MEMÓRIAS: QUE INVEJA, PROFESSOR MOTA!

Tempos atrás, no Estadão, meu ex-professor – por pouquíssimas aulas, infelizmente – CARLOS GUILHERME MOTA, escreveu um artigo sobre a BIBLIOTECA BRASILIANA MINDLIN, agora instalada na USP. Nela está guardada e preservada a coleção de livros sobre assuntos brasileiros coletados, comprados, descolados e colecionados por JOSÉ MINDLIN e sua mulher, GUITA MINDLIN, durante uma vida longa, frutífera e decente.

É de causar inveja e de nos dar orgulho que alguém, um brasileiro bibliômano e bibliófilo, tenha feito isso e, posteriormente, doado à USP, que se encarregou de construir o prédio para abrigá-la!

Claro, esse tema não deveria sensibilizar a FILÓSOFA VANESSA POPUZUDA, celebrizada por um professor inconveniente, pretencioso e piadista de mal gosto, que indicou um dos ” textos criados por ela ” para ser comentado em uma prova que ministrou. Hummm…

Acho que o professor talvez gostasse, mas duvido que se importasse muito com alguém como MINDLIN e o que ele nos legou.

Mas deixa prá lá, o assunto é outro: é a inveja que tive do professor MOTA que, já veterano e realizado, dirigiu a biblioteca e os planos para democratizá-la, abrir acesso às pesquisas, tornar funcional um acervo de raridades e belezas que a maioria de nós, brasileiros, não sabe que existem.

Tive e tenho inveja, sim. O professor teve acesso direto aos livros, pode tocá-los, admirá-los e conviver com eles. E ajudou a definir políticas para que fossem social e culturalmente úteis.

Dizer para todo mundo que colecionar coisas belas vale, sim, a pena; e se, posteriormente, colocadas à disposição de um público maior será ato de cidadania e generosidade, contrastante com os tempos medíocres e violentos que vivemos!

Recomendo a todos que busquem o artigo do professor.

E, da minha parte, mestre, sinto muito não ter ficado sabendo e, quem sabe, ter tentado descolar uma boquinha para ajudar.

Na próxima eu sou primeirão qualquer coisa aí, tá ligado?

12 de abr de 2014 15:01

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