CROSBY, STILLS, NASH & YOUNG: SUPERGRUPO DO FOLK ROCK E DA PSICODELIA

AINDA IMENSOS NO IMAGINÁRIO DO ROCK, FORJARAM “BLEND” ÚNICO DE HARMONIAS E TRADIÇÃO POP, CULMINANDO EM SUPERGRUPO TRINACIONAL.
AOS QUE NÃO SABEM, “GRAHAN NASH” É INGLÊS, RESPONSÁVEL PELA HARMONIA VOCAL BELÍSSIMA, E VÁRIOS SUCESSOS DOS “HOLLIES””, NA DÉCADA DE 1960.
“NEIL YOUNG” É CANADENSE E DISPENSA COMENTÁRIOS.
“STEPHEN STILLS”, AMERICANO, É GUITARRISTA EXCEPCIONAL; TEM VOZ DE TIMBRE DIFERENCIADO; ESTEVE COM NEIL NO “BUFFALO SPRINGFIELD”, BANDA EXCELENTE DOS ANOS 1960.
E, TAMBÉM, “DAVID CROSBY”, OUTRO AMERICANO, QUE FOI INTEGRANTE DOS “BYRDS”, NOS TRÊS PRIMEIROS ÁLBUNS.
TODOS SÃO MÚSICOS TALENTOSOS POR CONTA PRÓPRIA, E O GRUPO QUE MONTARAM, À PARTIR DE 1969, AINDA É REFERÊNCIA INSUPERADA NO MUNDO POP.
MAS A VIDA CONSPIRA CONTRA A PERFEIÇÃO. EM OUTUBRO DE 1969, NO DIA EM QUE O PRIMEIRO ÁLBUM DO “C.S.N”. CHEGOU AO TOPO DA PARADA AMERICANA, A ESPOSA DE CROSBY FOI LEVAR OS GATOS AO VETERINÁRIO E MORREU EM UMA COLISÃO FRONTAL COM OUTRO VEÍCULO!
“AQUELES A QUEM OS DEUSES QUEREM DESTRUIR PRIMEIRO ENLOUQUECEM”, ESCREVEU SHEAKSPEARE. E DAVID CROSBY NUNCA MAIS FOI O MESMO…
MESMO ASSIM, ENTRE TAPAS E BEIJOS, E DISPUTAS INTERNAS, OS QUATRO GRAVARAM MAIS DOIS ALBUNS SEMINAIS: O ESPETACULAR E DELICADO “DEJAVU”, EM 1970, CUJA CAPA ORIGINAL ESTÁ ENTRE AS MAIS BELAS E CHIQUES DA HISTÓRIA DO ROCK! EM 2021, FOI RELANÇADO EM BOX COM DESIGN INSPIRADO; EM 5 CDS; 1 LP, LIVRETO, ETC. É MUITO CARO E TALVEZ PRESCINDÍVEL.
EM 1972, LANÇARAM O ICÔNICO ÁLBUM DUPLO AO VIVO, “FOUR WAY STREET”. DEPOIS, CONTINUARAM COMO “CROSBY, STILLS & NASH”; E SE REUNINDO, AGORA ESPARSAMENTE. VEZ POR OUTRA, GRAVAM EM COMBINAÇÕES VARIADAS ENTRE SI. HÁ VÁRIOS CDS E DVDS DISPONÍVEIS. PROCUREM CONHECER.
CADA UM DELES MANTÉM, DESDE SEMPRE, CARREIRA SOLO PRESTIGIADA E PRODUTIVA. “GRAHAN NASH” É COMPOSITOR PROCURADO POR VÁRIOS CANTORES; “BARBARA STREISAND” ENTRE ELES. AS OBRAS DE CADA UM DOS QUATRO É COLECIONÁVEL E MUITO CRIATIVA.
O BOX AQUI POSTADO, COM 4 CDS E EXCELENTE LIVRETO TARAZENDO FOTOS E TEXTO, FOI PRODUZIDO PELA “RHYNO RECORDS”, NOS ANOS 1990. E DÁ BOA CONTA DO RECADO; COLIGE FAIXAS DO GRUPO E OUTRAS SOLO, OU EM DUPLA DE CADA INTEGRANTE; PRINCIPALMENTE “CROSBY E NASH”, QUE GRAVARAM COISAS LINDÍSSIMAS.
