Acabou de passar um PARAGLIDER, na minha janela, no Guarujá. Eu moro em uma espécie de terminal urbano de asas deltas, paragliders, etc.. e tal.
É animado, a garotada voa de olho nas janelas dos apartamentos, na expectativa de flagrar alguém em situação, digamos, comprometedora… Comprometedora nada, pivetes alados, é só a turma que tem o direito de estar à vontade, na própria casa, pô!
Eu os cumprimento, dou tchau e eles olham, mas não identificam nada, porque voam muito rápido. Não prestam atenção na gente, porque podem acabar lustrando rochas à beira do mar…mortos.
Mas, as mulheres geralmente ficam espertas. Voar é liberdade para flagrar, intrometer-se à distância na intimidade alheia. Sempre foi assim. E, agora com os DRONES, o inferno descongelou de vez…
Meu imenso, inesquecível e “fazfaltante” amigo ALDAHYR RAMOS, jornalista veterano, competentíssimo e muito louco, contou a seguinte história:
Pediu ao piloto de um desses helicópteros que operavam para a televisão onde ele trabalhava, e vigiam polícia, seguem crimes e etc…, que tentasse filma-lo em um motel que tinha os tetos retráteis.
O piloto conseguiu, mas ninguém distinguiu nada.
Mesmo assim, ele adorou, porque foi CONSAGRADO EM PLENA REGÊNCIA.
A solista, a moça que estava no “palco” com ele, era uma performer de primeira, fofocou entre amigos…
Nunca voei para flagrar CONCERTO ALHEIO.
Mas, certo dia eu estava em um apartamento em obras, com engenheiro e equipe. De repente, um alvoroço na janela. No prédio ao lado um casal empolgado queimava incenso no altar de Eros….
Pedreiros e todo mundo parou e ficou assistindo…
O reino dos céus sempre pertencerá aos homens e mulheres de boa e com muita vontade…