“SIR TOM WOODWARD” também recebeu a ORDEM DO IMPÉRIO BRITÂNICO, da mesma forma que seus conterrâneos PAUL McCARTNEY, BRIAN MAY, JEFF BECK, ERIC CLAPTON e outros muitos.
TOM JONES é um patrimônio cultural da GRÃ BRETANHA. Nasceu no PAÍS de GALES; e incerto dia, em 1968, fez temporada de shows em LAS VEGAS; e ganhou um baita fã, e amigo para sempre:
ELVIS PRESLEY quis conhecê-lo, e perguntou como ele conseguia cantar daquele jeito?
A resposta: “Bom, parte da culpa é tua, ELVIS”. E era mesmo. Quem na geração dele não foi influenciado por PRESLEY!!!??? Tio SÉRGIO, do alto de sua língua solta complementa: foi culpa de ELVIS, de JAMES BROWN e dos cantores negros de R&B, também…
Dizem que o sucesso de TOM JONES inspirou PRESLEY a retornar aos palcos.
É interessante lembrar que, mais ou menos de 1962 em diante, grupos musicais produziram a maioria dos sucessos na INGLATERRA. E logo, seus integrantes começaram a criar o próprio material, deixando os compositores profissionais em situação difícil. O espaço para cantores que não criavam o próprio repertório havia diminuído. Este fato poderia ter selado o destino de TOM JONES, que jamais escreveu um verso.
Porém, deu-se o contrário. No final dos 1960, os cantores já estavam de volta. Entre eles, alguns ex-membros de bandas, que partiram para carreira solo aproveitando um mercado crescente de “SINGERS-SONGWRITERS”. E PAUL SIMON, CAROLE KING, LENNON, GILBERTO GIL, CARLY SIMON, CHICO BUARQUE, CAETANO, McCARTNEY, e outros mais mundo afora participaram pra valer.
E o espaço para cantores também ampliou-se. Afinal, surgiram músicas novas, estilos e compositores aos montes…
TOM JONES teve carreira meteórica. “IT´S NOT UNUSUAL”, o segundo SINGLE, explodiu! Foi lançado em fevereiro de 1965, contra a opinião de seu empresário, que a tinha composto, e considerava “light” demais para o estilo dele.
TOM deu uma interpretação mais pesada, mais R&B, para uma “BABA POP” que havia sido pensada para SANDY SHAW!
Em abril de 65, TOM JONES já estava na TV no POL WINNERS da NEW MUSIC EXPRESS, ao lado dos BEATLES, STONES e KINKS. Ele subira feito um míssil!
A gravadora DECCA tinha duas estruturas de produção artística: uma para os SINGLES e outra para LONG PLAYS. Com o sucesso nas paradas, TOM JONES foi imediatamente fazer LPs. E três bastante bem – sucedidos, entre 1965 e 1966: “ALONG CAME JONES”; “ATOMIC JONES” e “FROM THE HEART”.
SIR TOM Ficou dez anos na DECCA, onde gravou incontáveis SINGLES e EPS; e 15 LONG PLAYS. Estão lá canções marcantes na década de 1960, como “GREEN, GREEN, GRASS OF HOME”, “DALILAH”… Ou o clássico “SHE´S A LADY”, de 1971, que voltou às rádios, e se tornou HIT contemporâneo. Ainda toca mundo afora!
Em 1971, ele foi o cantor de maior sucesso, e que mais faturou no planeta! Claro, falo da TERRA… De 1969 a 1970, apresentou show semanal na televisão americana. “THIS IS TOM JONES”, sucesso total vendido para o mundo inteiro. Inclusive o Brasil.
Lá SIR TOM cantou com ARETHA FRANKLIN, ELLA FITZGERALD, RAY CHARLES, JOHNNY CASH… E JONI MITCHELL, JANIS JOPLIN, CROSBY, STILLS, NASH & YOUNG, e incontáveis. Eu cheguei a assistir por lá os MOODY BLUES a caminho do auge da fama !!!!
A fase DECCA foi apenas a primeira. Depois, TOM gravou para a EPIC, mais direcionado à COUNTRY MUSIC, como fez seu amigo JERRY LEE LEWIS. Esteve também na MERCURY – entre diversas…
Até agora, TOM gravou mais de 40 ÁLBUNS!!! 379 SINGLES e EPS; tem 583 COLETÂNEAS e 46 VÍDEOS. Tá bom, não é !!!!
Para escrever o texto escutei os seus discos o dia inteiro. E mudei muito a minha percepção sobre o artista:
TOM JONES é um diferenciado talentoso!
Com dez anos de idade, cantava música religiosa na escola. Um dia, o professor perguntou por que fazia como se fosse um negro cantando GOSPEL?
Ele respondeu que cantava como sentia… TOM sempre foi um cara centrado, realista, seguro, e de percepção aguda!
O nosso SIR TOM JONES WOODWARD tem timbre que se adequa para estilos musicais variados. Sua voz é forte, extensa. Um barítono encorpado, rascante e nítido. E o registro alcança do TENOR ao BAIXO. Talento natural!
