JORGE DEGAS – XIAME – BAIXISTA NOTÁVEL – FUSION

JORGE FOI BRASILEIRO, MAS NATURALIZOU-SE DINAMARQUÊS. É EXCELENTE BAIXISTA DE FUSION – JAZZ, E TEM CARREIRA PROLÍFICA E BEM AVALIADA PELA CRÍTICA – A EUROPEIA, PRINCIPALMENTE.
CRIOU UM ESTILO TÉCNICO E MUITO LÍRICO DE TOCAR. FUNDE A MÚSICA BRASILEIRA COM O FOLK DA ESCANDINÁVIA E JAZZ NA LINHA DA GRAVADORA E.C.M..
MUITO INTERESSANTE, É SOFT E AGRADÁVEL DE ESCUTAR, FAZ ALGUMAS EXPERIMENTAÇÕES NOTÁVEIS, MAS NÃO AGRESSIVAS.
OS DISCOS DA FOTO FORAM GRAVADOS O PRIMEIRO NA DINAMARCA, O OUTRO NA ALEMANHA.
O JORGE DEGAS QUARTET ESTÁ DISPONÍVEL POR AÍ A UM PREÇO ACESSÍVEL, CERCA DE r$ 15,00 E RECOMENDO AOS CURIOSOS DE BOM GOSTO.
POSTAGEM ORIGINAL: 4/11/2018
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LANA DEL REY – ANGUSTIADA E BELA; CRAVO E CANELA

LANA DEL REY é a “IMPERATRIZ DA ANGST”, disse a revista RECORD COLLECTOR.
ANGST é a definição para um estado de espírito que mistura medo e apreensão antecipada por algo, ruim ou não, que vai ou possa acontecer. Um estado de solidão e ansiedade .
Seu último disco, “DID YOU KNOW THAT THERE´S A TUNNEL UNDER OCEAN BOULEVARD?”, lançado recentemente, tem quase 78 minutos de duração. Há muito eu não vejo disco original tão longo em único CD!!!
A capa saiu em 3 versões diferentes, à escolha do freguês, ou todas juntas em um BOX com três Compact Discs. Os LONG PLAYS devem estar, também, em álbuns duplos, e capas diferentes. Eu ainda não conferi.
LANA é moça de pulcritude indiscutível. Mostrou sua bela e instigante “CARTOGRAFIA” na capa de uma das três versões em que o disco foi lançado. Exatamente a que eu possuo.
A exposição do relevo da fronteira entre vales, colinas e os picos que os consagram, tem despertado exames acurados de observadores. A vista é muito bonita…
Ela esteve por aqui recentemente, retomando a carreira de shows. Disseram que os cinco anos que passou sem excursionar a tornaram menos delgada, mais cheinha. LANA DEL REY teria extrapolado a silhueta que apresentava em 2013, aos 27 anos, na primeira vez em que deu concerto no Brasil.
Certamente há exagero. Não é possível que tenha se esvaído feito um ARCO-ÍRIS, aquele magnífico espécime que deixou em êxtase meninos, meninas e meninex, os gratificando com simpatia descendo à plateia logo no início da performance para dar autógrafos, fazer selfies; e, apesar da segurança que a acompanhava, suportar até beijos roubados!!!???
A capa do disco comprova a maledicência. LANA continua bela.
Eu li, na RECORD COLLECTOR, que este disco é muito bom. Talvez o mais bem realizado dentro de seu estilo algo recorrente e perto do repetitivo no andamento e nas melodias. LANA é cantora reconhecível porque suas canções mantêm características…hum já testadas e conhecidas…( minha nossa!!! A que ponto cheguei???!!! )
Eu já a conhecia. E desta vez LANA conseguiu fazer melhor. Tipo construir algo além, mais refinado, e que consagra um jeito de cantar, compor e postar-se enquanto artista. Não é inovador, mas é o ápice de uma proposta.
Eu ouvi o disco diversas vezes. E com muito interesse e prazer. É belíssimo.
A sonoridade, em minha opinião, busca e mescla elementos do DREAM POP e tem muito do FOLK PROGRESSIVO MODERNO.
Ela conseguiu ultrapassar o ROCK ALTERNATIVO, do qual é mais ou menos parte. É, também, contemporânea do HIP-HOP, e a presença no disco de JON BATISTE, quase-astro em ascensão, serve à diversificação necessária elegantemente encaixada.
