É um excelente BOX lançado na INGLATERRA, em 1995. O DESIGN é belíssimo! É muito bem produzido e organizado; recheado por fotos, bons textos e informações discográficas. Gravações e masterização são muito boas. Está lá tudo o que importa, cobrindo a carreira da banda nas duas fases e formações que realmente interessam.
Claro, quem domina é o BRIAN FERRY, criativo cantor e compositor das letras; um ícone POP indiscutível. Onipresentes, como esperado, PHIL MANZANERA nas guitarras; ANDY MACKAY, sax; o baterista PAUL THOMPSON, e o genial BRIAN ENO (enquanto pertenceu à banda). São os responsáveis pelos arranjos, e vêm reforçados por time de instrumentistas craques, garantindo a original e bem sucedida música POP que compuseram.
O ROXY MUSIC era uma justaposição de conceitos e ideias, que funcionavam – e muito! – depois de pronto. BRIAN FERRY chegava com o tema principal e as letras. E, normalmente acompanhado por si mesmo ao piano, dava um “briefing” para o grupo. Depois saía, e a banda assumia o arranjo e o restante. Havia interdependência limitada e respeito às individualidades. Os resultados surpreendem!
No BOX estão quatro CDS bem definidos. Um deles com 17 faixas contendo os SINGLES, B-SIDES, e os REMIXES. E há mais três CDS que coligem 50 canções originais, as faixas dos Long Plays de estúdio:
“ROXY MUSIC”, 1972; “FOR YOUR PLEASURE”, 1973, ambos ainda com BRIAN ENO na formação. Depois, vieram “STRANDED”, 1973; “COUNTRY LIFE”, 1974; e “SIREN”, 1975. Em 1976, lançaram o espetacular “VIVA”, concerto ao vivo que não entrou nesta coletânea. A primeira fase, combinando ART ROCK com GLITTER, encerrou-se ali. E o grupo se separou.
Porém, retornaram em 1978, com a sonoridade bastante redefinida e atualizada. E gravaram “MANIFESTO” 1979; “FLESH AND BLOOD”, 1980; “AVALON”, 1982 – um clássico da banda e da década de 1980! -, são três álbuns excelentes, e comercialmente bem sucedidos. E, talvez, seja o período que sobreviverá, do ponto de vista artístico da memória.
O ROXY MUSIC foi quase gigantesco, diferenciado e absolutamente vanguarda em seu tempo de atuação. É muito fácil gostar deles, e admirá-los sem restrições.
Em 1994, eu e Angela, minha mulher, estávamos em um ônibus urbano em Nova York, quando vi um poster anunciando que BRIAN FERRY iria começar por lá turnê mundial naquele dia, uma hora depois!
Bem, descemos do bus, andamos uma quadra, e entramos no clássico “BEACON THEATRE”. Compramos ingressos e assistimos ao concerto. Estava cheio, mas não lotado. EXCEPCIONAL!
Tive liberdade total. Fotografei o quanto quis, andei até a beirada do palco, debrucei-me e vi a banda tranquilamente. ROBIN TROWER era o guitarrista! A turnê veio para o BRASIL, uns meses depois…
O ponto baixo da odisseia foi a banda que abriu o show; uma certa “Combustible Edison”. Repertório e performance horrorosos! Despontou para a obscuridade.
Os ingressos estão postados na foto.
POSTAGEM ORIGINAL: 25/10/2025
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