OS REIS DAS PARADAS AMERICANAS, E UM CLÁSSICO NO BRASIL

ELES FORAM OS DONOS DA PARADA AMERICANA E TOCAVAM NAS RÁDIOS MUNDO AFORA, NA DÉCADA 1960. TAMBÉM, O MAIOR DONO DOS BAILES NO BRASIL, NAQUELES TEMPOS: “JOHNNY RIVERS”! TODOS CONTEMPORÂNEOS, UM ANO A MAIS OU A MENOS, TANTO FEZ. ERAM FABRICANTES DE HITS, SINGLES, MÚSICA PARA DANÇAR!
A COLETÂNEA DO “PAUL REVERE & THE RAIDERS” TEM 66 MÚSICAS. PELO MENOS UNS 15 HITS; 3 OU 4 DELES PRIMEIROS LUGARES. AS RESTANTES ERAM ÓTIMAS, TAMBÉM. FORAM GRANDES POR UNS 5 ANOS. E DESCERAM A CACHOEIRA DOS TEMPOS.
“TOMMY JAMES AND THE SHONDELLS” FOI OUTRO. VENDEU MUITO, FEZ A TURMA DANÇAR “MONY, MONY” E “CRIMSON AND CLOVER”. ELE TEVE SEU TEMPO E CONTINUA POR AÍ DE VEZ E QUANDO.
HOUVE OS “GRASS ROOTS”, COMEÇARAM FOLK E ATÉ DE PROTESTO, COM “P.F. SLOAN E STEVE BERRY” COMPONDO. ERAM ESSENCIALMENTE UMA “BANDA VEÍCULO” PARA OS PRODUTORES E COMPOSITORES.
MAS, LÁ POR 1967 ACERTARAM A MÃO EM HITS DANÇÁVEIS, POUPULARES, COM ALGO DE R&B DA MOTOWN MISTURADO AO POP DA COSTA OESTE. VENDERAM MILHÕES, ANIMARAM FESTAS, MAS NUNCA FORAM REFINADOS. ERAM UMA ESPÉCIE DE “THE FEVERS” À AMERICANA.
PARA NÃO DIZER QUE MARK LINDSAY E TOMMY JAMES ERAM UMA ESPÉCIE MAIS RESTRITA DE “JON BONJOVI” DO PASSADO.
E OS RASCALS!
OS MELHORES ENTRE TODOS ELES. CONSEGUIRAM FAZER UM R&B TÃO AUTÊNTICO QUE “OTIS REDDING” CERTO DIA ENTROU NO ESTÚDIO DA ATLANTIC, GRAVADORA DE AMBOS, PARA CONFERIR SE NÃO ERAM NEGROS! OUÇAM “GROOVIN”, “A GIRL LIKE YOU” E MAIS UMA “MEIA DÚZIA” DE 10 OU 15 OUTRAS MÚSICAS DELES…
ERAM 3 “ITALIANOS” E UM “IRLANDÊS”. E FELIX CAVALIERI ATÉ HOJE É UMA DAS VOZES BRANCAS MAIS “NEGRAS” DA HISTÓRIA.
FORAM IMENSOS, E ALÉM: CONSEGUIRAM EVOLUIR PARA O JAZZ FUSION COM MESTRIA – E PONTO.
AGORA, O PREDILETO DA MINHA GERAÇÃO. NO BRASIL DAQUELA ÉPOCA, ENTRE 1966 E 1971, NÃO TEVE PRA NINGUÉM! É O MAIOR “CANTOR DE CHURRASCARIA” DE TODOS OS TEMPOS!
JOHNNY RIVERS, ERA UM CRAQUE NA GUITARRA! E CAPAZ DE FAZER TODO MUNDO LEVANTAR E DANÇAR AO RITMO DE SEU DIGAMOS, COUNTRY-ROCK-A-BILLY DE BOTECO, FEITO BANDA DE AXÉ EM PORTO SEGURO! SUAS GRAVAÇÕES AO VIVO SÃO DELICIOSAS!
É COVARDIA LEMBRAR DAS MÚSICAS LENTAS PARA DANÇAR “ROENDO” O PESCOÇO DA MULHERADA… LEMBREM DE “POOR SIDE OF TOWN”, “DO YOU WANNA DANCE”, “THE TRACK OF MY TEARS” , POR EXEMPLO…
CADA ÉPOCA TEM SUAS PAIXÕES, DESAMORES E DESSABORES. PARA VIVER LEGAL, É PRECISO LAMBER E SE LAMBUZAR NA RAPADURA DE NOSSA JUVENTUDE.}
POSTAGEM ORIGINAL: 12/102021
Nenhuma descrição de foto disponível.

