JERRY LEE LEWIS: ISCA DE ENCRENCAS E TALENTO ESFUZIANTE!

E O SHOW EM SÃO PAULO.
E O ENCONTRO NADA CIVILIZADO ENTRE DUAS TORCIDAS QUE O TIO SÉRGIO PRESENCIOU!
Nunca fui de briga.
Sou um sujeito light e diplomático. Da turma do deixa isso pra lá…
Passei minha vida negociando, construindo convivências e conveniências, sempre levando em conta o lado do carneiro…
Mas, dialogando com a onça pra ver se ela se interessava por um gambá, digamos… ou, quem sabe, por uma saladinha de tomates e alface… essas coisas, em vez do pacífico bichinho e seu balido solitário.
Mas, tio SÉRGIO, What Porra Was That?
Você era arregão?
Eu diria que fui e sou profissional da “Porrada Interrompida”. Um administrador de contrariedades. Muito comuns entre condôminos, ou proprietários e inquilinos.
E sempre quando o ápice do impasse culmina para a porrada, lá vou eu ver se dá pra contornar, deixar a coisa menos brusca, acomodar…
Convenhamos: é melhor do que um “coito interrompido”. Mas, na linguagem explícita e não candente da molecada de hoje, não sou “Corta Foda”.
Assisti a uma das grandes brigas em campo de futebol do meu tempo. Foi em jogo do NACIONAL ATLÉTICO CLUBE, time hoje quase inexistente, mas que defendia sua honra em um estádio razoável, na Barra Funda, àquela época um bairro operário de SAMPA.
Era a final do campeonato da segunda divisão, lá por 1969, sei lá…
Fomos assistir eu e o meu “primo/irmão” BETÃO, levados pelo tio ANTONIO GARINI, o TONICO, jornalista que virou nome de rua.
Tudo corria mal, muito mal, quando de repente eclodiu bacobufo generalizado.
Começou dentro do gramado e, como bomba de napalm, espalhou-se e incendiou arquibancadas, etc…
Só foi contido quando chegou a polícia, instituição especializada em transformar briga de rua em guerra fratricida… e botou pra quebrar.
Não fugiu de minha memória o huno barrigudo sentado no topo do alambrado, que cobria de porrada e porretadas qualquer um que se aproximasse.
Até que, derrubado por uma facção de torcedores, teve a bunda chutada, ritmicamente, por uns 5 minutos enquanto tentava escapar.
Não conseguiu…foi resgatado pela milicada, que aproveitou para “crisma-lo” para ver se acalmava…hum!!!!
E agora o inesquecível JERRY LEE LEWIS!
Postei o que tenho dele. É pouco. Há mais, muito, muito, muito mais por aí. Inclusive uma fase “COUNTRY” esplendorosa e sensacional que ainda não consegui.
Talvez algum dia eu procure as edições feitas pela BEAR FAMILY RECORDS, completas, totalizantes, e que fazem jus ao grande, anárquico, “evolucionário” artista que JERRY foi.
Ele continua vivo. Que permaneça.
Postei três CDS importantes, e dois vídeos legais. Hoje, para mim bastam. Mas, insisto: é pouco para tanta obra e legado.
O filme sobre sua vida, “GREAT BALLS OF FIRE”, é sensacional. Não deixa de lado os podres, mesmo que suavizados. Inclusive sua relação quasi – incestuosa com a prima pré adolescente que sequestrou e com quem casou-se. E cita seu primo, o famoso pastor tele-evangelista fundamental no “Hospício do Norte”, JIMMY SWAGGART.
O filme é imprescindível para os que se interessam pelo ROCK AND ROLL VINTAGE.
JERRY LEE LEWIS foi um dos grandes integradores do COUNTRY e do RHYTHM´N´BLUES na formação do ROCK AND ROLL. Pianista criativo, excelente cantor, fundiu os dois gêneros com a expressão do ritmo negro na mão esquerda; e a melodia branca, country, tocada com a mão direita!!!
FUSION PURO E INAUGURAL!
Pois, é; a última encrenca de que me recordo foi no SHOW que JERRY LEE LEWIS deu em SAMPA, talvez uns 25 anos atrás! O PALACE, casa de shows que não existe mais, no bairro de MOEMA, estava cheio.
A banda segurava o foguete, enquanto a produção tentava trazer JERRY LEE para o palco. Ele estava “bebasso”, e demorou a eternidade!!!
A plateia estava indócil, xingando, gritando. Havia muita gente tão bêbada e drogada quando o astro.
Em certo momento, entra o JERRY. Senta-se ao piano e detona, do jeito que conseguiu, uma sequência de seus clássicos.
A turba reagiu empaticamente, dançando, gritando; alguns tentando invadir o palco, e sendo impedidos.
Em meio ao furdunço, um guapo etilizado suspendeu a namorada no ombro. Tampou geral a visão dos “hooligans” em volta…
As consequências vieram imediatamente. Uns sujeitos reclamaram na base da grossura. Mas, nem a bunda desceu do ombro, e nem os braços do namorado recolocaram a bunda e a moça no chão…
E, não deu outra: alguém tascou certeira dedada no centro do rabo da menina, que ainda estava suspenso no pescoço do cara.
Um berro! xingamentos e o pau cantou perto de mim. E mais alto do que o JERRY LEE!!!!!
Separa daqui, tira de lá; enquanto os seguranças distribuíam fartamente pescoções, porradas e chutes. Um festival de MMA ao som de ROCK AND ROLL.
Um monte de gente foi “convencida” a se retirar…
O show inteiro durou menos do que uma hora. JERRY saiu de cena sob protestos generalizados. A banda procurou manter o clima, com o baixista tentando cantar, etc. e tal.
Resumo: foi uma merda!
Inesquecível merda para esses nada tristes trópicos…
Imperdível. E, por sorte eu estava lá!

POSTAGEM ORIGINAL: 23/06/2022Pode ser uma imagem de 2 pessoas

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