Há um condimento explícito e onipresente de JAZZ/BLUES/GOSPEL que permeia as músicas. Além de algumas experimentações adequadas, mas sem exageros.
O ritmo e andamento continuam lentos, como em tudo o que dela escutei. E o clima sombrio, DARK, envolve feito placenta o transcorrer da obra, e se revela paulatinamente. É fascinante!
A voz distinta e delicada de LANA DEL REY, uma contralto de timbre encorpado, é simultaneamente melodiosa e seca. Talvez lembre LIZ FRAZER, do COCTEAU TWINS. Mas com a doçura e o lirismo de KATE BUSH nas brumas de seus versos uivantes. Porém, quando no limite do grave, recorda MARIANNE FAITHFULL por sua aspereza.
Ela tem jeito e porte de artista de FILME NOIR, mas transposto e atualizado para o presente. LANA é sensual sem ser vulgar. Assume o jeito de uma garota não tão recatada que parece reter, ou controlar, uma explosão vulcânica de sexo e desejos.
Quem sabe ela esteja construindo personagem magnífico! Mas, até que ponto seria ela mesma?
Infelizmente, as letras não acompanham o CD. Uma perda e um empecilho para mais bem compreendê-la. Mesmo assim, tudo combinado resultou em trabalho amplo, pensado e coeso.
Algo neste último disco recorda os arranjos de ANGELO BADALAMENTI para a trilha sonora da série TWIN PEAKS: uma languidez nervosa, componente de certa ANGST…
A senhorita ELIZABETH WOOLRIDGE GRANT nasceu em NOVA YORK, é filha de dois publicitários que entraram em BURNOUT ( estresse total ), e resolveram mudar para uma pequena cidade vizinha que, segundo LANA – oooopsss – lembra a fictícia “TWIN PEAKS”.
E os GRANT refizeram suas vidas e profissões.
LANA DEL REY, é um pseudônimo, ela cresceu por lá. É moça de classe média, estudou filosofia, gosta de escrever, e lê gente alternativa como NABOKOV, de quem emula falsamente uma quasi-LOLITA. Ela é madura demais para posar de ninfeta. Já disse gostar de homens mais velhos… Há fotos comprovando…
LANA é, também, fã da poesia da geração BEAT. Mas, leu outros poetas americanos, como WALT WHITMAN e SILVIA PLATT. Assistiu a filmes NOIR. E gostou de CIDADÃO KANE…
Ela diz ter sido inspirada pelo GRUNGE. Principalmente o NIRVANA, de quem empresta aquela ansiedade explosiva – e nela apenas latente. Tornou-se muito amiga de COURTNEY LOVE, a mulher de KURT COBAIN. Mas, claro, LANA artisticamente foi por outros caminhos. É madura, e compõe como tal. Mesmo quando age feito adolescente.
Eu procurei ouvir os SINGLES de sucesso de sua carreira. São bons. Ela tem um jeito pessoal de compor letras que viajam do explicitamente romântico flertando com o idilicamente trágico – como despedidas dolorosas de namoros, vistas como pequenas mortes, ou suicídio anunciados. Há sempre um quê de incestuoso rondando suas letras. Que fazem menções a drogas, e a sexo às vezes explicitamente.
A solidão, outra constante, é descrita para e do ponto de vista da geração dela. Deixa a impressão imprecisa de “estar sempre vestida para ir a lugar nenhum”…
Depressiva? Quem sabe. Solitária ela certamente é. Solitude?
Há o fascínio pela vida bandida, e por marginais e Bad Boys. Mas, visto de um ponto de vista das garotas educadas e de classe média, que eventualmente se envolvem com o perigo… Acho que ela não se expôs, mas flertou, excitou-se com isso. E escreveu.
Talvez essa criatividade revele apenas estilo, letras ousadas de menina sonhadora. Mas, quem sabe seja estrutura de um projeto de marketing (seus pais eram publicitários), como jeito de consolidar sua já peculiar persona artística.
As músicas de LANA incorporam parte da mitologia americana do indivíduo livre, indomável, fora do sistema. Há um quê de BRUCE SPRINGSTEEN, e aquela vontade de fugir das amarras da sociedade – um fascínio pelo BORN TO RUN; ou, como em um dos hits dela, BORN TO DIE…
É também possível identificar influências de LOU REED; alguma irreverência à ALANIS MORRISETTE, e um não sei o quê de SINEAD O´CONNOR… Escavei pelaí a urgência ansiosa de ALISON MOYET (lembram dela? )
Se bem compreendi, é um ótimo COMBO, talvez um GUMBO artístico…
No seu primeiro SHOW em São Paulo, no FESTIVAL PLANETA TERRA, em 2013, a garotada urrava enquanto LANA desfilava no palco sua elegância de modelo, o corpo escultural, e o rosto hummm…. angelical.