BEATLES E ROLLING STONES – OS SINGLES 1963/1969. QUEM FEZ MELHOR?

BEATLES E ROLLING STONES – OS SINGLES 1963/1969.
QUEM FEZ MELHOR?
Já vou dizendo que adoro e coleciono os dois. Tenho tudo o que consegui e encontrei, mas não estuprou o meu orçamento.
Nenhum dos dois são a minha banda preferido. Mas, achei instigante tentar compara-los no que fizeram de melhor e mais popular. Aqui só tem SINGLE lado A.
Selecionei 27 de cada um por um motivo mais básico, ambos concorreram direto na década de 1960. Mesmo porque os BEATLES acabaram em 1970.
As referências são: THE BEATLES 1, coletânea excelente lançada em 2016. E dos STONES eu tomei como referência a espetacular SINGLES COLLECTION, THE LONDON YEARS, orginalmente lançada em 1989.
Tentei seguir uma cronologia aproximada, ano por ano, e vamos ver no que deu. As preferências são minhas, eu as aponto, e também, onde achei equivalências.
E, claro, que cada um eleja as suas preferências. Aqui, não é a faixa de GAZA e nem o MURO DAS LAMENTAÇÕES. Ambos competiram, não guerrearam e ninguém morreu por isso.
No cômputo final deu DOZE para os BEATLES e SETE para os STONES. Em OITO para mim equivaleram.
Não vou fazer comentários adicionais. Foram tempos ricos, e as faixas tipo lados B e outras, muita coisa legal dos ROLLING STONES ficou fora.
Então, divirtam-se e comentem, se quiserem:
ANO /  BEATLES / ROLLING STONES / ESCOLHA:
1962 LOVE ME DO X COME ON – STONES
1963 FROM ME TO YOU X  I WANNA BE YOUR MAN  – BEATLES
1963 SHE LOVES YOU X  NOT FADE AWAY  – BEATLES
1963 I WANT TO HOLD… X  IT´S ALL OVER NOW – EMPATE
1964 CAN´T BUY ME LOVE X TELL ME –  BEATLES
1964 HARD DAY´S NIGHT X TIME IS ON MY SIDE – BEATLES
1964 I FEEL FINE X  LITTLE RED ROOSTER – BEATLES
1964 EIGHT DAYS A WEEK X HEART OF STONE – BEATLES
1965 TICKET TO RIDE X PLAY WITH FIRE –  BEATLES
1965 HELP X SATISFACTION – STONES
1965 YESTERDAY X AS TEARS GO BY – EMPATE
1965 DAY TRIPPER X  GET OFF OF MY CLOUD – EMPATE
1965 WE CAN WORK OUT X 19TH NERVOUS BREAK – STONES
1966 PAPERBACK WRITER X PAINT IT BLACK – EMPATE
1966 YELLOW SUBMARINE X MOTHERS LITTLE HELP… EMPATE
1966 ELEANOR RIGBY X LADY JANE – BEATLES
1966 PENNY LANE X LET´S SPEND THE NIGHT – BEATLES
1967 ALL YOU NEED IS LO RUBY TUESDAY STONES
1967 HELLO, GOODBYE X WE LOVE YOU – STONES
1968 LADY MADONNA X JUMPING JACK FLASH – STONES
1968 HEY JUDE X STREET FIGHTING MAN – BEATLES
1968 GET BACK X HONKY TONK WOMEN – STONES
1969 BALLAD OF JOHN & X YOU CAN´T ALWAYS GET – STONES
1969 SOMETHING X BROWN SUGAR – EMPATE
1969 COME TOGETHER X WILD HORSES – BEATLES
1969 LET IT BE X SYMPATHY FOR DEVIL – EMPATE
1970 THE LONG AND WIL X  I DON´T KNOW WHY – BEATLES
POSTAGEM ORIGINAL: 14/10/2023
Pode ser uma arte pop de texto

