ROLLING STONES – DÉCADA DE 1970 – A RESTAURAÇÃO DO RITO

Tá bom! A DECCA RECORDS recusou os BEATLES, em 1962, mas não titubeou e contratou os ROLLING STONES, pouco tempo depois. Então, pessoal, jogo empatado.
Digam o que disserem, o mais completo espírito do ROCK pós ELVIS PRESLEY foi erguido pelos ROLLING STONES!
Mas TIO SÉRGIO, você perdeu a razão? Como é possível esquecer o CHUCK BERRY, LITTLE RICHARDS e outros seminais?
Não esqueço; mas argumento:
JAGGER e RICHARDS são antípodas e complementares. A energia e saúde que MICK esbanja nos palcos se contrapõe à progressiva e, até agora, não consumada autodestruição de KEITH. EROS E THANATOS em dupla inseparável.
Nenhum ícone foi mais explícito do que a somatória de qualidades e defeitos desses dois: Rebeldia, insurgência, sexo, drogas e ROCK´N´ROLL expostos à visitação pública por décadas! Mais de 60 anos em cena, e ainda incólumes ( ou nem tanto…)
A morte da rainha ELIZABETH II, símbolo do conservadorismo aceitável; e da integração do REINO UNIDO à sua ideia de existência; representou a vitória da ALBION constatada intelectual e artisticamente, pelos KINKS – mesmo que, por eles, expressa por injeções de ironias quase mortais. Quase…
Já MICK JAGGER e KEITH RICHARDS simbolizaram e mantiveram o MITO da desagregação que não houve. Mas eles bem que tentaram… contanto que não atrapalhasse as finanças…
E do RITO destrutivo exarado da década de 1960, os dois começaram a construção do MITO; que expandiu-se mais ainda a partir dos 1980, e sobrevive até hoje.
O RITO maior é a DISCOGRAFIA, realizada e consolidada. Se nos tempos dos 1960 tiveram o período mais produtivo; durante os 1970 pretenderam expandir, e até conseguiram. Inclusive para compensar o roubo descarado que sofreram durante a década de 1960.
Até hoje, os STONES mantêm a “empresa” no jogo. Porém, exauriram a criatividade que outrora tiveram. Aliás, é comum acontecer:
Na década de 1970, “Los ROLLINGS” fizeram SETE discos de estúdio. Nos 1980, diminuíram a produção. E a mesma coisa fizeram de 1990 em diante. Da escassez ao culto crescente…
Então, expandiram o MITO. Realizaram shows milionários e bem recebidos; e lançaram uma profusão de discos ao vivo; e permanecem fazendo até hoje; e ainda bem! MITO E RITO precisam conviver. É da dinâmica para inserção na História.
Quase todos nós gostamos dos ROLLING STONES; e muitos colecionam seus discos, etc… – inclusive o TIO SÉRGIO, aqui.
Notem: todo artista mantém faixas gravadas e não lançadas, que garantem a preservação do MITO e a gana dos fãs. Os STONES legaram poucas, muito poucas… Mas venderam cerca, e supostamente mais de 250 milhões de discos durante a carreira, e em vários formatos. Deve ser mais; bem mais…
Os discos aqui postados fazem parte de uma série limitada americana. Saíram no decorrer dos 1990; e são itens de coleção.
Uma boa definição para MITO, afirma ser “algo que sempre existiu; mas jamais aconteceu”. Com os STONES foi diferente. São mitológicos porque existiram de fato; mas ultrapassaram em fama as próprias realizações. Como todo mundo, eles também envelheceram.
Porém, sem os excessos de JAGGER no palco, e sem o comportamento exuberante de RICHARDS pelaí na vida; não haveria FREDDIE MERCURY, OZZY ou AXL ROSE; nem a performance iconoclasta do THE WHO; ou a transgressão de LIAN GALLAGHER – isto para resumir em poucos.
E o ELVIS, TIO SÉRGIO?
Certamente, o MITO supremo do ROCK. Mas convenhamos: era um sujeito conservador por vocação. E dominado pelo sogro, o boçal e reacionário CORONEL PARKER, também seu empresário.
A autodestruição de PRESLEY provavelmente está ligada à falta de autonomia pessoal; o que não falta a MICK e KEITH. Através de JAGGER, o rebolado que ELVIS iniciou e divulgou tornou-se muito mais crível e autêntico. Um símbolo de autonomia lúdica, descontração e autoconfiança de uma geração contestadora.