Ela ria e brincava com a banda; e todos pareciam adorar estar ali, apresentando a irreverência construída que LANA criou.
Para mostrar a quê veio e provocar, o SET abre com música dizendo explicitamente que a VAGINA dela tem gosto de PEPSI COLA!
E LANA enfatiza que é verdade, e que foi um namorado quem constatou… Aquilo deixou onanistas à beira de uma “PAN ESPERMIA”!
Tá bom;
Se tem gosto de PEPSI COLA, então: LANA, ANGUSTIADA E BELA; CRAVO e CANELA!
Tentem; mesmo sob tentação….
POSTAGEM ORIGINAL: 26/06/2023
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THE MAMAS AND PAPAS – A REFERÊNCIA VOCAL SUPREMA DO FLOWER POWER

O SUNSHINE POP foi o momento mais cativante, do ponto de vista do astral e das melodias, na segunda metade dos anos 1960.
Talvez até uma “REAÇÃO CONSERVADORA” ao BEAT, SURF, e FOLK DE PROTESTO, destacando apuro vocal, melodias trabalhadas, e oposição a horrores políticos, como a guerra do Vietnã.
Não há quem não se lembre dos MAMAS & THE PAPAS, ASSOCIATIONS, THE 5TH DIMENSION, ou SPANKY AND OUR GANG , entre centenas, talvez milhares de outros. Todos criativamente alienados, porém mantendo a sanidade em tempos sofridos, e cheios de revoltas e lutas políticas.
Esse THE MAMAS & THE PAPAS – COMPLETE ANTHOLOGY colige tudo o que eles gravaram. Os cinco LONG PLAYS, também lançados no BRASIL, e todos os SINGLES de imenso sucesso. Estão ali faixas solo de MAMA CASS, entre várias outras parcerias e participações.
A qualidade técnica, gráfica e informativa é de alto nível. Um must para os fãs!
Eu os assisti ao vivo, em São Paulo, na boate do Hotel MACKSOUD PLAZA, a bem mais de trinta anos.
O local era pequeno, a banda ótima e reforçada por SCOTT MACKENZIE, um dos maiores “ONE HIT WONDER” da história do POP, com a inesquecível SAN FRANCISCO. Ele substituiu DANNY DOHERTY, da formação original.
O lugar de MAMA CASS foi ocupado por SPANKY McFARLAND, da concorrente de grande sucesso SPANKY AND OUR GANG.
E, claro, o membro original e “dono da banda”, JOHN PHILLIPS, e sua filha MACKENZIE PHILLIPS, que atuou no filme “AMERICAN GRAFFITE”, e veio substituindo a mãe MICHELLE, a “Mama” original.
Foi um belo show. Correto, emocionante, e digno do legado “HIPPIE – FLOWER POWER que eles simbolizaram.
OS MAMAS & THE PAPAS eram ótimos, quentes e e melódicos. Um naco “eterno” e revivido dos sixties. Eu vejo, porém, um detalhe curioso: as duas moças do ABBA com toda certeza ouviram MICHELLE E CASS. E cantavam “lá no alto” como elas . ..
Mas, não duraram mais do que uns cinco anos, e saíram de moda. Seus antípodas e contemporâneo certamente foi o VELVET UNDERGROUND.
E foram superados por tendências musicais mais ensimesmadas, contidas, egocêntricas: CAROLE KING, CARLY SIMON, JAMES TAYLOR, LENNON…
E artistas corrosivos, lúgubres e até indigestos, como o MC 5, STOOGES, e o tormento PUNK, meia década depois.
O sonho havia mesmo acabado.
POSTAGEM: 26/102019
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OS 200 DISCOS MAIS RAROS E CAROS PARA TENTAR COLECIONAR – SETEMBRO 2021

O tio SÉRGIO, como sempre, mata a cobra e dá o endereço do Instituto Butantã, para casos de acidentes com ofídios. Fica na Avenida Vital Brasil, em SAMPA.
De tempos em tempos, a revista RECORD COLLECTOR faz um levantamento de preços dos discos mais raros e colecionáveis que andam por aí.