PARA RESUMIR E AMPLIANDO, DIGAMOS, QUEM EVITAR OS RAPAZES NÃO SABE O QUE ESTÁ PERDENDO. E MERECE CURTIR A BANDA CALYPSO PELO RESTO DA VIDA.
TENTEM; VALE A PENA DE MONTÃO!!!
POSTAGEM ORIGINAL:18/08/2019
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FLORBELA ESPANCA, DEPOIS DE UM BLUES…

Em volta de nós sempre habita o sofrimento, nosso vizinho perene, insistente. Infalível! Nisso a vida é democrática; pois sobra para todos: ricos, pobres, negros, brancos, e o quê mais houver. Basta estar vivo para perceber…
A ninguém é permitido existir sem compaixão, porque o sofrer nos iguala. E compreender o próximo como roto de alma talvez seja a conclusão sobre a vida que mais nos aproxime e revele. Humanos.
Começo desta forma, porque termino falando de FLORBELA – o filme.
Sobrevivi este sábado meio cansado; porque insone militante vi passar no cinema doido dentro da minha cabeça, a sucessão de flagelos que compõem meus pesadelos e medos recorrentes.
A madrugada é uma pantera fria e traiçoeira espreitando.
Tudo bem; nada que um café na padaria não ajudasse a recuperar a parte de mim ainda retida sob o “desanoitecer” rumo ao dia. Mas, fiquei em casa.
Aquela manhã não começou mal. Fui dar uma olhada em meus discos, companheiros eternos que mais bem explicam quem sou, e me resgatam dos escombros cotidianos.
Comecei com álbum raro de JIMMY WITHERSPOON, chamado ROOTS, 1962. Um cantor em estado da arte; gravação magnífica da ATLANTIC RECORDS, e que só os japoneses sabem recuperar. Ouçam; é BLUES essencial; recupera defunto e comove quem ouve – e também ajuda consertar o que houve – seja lá o quê…
É o tipo de obra que faz você compreender porque gente como ERIC CLAPTON, os STONES, e nossos ídolos em geral, gostavam tanto de BLUES.
Fui em frente, e escutei de MOSE ALLISON até a brasileira “CULT” ELIETE NEGREIROS; passei por SUN RA e os FOUR SEASONS; até ser emocionalmente defenestrado pela BANDA BANDALHA seminal dos 1960: THE SEEDS! – pra mim, estão entre o GARAGEM ROCK e o PUNK, e tanto faz a ordem! ROCK ALTERNATIVO é isto aqui!
Esbarrei, também, em dupla americana, chamada NEW WAVE, 1966; mescla inusitado conúbio entre o violão do LUIZ BONFÁ e SIMON & GARFUNKEL. E são acompanhados por craques tipo RON CARTER, CAROL KEYE, e MIKE POST, na guitarra – É! o famoso compositor de trilhas sonoras mesmo…
TIO SÉRGIO, como a banda do Zé Pretinho do JORGE BENJOR, mistura bumbo e violino feito um sarapatel sonoro meio indigesto – mesmo que estimulante. Aprendi a ser exigente com o máximo ecletismo e abertura possível.
Talvez?
Fiz tudo isso e ainda consegui ler a parte política dos jornais sem rir ou vomitar.
E liguei a televisão para assistir algum jogo de futebol, quando encalhei no TELECINE CULT, da NET. Passava filme chamado FLORBELA, dirigido por cineasta que eu não conhecia, VICENTE ALVES do Ó.
Ambientado em Portugal e interpretado por artistas portugueses, conta um momento de crise pessoal e criativa da POETISA FLORBELA ESPANCA, no final dos anos 1920.
É Magnífico!
O filme é um desfile de sutilezas emocionais, e resvala em questões como possível desejo incestuoso, e um quê recôndito de homossexualidade.