No decorrer da carreira na gravadora DECCA, tornou-se progressivamente melhor. Ele é ótimo INTÉRPRETE, e sempre foi um “ACONTECIMENTO” no palco, como vários de seus companheiros de geração!
TOM JONES tinha o carisma, e a performance em nível de JAGGER e FREDDIE MERCURY. Fazia shows dinâmicos, cheios de energia, e punha a turma pra dançar! E se destacava da concorrência por sua figura e personagem MACHO ALFA.
Existe historinha engraçada contada em documentário para JEFF BECK, a cantora LULU, e outros músicos, que riam adoidados:
O lendário produtor JOE MEEK, homossexual e assediador, tentou apalpar o nosso herói-garanhão. Ganhou olhar fulminante! Tentou novamente, levou bronca homérica… Na terceira vez, tomou umas porradas pra valer, pra deixar de ser folgado!
SIR THOMAZ casou-se aos 16 anos de idade com MELINDA, que morreu em 2016. Ela suportou incontáveis puladas de cerca. TOM JONES é um clássico do POP internacional; passou dos oitenta anos, e mais de 100 milhões de discos vendidos!
TOM JONES consegue cantar quase tudo. O extenso repertório é na maior parte de bom gosto. Abarca os clássicos da grande canção americana e inglesa. Gravou imensa variedade compositores; de SMOKEY ROBINSON a BURT BACHARACH.
Estão nesse BOX performances pessoais de incontáveis HITS das décadas de 1950/60 até a metade dos 1970. E haja STANDARDS e CLÁSSICOS!
E, como alguém disse, SIR TOM JONES vai da delicadeza de BROOK BENTON à garra de um JERRY LEE LEWIS. Profissional muito adequado e antenado às variações de sua época, e o tempo inteiro.
Este BOX é muito bom. São quinze CDS de carreira. E mais um álbum duplo com SINGLES, RARIDADES, e etc…, onde estão músicas como THUNDERBALL, da trilha de JAMES BOND; e WHAT´S NEW PUSSYCAT, também de trilha sonora e HIT na carreira dele.
Os discos têm ótima qualidade de som; e inclusive a remasterização do original ficou ótima! A apresentação do box é bonita. Há LIVRETO simples, porém bem feito. Mas, faltam mais informações da parte técnica. Não ficamos sabendo quem toca em qual faixa, quem produziu, essas coisas fundamentais para tecer um elogio ou crítica mais bem dirigidos. E a qualidade da capa dos discos, imitações de LP, é ruim, como tem se tornado comum, infelizmente…
Em compensação, os CDS são imitação do rótulo original da DECCA, em VERMELHO; que, na época, identificava as gravações em MONO. Expressa o clima daqueles tempos, recorda os tempos do vinil original. É bonito e “aconchegante” da gente ver e tatear.
Mesmo com “falhas” , é divertido e não é caro. A FADINHA MASTERCARD deixou-o na porta de casa por $55,00 BIDENS, uns R$ 250,00 mandacarus. Vale a pena para quem gosta do estilo dele.
TOM JONES não tem o rigor técnico de um MATT MONRO, o cantor POP INGLÊS de REFERÊNCIA em seu tempo. Porém, é ótimo cantor de MÚSICA NEGRA ( ooopss PRETA ) em geral. Deixa um pouco a desejar no BLUES… Mas, é excelente no RHYTHM´N’ BLUES e muito bom na SOUL MUSIC. Domina os estilos da STAX e da ATLANTIC.
Seu disco de 1975, “MEMORIES DON´T LEAVE LIKE PEOPLE DO”, sua despedida na DECCA, é MOTOWN década de 1970 da melhor qualidade! A produção de JOHNNY BRISTOL é marcante; e a banda – aliás, como em todos os seus discos – é de alto nível técnico e artístico.
Experimentem ouvir o disco “13 SMASH HITS”, de 1967, onde TOM canta sucessos de outros, em versões adequadas para sua voz, e estilo. É boa referência para testar o cantor e sua versatilidade.
SIR JONES é muito bom cantor de COUNTRY, também. Por isso, ao mudar para a EPIC RECORDS focou no estilo. E, nesse BOX, há inúmeras canções do gênero, que vão do romântico ao mais energético.
Ele sempre mantém a veia POP exposta e muito eficaz. Existe SINGLE, da década de 1990, onde TOM canta muito bem KISS, do “PRINCE”, acompanhado pelo “ART OF NOISE”! – grupo alternativo de referência. Foi mais outro sucesso!!!
TOM JONES ainda faz coisas por aí. Sempre foi fisicamente privilegiado. E tem muita energia pra queimar!
E TIO SÉRGIO aconselha a vocês colocarem fogo na festa ouvindo e tocando este BOX sensacional!
É um compêndio. Tente!
POSTAGEM ORIGINAL: 12/11/2022

POSTAGEM ORIGINAL: 12/11/2022
