Sou totalmente a favor da maneira como ela foi organizada.
Eu, como cidadão, não aceito um Estado que usa métodos medievais para obter informações. Não aceito ser representado por Instituições que torturem, violem direitos de maneira geral, e direitos humanos em particular.
Então, se eu tivesse ingerência sobre as Forças Armadas, os “milicares”, e todos os que foram citados no relatório final, exigiria que o Estado abrisse totalmente as informações restritas sobre o período. Quem reprimiu já sabemos.
Agora, vamos saber o que confessaram os reprimidos da esquerda, o que fizeram, como fizeram, se houve mortos e quem matou quem do outro lado. E como foram os assaltos, os justiçamentos, as desapropriações. E quem colaborou com o regime, quem eram os traidores e todo um painel político e delinquencial, feito por essa ala da sociedade civil.
E, também, apareceria uma penca de cidadãos civis ditos de extrema-direita que fizeram atentados a bancas de jornais, à OAB, empastelaram jornais independentes, espancaram adversários pelo simples fato de serem de esquerda ou não concordarem como o regime vigente.
Os que cometeram atos de terrorismo urbano em nome de ideologias, fé religiosa e muitas outras barbaridades. Onde estão e quem são esses rapazes e moças bem nascidos, hoje bem postos por aí? Eles também devem ser contemplados com uma referência na história dessa sofrida Patópolis tropical, vocês concordam?
Ou seja, do “heroico brado retumbante”, conheceríamos “os heróis cobrados ressonantes”. E, se a história presente não se alterar muito, teremos elementos fáticos para escrever melhor a história para o futuro. Pois sociólogos, antropólogos, historiadores, e estudiosos de diversas áreas poderão fazer análises mais precisas do ponto de vista marxista, estruturalista, weberiano e o escambau. Que tal a minha sugestão?
É por isso que sou favorável à elucidação dos fatos históricos, mas que a lei da anistia seja preservada como está. Vamos encerrar de vez esse período lamentável de nossas existências.