Tudo é tratado com elegância e refinamento num país que, ainda na década de 1970, era muito distante da Europa…
Nos é mostrado o PORTUGAL entre 1929/30, sob a ditadura quase medieval de Salazar. Um lugar reacionário, claustrofóbico, e tradicionalista em sua pior concepção…
Os atores estão nunca menos do que excelentes; e DALILA CARMO, que interpreta FLORBELA ESPANCA é perfeita. Transborda emoção, passa sentimentos e contradições nos dando ideia do que deve ser uma pessoa sensível e sofisticada, restringida por uma sociedade nostálgica, inculta, pequena, coalhada de preconceitos, e limitadora de talentos e comportamentos.
Ser mulher em Portugal, naqueles tempos, era barra pesadíssima. FLORBELA morreu em 1930, aos 36 anos, de tristeza e depressão.
E, finalmente, a língua e a linguagem.
Eu gosto demais! Acho precisa e bem resolvida, passando muito longe – por causa da época, inclusive – dessa sistemática destruição ( talvez criativa? ) do português que se fala, hoje, no Brasil.
É filme pra lá de recomendável. Com subsídios para discussões mil sobre todos nós que herdamos língua e jeitos dos portugueses.
E ainda bem que, hoje, PORTUGAL já faça parte da EUROPA!
POSTAGEM ORIGINAL: 18/07/2022
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ARETHA FRANKLIN – RARA, PRECIOSA E INSUBSTITUÍVEL, SOB OUTRA PERSPECTIVA

Em tudo o que se faz é aconselhável acrescentar empenho e prazer; impor certa volúpia controlada para que dê mais certo e valha a pena realizar.
Claro, eu não falo com sádicos, torturadores, assassinos, e “que tais”. Então, porções de prazer são sempre bem-vindas. Na apreciação de artes, principalmente!
Escrevendo, ouvindo, lendo e conversando criei frase que sempre cito: “GOSTO, MAS NÃO PREFIRO”. Foi mais ou menos a minha relação com ARETHA LOUISE FRANKLIN, e as cantoras de R&B, POP, SOUL e BLUES mais extrovertidas.
Eu não gostava dos excessos minuciosamente perpetrados por ARETHA, para evidenciar a potência e alcance de sua extensa, bela, educada, cristalina e nítida voz.
Pensando e ouvindo melhor, ARETHA cantava, e sempre cantou bem. Aliás divinamente bem, e de maneira perfeita, quaisquer estilos a que se dedicou. Ela singrou por vários. E  arrasava tecnicamente: sua voz alcançava do agudo extremo ao grave; tinha ritmo e timing precisos; e muito senso melódico.
Um resumo adequado para o currículo dessa verdadeira DIVA, que morreu aos 76 anos, é afirmar que foi legítima sucessora, e está no mesmo time que ELLA FITZGERALD, SARAH VAUGHN, BILLIE HOLIDAY  e DINAH WASHINGTON. Tá; TIO SÉRGIO admite: elogio pouco é bobagem….
ARETHA gravou 11 LONG PLAYS, à partir de 1961, para a COLUMBIA RECORDS. Discos vigorosos de RHYTHM”N”BLUES, com a verve jazzística da transição entre a década de 1950 para a de 1960. Seu “THE ELECTRIFYING”, de 1962, é ótimo. Mas, “UNFORGETABLE, A TRIBUTE TO DINAH WASHINGTON”, 1964, é essencial!!!!
A voz espetacular de ARETHA FRANKLIN foi devidamente “amoldada” para manter as características essenciais do canto GOSPEL. Partiu do RHYTHM´N´BLUES clássico, eivando paulatinamente de sensualidade discreta a música negra americana, e transitando para a SOUL MUSIC.
SOUL tornou-se a denominação pela qual parte do R&B foi batizado lá por 1960, e dali em diante. E ARETHA tornou-se a grande voz feminina do novo “subgênero”.
Porém, ninguém troca de gravadora para repetir-se. E a mudança de ares foi essencial para reposicionar seu talento único.
ATLANTIC RECORDS foi criação de dois turcos, os irmãos AHMED e NESUHI ERTGUM, que tinham uma coleção com mais de 15 mil discos de 78RPMs!!!!. Juntos com o “judeu”, HERBIE ABRAHANSON, em 1947 fundaram uma das gravadoras mais importantes da história. Os três eram amantes de JAZZ e R&B!
Quando ingressou na ATLANTIC, em 1967, ARETHA FRANKLIN era mulher e artista madura. E, por lá gravou 24 LPS, até 1979. Foi a sua fase de maior sucesso, em aproximação sucessiva com a POP MUSIC daqueles tempos.
