GRAND FUNK RAILROAD – MARK, DON & MEL – COLETÂNEA EDIÇÃO JAPONESA

ABRANGENDO DE 1969/71 – EM MQA CD HQ!

É coletânea famosa, que abrange os cinco primeiros discos do GRAND FUNK: “ON TIME” E “GRAND FUNK”, 1969; “CLOSER TO HOME” e “LIVE ALBUM”, 1970; E “SURVIVAL”, 1971.

Um álbum duplo como apenas doze músicas, algumas bem longas, mas emblemáticas do que a banda fez em sua, digamos, primeira fase.

Claro, nos tempos do CD teria sido possível acrescentar mais algumas músicas para dar aos fãs, e ao consumidor, alguma vantagem, já que estavam disponíveis há décadas, e abrangiam apenas os primeiros cinco discos.

Mas, não fizeram.

Os irmãozinhos de olhinhos puxados sempre foram rígidos com isso. Normalmente, os discos saem com a quantidade original de músicas. Raras exceções…

Ainda assim, para os que gostam da fase inicial, garageira, rude, dura, algo mal acabada, mas genuinamente HARD ROCK, o Tio SÉRGIO aconselha – e muito!!!!

Mas, e sempre tem algum mas, quando acessamos algum produto feito pelos nossos brothers do oriente, como esta edição, encontramos algo simplesmente primoroso!!!

A embalagem é dos sonhos, com encartes, poster, letras, cuidados e acabamentos supremos!

E a remasterização foi feita no estado da arte! O que se ouve é infinitamente superior aos discos normais!!!!

Eu também tenho os cds originais e normais. Mas, para um fã incondicional essa edição, em MQA-CD UHQCD é o suprassumo disponível.

Estejam certos: não tem pra ninguém!!! É pauleira brava em estado superior!!!

Procurem saber!!!

 

CROSBY, STILLS, NASH & YOUNG: SÍMBOLOS DA TRANSIÇÃO DE UMA ERA MÍTICA

 

“Hey, STILLS! Deixa a tua guitarra preparada. E assim que eu ligar, nem pergunte o por quê, corre pra minha casa, tá?!”

Com essas palavras, CASS ELLIOT, famosa por ser parte do grande grupo vocal do SUNSHINE POP dos anos 1960, MAMAS & THE PAPAS, abordou o amigo STEPHEN STILLS, na saída de um NIGHT CLUB, em LOS ANGELES.

Ele conta que “TODO MUNDO” estava no show que o grupo inglês THE HOLLIES havia dado no “WHISKY A GO-GO”, local histórico naqueles tempos doidos.

E CASS, muito entrosada e comunicativa, havia feito amizade com a banda e os convidou para uma “canjinha” entre amigos na casa dela.

Eles foram. E lá estavam STILLS, que fora do BUFFALO SPRINGFIELD; DAVID CROSBY, que saíra dos BYRDS. E mais JERRY GARCIA, do GRATEFUL DEAD; JOHN SEBASTIAN, ícone com os LOVIN SPOONFUL; JONI MITCHELL, estrela nascente, e talvez JUDY COLLINS, que era a namorada de STEPHEN STILLS.

Em resumo, era para juntar o “O Grand Monde” do ROCK da costa oeste americana, em 1968!

MAMA CASS ficou sabendo que os HOLLIES estavam em crise. Eles haviam sido importantes no BEAT inglês, com muitos SINGLES de sucesso internacional. E foram dos poucos que conseguiram transitar para o ROCK PSICODÉLICO, e até ensaiar passagem para o PROGRESSIVO.

THE HOLLIES Já havia gravado 9 LPS até aquele momento! Porém, GRAHAN NASH não gostou de um que fizeram só com músicas de BOB DYLAN. E andava na contramão dos colegas, querendo testar novas ideias e possibilidades…

Foi na casa de CASS onde o embrião do CROSBY, STILLS & NASH foi gerado.

DAVID CROSBY e STEPHEN STILLS já vinham trabalhando juntos, e apresentaram o que estavam fazendo. Nos dois dias seguintes, houve outras reuniões na casa de JONI MITCHELL e, pela primeira vez, GRAHAN NASH cantou com os futuros companheiros.

Os relatos são de furor e surpresa pela completa e histórica integração vocal dos três!

O primeiro disco, lançado em 1969, foi sucesso de público e crítica.

Estava mais ou menos na linha do que faziam SIMON & GARFUNKEL, mas com tempero WEST COAST ROCK. Despojado, acentuadamente FOLK, e toques de ROCK PSICODÉLICO.

Eles pretendiam fundir o acústico ao elétrico. Mais ROCK e menos FOLK.

