VIOLÊNCIA, VALORES E PRIORIDADES – MINHAS OPINIÃO EM 2013

Tá bom! O que vou comentar talvez não o fizesse sob essa perspectiva, alguns anos atrás. Eu sei; em qualquer sociedade moderna INSTITUIÇÕES, CARÊNCIAS, PROBLEMAS, etc, se intercomunicam. Portanto, em tese devemos ter visão global para compreender o que está acontecendo.
Mas, a impermanência é a regra número um da vida. Tudo se altera, inclusive as visões e versões sobre a existência e a sociedade. No trajeto se acrescentam informações, conhecimentos; e talvez com o fluir da idade, a experiência e a sabedoria.
Bem, já cheguei aos 60 anos. E, apesar de minha formação humanista – sou formado em ciências sociais e comunicações -, tendo a enfatizar entre os inúmeros problemas que o Brasil …desfruta…, o mais grave e premente é a violência!
Pois, é. Conheço pouquíssimas pessoas que não sofreram algum assalto, roubo ou agressão; e nenhuma que não conheça alguém vítima dessa quebra de regras de convivência social. Eu mesmo já fui assaltado inúmeras vezes – calculo umas oito! É pavoroso e covarde – e olha que eu sou um animal de grande porte!
Há causas provenientes de nossas carências sociais – sem dúvida; mas elas já deveriam estar algo mitigadas, já que investimentos no social, na distribuição de renda e na melhoria nas condições gerais de vida são visíveis, nos últimos 20 anos. Então, por que a flagrante percepção de que a insegurança é permanente, algo perene e até insolúvel?
Eu acho que tem a ver com a quebra geral de valores que experienciamos em nossa sociedade. Eu identifico isto com as mudanças na estrutura familiar. Hoje, um casal para sobreviver com dignidade não pode prescindir do trabalho dos dois. E incluo como digno o direito de homens e mulheres exercerem profissão, desenvolver carreira e ter metas pessoais dentro e fora de casa.
Mas, considerem: os filhos, hoje, necessariamente ficam mais sós e são menos orientados. E principalmente nas classes mais baixas, ficam sujeitos a pressões do ambiente que estimulam o desvio das regras, incentivam o consumo de bens que a maioria não pode pagar, e não percebem como valor fundamental a educação – tanto familiar como formal.
As crianças estão jogadas ao vento, e junte-se a isto uma ideologia que enfatiza direitos em detrimento das obrigações – de ambos, pais e filhos! -, e a permissividade e tolerância por parte de todos e, pronto: está criado caldo de cultura que relativiza o certo e o errado, não estabelecendo parâmetros e limites para os indivíduos. Quando um garoto diz que a sua profissão é ser bandido, algo está profundamente errado. Parear o conceito de trabalho com atividades criminosas – que são parasitárias – é uma inaceitável inversão de valores. Então, o que fazer?
Eu também não sei. Mas suspeito que o caminho correto é dar absoluta prioridade para o combate à violência.
Em ambientes mais seguros o professor e o médico vão à periferia; os serviços públicos atingem morros, favelas; e os necessitados em geral serão mais bem atendidos. Sem considerar que os negócios florecem e até se descentralizam, tendendo a criar novos polos de desenvolvimento.
E, de quebra, será possível estancar, também, a decadência dos valores mais bem reconhecidos em nossa sociedade. Entre todos os nossos males – e são vários -, eu acho a violência o mais nocivo. Porque é, também, uma das bases da corrupção.
Pronto, “bloguei” de novo!

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