MATURIDADE, UMA CONSTRUÇÃO INSTÁVEL!

Todos são cobrados por escolhas e atitudes que exerceram quando jovens. É o esperado.
Na minha geração – e não só nela – quem vivenciou, experimentou o mundo contra o “bom senso” recomendável, geralmente o fez porque a ousadia é conteúdo essencial e urgente; ingrediente da coragem necessária para enfrentar a vida.
Sentado em um boteco legal e logo após um jogo de Copa do Mundo, um rapaz oriental de uns trinta anos se justificava com alguém próximo – que certamente o condenava – por não ter acertado algumas decisões na vida tidas como sensatas . Não fiquei sabendo quais…
Não me espanta e nem me ressinto. Mas, o aconselhamento por certas normas que a inércia recomendaria, estão na essência do que prega qualquer educação informal ou familiar: o “jogar parado”; repetir o “mundo conhecido”, que tudo se ajusta.
Não é verdade, claro!
Difícil opinar. Mas, exigir maturidade quando alguém é muito jovem é injusto. Pensar, saber e planejar a vida é requisito para maturidade ensinada ou já aprendida. Não é automático, muito menos “natural! É preciso considerar que a vida de cada um vai muito além da cartilha rudimentar que as tradições recomendam.
É bom aceitar os erros dos mais jovens com certa tolerância e parcimônia. Um pouco de compaixão está na fórmula da elegância e da sabedoria de viver. E faz bem pra todo o mundo.
Como disse a personagem da escritora VIRGÍNIA WOOLF, no filme “AS HORAS”: “Não dá para encontrar a paz evitando a vida”.
POSTAGEM ORIGINAL: 20/06/2018

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