STEPHEN STILLS é dinâmico e talentoso. O apelido dele era “CAPTAIN MANY HANDS”, por ser multi-instrumentista, e capaz de intuir arranjos partindo de uma simples DEMO.

Desde o início, STILLS queria trazer mais alguém para completar o grupo. Os outros dois não estavam muito convencidos.

Mesmo assim, tentaram primeiro com JOHN SEBASTIAN. Não rolou. Ele já havia assinado com a REPRISE para carreira solo. Dizem que se arrependeu…

A preferência de STILLS sempre foi por STEVE WINWOOD, outro diferenciado. Muito bom tecladista e guitarrista, era um ícone e cantava de jeito BLUESY e marcante. Talvez um contraponto instigante…

Pois bem; sem marcar nada, STILLS e o baterista DALLAS TAYLOR viajaram para a INGLATERRA. Lá, se encontraram com CHRIS WOOD, do TRAFFIC; e KEITH MOON, o baterista do WHO, e notório encrenqueiro e “Maluco Beleza”…

E foram para a casa de WINWOOD, que tinha problemas com o TRAFFIC e estava montando o BLIND FAITH, com ERIC CLAPTON e GINGER BAKER.

Quando viu pela janela os quatro batendo na porta, WINWOOD escondeu-se no banheiro e não os atendeu…

Então, entraram na parada DAVID GEFFEN, produtor, e AHAMET ERTGUN, o CEO da ATLANTIC RECORDS, e convenceram STILLS a conversar com NEIL YOUNG.

STEPHEN e NEIL, dois ótimos guitarristas, são assertivos, competitivos, individualistas e diretos. Sabiam impor o que desejavam.

Os dois estiveram juntos no BUFFALO SPRINGFIELD, que gravara na ATLANTIC, e não se davam muito bem… Mas, adoravam tocar juntos e se completavam. Lembram-se de GINGER BAKER E JACK BRUCE?

GRAHAN NASH também se reuniu com NEIL e o questionou bastante. Depois, disse que o papo foi tão convincente, que “se YOUNG pedisse ele acabaria o nomeando PRIMEIRO MINISTRO DO CANADÁ!”

DAVID CROSBY conhecia bem os dois e concluiu, corretamente, que haveria “quatro garrafas de nitroglicerina prontas para explodir”. Mas, depois de uma conversa, acabou topando.

E estava formado o CROSBY, STILLS, NASH & YOUNG. O PRIMEIRO SUPERGRUPO MULTINACIONAL DA HISTÓRIA DO ROCK!

A gravação do segundo álbum foi concluída em 28 de dezembro de 1969. Não houve festa ou comemorações. Apenas alívio pelo compromisso cumprido.

E DJAVU, saiu em março 1970. Foi considerado o disco mais aguardado daquela época! Só de pedidos antecipados atingiu dois milhões de unidades! Vendeu, até hoje, em variados formatos, mais de 8 milhões de discos! Um sucesso sob quaisquer perspectivas!

DJAVU é um marco da passagem das loucuras dos anos 1960 para uma certa melancolia e desilusão da década seguinte. Um sinal do famoso “O SONHO ACABOU”, propalado por JOHN LENNON.

Durante sua concepção e gravação muita coisa ruim aconteceu aos quatro.

No mesmo dia em que o primeiro disco atingia um milhão de cópias vendidas, a namorada de DAVID CROSBY foi levar os gatos ao veterinário. Enquanto dirigia, um deles pulou sobre ela, que perdeu a direção e bateu o carro de frente com um ônibus.

Ela morreu na hora.

CROSBY entrou em depressão profunda, e nunca se recuperou do impacto da tragédia. Viciou-se em heroína e teve dificuldades para prosseguir as gravações.

NEIL YOUNG é um personagem egocêntrico e desagregador. E mesmo no auge do C.S.N & Y, encarava a banda como um trabalho à parte. Seu foco sempre foi a carreira solo.

Durante a produção de DJAVU, NEIL gravou, também “AFTER THE GOLD RUSH”, um de seus principais discos, lançado em setembro de 1970. Ficou nítido que o melhor que produzia guardou para si próprio.

STEPHEN STILLS fez o mesmo com o seu primeiro disco, recheado de craques ( HENDRIX, CLAPTON… ) e lançado em novembro 1970. Naquele ano, rompeu com JUDY COLLINS. E GRAHAN NASH e JONI MITCHELL começaram a se separar…

O C.S.N&Y sempre foi uma colcha de retalhos. É argumentável supor que apenas GRAHAN NASH e DAVID CROSBY trabalhavam em função do grupo. E, não por acaso, os dois permaneceram juntos por décadas.

Mas, DJAVU, com apenas dez faixas, é considerado obra de arte primorosa.

