São raros os artistas que tenham produzido três álbuns considerados clássicos. O LOVE está entre eles, e os discos são os três primeiros aqui postados.
A banda gravou relativamente pouco: sete discos de estúdio e, posteriormente, alguma coisa ao vivo com o líder ARTHUR LEE.
Porém, o mito expandiu-se a partir de 1970; e só aumentou nos últimos 50 anos. Estão em quaisquer enciclopédias sobre música popular – e merecidamente.
O LOVE não foi sucesso comercial, mas era diferenciado e fazia canções belíssimas, perfeitamente aceitáveis até pelo público mais light do SUNSHINE POP. Eram, ao mesmo tempo, finamente elaboradas com elementos do mais expressivo ROCK PSICODÉLICO.
As melodias compostas pelo grupo apresentam diversidades em tons e andamentos, e uma certa tristeza peculiar que impedia identifica-los com a banalidade POP corrente.
O LOVE dançou porque não conseguiu transitar adequadamente para o Rock PROGRESSIVO. Talvez tenha sido bom para eles do ponto de vista artístico, e pela mitologia que geraram. Criaram lugar distinto e indisputável na música psicodélica.
É curioso: ARTHUR LEE era negro. E sua música não assumia as tinturas do BLUES ou do R&B, como outros grandes do ROCK PSICODÉLICO; HENDRIX ou SLY STONE como exemplos.
LEE e seu talento diferenciado é mais um motivo para combater o racismo – falácia medíocre e criminosa – e, também, supostas divisões estanques de estilos musicais.
Pra terminar, o FOLK ROCK PSICODÉLICO, vertente seguida ARTHUR LEE e o LOVE, foi “elaborado” por outro negão, TOM WILSON, engenheiro de som da COLUMBIA RECORDS, que juntou as guitarras de sonoridade BEAT a “THE SOUNDS SILENCE”, de SIMON & GARFUNKEL. E e fez o mesmo em discos dos BYRDS e de BOB DYLAN, gravados em meados da década de 1960.
E procurem conhecer o ” PEARLS BEFORE SWINE ” , banda de mais um obscuro quase gênio do ROCK: TOM RAPP – concorrente inspirado e fugidio, sobre quem eu já escrevi em outra postagem.
Ouçam e colecionem o LOVE. É prazeroso e mandatório!
POSTAGEM ORIGINAL: 18/102019

POSTAGEM ORIGINAL: 18/102019