ERIC CLAPTON – BACK HOME – 2005

É isso aí; ERIC PATRICK foi pegador serial. Pegou tantas e tontas que é difícil e desnecessário nomea-las.
Lembra da PATTI BOYD, que ele tomou de GEORGE HARRISON? Esteve com CARLA BRUNI, AHHH, vê aí… E vai no Google pra buscar o restante do prontuário que o jacaré abraçou, traçou, ao longo do périplo…
Mas, tio Sérgio é um cara sério. E, no almoço de hoje botou pra rebolar este CD adquirido nas estranjas, talvez um ano atrás.
ERIC CLAPTON é um clássico POP. Portanto, não faz discos ruins ou inaudíveis. Ao contrário, produz música agradável, algo LOUNGE, mesclando BLUES, POP, REGGAE, SOUL, R&B, e tudo aquilo que faz a turma bater a patinha no chão, enquanto bate papo e se diverte sem compromisso; ou come alguma coisa – gente incluída…
A banda é de veteranos que fariam de PADRE MARCELO a XUXA; até SEAL ou GIL renderem no pico de respectivos talentos…
É tudo muito legal se você, como eu fiz, esquecer que o gênio explícito ficou no passado, nos legando o profissional completo.
O cara canta bem, compõe bem e ainda toca baseado em certa centelha artística ancestral…
Seu momento atual é família; homem próximo do feliz, quase 80 anos, talvez sóbrio, e rodeado pelos filhos que ajudou rebentar; e por MELLIA McNERY, a esposa invicta há mais de 20 anos. Parece ter soterrado o ídolo priapico do passado.
Enfim, é o ERIC CLAPTON que aprendemos gostar na alegria e na tristeza; na saúde e na doença. Angela, minha mulher, MICHELLE e PAULO, nossos amigos, adoraram!
O CD eu paguei barato. Chegou antes da curra cambial e do PHALUS DEI entumecido ordenado pelo CONGRESSO, HADDAD e LUIZ INÁCIO.
Se for bem barato, então compre. Não há contra indicações!
POSTAGEM ORIGINAL: 14/10/2024
Pode ser uma imagem de 1 pessoa e texto

WALTER FRANCO: MENTE ABERTA

CANTOR DIFERENTE; POETA E LETRISTA SINTÉTICO, ORIGINAL.
OUVIR CANÇÕES DELE É ASSISTIR ÀS IMAGENS CANTADAS NA SUA FRENTE!
WALTER É VISUAL, IMPECÁVEL, DELICADO E RASCANTE; TUDO JUNTO AO MESMO TEMPO NA TELA DA MENTE!
A CARREIRA DE WALTER NÃO TEVE AUGE; SÓ PAULATINA CONTINUIDADE SIGNIFICATIVA.
MILITOU POETANDO REFLEXÕES ÍNTIMAS. E DEU CONCRETUDE A SEU PENSAMENTO ATRAVÉS DO CANTAR.
OUVIR “CANALHA”, UM GRANDE ROCK PESADO, COM “SÉRGIO HINDS” NA GUITARRA”, É OBSERVAR A DOR MENTAL TRAIÇOEIRA, MAU CARÁTER, PERSEGUINDO O WALTER – E A GENTE! NÃO É IRONIA. É SARCASMO PURO!
OUVIR “CABEÇA” É PERCEBER COMO A RAZÃO NOS TRAI; E COMO ESPELHAMOS O NOSSO INTERIOR FRAGMENTADO. AQUELA PARTE INDOMADA QUE TAMBÉM NOS HABITA, JUNTO COM O ‘DESENHO LÓGICO” CANTADO POR CHICO BUARQUE, EM “CONSTRUÇÃO” DESCREVENDO A REALIDADE ABSURDA DE UM TRABALHADOR BRAÇAL EM SOCIEDADE CAPITALISTA PERIFÉRICA, DO INÍCIO DA DÉCADA DE 1970.
WALTER FRANCO GRAVOU POUCO. E NOS LEGOU ENORMIDADES! QUANDO ELE FOR REDESCOBERTO, TODOS PERCEBERÃO A FALTA QUE ELE FAZ !
RECOMECE JÁ!
POSTAGEM ORIGINAL: 14/10/2021
Nenhuma descrição de foto disponível.