São duas canções compostas e cantadas por cada um dos 4. E outra por STILLS e CROSBY. JONI MITCHELL compôs a sensacional e pesada WOODSTOCK, na mesma noite em que foi proibida pelo empresário de apresentar-se naquele festival. O ROCK e ela agradecem!

BLUE está entre os discos seminais feitos por JONI, saiu em julho de 1971. CROSBY e GRAHAN NASH também gravaram os deles.

Resumindo, 1971 foi o ano zero do início do fim da contracultura musical. E da explosão dos cinco principais participantes do projeto.

Olhando em retrospecto, o primeiro disco pode ser considerado a obra que firmou o conceito do grupo. É onde CROSBY, STILLS & NASH expõem a ideia central do que pretendiam.

DJAVU, o segundo, é a obra principal, moldada a quatro mãos, e deixando nítido o contraponto com a presença de NEIL YOUNG.

O terceiro e último, nesta fase, “FOUR WAY STREET”, 1971, gravado ao vivo, deixa nítida a separação entre eles. A banda era uma vasta avenida com quatro pistas largas e paralelas. Serve de veículo para cada um falar de si mesmo, e pilotar o próprio destino.

Aqui, a versão atual, lançada pela RHYNO RECORDS, em 2021. É um BOX com 1 LONG PLAY de 180 gramas, réplica do original. E

4 CDS: OUT TAKES, VERSÕES ALTERNATIVAS, e as DEMOS feitas por cada um deles.

Claro! também a versão ORIGINAL, muito bem remasterizada, com excelente sonoridade. Aliás, providência que poderiam ter tomado com o restante das faixas, que acabaram ficando tecnicamente aquém do trabalho feito com as originais.

A parte gráfica, muito bonita, quase repete a espetacular edição original, também bastante artesanal e cult. Há um excelente livreto com fotos e ótimo texto escrito por CAMERON CROWE, de onde tirei parte das informações aqui.

Tomei coragem e me dei de presente de aniversário e natal, em 2021. Já que sempre persegui para novamente comprar a primeira edição do LP original.

É a capa mais bonita que conheço. E ainda mais luxuosa do que “Living in the Past” original do JETHRO TULL!

CROSBY, STILLS, NASH & YOUNG influenciaram o ROCK do pesado ao FOLK. Mesmo que não haja qualquer referência ao trabalho de dois parceiros presentes o tempo todo: o baterista DALLAS TAYLOR, e o baixo preciso de GREG REEVES.

Shame on you, rapazes!!!

E, se você duvidar, vá à discoteca e ouça a música I’M YOUR CAPTAIN, no álbum CLOSER TO HOME, lançado pelo GRANDFUNK RAILROAD, em 1970.

Lá você sentirá o perfume delicioso da “SWEET JUDY BLUE EYES”, que STEPHEN STILLS compôs para a namorada e o C.S&N imortalizou.

 

ELES: LED ZEPPELIN!!!

 

Mais famosos do que Ivete Sangalo, e menos que Jesus Cristo. Banda seminal do HARD ROCK, com tentáculos no HEAVY METAL, BLUES ROCK e no Progressivo. Além de base no FOLK, aliás uma opção de linha artística que consideraram seriamente…

Sem eles não haveria toda a NWBHM ( New Wave of British Heavy Metal ); e nem IRON MAIDEN, METALLICA, SABBATH. E, quaisquer outros que lembrarmos, ou não existiriam ou não seriam os mesmos.

O LED ZEPPELIN parou em 1980, há 43 anos, depois da morte do baterista JOHN BONHAN. Mas, continuam onipresentes (oniscientes?) com os vivos remanescentes – JIMMY PAGE, ROBERT PLANT e JOHN PAUL JONES – envolvidos em música e atuantes.

Em 1969, foi lançado no Brasil o SINGLE “Communication Breakdown”. Um arraso destacado do primeiro álbum da banda. Eu tive.

O LED ZEPPELIN 1, 1968, Foi LONG PLAY seminal aprimorando – e muito – a barulheira como cerne do ROCK. O nível instrumental e criativo da banda é reconhecido perenemente.

Eles sempre fizeram discos diferenciados e não repetitivos.

E ROBERT PLANT consagrou, também, o nível técnico vocal estabelecendo o estilo de cantar do HEAVY ROCK.

Talvez inaugurado pelo precursor entre os vocalistas galináceos do ROCK, DICKIE PETERSON, do BLUE CHEER, em 1967/1968 e adiante.

JIMMY PAGE habita o meu imaginário. Sempre surge em mente por motivos diversos, mesmo não sendo o preferido entre os meus prediletos.

Ele é crucial, orientador e balizador. E tão bom na guitarra elétrica quanto no violão acústico. Há exemplos diversos na discografia inteira.