Seria?
Com a palavra ANITTA.
POSTAGEM ORIGINAL:09/09/2023
Pode ser uma arte pop de 2 pessoas e texto

CANTAR EM PORTUGUÊS É DIFÍCIL!

A MPB fascina a turma lá de fora. Quando é vertida para outras línguas, os bons cantores geralmente vão bem. O duro é quando tentam cantar em português. A nossa língua não é habitual mundo afora. É muito difícil para estrangeiros aprender, entender e falar. Portanto, interpretar as canções é complicado.
Comprei disco da americana KARRIN ALLYSON, cantora razoável, que transita pelo JAZZ, o BLUES, e o POP . Se encontrarem pelaí, arrisquem.
No CD da foto, ela tenta a MPB; e se estrepa brigando contra a pronúncia. Mas, quando abandona a “inculta e bela”, o disco fica divertido.
Fotografei outros discos. JOHN HENDRICKS, um dos pioneiros a enfrentar a BOSSA NOVA, nesse disco de 1963; e, também, a cult JACINTHA. Ambos cantam bem, mesmo tropeçando na pronúncia.
JAN PARELES, crítico musical do THE NEWS YORK TIMES, entusiasta da MPB, foi estudar português para entender as letras e constatou o que muitos já sabiam: as versões americanas das letras são muito abaixo da poesia original! TOM JOBIM foi vítima disso!
O mesmo fez a melhor entre as cantoras da foto: STACEY KENT é canadense, profissional estudiosa e culta. Fala, entende e canta em português, francês e italiano com perfeição! E tem discografia ampla e variada. Gravou inclusive com MARCOS VALLE álbuns excelentes, por sinal! Inclusive show em DVD encantador!
Recomendo os discos aqui mostrados. São jeitos diferentes de ver e apreciar a melhor música brasileira. Tente.
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ROLLING STONES – EDIÇÃO EM CDS MONO – DECCA/LONDON 1963-1969: O ETERNO FASCÍNIO DO IMPERFEITO!

FALTOU A COLETÂNEA TRIPLA EM CDS, COM OS SINGLES DA ÉPOCA. MAS NÃO SOBROU ESPAÇO NA FOTO. “TIO SÉRGIO” NÃO FICA CITANDO EFEMÉRIDES, ODES, OU ESCALAÇÕES DO TIME. É A FASE “BEAT-R&B”, “PSICODÉLICA”, “PROTO-HARD ROCK”; E O QUE MAIS INVENTARAM OS “ROLLING STONES”, EM 6 ANOS ARRASADORES E INDESCRITÍVEIS!
É O PEDAÇO DE CARREIRA MAIS IMPORTANTE QUE PRODUZIRAM, ACHO. TODO MUNDO CONHECE A MAIORIA DOS HITS; COISAS COMO “SATISFACTION”, “JUMP JACK FLASH”, “GIMME SHELTER” , “HONKY TONKY WOMEN” E TONTAS E TANTAS… MESMO QUE POUCAS DELAS ESTEJAM NOS VINIS ORIGINAIS.
NO ENTANTO, FORAM CORRETAMENTE PRESERVADAS EM COLETÂNEAS, E MANTÊM-SE ARQUIVADAS NO IMAGINÁRIO ARTÍSTICO DO MUNDO CONTEMPORÂNEO.
OBSERVEM AS CAPAS. A IMENSA MAIORIA COM FOTOS ESCURAS E LAY-OUT LÚGUBRE – DARK? SIGNIFICARIA, QUEM SABE, A FACE VIRADA PARA O LADO SEM LUZ DA GALÁXIA? OU SERIA UM CONTRAPONTO À SUPOSTA LUMINOSIDADE QUE GENTE MAIS SOCIÁVEL, COMO OS “BEATLES”, EMITIRIA PARA O MUNDO? AS CAPAS MAIS CLARAS NÃO COINCIDENTEMENTE SÃO DE ÁLBUNS DA FASE PSICODÉLICA EM DIANTE. FAZ SENTIDO…
SEJA LÁ O QUE PENSAREM SOBRE A BANDA, O FATO É QUE OS “STONES” FORAM VÍTIMAS DE “BULLING”, ROUBO E EXPLORAÇÃO, DURANTE A DÉCADA INTEIRA DE 1960. TRABALHARAM INCANSÁVEL E LOUCAMENTE; PORÉM, O GROSSO DO PRODUTO FOI APROPRIADO PELO EMPRESÁRIO DELES – DIGAMOS QUE O ACHAQUE FOI UM TIPO DE “MAIS VALIA RECONCEITUALIZADA”…
DEPOIS QUE “ALLAN KLEIN” SE TORNOU HÓSPEDE DE ASMODEU, CHEGARAM A UM ACORDO COM A FILHA – HERDEIRA, A NOVA DONA DO MATERIAL QUE HAVIAM COMPOSTO E GERADO FORTUNAS PRA TODO MUNDO: GRAVADORAS, EMPRESÁRIOS, ACHACADORES E ATÉ PARA ELES MESMOS.