A extroversão vocal também era característica da época. Lembram-se de JANIS JOPLIN? Ela e ARETHA brilharam em paralelo. JANIS de certa forma preencheu o espaço deixado por ARETHA na COLUMBIA RECORDS. E as duas se modernizaram simultaneamente, satisfazendo o gosto do público jovem também chegado ao ROCK.
O repertório, na ATLANTIC, é coalhado por HITS, como “THINK”, “RESPECT”, “DO RIGHT WOMAN, DO RIGHT MAN”, “SPIRIT IN THE DARK” e, também, uma série de clássicos e standards da BLACK MUSIC.
No BOX ORIGINAL ALBUM há os 5 principais discos para a ATLANTIC. Estão aqui postados; inclusive, ARETHA LIVE AT FILLMORE WEST, onde mostra toda garra e energia que liberava gravando ao vivo. Inclusive “vertendo” para “SOUL” músicas como “BRIDGE OVER TROUBLED WATERS”, sucesso marcante da época com SIMON & GAARFUNKEL. E “MAKE IT WITH YOU”, baba POP do pegajoso e competente grupo BREAD. Para variar, o ritmo e principalmente o andamento são esfuziantes!
A gente também percebe nos discos de ARETHA o que rolava por aqueles tempos. Ela gravou compositores da estatura de BURT BACHARACH, de quem fez versão para “I SAY A LITTLE PRAYER”. E outros HITS atemporais, como “GROOVIN”, grande sucesso dos RASCALS, também contemporâneos e colegas na ATLANTIC RECORDS.
ARETHA era boa pianista e tocou em diversas gravações. Sempre foi acompanhada por time invejável de craques. Músicos como o baterista ROGER HAWKINS; o baixista JERRY JERMMOTT; o saxofonista KING CURTIS; e até o guitarrista DUANE ALMANN estiveram presentes.
A produção esmerada de JERRY WEXLER, e a qualidade técnica das gravações dirigidas pelo engenheiro TOM DOWD, tornou o elenco e discos da ATLANTIC sucesso artístico e comercial.
ARETHA FRANKLIN reinou por lá até assinar com a ARISTA RECORDS, em 1980. O disco JUMP TO IT, 1982, é uma atualização do R&B com pitadas de FUNK, e alguma FUSION jazzística na instrumentação.
Para variar … , traz muito balanço; e produção primorosa, desta vez de LUTHER VANDROSS, outro que espocou na década de 1980, e conseguiu manter-se.
Li, por aí, que ARETHA intimidava ERIC CLAPTON, que a reverenciava a ponto de quase travar quando perto dela!!!!
Ao mesmo tempo, ARETHA foi ícone e artista imensa e cidadã exemplar –  muito presente e ativa em movimentos para os direitos civis, nos EUA. Claro, isto potencializou sua fama e importância além música.
ARETHA FRANKLIN recebeu 18 GRAMMYS!!!! Isso mesmo! E vendeu 75 milhões de discos. Eu espero que esteja arrasando no céu com outros “anteriormente convidados”.
HOJE, EU “GOSTO E PREFIRO” ARETHA, A INSUBSTITUÍVEL!
POSTAGEM ORIGINAL:: 24/08/2022
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ARETHA FRANKLIN –  ATLANTIC RECORDS 1967/1971 – ORIGINAL ALBUM SERIES

Escrevendo, ouvindo, lendo e conversando criei uma frase que sempre cito: “gosto, mas não prefiro”.
É mais ou menos a minha relação com ARETHA FRANKLIN e as cantoras mais extrovertidas de R&B, POP, SOUL e BLUES. E este box, em edição popular, é muito bem gravado e masterizado, mas sem maiores informações, traz os cinco primeiros álbuns de ARETHA para a ATLANTIC RECORDS.
Dizer de ARETHA que não cantava bem, ou não tinha SOUL, é puro absurdo! Seu carisma e interpretação foram milimetricamente preparados para evidenciar a potência e alcance de sua voz! Ela é dona de um estilo; fez história e tem marca registrada.
