Não, não, pessoas!
Não sou eu, nem o seu namorado, patrão, Bolsonaro, Temer, Lula ou quaisquer outros potenciais candidatos que a mente recordar .
É apenas o nome de uma COMÉDIA ROMÂNTICA VENEZUELANA, dirigida por EDGAR ROCCA, em 2016. E se refere ao que pensa sobre si mesmo o personagem principal, JUAN ANDRES ( Alexander Silva ), em crise existencial e na casa dos trinta anos.
ANDRES é um pretendente a escritor, algo intelectualizado, mas pegador serial. Um latino cool, fora do estereótipo, bom de papo e bebedor, com quem um contêiner de mulheres bonitas e também resolvidas, livres e civilizadas se envolvem.
O “passa rodo” transcorre geral. Mas, com charme… E, no final, há um mea culpa e redenção feliz.
O interessante é que o filme acontece na moderna Caracas, bela, aprazível, de classe média, tudo funcionando, boas escolas, hospital modelo e bares descolados.
E gente instruída, que reconhece filmes de “ANTONIONNI”, BERGMAN, KUBRICK, WOODY ALLEN, no melhor estilo anos 60\70.
Tudo muito verossímil, como a gente pode observar…
Não há qualquer referência à política. E nem vestígio da truculência ditatorial de CHAVES, ou do bigode do MADURO.
E muito menos do empobrecimento criminoso de um país econômica e geopoliticamente viavel.
Na trilha sonora, um LATIN-JAZZ LEGAL e NÃO-CUCARACHA. A única cena destoante é de um motorista de taxi solidário, mas que pragueja um pouco…
Quer dizer, tudo o que sabemos sobre os nossos irmãos ao norte é que são felizes e têm como referência Madrid. E tudo tende a dar certo – como deu no final.
Assisti de madrugada, nos canais da Net, enfrentando a minha insônia. Foi bom, diversão agradável: continuei sem dormir. E por que escrevi isto aqui? Porque somos todos chatos, incompetentes e não sabemos viver ou fazer filmes que reflitam o “MELHOR DE NOSSA GENTE”.
Eu acho que o financiador foi a Embrafilmes deles – talvez “VENEZUFILMES”…