E ASSIM, A DISCOGRAFIA DAQUELA ÉPOCA FOI NOVAMENTE REEDITADA EM CDS, DEPOIS DE QUASE 15 ANOS DA PRIMEIRA PRESAGEM ORIGINAL, NESSE FORMATO. ESTÃO AQUI OS ÁLBUNS,
MAS NAS MIXAGENS EM “MONO”, REUNIDAS NESTE BOX.
ESPERO QUE TENHA SIDO UM BOM ACORDO PARA CHARLEY, MICK, KEITH E BILL E O ESPÓLIO DOS JÁ MORTOS, E OS SOBREVIVENTES COMO RONNIE WOOD, MICK TAYLOR, E QUEM MAIS HOUVER.
EU TENHO UM MONTE DE COISAS FEITAS PELOS “ROLLING STONES”. INCLUSIVE REPETIDAS. O MEU CASO DE AMOR COM A BANDA SEMPRE FOI CULTIVAR A MÍSTICA, E TENTAR CONSEGUIR TUDO O QUE FOR POSSÍVEL GRAVADO PELOS CARAS.
SOU CONSUMIDOR COMPULSIVO; E, TAMBÉM, UM CRÍTICO CHATO DA OBRA DELES. NÃO GOSTO DE MUITA COISA QUE FIZERAM. E ACHO OS SINGLES, EM GERAL, MUITO MELHORES DOS OS “LONG PLAYS”.
O MEU AFETO VEM COM TUDO JUNTO AO MESMO TEMPO… SEMPRE; E PARA SEMPRE. GOSTO DE “LOS ROLLINGS”, COMO DIZEM LOS HERMANOS ARGENTINOS, MAIS DO QUE A BOA CRÍTICA, E EU MESMO RECOMENDARIA….
RETORNO AO ÚTERO DAS MINHAS PRIMEIRAS COLEÇÕES; E RECORDO “EXATAIMPRECISAMENTE” OS AFETOS, E VONTADES DE VER E PEGAR AS CAPAS; NA EXPECTATIVA DO CONTEÚDO GRAVADO ME SURPREENDER.
AMADOS DE SEMPRE, EU OS RECOLOCO PARA VOCÊS TAMBÉM.
DUVIDO QUE ALGUÉM RESISTA!
POSTAGEM ORIGINAL: 06/09/2020
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IRON MAIDEN, E UM GOSTINHO DO U.F.O. É O TIO SERGIO RECORDANDO A PAULEIRA BRAVA!!!

Em SHOWS de não tanto tempo atrás, o IRON MAIDEN abria com homenagem explícita ao U.F.O, a conhecida e sensacional banda inglesa ícone dos anos 1970, e ainda em alguma atividade. Já estiveram por aqui.
O “OBJETO AÉREO NÃO IDENTIFICADO” (U.F.O.)operava na curva escorregadia entre o HARD ROCK e o METAL. E a música que o público ouviu na abertura do IRON, “Doctor, Doctor”, é um clássico do U.F.O.
Os mais novos certamente não os conhecem tanto. Mas é clara a relação entre o que faz o IRON MAIDEN e o que fazia o U.F.O, em seu tempo áureo. Falo do driving, da levada, e da garra no palco. Nos shows recentes, emendar uma performance a outra foi bem mais do que adequado: Inundou o ambiente de ROCK PESADO!