Talvez JIMMY esteja inculcado em meu cérebro, porque me tirou do sério, em 1969, enquanto eu jogava futebol de botão, aguardando mais um SANTOS x CORINTHIANS.

Ouvi no radinho de pilhas, e pela primeira vez, “Whole Lotta Love”! Catártico e mais um prego no caixão de minha infância. Recordo local, momento e a paixão instantânea que me transbordou. Eu já era do ROCK, e caí nele de cabeça para sempre…

Não estenderei comentários. Mas, parece que o disco marcante, é o LED ZEPPELIN 4, com a inexpugnável e inesquecível STAIRWAY TO HEAVEN. Canção impossível de não estar no set list em qualquer planeta do Sistema Solar.

Cada um dos milhões de fãs que deles gostam tem o seu disco preferido. O meu é o LED ZEPPELIN 2. Por motivos sentimentais e atávicos.

O que tenho do ZEPPELIN está aqui postado. Seculares…

Per omnia saecula saeculorum!

CONFESSIN’ THE BLUES – VÁRIOS ARTISTAS. BOX COM 5 VINIS DE 10 POLEGADAS CADA UM!!!

 

GRANDE PRESENTE QUE A “FADINHA MASTERCARD” DEIXOU EM MEU APTO!!!, ANOS ATRÁS!!!!

É UM “WHO IS WHO” DA NATA DO BLUES TRADICIONAL, REMASTERIZADA PARA A MODERNIDADE, COM O MELHOR SOM POSSÍVEL!

TUDO O QUE NOSSOS ÍDOLOS ADORAVAM E VOCÊ TINHA VERGONHA DE PERGUNTAR!!!

OBSERVANDO MELHOR ESSAS PRECIOSIDADES, TEMOS 4 PÔSTERES DESENHADOS EM BICO DE PENA, E SOBRE 4 CANÇÕES FUNDAMENTAIS DO BLUES.

E, AINDA ACOMPANHA UM TEXTO. E 26 MICRO BIOGRAFIAS DOS ARTISTAS PRESENTES NAS 43 FAIXAS.

A INICIATIVA FOI DOS PRÓPRIOS ROLLING STONES, E A CURADORIA DE RON WOOD.

A RENDA FOI REVERTIDA PARA A FUNDAÇÃO “BLUES HEAVEN – WILLIE DIXON”.

CORRAM E COMPREM. VALE MUITO MAIS DO QUE OS R$ 250,00 TUPINIQUINS QUE PAGUEI.

RARO, PRECIOSO, CULT E IMPERDÍVEL – SE VOCÊ AINDA CONSEGUIR ALGUM…

SMALL FACES – OGDENS NUT GONE FLAKE – IMMEDIATE – 1968

 

O SMALL FACES tem o status do THE WHO junto à imprensa inglesa e aos colecionadores em geral.

São ícones!

As duas bandas eram vizinhas, em bairros próximos, e competiam enquanto a “cultura” “MOD” esteve no auge, em meados dos 1960. Depois, confluíram; e tornaram-se amigos.

Muitos daqueles tempos fizeram a mesma trajetória, e saíram do BEAT para o ROCK PSICODÉLICO. THE WHO foi mais longe, e adentrou um pouco ao PROGRESSIVO.

O SMALL FACES também foi um serpentário do ROCK. Cobras criadas, criativas e criadoras, como RONNIE LANE, STEVE MARRIOTT e KENNY JONES estiveram por lá…

Gravaram muitos SINGLES de sucesso, e LPS menos vistosos, porém interessantes. Os discos originais valem uma baba, porque bons e relativamente poucos.

De seu período áureo, entre 1965 e 1968, três compactos foram lançados no BRASIL: o cult e imprescindível “ITCHCOO PARK”, PSICODELIA INGLESA de alto nível; “HERE COMES THE NICE” e “LAZY SUNDAY”, na mesma direção, porém menos inspirados. Apesar do sucesso na Inglaterra, no Brasil jamais aconteceram…

Deles, muitos sabem que o espetacular vocalista e guitarrista STEVE MARRIOTT saiu para o HUMBLE PIE, onde fez dupla cintilante com PETER FRAMPTON.

Mas, na banda permaneceram o baixista RONNIE LANE e o tecladista IAN McLAGAN. Juntos, fizeram a sequência para o “apenas” FACES. Quando atraíram a bordo dois ex-membros do JEFF BECK GROUP: o já famoso cantor ROD STEWART, que deu o gingado “WHITE” SOUL que faltava. E o guitarrista RON WOOD, futuro e definitivo ROLLING STONE.

