Estão todos ali?
Não, claro. Como disse PETE HAYCOCK, exímio guitarrista da CLIMAX BLUES BAND: “Convidamos o RORY GALLAGHER, mas ele não tinha espaço na agenda”.
O “NIGHT OF THE GUITAR” foi um projeto amplo e itinerante, que abrangeu um monte de craques famosos, com exceção talvez de BECK, CLAPTON e PAGE.
Estavam lá ALVIN LEE, LESLIE WEST, STEVE HOWE, ROBBY KRIEGER, ANDY POWELL, TED TURNER, PETE HAYCOCK, STEVE HUNTER, RANDY CALIFORNIA e JAN AKERMAN, entre outros. Todos foram ou vieram nas várias turnês, que rolaram por uns dois anos. De tudo isso, saiu o LONG PLAY duplo do mesmo nome e este CD. Amplos resumos do evento.
O disco foi produzido por MARTIN TURNER, baixista do WISHBONE ASH que, ao vivo, é um show à parte!
O cerne da escolha foi a turma fora do “NWOBHM”, acrônimo para “NEW WAVE OF BRITISH HEAVY METAL”; ou seja, os convidados fizeram sucesso antes do IRON MAIDEN ou do VAN HALEN – este é americano, claro. É, também, elenco bem anterior aos ultra ensaiados e técnicos “ATLETAS da GUITARRA”, no estilo VAI, SATRIANI, MALMSTEEN…
Resumindo, juntou a turma do “HARD – BLUES – ROCK”, e do PROGRESSIVO. Ícones dos anos 1960, 1970, e parte dos 1980. Muito legal! Gente memorável!
Uma “perna da turnê” passou pelo Brasil, em 1988/89, acho.
Eu assisti aos SHOWS com amigos, entre eles o Edison Batistella Jr, o JUNINHO, amigão há décadas. Vimos o WISHBONE ASH, que veio com a formação clássica original; assistimos ao LESLIE WEST; e, também, a JAN AKERMAN – guitarrista do FOCUS. Shows sensacionais!
Aconteceu no falecido PROJETO SP, que era uma “tenda-teatro” (se bem me recordo), no bairro da Barra Funda, aqui em SAMPA.
Havia um bar por lá, e umas trezentas pessoas no auditório.
Foi delirante! Principalmente a performance do “ASH”, craques entrosadíssimos!
No dia anterior ao show fui lá comprar ingressos, e dei de cara com o LESLIE WEST, risonho, baixinho e imensamente gordo: um “botijão de gás peripatético”. No palco é um Ogro gritalhão que toca muito, e põe todo mundo para pular. Inesquecível!
AKERMAN deu show mais contido, algo entre o PROGRESSIVO e a FUSION. Um tanto fora do clima esperado. Mas, em nível do grande “guitar player” que sempre foi.
Recomendo o disco, principalmente o vinil, que é mais completo, e onde há imensa JAM SESSION capitaneada por ALVIN LEE, e com quase todos os participantes. É bem difícil de achar pelaí.
Estar velho tem suas vantagens!
Estive lá, e com muito prazer!
POSTAGEM ORIGIANL 29/03/2020

POSTAGEM ORIGIANL 29/03/2020