Quem coordena é o jornalista IAN SHIRLEY, talvez o maior especialista em discos raros do mundo, que é o editor de um catálogo anual, o RARE RECORDS GUIDE, uma das razões para a existência da revista.
Claro, as cotações não são precisas, mas são feitas por consultas de mercado, resultado de leilões e a sempre crescente e volúvel vontade dos consumidores – colecionadores.
A lista, aqui, é recente. E as cotações não são em dólares, mas em LIBRAS ESTERLINAS, R$ 6,60 reais por libra, mais ou menos. O que implica em preço espantoso para a maioria dos itens, e certamente gera incredulidade para outros. Há enorme quantidade de discos quase totalmente desconhecidos!
Tio SÉRGIO pescou na listas alguns dos que tem na discoteca; os mais inusitados ou menos conhecidos – talvez. Claro, eu tenho edições em CDS. Não os vinis originais, que valem e custam pequenas fortunas.
Os meus custam, por aí , o preço de um disco importado normal.
Vamos brincar um pouco.
Para ficar mais bonitinho, em cada disco que postei na foto, coloquei o preço segundo o catálogo. Não esqueçam: são libras!
Tem de tudo! Desta vez, inclusive, uma infinidade de coisas que eu não conhecia, nunca vi e fiquei pasmo quando olhei! Mas vou deixar pra lá:
O fundo da lista começa com um single promocional de 7″ do DAVID BOWIE, com excertos do LP LOW, de 1977. É raro e custa 1,500 libras, algo como R$ 10.200,00! É um SINGLE!!!!
Há 14 variados dos BEATLES. Talvez o mais inusitado seja uma versão do SGT PEPPERS, em que a gravadora remontou a capa do disco com fotos de seus executivos, na época, para distribuir entre eles em uma convenção.
Não se sabe quantos foram feitos, e está avaliado em 70,000 ( setenta mil libras!! ) calcule aí em mil reais… Os caras acham que devem existir uns dois ou três ainda perdidos por aí!!!!
Há dois singles do WHITE STRIPES – eles mesmos! – cotados cada um deles em 8,000 libras!!! Ah, não percam as contas….
Por lá, também, um “Acetato” do VELVET UNDERGROUND, gravado na SCEPTER RECORDS, em 1966, avaliado em 20 mil libras!!!!
Dois singles dos SEX PISTOLS, gravados na AM RECORDS, EM 1977. “GOD SAVE THE QUEEN, vale $ 7,000 libras, em vinil. E $ 10,000 libras o Acetato!!!! Sempre foram caros, mas hoje…
Há dois brasileiros por 3,000 libras cada: LULA CORTES E ZÉ RAMALHO, PAEBIRU, original e com encartes; e ARTHUR VEROCAI, em seu único Lps pela gravadora CONTINENTAL . ROBERTO CARLOS não entrou, talvez porque não tão raro assim, vai saber.
Há uma edição cancelada do BLACK ALBUM DO PRINCE, avaliada e 4mil libras; e o primeiro do saxofonista HANK MOBLEY, original da BLUE NOTE, por 5,000 libras.
As doideiras culminam em terceiro lugar com o grupo de RAP “WU TANG CLAN”, um box com dois CDS!!!!, cópia única, e custa apenas 100,000 ( Cem mil libras !!!!!) . Até postei aí um recorte sobre ele.
É uma viagem ao non-sense: um 78 rotações dos anos 1930, de TOMMY JOHNSON, que eu nunca ouvi falar, “Alcohol and Jake Blues”, existem somente duas cópias e são avaliadas em 35 mil libras, cada!!!!!!!!!!!!
Entre os discos que publiquei, há o grupo DARK entre o HARD ROCK e o PROGRESSIVO, produção totalmente low-fi e artesanal, de 1972, mas que faz colecionadores babar: o LP “Dark Round the Edge” é masturbação contínua há anos, e vale “10,000”: R$ 67.000,00!!!
Ontem, ouvi duas vezes. Não vale!!!
E vamos para o topo da tabela. Olhe a foto e você verá dois “acetatos”. Um deles, de 1953, a primeira gravação de ELVIS PRESLEY. O título está ilegível, mas foi feito para mãe dele: “MY HAPPINESS / THAT´S WHEN YOUR HEARTACHE BEGIN. Existe apenas uma cópia, claro!!!!