Se o IRON consegue conjugar 3 guitarristas com ampla eficiência, o U.F.O arrebentava com apenas um, o alemão MICHAEL SCHENKER! Ele é irmão de RUDOLF SCHENKER, e ambos integraram os SCORPIONS!
Claro, não era só isto. O vocalista PHIL MOGG teve grande momento, entre 1973/1981. TIO SÉRGIO GARANTE: foi um dos melhores do ROCK. Para mim, tão ou mais vigoroso do que BRUCE DICKINSON!
E nem vou comentar sobre o portentoso baixista PETE WAY – o cara que dava o tom e o andamento a banda – e fosse quem estivesse na bateria.
Vou, também, homenagear PAUL RAYMOND, tecladista e segundo guitarrists, um dos melhores “SIDERS” da história do ROCK. Ele tocou em inúmeros grupos, como o SAVOY BROWN.
Eu recomendo aos que não os conhecem, que procurem o disco “STRANGERS IN THE NIGHT”, gravado ao vivo, em 1978, no auge técnico, criativo e físico de todos eles!
É um dos melhores shows da História! Pauleira brava! Começa bem e vai melhorando, chegando ao ápice na parte final! Comprove!
Pois, é! Mais uma vez o IRON MAIDEN não decepciona. Para além de 40 anos de estrada, e discografia portentosa, os caras não negam fogo, apesar da idade avançada da maioria deles…
Tocam por telepatia! Conseguiram entrosar as 3 guitarras, o que já estava evidente, no ROCK IN RIO de 2001!!! Longe time ago!
Claro, o repertório amplo e cheio de clássicos é, ao mesmo tempo, um tanto esperado. O jeito de fazer, compor e tocar é sempre autorreferente; deixando um retrogosto de “já ouvi isso antes”.
O que tenho deles está aqui: uma excelente coletânea e o show de 2001. Para mim, é o suficiente.
Porém, não há quem não goste dos shows, sempre dinâmicos, barulhentos, empolgantes. A banda sempre dá o sangue, o que lhes garante renovadas legiões de fãs.
Pelo cheiro da mortadela, devem continuar e aparecer por aqui outras vezes.
E não há dúvidas, quem gosta de ROCK pesado bem tocado, estimulante, sempre abre espaço para ver o IRON, o METALLICA, o GUNS, e atualmente o GREEN DAY.
Enquanto a bengala e tedio não tomarem conta de meus passos, estarei frente à TV dando risada e comentando com os amigos.
Para acompanhar, vou seguir a receita de GEORGE THOROGOOD: “ONE BOURBON, ONE SCOTCH , ONE BEER”. E, se rolar uma CAIPIRINHA, TIO SÉRGIO também encara.
O ROCK permanece divertido!!!!
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BRAD MEHLDAU & ORPHEUS CHAMBER ORCHESTRA: VARIATIONS ON A MELANCHOLY THEME – CD NONESUCH 2021.

Uma das características da boa música instrumental contemporânea é estar além – rótulos e “pré – conceitos”. Exibe alta qualidade sem restringir-se a estilos ou gêneros. E, quando bem estruturada, revela sofisticação em harmonia, melodia, ritmo e andamento.
Assim, as fronteiras entre o POP, o CLÁSSICO e o JAZZ tornaram-se mais permeáveis, fluidas e mutantes. O que vislumbra perspectivas inéditas e mais ricas para quem aprecia.
Porém, restará o eterno problema de como classificar. Talvez bobagem frente à amplitude que alcança. Mas chateação essencial para os que têm discoteca, ou coleções, e podem se perder frente às prateleiras.
BRAD MEHLDAU é pianista de altíssimo nível técnico, artístico e de criatividade. Tem obra em expansão contínua, e já numerosa; e sempre eclética e instigante. Gravou em estúdio com trios, quartetos, grupos mais amplos e piano solo. Fez discos ao vivo, também.
Criou em parceria com gente sólida, como o guitarrista PAT METHENY – outro superdotado -, com quem fez dois discos imperdíveis, também para a NONESUTCH RECORDS: “METHENY MEHLDAU”, em 2006 (acho que saiu no Brasil ). E “METHENY MEHLDAU QUARTET”, lançado em 2007. Busque por aí, porque vale a pena!