THE HOLLIES – 1964-1966 – LONG PLAYS – REEDIÇÕES AMERICANAS IMPERIAL RECORDS – SUNDAZED – 2010/ 2011

FOI SÓ PRA CONTRARIAR!
TENHO POUCOS LONG PLAYS, TALVEZ UNS 50. E COMPREI ESSAS REEDIÇÕES ANOS ATRÁS. ESTÃO SEM USO. EU JAMAIS OS ABRI E ESCUTEI!
E NEM VOU! NÃO TENHO “VITROLA”.
ADORO OS HOLLIES E, PRINCIPALMENTE, ESSAS EDIÇÕES AMERICANAS, NÃO MUITO COMUNS.
PEGAM ALGUNS SUCESSOS COMO STAY, HERE WE GO AGAIN, JUST ONE LOOK, LOOKING THROUGH ANY WINDOW, CAN´T LET GO E O MEGA-HIT BUS STOP!
TENHO TUDO EM CD. MAS, SEI LÁ, ENTENDE; DEU VONTADE DE POSTAR PRA VOCÊS!
AH, INVEJA É FEIO!
COMPORTEM-SE.
POSTAGEM ORIGINAL: 17/10/2021
Nenhuma descrição de foto disponível.

ERIC CLAPTON – FURTHER 0N UP CROSSROADS – 1995 BOX ALTERNATIVO – 4 CDS – LIVRETO.

É PIRATARIA DE ALTÍSSIMO NIVEL, COMO FAZIAM ITALIANOS E OUTROS OUTSIDERS, NO INÍCIO DOS ANOS 1990.
SHOWS, TRIBUTOS E O APERITIVO DE ENCONTROS, JAM SESSIONS, FESTIVAIS E VARIADO ETC…DE GRANDES NOMES, GRANDES APRESENTAÇÕES E MÚSICOS DE PONTA.
É DE UIVAR PRA LUA, DIFÍCIL DE ACHAR E BEM GRAVADO. GERALMENTE DIRETO DAS MESAS DE CONTROLE.
SE ENCONTRAR PODE PEGAR. VALE A PENA.
POSTAGEM ORIGINAL: 17/10/2020
Nenhuma descrição de foto disponível.

