O inesquecível JERRY LEE LEWIS fez um compósito que amalgamou revolução e evolução no ROCK AND ROLL clássico. Ele é um dos grandes integradores do COUNTRY e do RHYTHM´N’ BLUES na formação do ROCK AND ROLL. Pianista criativo, excelente cantor, fundiu os dois gêneros com a expressão do ritmo dos pretos na mão esquerda; e a melodia branca, country, tocada com a mão direita!!! Um feito artístico ultra relevante! FUSION PURO E INAUGURAL!
Postei o que tenho dele. É pouco. Há mais, muito, muito, muito mais por aí. Inclusive uma fase “COUNTRY” esplendorosa e sensacional que ainda não consegui.
Talvez algum dia, eu consiga edições feitas pela BEAR FAMILY RECORDS, completas, totalizantes, e que fazem jus ao grande anárquico “evolucionário” artista que JERRY foi. Hoje, tenho o CD da série ROCKS, expressivo e suficiente, mas não postado.
Trouxe mais álbuns importantes, e dois DVDs legais:
Observe o CD considerado entre os melhores SHOWS ao vivo da História: “LIVE AT STAR CLUB”, 1964. Note, também, THE LONDON SESSION, álbum duplo gravado em ESTÚDIO, e lançado inclusive no BRASIL pela MERCURY, em 1973, com a participação de músicos craques ingleses, em nível de RORY GALLAGER, PETER FRAMPTON, ALBERT LEE, GARY BROOKER, entre outros.
O filme sobre sua vida, “GREAT BALLS OF FIRE”, é sensacional, e o CD com a trilha está na foto. Não deixa de lado os podres, mesmo suavizados, na tela. Inclusive a relação quase incestuosa de JERRY LEE com a prima pré-adolescente, que sequestrou e com quem se casou. E cita seu primo, “tele-evangelista”, o pastor JIMMY SWAGGART, famoso no “Hospício do Norte. É imprescindível para os que se interessam pelo ROCK VINTAGE.
Hoje, para mim, o que tenho basta.
Pois, é; a última encrenca de que me recordo foi no SHOW que JERRY LEE LEWIS deu em SAMPA, anos atrás! O PALACE, casa de shows, no bairro de MOEMA – que não existe mais – estava cheio.
A banda segurava o foguete, enquanto a produção tentava trazer JERRY LEE para o palco. Ele estava “bebasso”, e demorou a eternidade!!! A plateia indócil, estava xingando e gritando. Havia muita gente tão bêbada e drogada quando o astro.
Em certo momento, JERRY entra. Senta-se ao piano e detona, do jeito que conseguiu, uma sequência de seus clássicos. A turba reagiu empaticamente, dançando e pulando; e alguns tentando invadir o palco, mas sendo impedidos.
Em meio ao furdunço, um guapo etilizado suspendeu a namorada no ombro. Tampou geral a visão dos “hooligans” em volta… As consequências vieram imediatamente. Alguns reclamaram na base da grossura. Mas, nem a bunda desceu do ombro, e nem os braços do namorado recolocaram a bunda e a moça no chão…
Não deu outra: alguém tascou certeira dedada no centro do rabo da menina, que ainda estava suspenso no pescoço do cara.
Um berro! xingamentos e o pau cantou perto de mim. E mais alto do que o JERRY LEE!!!!!
Separa daqui, tira de lá; enquanto os seguranças distribuíam fartamente pescoções, porradas e chutes. Verdadeiro festival de MMA ao som de ROCK AND ROLL. Um monte de gente foi “convencida” a se retirar…
O show inteiro durou menos do que uma hora, e JERRY saiu de cena sob protestos generalizados. A banda procurou manter o clima, com o baixista tentando cantar, etc. e tal…
Resumo: foi o caos em estado de catarse; manchando a reputação de nossos tristes trópicos…
Imperdível. E por sorte eu estava lá!
POSTAGEM ORIGINAL: 22/06/2022

POSTAGEM ORIGINAL: 22/06/2022
