Eu e ele nascemos no mesmo dia 29 de outubro. Eu em 1952, e “VERDINHO” em 1946. Até prova em contrário, eu continuo vivo. Ele, nos deixou tempos atrás; infelizmente.
Conheci 3 grandes guitarristas de BLUES de origem judaica: MIKE BLOOMFIELD, que dispensa apresentações; DANNY KALB, dos BLUES PROJECT; e GREEN – GREENY, para os que conseguiram ser dele íntimos. Os três “melhoraram” a técnica do BLUES; talvez porque sabiam o que é ser diferente; intuíam como ser “pretos”. Mas, isso é assunto para um “possível talvez”…
JOHN MAYALL percorreu o BLUES de cima a baixo em dezenas e dezenas de gravações. Era, antes de tudo, grande incentivador de talentos e BANDLEADER. E matou a charada, em 1967: PETER GREEN substituíra ERIC CLAPTON nos BLUESBREAKERS, e o jogo seguiu. Foi diferente e talvez melhor, segundo MAYALL.
Ouçam um clássico atemporal do BLUES INSTRUMENTAL: “THE SUPERNATURAL” , em “A HARD ROAD”, dos BLUESBREAKERS, e tirem conclusões.
É o GREENY perfeito. Entre a reverberação controlada e o dedilhar na guitarra nota por nota. Sutil, inteligível e vanguarda. Um WES MONTGOMERY do ELECTRIC BLUES… ( nossa! TIO SERGIO caprichou, e bem!!! ).
Ajudou a fazer o FLEETWOOD MAC. Dois anos de tudo ou quase tudo, entre 1967 e 1969. O mix BLUES – PSICODELIA em progressão artística: Da raiz aos galhos voando árvore acima.
Depois, fez pausa para meditação; viveu dúvidas… Foi enfermeiro profissional, inclusive. E voltou. Lapidou seu estilo e arte; gravou mais discos e morreu no auge.
GREENY eixou fãs entre os músicos. B.B. KING também gostava dele. E há dois tributos interessantes aqui na postagem. O meu veredito nada vero; capenga: PETER GREEN não conseguiu conjugar seu estilo e talento ao “timing” produtivo necessário. E perdeu – se.
Desperdiçou-se? O tempo dirá. Não trabalhou tanto feito CLAPTON e MAYALL ou MILES DAVIS. Ou CAETANO ou GIL ou VAN MORRISON.
Talvez a produtividade de um JOÃO GILBERTO? Muito pouco e muito bom? Quem sabe… Mas, como o nosso JOÃO, ter – se tornado músico referência de outros músicos talvez seja imortalidade suficiente para PETER GREEN.
Algumas lágrima de gratidão ao ainda quase segredo “VERDINHO”.
Persiga, compare e curta.
POSTAGEM ORIGINAL: 27/07/2020

POSTAGEM ORIGINAL: 27/07/2020