U2 – A BANDA POP MAIS BEM SUCEDIDA DE SUA GERAÇÃO

Por volta de 1986, consolidou-se uma nova perspectiva no mundo do ROCK. Três bandas disputavam a primazia cultural: SMITHS, R.E.M e U-2. Formaram o trio de ferro dos anos 1980.
Cada um na sua, e todas famosas por motivos diferentes, mas desigualmente importantes? Parece que sim!
Eu me recordo de que o lançamento de discos dos SMITHS por aqui, foi exigência inegociável da crítica. Meu amigo Fernando Naporano, entre eles.
A perspectiva gay, com letras nada ambíguas; ROCK emulando um quê de ROCKABILLY e algum tingimento de PSICODELIA; e um ótimo vocalista tangenciando ROY ORBISON. Um furor internacional merecido.
Mas, acabou em lágrimas, deixando dois ícones: MORRISSEY e JOHNNY MARR, o guitarrista.
O R.E.M, era ROCK ALTERNATIVO tocado em rádios universitárias, com aquele libertarismo à americana, engajado em causas não muito explícitas, e sonoridades mais cruas e tradicionais, abriram a vereda para o futuro GRUNGE e a geração do final dos 1980, como os PIXIES, entre vários.
Acabou em balões de oxigênio, metaforicamente dizendo, e lembrados, como quase tudo o que é feito na América, pela falta de melodias mais elaboradas. Mas, é ROCK de verdade!
O U-2, está por aí desde 1977. São longevos e veteranos.
Alguns dirão que são estilistas, e reconhecemos o som que fazem à distância, e galáxia adentro. De Vênus a Urano, por exemplo.
Durante uns 20 anos, mais ou menos, repetiram-se melhorando. Depois, fizeram alguns discos mais próximos à sonoridade contemporânea usando eletrônica.
São ótimos de palco, e Bono é cantor adequado e carismático.
Continuam mantendo a mesma bandeira da rebeldia “bom-mocista” contemporânea, transformada em causas humanitárias que ninguém ousa contestar. Criaram um jeito muito confortável de fazer protestos, e ficar politicamente corretos e na moda.
Não ofendem ninguém…E o COLDPLAY é nitidamente inspirado neles, e muito menos criativo.
Alguém sabe dizer qual o melhor disco deles? Para mim permanece “UNFORGETABLE FIRE”, muito parecido com os posteriores mais próximos, mas que consolidou o jeito U-2 de se expressar.
Sempre que aparecem em qualquer canto da Terra, congestionam o trânsito ao redor. Excursionam mais do que os STONES e o IRON MAIDEN.
Duas bandas que fazem ROCK melhor do que eles.
Eu gosto. Mas, vivo muito bem sem ouvi-los!
POSTAGEM ORIGINAL: 19/102022
Pode ser uma imagem de 2 pessoas

CLIFF BENNETT & THE REBEL ROUSERS, A FORÇA DO “RHYTHM AND BLUES” NO BEAT ROCK INGLÊS, NA DÉCADA DE 1960. E OUTROS INESQUECÍVEIS

Sempre posto coisas de minha discoteca, e tento enriquecer as perspectivas evitando “diagnósticos definitivos”.
Claro discos, artistas, e obras de arte em geral sofrem ação dos tempos e da História das sociedades onde foram criados. Também de várias circunstâncias e até de outros lugares onde tenham sido apreciados.
Os discos na postagem são parte da complexa rede que formou o ROCK INGLÊS da década de 1960 em diante.
A maioria é de personagens menores que tinham o R&B na base, e outros componentes da grande feijoada POP daqueles tempos.
Mal comparando, aqui são todos mais para os ROLLING STONES, do que para os BEATLES. E quase a totalidade gravou em um desvão que junta o estilo das duas bandas mais importantes da GRÃ BRETANHA.
Sacaram? Aceito de bom grado um talvez…
Posto essa enxurrada de raridades, porque este mês CLIFF BENNETT & THE REBEL ROUSERS teve matéria na revista RECORD COLLECTOR. O grupo foi batizado com o nome de música de DUANE EDDY, guitarrista americano criador da maioria dos “RIFFS LUGAR COMUM” do ROCK, e que a gente ouve por aí até hoje!!!!
A banda é bem legal. Tem um QUÊ do DAVE CLARK FIVE. Inclusive no vocal de BENNETT, que emula MIKE SMITH, mas oscila de VAN MORRISON a STEVE MARIOTT.
Claro, claro, a voz e interpretação de CLIFF BENNETT tem alfinetes de WILSON PICKETT e ARTHUR CONLEY. E de seu ídolo mor: JERRY LEE LEWIS. O ROCK e a BLACK MUSIC americana estão na genética sonora dele e da banda.
A foto dele está no meio e pra baixo com os dois principais discos em único CD.
Todos aqui na foto tocavam para animar bares e clubes. Vários foram admirados por outros artistas, e são históricos.
Vejam alguns: LONG JOHN BALDRY, CHRIS FORLOWE, ALEXIS KORNER, GEORGE FAME, ARTWOODS, JOHN MAYALL, GRAHAN BOND e MANFRED MANN, STEAMPACKET… São discos mais para o R&B, SOUL incluído.
Há outros tão raros e tão bons quanto. E precisaria de espaço imenso e inviável para postar.
CLIFF BENNETT, que não foi nenhum ídolo, gravou relativamente pouco. Está com 83 anos e parou alguns anos atrás. Ele e banda profissionalizaram-se antes dos BEATLES, depois foram empresariados por BRIAN EPSTEIN, e o maior sucesso foi a composição de JOHN & PAUL. “GOT GET YOU INTO MY LIFE” – que está no álbum REVOLVER.
É um R&B vigoroso, e a cara dos “REBEL ROUSERS”, e fez sucesso em 1966.
PETE TOWSHEND escreve no prefácio da biografia de CLIFF, que THE WHO em peso gostava do grupo. Porque coeso, dançante, e very COOL…
Para quem sabe um pouco sobre as bandas e músicos que agitavam as noites de inglesas, na primeira metade da década de 1960, percebe que os REBEL ROUSERS tinham aquele quê de R&B misturado ao ROCK e pitadinhas de JAZZ, que botavam os “nossos ídolos” para festejar, beber e dançar.
O grupo tinha a base daqueles tempos: vocalista, duas guitarras, baixo, bateria e teclado. Mas, para soar mais ao R&B criaram uma sessão de metais que, mais ou menos por acaso, em vez de juntar um trompete ao SAX, convocou outro SAX.
Esta fusão deu sonoridade original à banda. Anos depois, VAN MORRISON fez mais ou menos isso em sua banda.
Claro, o repertório é cheio de covers e alguns plágios, muito comum naqueles tempos. Mas funciona e muito.
Não sei se alguém salivará. Mas, é naco de história e música muito divertida. Vale uma ouvida no STREAMING…
POSTAGEM ORIGINAL: 20/10/2023
Pode ser uma imagem de 5 pessoas e texto

