Eu estava estirado no sofá, à noite, logo depois de ter tomado a minha papinha, e bem do jeito que a cachorrada doméstica prefere:
Quer dizer, impedindo qualquer outro de sentar-se. Mas, tudo bem. Sozinho em casa, e nem sombra de bicho doméstico, porque jamais tive ou terei, acordei meio torto e lembrei-me do GRAMMY.
Fui dar uma cheirada virtual. Peguei de mais da metade para o final, mas deu pra tirar algumas ideias e, talvez conclusões:
1) Parece que a ACADEMIA detectou que a mesmice do falatório do RAP já deu o que tinha de dar. A geração atual de artistas vem buscando um caminho mais melódico, e adolescente, claro. Irreverente, porém, não GANGSTA, por assim dizer…
Está mais audível e palatável para um público não tão jovem, também. Papai, mamãe, titia… talvez suportem mais. Daí;
2) Eu vi o JUSTIN BIEBER, astro para adolescentes, que já passou da fase, tentando cravar triplo na loteria esportiva do POP.
Ele apresentou-se com dois meninos negros, muito bem escolhidos.
Um deles, fazia o gênero BAD BOY do RAP; errático, andava pelo palco meio sonso, grunhia platitudes ao estilo MC. E outro, o GOOD BOY DO NEO R&B, bonitão, bela voz, melodiosa, e cantor aproveitável.
O que o tio SÉRGIO achou?
Como apresentação e música, nada.
Mas, estava claro que o JUSTIN queria fugir da síndrome de JÚNIOR LIMA, o irmão da SANDY: quando o período de bonança termina, é preciso reciclar o material e o comportamento. Se não, dança e fica fora do mercado. E o BIEBER luta pra continuar.
3) Vi pedaço de clipe do BTS, aquela BOY BAND COREANA, tudo bonitinho, limpinho, ensaiadinho, e clonadinhos de seus respectivos ocidentais.
Os garotos são tão irreverentes quanto um PUNK ALEMÃO: desses que só atravessam a rua de madrugada, quando abre o sinal para pedestres…
Deixa os garotos pra lá…
4) Gostei da HER. Apresentação vigorosa com o LENNIE KRAVITZ e banda, boa cantora, atraente, presença de palco e música legal. Achei a menina talentosa!
5) ÁLBUM DO ANO: JON BAPTISTE. É interessante. Faz uma FUSION de R&B em suas várias hipóteses, algum JAZZ e certa sofisticação. Achei a escolha certa. Ao menos foge do oceano de semelhantes, irrelevantes ou simplesmente já vistos antes…
6) DISCO DO ANO: SILKY SONIC, ensaiadinhos, melodiosos e sem grande novidade. Mas procurando conectar-se com a nova tendência reduzindo o falatório POP. Não comove e nem demove…
7) DOJA CAT & CSA: ganharam GRAMMY como DUO POP!!!!!! Ouvi no YOUTUBE: nítidas nulas!!!
O ponto alto foi a elegância de LADY GAGA, ajudando DOJA subir no palco, segurando o rabo do vestido da colega. O rabo era do vestido, repito…
Assisti à performance de CARRIE UNDERWOOD. Ela tem OITO GRAMMYS!!!!!!!
Quando ganhar o próximo, vai fazer a PROVA DOS NOVE: E NOVE FORA = ZERO!
9) O GRAMMY 2022 foi encerrado pelos OSBOURNE BROTHERS.
É SOUTHERN ROCK. Eficientes, animados, emulam um compósito entre os ALLMAN BROTHERS e o desentope… ooooppps, Z.Z. TOP!
A fórmula tem mais de 50 anos, mas ainda funciona. É boa para rodeios e outras ocasiões festivas ou solenidades para disputas.
E o GRAMMY é arena bem apropriada.
POSTAGEM: 04/04/2022