Gosto muito de meus amigos e amigas. De todos eles. Amizade pressupõe seleção; portanto vontade, tolerância e afeto combinados em atos sucessivos que constroem relacionamentos.
Eu sou um cara contido, não necessariamente tímido, mas preocupado o tempo inteiro em ser claro, não ferir, dizer o necessário e o que considero importante para ser compreendido e compreender.
Eu sou meio chato com a escrita, gosto que seja bem feita – é uma pretensão e uma exigência pessoal nem sempre alcançada. Afinal, quem consegue escrever direito nesta nossa língua, não é mesmo?
Mas, é assim. Eu gosto de polêmicas, discutir ideias e participar das divergências construtivas. E quase sempre consigo com meus amigos e interlocutores como o Silvio, o Valdir Zamboni, Sérgio Cardoso, Cesar Lima, Nelson Rocha dos Santos, Fábio Góis, Gerson Périco entre vários.
E sinto falta absoluta do Naiff, do Aldahyr e do Betão. Todos acrescentam, mesmo os que não estão mais aqui, já que intuo o que pensariam sobre o quê penso.
No entanto, e não sei se é defeito ou atributo favorável, passo o tempo todo perscrutando fronteiras: veemência x prepotência; ambição x obsessão; e, hoje, justiça versus justiçamento. Não me sinto acuado mas, confesso, me percebo vigilante e pouco natural em meus movimentos pela cidade. Talvez seja normal.
Todos refletimos de um jeito ou de outro as vivências do dia-a-dia. Eu me sinto mais conservador, menos ousado. No fundo, sempre fui mais ou menos assim: é atitude de autodefesa, e um jeito de ser em ambientes nem sempre hospitaleiros.
Mas, por que estou escrevendo tudo isso? Talvez para me entrosar com vocês todos; sei lá, tangenciar para convergir, estar mais próximo, mais vivo, menos passivo. Tentar alcançar o sentido mais correto do que todos vocês pensam e me comunicam.
Agora, chega. Afinal, não sou muito fã do JOHN LENNON e nem do MILTON NASCIMENTO.
PORTANTO, DA PIEGUICE EU FUJO!!!
TEXTO ORIGINAL 11/02/2023