ZOMBIES – COMPLETO + ODISSEY & ORACLE – E AS ORIGENS DO POP BARROCO

É curiosa a semelhança entre o início e o destino das carreiras de três bandas inglesas contemporâneas na segunda metade dos anos 1960: o PROCOL HARUM, engravidado pelo “PARAMOUNTS”; os MOODY BLUES, da primeiríssima fase ( “GO NOW”, 1965 ); e os ZOMBIES, em” BEGGIN HERE” .
Todas fluíram do BEAT para a PSICODELIA e, depois, em direção ao ROCK PROGRESSIVO.
Os ZOMBIES foram a exceção, encerrando a carreira com disco síntese de uma das vertentes do ROCK PSICODÉLICO, o POP BARROCO, no clássico “ODESSEY & ORACLE”, de 1968.
É obra artística e comercialmente bem sucedida. E “cult no úrtimo”, como dizem alguns amigos do interior paulista, com merecida e crescente fama no correr dos tempos.
Mas, notem: “TIME OF THE SEASON”, 1968, o hit perene do álbum, foi “emulado” do primeiro SINGLE de sucesso dos próprios ZOMBIES, em 1964: “SHE IS NOT THERE”, é o nariz de um, e o “nazone” do outro…
Porém, ODESSEY & ORACLE não é um disco seminal.
Eu argumento; entre 1966 e 1967 há SINGLE dos BEATLES ( ELEANOR RIGBY, 1966, que inaugurou o POP BARROCO). E nada menos do que TRÊS dos ROLLING STONES ! ( LADY JANE, 1966; RUBY TUESDAY e DANDELION, 1967 ). E, mais dois clássicos do PROCOL HARUM: “HOMBURG”. E, principalmente, “A WHITER SHADE OF PALE” – hit internacional perene e a música mais tocada na Inglaterra em todos os tempos, ambas de 1967.
Existem outras, mas essas bastam!
E há, principalmente, LONG PLAYS que estabeleceram a vertente. Eu recordo alguns curiosamente de bandas americanas, que pavimentaram o caminho: Os TRÊS PRIMEIROS do “LOVE”; o pouco lembrado e também cult ” PRETTY BALLERINA” , gravado por “THE LEFT BANK”. E, claro, “PET SOUNDS” dos BEACH BOYS. Todos foram realizados entre 1966 e 1967, e nitidamente inspiraram os ZOMBIES.
Acho, também, que o disco dos “RASCALS”, “ONCE UPON A DREAM”, um LP. de R&B PSICODÉLICO, de 1968, tem alguma ligação com “TIME OF THE SEASON” – muitos talvez discordem.
Vou recordar duas músicas gravadas na Inglaterra, em 1968, e SINGLES MAGNÍFICOS, e de sucesso, também incluídos no POP BARROCO, “ELOISE”, de BARRY RIAN. E McARTHUR PARK, com RICHARD HARRIS.
Os ZOMBIES fizeram quase por acaso o disco mais claramente definidor e definitivo da vertente, que subsistiu um pouco além, e talvez tenha findado no clássico do KING CRIMSON, “ISLAND”, 1971.
E para não esquecer, o cerne dos três primeiros discos solo de COLIN BLUNSTONE, o vocalista dos ZOMBIES, são também POP BARROCO, e consequências diretas de “ODISSEY & ORACLE”.
Aliás, a fama e reconhecimento do primeiro entre eles, “ONE YEAR”, 1971, vem crescendo, e muito entre colecionadores e a crítica especializada.
Haja fôlego para encher a paciência de todos, enumerando discos quase VINTAGE! Mas, procurem ouvi-los.
Os ZOMBIES estão no ROCK AND ROLL HALL OF FAME, graças ao reconhecido clássico que fizeram.
E, mesmo assim, como observou há mais de 40 anos meu amigo e de muitos por aqui, Rene Ferri, em seu fanzine “WOOP BOP”, “nunca se colecionaram fotos de COLIN BLUNSTONE “…
POSTAGEM ORIGINAL: 20/10/2019
Nenhuma descrição de foto disponível.

