Por volta de 1972, foi lançado pela UNITED ARTISTS (UA) americana lançou álbum duplo magnífico, com a retrospectiva da carreira de STEVE até aquele momento.STEVE é um superdotado precoce. Iniciou a carreira com 14 anos. Era voz e órgão do SPENCER DAVIS GROUP, e tocava em boates de STREAP TEASE, atrás das cortinas para não ver as moças trabalhando…
Aos 18 anos STEVE já era um sucesso e um mito!
O álbum duplo iniciava com os sucessos do SPENCER DAVIS GROUP (1964 – 1966); passava pelo excepcional PSICH/PROG/FUSION TRAFFIC (1967 – 1974).
Claro, há o BLIND FAITH (1969), o primeiro SUPERGRUPO do ROCK, que durou apenas dois meses! Afinal, unir ERIC CLAPTON, o baterista GINGER BAKER e o baixista RICK GRETSCH, todos astros e no auge, justifica o ÍCONE POP supremo que este único disco gravado se tornou!
Há, também, faixas esparsas e raras, como ERIC CLAPTON & THE POWERHOUSE (1966); algumas com JOHN MAYALL, CLAPTON e vários outros parceiros.
O nome do álbum era WINWOOD. Excepcional desde a concepção gráfica, com ótimo texto e o luxo merecido para um astro em ascensão.
Como todo colecionador sabe, essas coisas sempre foram bastante caras. Na época, eu e o SILVIO DEAN, um amigo eterno, colecionávamos em conjunto, mas cada um era dono do que comprasse…
Cheguei certo sábado com o disco para ouvir na casa de outro amigo, o FRED FRANCO JR! Houve uma explosão atômica subterrânea! “Pô, meu; tanta coisa melhor e você compra isso? A gente já tem grande parte do material…”
Porém, com o tempo, o álbum virou paixão geral e circulou muito entre nós.
Certa vez, perguntaram ao ED MOTTA qual grande artista não fazia discos a altura de seu talento?
Resposta na lata: STEVE WINWOOD!
Pois, sim! Sempre talentoso, talvez tenha atingido seu auge muito cedo. Depois, fez carreira um tanto errática, mas com picos eventuais, como em 1986, com o excelente disco de R&B ” BACK IN THE HGH LIFE”, um dos hits daquele ano difícil, aqui no Brasil.
E, claro, jamais se pode esquecer que STEVE WINWOOD é um dos superdotados da música, e toca com Deus e o mundo, sempre e talvez até o final de seu tempo…
Nessa postagem há uma excelente e muito abrangente coletânea com 4 CDS, lançada em 1995. Todas as bandas e fases de WINWOOD estão representadas.
Sua carreira solo tem vários hits, que frequentam rádios FM e o STREAMING. Mas, ele sempre foi um cara tristonho e algo sem graça. Talvez reflexo de uma infância que jamais desfrutou…
STEVE WINWOOD o tempo inteiro nos deixa a sensação de incompletude, de que falta alguma coisa; está ausente um quê de inspiração que transcenda a lenda e atinja o satisfatório enquanto arte…
Há nessa postagem um CD duplo, abrangendo 3 discos de ROCK PROGRESSIVO. O projeto GO, de 1976, do percursionista japonês STOMU YAMASHITA, com os teclados e vocal de de WINWOOD. Participa, também, MICHAEL SCHIRIEVE, percussionista do SANTANA.
O primeiro CD é muito bonito melodicamente. O segundo, chama-se “GO – LIVE FROM PARIS” , e a eles se juntaram os guitarristas PAT THRALL e AL DiMEOLA, e o tecladista alemão KLAUS SCHULZE. Está aí, também, o terceiro disco de STOMU, o “GO TWO”, já sem STEVE WINWOOD.
Talvez o mais inusitado seja o ÁLBUM AIYE – KETA, DE 1973, com um trio chamado THE THIRD WORLD. Disco de inspiração totalmente africana, e muito fora do que STEVE alguma vez tenha feito!
Aliás, a tendência de WINWOOD reforçar demais a percussão a mim não agrada. Acho um tanto “fake”; forçado. Mas, é isso que ele tem feito muito.
STEVE e ERIC CLAPTON são parceiros desde os anos 1960, e juntaram os talentos para uma espécie de revival do BLIND FAITH, por volta de 2014. Foi um sucesso! Há CD e DVD disponíveis.
Além de tecladista STEVE é um guitarrista diferenciado, e, claro, excelente cantor. Tem voz marcante, imediatamente identificavel; É um herdeiro direto de RAY CHARLES!
Quem sabe, no correr dos tempos, o conjunto de sua obra, principalmente dos últimos 40 anos ( uau!!!! ) estabeleça o artista excepcional que ele é.
Esperar para ver e ouvir. Sempre!