Apreciar, ou não, é questão de gosto. ARETHA FRANKLIN antes de ícone e artista imensa foi uma grande mulher e cidadã. O que expôs a sua relevância.
ARETHA já fazia sucesso na COLUMBIA RECORDS, onde esteve desde 1961. Cantava R&B tingido por GOSPEL; fazia música negra mais tradicional.
Explodiu ao ser contratada e modernizada pela ATLANTIC RECORDS, em 1967. E, quem sabe, o planejado tenha sido lançá-la no vácuo de JANIS JOPLIN – desde 1966 a nova estrela da COLUMBIA, onde fundiu o BLUES ao ROCK PSICODÉLICO, acompanhada pelos “Rockers” do BIG BROTHER & HOLDING COMPANY.
Na ATLANTIC, ARETHA FRANKLIN arrebentou conjugando a interface da BLACK MUSIC com o POP. A produção esmerada, e a banda espetacular da casa, tornaram ARETHA ícone da SOUL MUSIC. Ela foi ( é!! ) muito mais cantora, e transitou além, muito além, de JANIS JOPLIN.
Vale reparar em duas característica dissociadas. Mas, Históricas, quem sabe…
1) A gravadora ATLANTIC foi criação de um turco e de um judeu: AHMET ERTGUN e HERB ABRAMSON, e desenvolveu estilo próprio de fazer R&B e a SOUL MUSIC.
Os músicos que tocavam lá, na maioria brancos do sul dos Estados Unidos, utilizavam o estúdio MUSCLE SCHOALS – que virou FAME tempos depois. Foi no sul onde gravou o “Cast ” NEGRO da ATLANTIC, com excepcionais resultados artísticos reconhecidos até hoje!
DUANE ALMANN, guitarrista, tocou em discos de ARETHA. E há outros, vários outros: o baixista JERRY JEMMOTT; BILLY PRESTON, no órgão; BERNARD “PRETTY ” PURDIE, baterista supremo; o guitarrista CORNELL DUPRÉ ; e KING CURTIS, no sax. Todos parte da grande máquina de fazer HITS que foi a gravadora.
2) O FOLK ROCK PSICODÉLICO foi criado em meados da década de 1960, por um PRETÃO de NOVA YORK chamado TOM WILSON. Ele desenvolveu o conceito, juntando guitarras e instrumentos elétricos aos arranjos acústicos da FOLK MUSIC.
Observem “LIKE A ROLLING STONE”, de BOB DYLAN; e também “SOUNDS OF SILENCE”, de SIMON & GARFUNKEL; ou MR. TAMBOURINE MAN, e outras gravações dos BYRDS. Clássicos não superados.
Uma aparente inversão de expectativas? Seria?
Não! Houve, sim, uma grande vitória da arte sobre o racismo. Simplesmente. Não importa se feito por pretos coisas que se considerava de brancos. Ou se a música dos negros foi arranjada e muito bem expressa por brancos e outros…
Lições da arte, e da vida!
ARETHA FRANKLIN morreu anos atrás, em 16 de agosto de 2018. E certamente arrasa no céu com outros “anteriormente convidados”.
TIO SÉRGIO é um chato. E ARETHA FRANKLIN, não!!!
POSTAGEM ORIGINAL: 18/08/2023
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YARDBIRDS – “HAPPENINGS TEN YEARS TIME AGO / PSYCHO DAISES”, DUAS MÚSICAS COM JEFF BECK E JIMMY PAGE NAS GUITARRAS – REEDIÇÃO DE SINGLE DE 1966 – VINIL

A primeira vez que ouvi “HAPPENINGS TEN YEARS TIME AGO” foi em 1968. É faixa da primeira coletânea americana da banda, “THE YARDBIRDS GREATEST HITS”. Eu a comprei em loja de discos no Centro de SAMPA, totalmente fora do “circuito oficial do plausível”.
A capa do LP original aparentemente é meio fora de propósito. Aparece gente dançando. Mas, observando mais de perto, fazia todo sentido. A foto era um tanto desfocada, de certa maneira “denunciando” drogas, portanto a PSICODELIA. E, claro, dançar é atividade lúdica “permanente”!