O outro é THAT’ILL BE THE DAY, de BUDDY HOLLY, gravada pelos QUARRYMEN, a banda pré-Beatles de PAUL, JOHN e GEORGE, gravado em 1958 do qual, originalmente, havia 5 cópias. Hoje, sabe-se apenas da cópia que PAUL McCARTNEY comprou, em 1981, do pianista que os acompanhou, na gravação.
Pois, bem! São dois discos seminais e históricos. E estão avaliados em 250,000 libras cada um deles! Nem calcule…
Curiosidade.
Quando comprou o acetato original, PAUL mandou restaurar e serviu de base para mandar fazer de 20 a 25 cópias em dez polegadas (10′”) , em 78 rotações. E entre 25 e 50 cópias em singles de 7″, para tocar em 45 rotações. Cada um deles está cotado em 5,000 (cinco mil libras) .
Foram dadas de presente de natal para amigos, etc.
Resumindo: é viagem total. Mas, dizem, há mercado. E, para esses mais top, somente não são vendidos porque os donos não querem se desfazer deles.
POSTAGEM ORIGINAL: 2/10/2021Nenhuma descrição de foto disponível.

GEORGIE FAME COMPLETE RECORDINGS 1963/1966

Quando comecei a colecionar pra valer, em torno de 1969, a curiosidade sobre o que ouviam e como se divertiam os meus ídolos aguçou.
E GEORGIE foi um deles.
Discos e informações eram dificílimos de serem encontrados, naqueles tempos. E, como também sabe a turma de hoje, “sempre foram caros e algo raros”.
As primeiras enciclopédias que saíram nos anos 1970 eram muitas vezes precárias, mesmo havendo exceções – e qualquer dia posto sobre isto.
Talvez os sixties tenham consolidado a liberdade pessoal como valor absoluto, no mundo ocidental desenvolvido, independentemente de grana e classe social.
Um direito e ponto; que foi sendo expandido e, espera-se, continuará.
E tudo isso para dizer que na Inglaterra, claro, havia bares, clubes e locais onde bandas profissionais divertiam os mais jovens e os músicos de quem eles gostavam. E GEORGIE FAME & THE BLUE FLAMES era a banda titular do “FLAMINGO”, em Londres, e foi dos primeiros CLUBES a trazer famosos como BEATLES, STONES, CLAPTON, PAGE, BECK, e a vasta gama de pop rockers. Iam para dançar e curtir junto a seus fãs a deliciosa mistura de BLUES, R&B e JAZZ que eram a moldura para a cena jovem da época.
O que GEORGIE FAME fazia está em um dos discos aqui: “RHYTHM`N`BLUES AT THE FLAMINGO”. de 1964. Gravado ao vivo, pega o clima em cheio. Assim como os seus contemporâneos, GRAHAN BOND ORGANIZATION, JOHN MAYALL & THE BLUES BREAKERS, ZOOT MONEY & BIG ROLL BAND, e só para ficar na epiderme do melhor BLUES / SOUL/ R&B e outros ritmos da época!
Este box traz os cinco primeiros discos FAME, que gravou mais de 45 álbuns originais, uns 70 singles e até hoje é “alvo” de compilações diversas .
É bom cantor de RHYTHM`N`BLUES e POP em geral, algumas vezes pouco inspirado, mas foi melhorando durante a carreira.
GEORGIE gravou com grupos, BIG BANDS, grandes artistas e o que mais se imaginar.
Há um excelente disco de GEORGIE FAME com VAN MORRISON, “HOW LONG HAS THIS BEEN GOING ON”, lançado em 1995, pela VERVE RECORDS, que dá a medida do que ambos faziam e ainda fazem.
GEORGIE FAME tem repertório eclético e amplo, partindo de standards para coisas mais originais. Talvez alguns ainda tenham a lembrança do filme “BONNIE & CLYDE”, cuja canção título foi por ele gravada e consagrada.
Os discos que fez são, essencialmente, cults e colecionáveis. Boas cartografiad do que foi o POP nas décadas de 1950/60 e 70, expandidos para talvez eternidade.
O BOX , “THE WHOLE WORLD´S SHAKING”, abrange os primeiros discos de GEORGIE. É muito bem gravado e produzido. Rico em fotos e artes gráficas, e traz discos com faixas bônus e as capas originais.
É muito bom para os que ainda revivem o período. Como o TIO SÉRGIO, que aqui vos escreve…
POSTAGEM ORIGINAL: 09/11/2024
Nenhuma descrição de foto disponível.