Em nova configuração, a sonoridade do grupo foi renovada. Fiicou mais pesada. Entre 1969 e 1975, o FACES gravou diversos discos de HARD ROCK / R&B bem legais, e com grande sucesso!

Mas, a banda começou a decair após ROD STEWART focar cada vez mais em sua espetacular e ascendente carreira solo.

E, naufragou pra valer em 1975, com a saída de RON WOOD, que tornou-se e mantem-se parte dos ROLLING STONES há décadas.

Talvez a maior aproximação entre o SMALL FACES e THE WHO, tenha facilitado outros projetos. Com a morte de KEITH MOON, em 1978, o baterista KENNY JONES juntou -se ao THE WHO.

E há um disco cult e colecionável, gravado por PETER TOWNSHEND e RONNIE LANE, em 1977, chamado ROUGH MIX.

Bons amigos, excelentes negócios….

Os discos aqui postados formam o artefato mais colecionável e cult da banda. O projeto gráfico original de OGDENS NUT GONE FLAKE, 1968, é o fino!

São dois LONG PLAYS, acondicionados em capa totalmente redonda, com muitos encartes; e que certamente inspirou o design do “E PLURIBUS FUNK”, o disco da moeda gravado pelo GRANDFUNK, 1971.

OGDENS é exemplo cult do ROCK PSICODÉLICO INGLÊS.

E, claro, é raro e precioso!

A minha edição, em três C.Ds, emula o LP original. Está em caixinha de madeira do tipo usada no brasileiríssimo “queijo Catupiri”. É muito bonita; e difícil de encontrar, hoje em dia…

Tão vibrantes quanto THE WHO, o SMALL FACES merece audição mais atenta. Eu acho banda ótima!

Os SINGLES, principalmente, são excelentes! E a voz única e “WHITE” SOUL de STEVE MARRIOTT teve seguidores notáveis, como MICK HUCKNALL, do SIMPLY RED; e GLEHN HOUGHES, ex – TRAPEZE, DEEP PURPLE e desenvolvedor de carreira solo reconhecida.

SMALL FACES eu recomendo de olhos fechados – mas sorriso e ouvidos abertos!

THE YARDBIRDS – MINHA BANDA BEAT INGLESA PREFERIDA

50 anos atrás, a tia de meu amigo-irmão Silvio Luciano Dean, entrou e viu um pôster com uns sujeitos cabeludos em meio a peles, casacos, e não lembro mais o quê…

E perguntou: “Silvinho, quem são esses moços aí na parede?”

Resposta: São os “YARDBIRDS”, tia!

Escandalizada! A tia quase gemeu : QUEM????!!!! OS VIADOS VERDES???

Que eu saiba não eram…

O pôster retratava a banda na fase final com JIMMY PAGE, na guitarra….

Há muito o que falar e considerar sobre eles. A maioria é consenso entre a TURMA DO ROCK: quem teve ERIC CLAPTON, JEFF BECK E JIMMY PAGE tenderia a não ser banda qualquer. E não eram! Vou resumir ao essencial:

Transitaram do BEAT ao BRITISH BLUES, e para a PSICODELIA com JEFF BECK e sua guitarra inovadora.

Foi dali que nasceu o LED ZEPPELIN e o RENAISSANCE. Estão na gênese da sonoridade moderna do HEAVY ROCK , esta que ouvimos ainda hoje.

SEMINAIS de verdade!

Foram imensos em 5 anos de vida e turbulência. Uma verdadeira “PAN-ESPERMIA” criativa. Em cada fase uma característica diferente. E tudo o que gravaram parece exaurido. Inclusive série de shows da fase áurea pela ESCANDINÁVIA, FRANÇA e etc… recentemente descobertos, mas que ainda não tenho.

Estão redivivos e os remanescentes excursionam ainda hoje.

ERIC CLAPTON está no Long play “FOR YOUR LOVE”, 1964. E na metade ao vivo de “RAVE-UP”, retirada do FIVE LIVE YARDBIRDS, 1964.

ERIC também acompanhou a gravação ao vivo na excursão inglesa do BLUESMAN americano SONNY BOY WILLIANSOM, 1965.

A outra metade é show de inovação em estúdio, com JEFF BECK em SINGLES monumentais e no Long Play “OVER, UNDER, SIDEWAYS, DOWN” , a famosa versão inglesas “ROGER, THE ENGENEER”.

E JIMMY PAGE está em “LIVE YARDBIRDS”!, show de 1968, já um tanto ZEPPELINIANO, agora remasterizado e trazido para o estado de excelência.

E, também, no magnífico e conceitualmente quasi-LED ZEPPELIN “LITTLE GAMES”, de 1967.

