Foi um fetiche em minha adolescência. Imaginem 50 anos atrás ter um aparelho que “extrairia” do rádio as músicas que você ouvisse? Ou gravasse o som das brincadeiras e imbecilidades juvenis que você é amigos quisessem?
O gravador K7 liberou essas possibilidades!
Eu comprei um através de meu pai, em 1969, acho! Era do ponto de vista de hoje um instrumento precário. Gravar do rádio ou da própria “vitrola” não era intermediado por cabos e plugues. Simplesmente se colocava o microfone em frente às caixas acústicas e gravava o que saía com ruídos e imperfeições. Eu achava o máximo!
Meu fetiche e loucura sempre foram os discos. Porém, em qualquer tempo caros e os lançamentos por aqui desatualizados.
Então, gravar alguns programas pareceu solução Em São Paulo havia a rádio Eldorado que furtivamente tocava novidades do Rock e do pop internacional no final dos anos 1960, início dos 70. Foi divertido, mas não deu muito certo.
Vejo agora alguns amigos postando fitas K7. Claro, colecionadores até se interessam.
O que a maioria não sabe é que o início da crise da indústria discográfica deu-se com a pirataria das fitas K7. O mercado foi solapado por esse tipo de criminalidade; em seguida foram os próprios videoK7s e a indústria perdeu-se novamente até o surgimento dos Cds.
Que acabou por sepulta’-los porque a burrice e a incúria repetiu-se como sempre. A falta de profissionalismo e ganância acabaram com a indústria da música antes do tempo.
POSTAGEM ORIGINAL 2018
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