito que se pensava tradicionalmente. Tinha algo de ROCK, mas a sinuosidade da interpretação da banda, mesmo sobre uma base às vezes algo monótona, denunciava outra coisa.
Diagnóstico, hoje: FREE JAZZ + ROCK PROGRESSIVO, ETC. : FUSION! Ainda hoje ouço bastante, e me comovo e transporto para quando era jovem.
MILES DAVIS – IN A SILENT WAY, 1968. O disco inaugural da fase FUSION de MILES, que ciscou por lá em vários discos essenciais.
O que dizer de banda formada por JOE ZAWINULL E CHICK COREA, teclados; DAVID HOLLAND, baixo; JACK DeJOHNETTE , bateria; e JOHN McLAUGHLIN, na guitarra.
Álbum etéreo, falsamente calmo, e cheio de climaxes, providos por MILES e cada um deles.
Tornou-se outra paixão.
Descolei o disco lá por 1972. Aqui, um BOX com 3 CDS, e todas as sessões de gravação, além do luxuoso livreto, o texto, fotos e tudo o mais que circunda esse gênio do século XX!
JEFF BECK GROUP- ROUGH AND READY, 1971.
A transição do BLUES ROCK para o RHYTHM´N´BLUES + JAZZ: FUSION!!!! Dançável, ultra audível, o encontro de BECK com a STAX , e outras gravadoras de música negra.
E, dentro, a faixa que, para mim inspirou o estilo FUSION que fez a fama e fortuna da gravadora E.C.M: RHAYNES PARK BLUES, rebatizada como MAX TUNE, é o voo da guitarra de BECK, com a proficiência artística do tecladista MAX MIDLETON. É disco de cabeceira, também.
JACK BRUCE – THINGS WE LIKE, 1969 – eu poderia trazer algum outro disco deste gênio irrequieto, polivalente, teimoso e instigante.
É a intersecção criativa entre a guitarra que JOHN McLAUGHLIN, os saxes de DICK HECKSTALL-SMITH e a bateria de JOHN HISEMAN. Grosso modo, é o que fizeram no GRAHAN BOND ORGANIZATION, redirecionado para o FREE JAZZ, esquecendo um pouco o BLUES. Um disco de FUSION algo heterodoxo. E tem JACK BRUCE arrepiando e transcendendo no baixo, logo após o final do CREAM.
Quer experimentar o sabor da vanguarda musical no final da década de 1970? Esteja à vontade.
JONI MITCHELL – THE HISSING OF SUMMER LAWNS,1975 Foi mais ou menos quando iniciei a minha paixão irrevogável, inegociável, irretratável por JONI!!! Poderiam ser vários outros discos dela, porém…
Fusão FOLK + JAZZ + POP recheada de amarguras, doçuras e belezas melódicas e harmônicas e rítmicas irretocáveis! E a voz e as letras dessa gênio memorável, acompanhada por time de primeiríssima linha – como sempre.
PAT METHENY GROUP – AMERICAN GARAGE -1979. O primeiro disco que dele ouvi. Adoro seu estilo, toque, composições, talento para melodias e harmonias, e a capacidade para trazer alto astral à espetacular gravadora ECM, sempre algo triste, solitária e fria.
PAT não por acaso conectou-se à música e às mulheres brasileiras. É criatura do sol, mesmo que circunspecto e compenetrado.
Seus discos e a ECM ajudaram que eu me apaixonasse pela música instrumental, e caminhasse para muitos lados, simultaneamente, e sem preconceitos.
RESENHA MUSICAL: 05/10/2023
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