HÁ somente duas músicas gravadas com BECK e PAGE juntos: HAPPENING TEN YEARS TIME AGO e STROLL ON – versão do filme BLOW UP, de MICHELANGELO ANTONIONI.

Sou fã de acariciar os discos, procurar fotos, livros, vídeos e etc; sou um “radical-contido”. E talvez tenha sido o primeiro brasileiro a escrever sobre eles, na década de 1970, no cult fanzine do Rene Ferri, o WOOP-BOP.

O que postei é parte da minha coleção. Tenho alguns boxes, VÍDEOS DVDs, e vários etc…

E tive todos os LONG PLAYS ORIGINAIS, alguns BOOTLEGS, SINGLES, e faixas esparsas em coletâneas “pela aí”.

Claro, é pouca música para tantos discos. Não gravaram muito. Aqui estão edições, reedições, coletâneas, achados, invenções e raspas do fim da barrica do grupo.

QUEM NÃO CONHECE OS YARDBIRDS NÃO PASSA DE ANO EM ROCK´N´ROLL!

Ter os YARDBIRDS na coleção é mais do que obrigatório; é mandatório! Os que já ouviram sabem sobre o quê estou falando.

Tenha!

PETER FRAMPTON – A TRAJETÓRIA DE UM SUPERDOTADO NO ROCK: THE HERD, HUMBLE PIE E SOLO YEARS

É possível começar a postagem de várias formas.

Vou pela mais tradicional: estamos acostumados com precoces como MICHAEL JACKSON, STEVIE WONDER, STEVE WINWOOD, e nos esquecemos de outro famoso menos badalado. PETER FRAMPTON já tocava ganhando algum aos 14 anos de idade!

Em 1967, aos 17, liderava o HERD, excelente banda parte da transição entre o ROCK PSICODÉLICO em direção ao PROGRESSIVO SINFÔNICO. Fizeram ótimo LP, “PARADISE LOST”, e colocaram três SINGLES no topo da parada.

No mágico e definidor ano de 1968, PETER FRAMPTON foi eleito o “FACE OF THE YEAR”, na Inglaterra. Traduzindo, ele era um “teenager” que não fazia parte de uma “BOY BAND”, mas de um grupo de vanguarda.

OUÇAM O HERD! É surpreendente.

FRAMPTON não queria ser cantor, era fã ardoroso de HANK MARVIN, guitarrista dos SHADOWS, ídolo supremo e inatingível. Mas, cantava bem e era bonitão, então assumiu também o vocal. Vejam só! Deu certíssimo!

Outro jeito de começar teria sido dizer que FRAMPTON era filho do professor de artes OWEN FRAMPTON, que incentivou e orientou DAVID BOWIE!

Aliás, PETER e DAVID se consideravam irmãos. Ambos estudaram na mesma escola pública onde lecionava o professor OWEN, que foi a vida inteira amigo e conselheiro de DAVID – que era considerado “parte da família”.

PETER FRAMPTON sempre foi excelente guitarrista, dinâmico e seguro sobre o que pretendia. Aos poucos, tornou-se um estilista. E aos 19 anos, já lenda no UNDERGROUND, juntou-se a STEVE MARRIOTT, que o convidara para entrar para o SMALL FACES – mas os músicos restantes da banda não quiseram.

Mesmo assim, foi com eles para a França gravar e acompanhar o cantor e arrogante supremo, JOHNNY HALLIDAY. Fizeram disco que eu desconhecia, “RIVIERE…OUVRE TON LIT”, que você encontra no Youtube. Ouça a música, é bem interessante!

Em seguida, MARRIOTT e FRAMPTON formaram o HUMBLE PIE.

A voz entre o BLUESY e SOUL de STEVE MARRIOT; e o excelente instrumental mais o vocal entre o POP e o BLUES de PETER FRAMPTON, consolidaram a banda, e seu BLUES/ROCK pesado e algo contido.

Gravaram juntos 4 discos, entre 1969 e 1971, todos bons.

Para FRAMPTON, e eu concordo, o melhor de todos é ROCK ON, de 1971. Espetacular! Não se ouvirá versão mais legal BLUES/ROCKER de “ROLLING STONE”, de MUDDY WATERS, do que a deles. E há “SHINE ON, clássico do HARD BLUES!

Mas, foi o cult ao vivo, gravado, também de 1971, PERFORMANCE ROCKIN´THE FILLMORE, que os levou de fato aos primeiros lugares nas paradas americanas. É um show fantástico!

Porém, quando o disco atingiu o auge, PETER pediu para sair. Foi uma surpresa, tudo caminhando muito bem, porém ele tinha ideias próprias aos 21 anos. Estava na estrada desde os 14, e partiu para carreira solo.

Teria havido influência do amigo BOWIE e seu pai?

