ZOMBIES – COMPLETO + ODISSEY & ORACLE – E AS ORIGENS DO POP BARROCO

É curiosa a semelhança entre o início e o destino das carreiras de três bandas inglesas contemporâneas na segunda metade dos anos 1960: o PROCOL HARUM, engravidado pelo “PARAMOUNTS”; os MOODY BLUES, da primeiríssima fase ( “GO NOW”, 1965 ); e os ZOMBIES, em” BEGGIN HERE” .
Todas fluíram do BEAT para a PSICODELIA e, depois, em direção ao ROCK PROGRESSIVO.
Os ZOMBIES foram a exceção, encerrando a carreira com disco síntese de uma das vertentes do ROCK PSICODÉLICO, o POP BARROCO, no clássico “ODESSEY & ORACLE”, de 1968.
É obra artística e comercialmente bem sucedida. E “cult no úrtimo”, como dizem alguns amigos do interior paulista, com merecida e crescente fama no correr dos tempos.
Mas, notem: “TIME OF THE SEASON”, 1968, o hit perene do álbum, foi “emulado” do primeiro SINGLE de sucesso dos próprios ZOMBIES, em 1964: “SHE IS NOT THERE”, é o nariz de um, e o “nazone” do outro…
Porém, ODESSEY & ORACLE não é um disco seminal.
Eu argumento; entre 1966 e 1967 há SINGLE dos BEATLES ( ELEANOR RIGBY, 1966, que inaugurou o POP BARROCO). E nada menos do que TRÊS dos ROLLING STONES ! ( LADY JANE, 1966; RUBY TUESDAY e DANDELION, 1967 ). E, mais dois clássicos do PROCOL HARUM: “HOMBURG”. E, principalmente, “A WHITER SHADE OF PALE” – hit internacional perene e a música mais tocada na Inglaterra em todos os tempos, ambas de 1967.
Existem outras, mas essas bastam!
E há, principalmente, LONG PLAYS que estabeleceram a vertente. Eu recordo alguns curiosamente de bandas americanas, que pavimentaram o caminho: Os TRÊS PRIMEIROS do “LOVE”; o pouco lembrado e também cult ” PRETTY BALLERINA” , gravado por “THE LEFT BANK”. E, claro, “PET SOUNDS” dos BEACH BOYS. Todos foram realizados entre 1966 e 1967, e nitidamente inspiraram os ZOMBIES.
Acho, também, que o disco dos “RASCALS”, “ONCE UPON A DREAM”, um LP. de R&B PSICODÉLICO, de 1968, tem alguma ligação com “TIME OF THE SEASON” – muitos talvez discordem.
Vou recordar duas músicas gravadas na Inglaterra, em 1968, e SINGLES MAGNÍFICOS, e de sucesso, também incluídos no POP BARROCO, “ELOISE”, de BARRY RIAN. E McARTHUR PARK, com RICHARD HARRIS.
Os ZOMBIES fizeram quase por acaso o disco mais claramente definidor e definitivo da vertente, que subsistiu um pouco além, e talvez tenha findado no clássico do KING CRIMSON, “ISLAND”, 1971.
E para não esquecer, o cerne dos três primeiros discos solo de COLIN BLUNSTONE, o vocalista dos ZOMBIES, são também POP BARROCO, e consequências diretas de “ODISSEY & ORACLE”.
Aliás, a fama e reconhecimento do primeiro entre eles, “ONE YEAR”, 1971, vem crescendo, e muito entre colecionadores e a crítica especializada.
Haja fôlego para encher a paciência de todos, enumerando discos quase VINTAGE! Mas, procurem ouvi-los.
Os ZOMBIES estão no ROCK AND ROLL HALL OF FAME, graças ao reconhecido clássico que fizeram.
E, mesmo assim, como observou há mais de 40 anos meu amigo e de muitos por aqui, Rene Ferri, em seu fanzine “WOOP BOP”, “nunca se colecionaram fotos de COLIN BLUNSTONE “…
POSTAGEM ORIGINAL: 20/10/2019
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