Uma das características de MEHLDAU é a coragem, ousadia e ambição! O cara enfrenta os desafios para tornar mais ampla, e sofisticada, obras de compositores como NICK DRAKE, e da banda RADIOHEAD. Além de encarar ícones como GERSHWIN, COLE PORTER, THELONIOUS MONK e MILTON NASCIMENTO. Só para ficar em alguns…
É nítido: MEHLDAU é, também, compositor expressivo e extenso. No presente disco, gravado ao vivo com a ORPHEUS CHAMBER ORCHESTRA, BRAD emula e ondula sobre a música erudita (para mim clássica) em formato contemporâneo, que ele compôs tendo como inspiração “AS VARIAÇÕES” de BACH (GOLDEBERG); e BEETHOVEN (DIABELLI ) – ele
explica no livreto.
BRAD MEHLDAU criou as 15 faixas, todas correlacionadas entre si por um tema principal, que deambula modificado por toda a execução. Há traços perceptíveis de CONFORTABLY NUMB, do PINK FLOYD, por exemplo e, no entremeio, de sonoridades enterradas no pré-sal da memória dos que gostam de música. Ouça e observe. O efeito é mágico!
O trabalho da orquestra é de beleza explícita. É moderno sem ser chato ou hermético, e servindo de base harmônica para o soberbo trabalho de piano. É bonito do começo ao final, mesmo nada longo.
A melancolia a que MELHDAU se refere tem o caráter da resignação algo BLUESY da música negra. E seu piano incorpora, e expressa o tempo inteiro, o jeito “JAZZISTICO” de tocar, embalado pelo “clássico contemporâneo” – se é que bem decifrei a pretensão.
É música sofisticada, sim. Mas impenetrável, nunca!
Vai bem para a turma do JAZZ e da MÚSICA CLÁSSICA; e até da NEW AGE, do LOUNGE e do ROCK PROGRESSIVO. É trabalho agradavelmente inclassificável.
E ainda bem!
O ponto negativo nesta edição americana, é a porcaria de material reciclável com que é feita a capa/embalagem do CD!!!! É frágil, feia, mal dimensionada – muito estreita, fere o disco!
Verdadeiro desrespeito ao consumidor!!!, que paga a peso de urânio por um produto de alto nível artístico, como geralmente são os discos da NONESUTCH, mas embalado em lixo mal tratado.
Mesmo assim, não deixe de ouvir. Eleva e reconforta espírito e mente.
POSTAGEM ORIGINAL: 20/08/2021
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KEITH JARRETT – UM GÊNIO ICONOCLASTA

The KOLN CONCERT, de 1975, é o álbum mais vendido da gravadora ECM até hoje! Disco solo de improvisação impecável, que podemos supor, ou classificar, como JAZZ. Mas vai além, muito além de qualquer conceito mais restritivo!
KEITH é o mais “cósmico” entre os pianistas americanos. Voa e “sidera” o tempo inteiro; mas sempre assentado em base harmônica sólida e vigorosa. Observem a mão esquerda do cara, é a “viga baldrame” da harmonia para a incrível capacidade de criar melodias que buscam o POP, o JAZZ , os CLÁSSICOS MODERNOS, and beyond…; e tudo condensado nas improvisações que faz no momento preciso.
JARRET é gênio resmungão !
Acho que andei exagerando na crítica de suas performances “extra-música”: adições de gritinhos, sussurros, relinches, orgasmos, flatulências, adendos melódicos vocais, e etc…, que ele nos brinda em vários discos, mas não em todos; felizmente!
Portanto, vez por outra um “CALA A BOCA, KATARINO”, lhe cai bem!
Aqui vão postados exemplos de música imensa. Do JAZZ MODERNO mais típico à criação musical mais aberta, encontra-se em KEITH o suprassumo da melodia, e da improvisação inventiva.
Ele não faz masturbações harmônicas indecifráveis e nem melodias irritantes ou monótonas. Vai do excepcional ao sublime para todos os gostos – e momentos.
Quando eu crescer escrevo pro Rodrigo Marques NogueiraPierre MignacGil AndersonCesar LimaGerson PéricoAyrton Mugnaini Jr.Nelson Rocha Dos Santos acrescentando alguns arrependimentos por ter sido ranzinza com o JARRET.
Vocês todos são obrigados a gostar do KEITH!!! E, da minha parte, repito o que já disse:
Pô, KATARINO, de vez em quando “shut-up”!!!!
POSTAGEM ORIGINAL: 01/09/2019
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