SIMPLY RED: BIG LOVE / KAREN SOUZA ESSENTIALS 2 – POP CONTEMPORÂNEO.

Os dois discos são parte da última compra que fiz, uns dias atrás, procurando na Pops Discos Pops, minha loja predileta, em SAMPA.
Pois bem; nada demais, porém estão dentro dos critérios que meu querido falecido amigo Jean Yves Neufville usava quando a entressafra de qualidade apitava na curva. E isto sempre aconteceu e acontecerá. “Pô, Sérgio: eu não peço demais. Apenas um disquinho pop decente para escutar…”
E decentes os dois cds são. Mesmo estando o SIMPLY RED abaixo de seu melhor momento, conserva a verve do R&B bem feito, mas tecnicamente deixando um pouco a desejar. Achei a mixagem algo insípida, homogênea demais.
Para compensar, uma surpresa curiosa: o guitarrista é KENJI SUZUKI, blues-rocker pesado na linha GARY MOORE, famoso no Japão, por ser bom de improviso e Jams Sessions. Conheço um raríssimo e muito bom disco ao vivo dele com o baterista ANTON FIER, e o baixista JACK BRUCE, tocando CREAM e arredores. Tentei obter, mas custa o terceiro olho. Pois bem, SUZUKI, não altera o jogo, faz o esperado, porém abaixo do que fez HEITOR T.P. quando guitarrista do RED.
No conjunto da obra, SIMPLY RED – BIG LOVE é um disco agradável, e valeu o risco pelo preço que paguei: algo em torno de R$ 15,00.
KAREN SOUZA é uma argentina vendida ao mundo como cantora de jazz. Não é; faz um pop chegado ao lounge. Tem voz interessante, canta um tanto previsivelmente em inglês, mas causa interesse por seu charme e timbre.
O disco é um sumário do pop contemporâneo de FM, com o tingimento lounge lambendo o jazzistico. E serve para quem gosta de vocal feminino na fronteira do descartável. Não é disco para meus amigos Pierre Mignacou@Rodrigo Marques Nogueira. Mas cai bem para@Antonio MolitorJogador Número Quinze e todos os que gostam do pop deslavado.
Também valeu a pena pelo preço ultra acessível. R$ 15,00.
Resumindo, tio Sérgio curtiu novidades pelo preço de uma cerveja e um sanduíche de mortadela. Diversão a considerar.
POSTAGEM ORIGINAL: 20/10/2020
Nenhuma descrição de foto disponível.