Os 4 primeiros LPs, WIND OF CHANGE, 1972; FRAMPTON´S CAMEL, 1973; SOMETHING HAPPENING, 1974 e FRAMPTON, 1975 são todos muito satisfatórios.

Entre o POP e o BLUES/ROCK, mas com FRAMPTON dominando estilo e a técnica. A banda que ele formou é excelente!

Entre os músicos, o exuberante baixista RICK WILLS, um diferenciado que dá show no instrumento e depois tocou, também, com os santos e o mundo! Do FOREIGNER a DAVID GILMOUR ao ROXY MUSIC…

PETER FRAMPTON fez um dos discos mais vendidos de todos os tempos. Talvez o show ao vivo que mais vendeu na história da música pop: “FRAMPTON´S COMES ALIVE!” foi gravado em 1976, e tornou-se um sucesso estrondoso!

PETER FRAMPTON FOI O BON JOVI DOS ANOS 1970.

Eu o assisti, na época, em São Paulo. Realmente, uma farra! E o ápice do conceito que vinha desenvolvendo.

FRAMPTON manteve-se no auge, mas parou por 4 anos, em 1982, para colocar-se em ordem – inclusive os negócios. Apesar do sucesso enorme, quase faliu por má administração, roubos e tudo o que se sabe do submundo da música.

DAVID BOWIE o resgatou do baixo astral, em 1987, e o convidou para tocar no disco “NEVER LET ME DOWN”, e na turnê SPIDER GLASS TOUR.

Depois, ele não sumiu. Passou a pegar mais leve, e inclusive gravou dois outros discos muito elogiados: FINGERPRINTS, instrumental que lhe deu o primeiro GRAMMY, em 2007. E, em 2019, ALL BLUES, um disco FUSION/JAZZ/BLUES, com versões extraordinárias, e primeiro lugar na BILLBOARD BLUES.

A versão de ALL BLUES é sensacional!

Nessa trajetória toda, em 2015 caiu no palco, em meio a uma turnê com STEVE MILLER. Não levou muito a sério. Caiu outras vezes, foi examinado e constataram que estava sofrendo uma doença que provoca falência muscular e fraqueza progressiva. IBM, é a sigla em inglês. Não mata, mas não tem cura. Por isso, continua tocando e gravando para o futuro, enquanto consegue…

FRAMPTON hoje mora em NASHVILLE e promete não se aposentar totalmente. Não seria atitude do feitio do garoto que, em 1967, ouviu o leiteiro comentando com a mãe dele, no portão:

Mas, senhora FRAMPTON, o menino está em todos os programas de televisão! Então, cadê o ROLLS ROYCE?”

Não existia. Ele tinha apenas um MORRIS velho e usadíssimo; batido. O equivalente inglês ao um FUSQUINHA 1962, parado na frente da casa dos pais.

Música sempre deu muita grana para poucos…

ELVIS PRESLEY, O “ALVES” . PRINCIPAL “IRRESPONSÁVEL” PELA “BAGAÇA” TODA!

 

A vizinhança, as “inimiga” e os “inimigo” todos dizem que a culpa não é só dele…

Verdade! Mas, foi o ALVES quem deu visibilidade, e bagunçou a quebrada. Depois do SINATRA, foi ele quem botou pererecas em chamas América e mundo afora! O pior é que o ALVES era, também, um puritano. Em última análise, moço de família que meio se perdeu na barafunda da vida e da fama.

O ALVES é mais do que um ídolo morto. Tornou-se uma INSTITUIÇÃO americana. Vendeu “zilhões”; vende e venderá sempre.

Sua discografia é imensa, refeita, redefinida, recriada várias vezes. É quase impossível de ser colecionada em suas diversas edições mundo afora, décadas atrás de décadas…per omni a seculo seculorum…

É desse jeito.

O ALVES teve seguidores. No Brasil, o amigo de fé e irmão camarada ROBERTO CARLOS, fez igualzinho a ele. Começou com a JOVEM GUARDA, aquele ROQUINHO BEAT…

Na INGLATERRA foi um certo CLIFF RICHARDS, que agora é “SIR”: saiu do ROCK AND ROLL, passou e continua no POP para adultos, e já vendeu mais de 250 milhões de discos!

A FRANÇA teve o JOHNNY HALIDAY; e em cada canto de mundo certamente há um clone; e seguidores variados para especialistas e chatos pesquisarem.

Essa turma inspirada pelo ALVES fez a mesma coisa quase ao mesmo tempo. Viraram todos “CANTORES ROMÂNTICOS”, em meados dos anos 1960. Tornaram-se mais desinteressantes; gente séria fazendo música mais insípida. E o ALVES também.

