Estou pensando em exterminar os pedreiros, pintores e o arquiteto que toma conta deles. Estou parado, com tudo pronto e muito tempo perdido, aguardando que esses profissionais confiabilíssimos cheguem às 9,30 horas da manhã. São 13,30!
Como fiquei travado e sem possibilidade de cuidar de outras coisas, aproveitei para ler e pensar sobre alguns comentários e postagens que todos nós recebemos.
Olhem, está se criando um contraposição de “ideias” que, à primeira vista parece muito salutar mas, de fato, é desinformação pura. As mídias ditas sociais e alternativas, tanto à esquerda como à direita, estão prestando um desserviço absurdo para o brasileiro, fomentando uma divisão artificial do Brasil forçando interpretações totalmente descabidas do real, juntando fatos mal checados e dando interpretações que só servem para o público alvo a que se destinam.
Vejam as manifestações em defesa de black blocs e outros manifestantes, que jamais cogitam que possam estar errados ou que eventualmente o governo possa estar certo, quando os combate. Peguem os dois moleques que dispararam o foguete, acidentalmente é provável. À esquerda são tidos como inocentes e coisa plantada pela polícia. Vejam, também, o que foi feito do Sérgio Cabral, governador do Rio, que tem defeitos evidentes, mas criou e implantou um plano de pacificação dos morros cariocas, que estava dando certo, mas foi totalmente sabotado pela bandidagem com ajuda dos manifestantes inocentes úteis, que o desmoralizaram. E, agora, como ficará?
Mas, à direita, a coisa não é muito melhor. Recebi postagem de uma pseudoreportagem feita pela hipotética revista chamada France Futebol, ou algo assim. É uma compilação de defeitos do Brasil, problemas que realmente existem, mas que seria impossível ser feita por um jornalista estrangeiro, com tantos dados coletados, citados a seco e sem qualquer interpretação mais funda. É claro que é armação. Quem conhece um pouco de jornalismo – e eu conheço não só por formação, mas por ser leitor, ouvinte e telespectador voraz, há quase 48 anos -, sabe que não é assim!
A guerra é tão forte que me fez defender o governo no PT – do qual sou adversário absoluto – , por discordar ideologicamente, em primeiro lugar e da forma de governar, que considero irresponsável, demagógica e ineficiente.
Mas, o jornalista caprichou: disse que somos todos corruptos – não somos, é óbvio, vários são; que ninguém aqui liga para política – nos EUA e na maioria dos países do mundo ninguém liga, também; que o Brasil quer um lugar no Conselho de Segurança do ONU, mas a França não deixa – bobagem, quem não “deixam” são os sete membros, mais a India e, principalmente, a Argentina e quase toda a América Latina, por uma questão de poder.
Escreveu, também, que as manifestações de rua de junho foram as maiores da história e os governos nem ligaram – bobagem, o impeachment do Collor, a campanha pelas diretas e até o povo na rua em 64 e 68, contra e a favor do golpe, foram maiores. Disseram que houve 2.000 feridos e 2.000 detidos. Bem, sem comentários… E que o Estado brasileiro gastou 400 milhões de euros em armamento para a polícia reprimir. Quá, como diz o pessoal de Patópolis… se houvesse toda essa grana em armamentos, não sobraria bandido e manifestante nesse vale de lágrimas.
Eu não sei como se joga o tal artigo para que todos leiam. Há zilhões de absurdos, distorções e etc… A quem isso serve?
O fato, pessoal é que a melhor mídia que temos ainda é a tradicional: os jornais, tvs e revistas que todos conhecemos. A cultura do blog, fomentada de lado a lado, é desinformativa, alienadora e diversionista. Jornalistas como a Miriam Leitão, o Willian Waack e o falecido Joelmir Beting, valem por quase tudo o que lemos por aí, principalmente nos alternativos. O jornalismo dos falsos diagnósticos, das falsas soluções e das falsas contestações é um problema sério para os dias que virão. Tenham cuidado, sejam maduros.
POSTAGEM ORIGINAL 26/02/2014