Digam o que disserem, o ALVES é o maior ídolo musical de todos os tempos. Perene. Seu espólio fatura uma baba por ano, e discos e vasto etc… continuam saindo. Eles precisam.

O ALVES, oooops…ELVIS PRESLEY, vendeu mais de 1,250 BILHÃO DE DISCOS. Merreca!

TIO SÉRGIO e quase o mundo inteiro gostam do ALVES. Mas, o tio aqui é meio chato e nunca ligou muito pra ele…

Pudera e pasmem, sou da geração dos BRITOLS, aquele bando de ingleses babacas, de LIVERPOOL – cuidado, torcida do FLAMENGO! – que fazem um sonzinho que o tio acha mais maneiro.

Ah, os BRITOLS jamais acompanharam o cantor pátrio SILVIO BRITO, fofoca ardente e mentirosa que jamais rolou por aquí.

Meio sem jeito, publico os discos que tenho do ALVES na coleção. Não são muitos.

Ah, ele não é ruim não!!

STACEY KENT – JAZZ SINGER VERSÁTIL

 

GOSTO MUITO!

STACEY É ECLÉTICA E ESTUDIOSA. ENTENDE O QUE ESTÁ CANTANDO, PORQUE ESTUDA AS LÍNGUAS E OS COMPOSITORES.

PORTANTO, INTERPRETA COM VIGOR E NÃO “BALBUCIA” PALAVRAS ININTELIGÍVEIS.

SEU APPROACH COM A MPB É INTENSO. TOM JOBIM É DESTAQUE PELA QUANTIDADE E A ÓBVIA QUALIDADE.

E, CANTANDO EM FRANCÊS, STACEY FICA TÃO CONFORTÁVEL QUANTO NAS INTERPRETAÇÕES EM INGLÊS. ELA É CANADENSE, O QUE É UM FACILITADOR MULTICULTURAL.

STACEY TEM VOZ DELICADA, FEMININA, AGRADÁVEL E CANTA MUITO BEM. A BANDA É PRECISA, E OS MÚSICOS EXCELENTES!

RECOMENDO QUAISQUER DOS CDS DA FOTO. E, AOS BRASILEIROS, INDICO PRINCIPALMENTE O COMBO “AO VIVO COM MARCOS VALLE”, QUE JUNTA O CD E O DVD.

É UM MUST EM ALEGRIA E ARTE, FEITO COM ESTE MÚSICO, CANTOR E COMPOSITOR ÚNICO. MARCOS É MUITO MAIS APRECIADO LÁ FORA DO QUE NO BRASIL.

A TODA VEZ QUE SÃO LANÇADOS DISCOS DE STACEY KENT EU VOU ATRÁS! HÁ QUEM PREFIRA MELODY GARDOT. QUESTÃO DE GOSTO.

SE, NA DÚVIDA, OUÇA AS DUAS. DEPOIS, ENTRE NA DISCUSSÃO E OPINE.

BEATLES – THE DECCA TAPES – 1962

Pois bem, aqui estão os testes feitos pelos BEATLES na gravadora DECCA, em 1 de janeiro de 1962. Quem os coordenou e deu a palavra final foi TONY MEEHAN, baterista da grande banda pré-BEAT, “THE SHADOWS”. Grupo que entendia do riscado e sabia tocar os instrumentos do ROCK em nível de excelência.

Os BEATLES foram reprovados. E o Mito histórico reza que a DECCA arrependeu-se amargamente…

Em 1962, calculava-se que só em LIVERPOOL havia perto de 400 (quatrocentas!) – isso, mesmo! – bandinhas de ROCK do tipo deles. Já existia um cenário. Portanto, um potencial mercado.

Escutei o disco algumas vezes…

Se eu estivesse no estúdio da DECCA observando os moços para possível contratação, os teria posto pra fora na terceira música!

Eram horripilantes, patéticos, desorientados! Ruins de dar raiva! NADA, MAS NADA MESMO, entrevia que poderiam tornar-se quem foram e chegar aonde chegaram!

Escutem o disco, é baratinho e fácil de achar. E compreendam os porquês de terem sido reprovados

Os caras da DECCA tinham toda a razão!

Estavam, também, anos-luz de serem otários. E não eram desinformados: contrataram os ROLLING STONES, TOM JONES e os SMALL FACES, entre muitos outros!

Mas, BRIAN EPSTEIN sabia das coisas, e o que estava fazendo!!! E os BEATLES tiveram a sorte, na PARLOPHONE, de cair nas mãos de GEORGE MARTIN, que aos poucos os refinou e lapidou o máximo que podiam render!

E conseguiu extrair de 4 talentos competentes ao menos dois gênios: PAUL e LENNON!

O restante é HISTÓRIA.