As faixas deste SINGLE são as duas únicas onde JEFF BECK e JIMMY PAGE tocaram guitarra juntos. Quem assistiu ao filme BLOW UP verá os dois em performance que emula THE WHO, a banda cogitada para dar um ar mais SWINGING LONDON à cena.
Mas sobrou para os YARDBIRDS, que imprimiram veracidade total. Nada mais expressivo daquele momento, do que uma banda que juntasse R&B, BLUES e PSICODELIA.
Este SINGLE tem outra curiosidade. É baseada na edição alemã, com fotos na capa e tudo. Coisa rara e, se fosse original da época, também preciosa.
Mais ou menos naqueles dias, eu e meu amigo SILVIO DEAN fomos à HI-FI”, loja de discos referência, que havia inaugurado filial no hoje famoso SHOPPING IGUATEMI. Sempre, talvez, o mais chique e caro de SÃO PAULO. Era moderna, grande, e lá você podia escutar alguns discos.
Curiosamente, havia outro SINGLE dos YARDBIRDS, o icônico “OVER, UNDER, SIDEWAYS, DOWN”, com JEFF´S BOOGIE no lado B. Não estava à venda. Compramos um COMPACTO DUPLO, do “DEL SHANNON”, “remake” de RUNAWAY, em 1967. E outro do “STATUS QUO”, na época banda muito diferente do que se tornou, e que fazia sucesso mundo afora com “PICTURES OF MATCHSTICK MAN”. É ROCK totalmente psicodélico, cheia de câmaras de eco, delays, e outras inovações que deixavam o pessoal maluco! Nós dois, inclusve. Os LPS eram e sempre foram caros demais aqui em PATÓPOLIS!
Comprei este SINGLE dos YARDBIRDS por mero saudosismo e curiosidade. Está escrito que foi remasterizado, blá,blá,blá!!!, e etc… Paguei o preço “curra” de $23,00 BIDENS – sei lá, uns R$ 130,00 MANDACARUS. Recorri à FADINHA MASTERCARD, companheira de aventuras deliciosas e insalubres como esta.
Não vou escutar; não tenho toca-discos… por enquanto.
POSTAGEM ORIGINAL:21/08/2023
Pode ser uma imagem de 5 pessoas e texto que diz "HEYABRDS PSYCHO HAPPENINGS TEN DAISIES YEARS TIME AGO"

PROCOL HARUM – LIVE EM DOIS DVDS SENSACIONAIS!

Jeito moderno de se curtir e possuir shows ao vivo é por via dos DVDs. Óbvio, né TIO SÉRGIO! Mas, atualize-se: há STREAMINGS, e sei lá mais o quê?
DVDs e BLUE RAYS, e até CDs certamente permanecem, porque nunca na História da Música se conseguiu produzir “mídias” tão sofisticadas, baratas e abrangentes.
E aqui vão dois DVDs dessa banda Inglesa de ROCK, eclética o suficiente para ser rotulada de PROGRESSIVA, mas que, de fato foi muito, muito além!
O PROCOL HARUM é uma glória do POP/ROCK . Mesmo tendo desenvolvido estilo próprio e marcante, no decorrer de uns 50 e tantos anos, é identificável dentro qualquer gênero.
Eles vão do PROGRESSIVO, com pitadas de MÚSICA CLÁSSICA, ao BLUES. Passam pelo HARD-ROCK; e, pasmem!, até uma GUAJIRA cubana de “VANGUARDA” conseguiram criar! ( veja no DVD LIVE AT UNION CHAPEL, gravado em uma capela, em Londres, em 2004).
Este show é um prodígio! Extremamente bem produzido, tocado e gravado. Grosso modo, divide-se em duas partes – e entre elas fazem intervalo para “uma cerveja”.
A primeira sessão é basicamente ROCK PROGRESSIVO; a segunda foca no BLUES, HARD-ROCK e HARD BLUES. A banda é o fino tecnicamente: uma cozinha sincrônica e eficaz, um “guitar-hero” de verdade, GEOFF WHITEHORN.
E há o icônico órgão tocado por MATHEW FISHER, que obteve o direito de constar como compositor e receber os royalties sobre “A WHITHER SHADE OF PALE” – o clássico em que seu órgão inconfundível é parte fundamental.
Mas, a banda é, principalmente, GARY BROOKER. Vocalista infelizmente já falecido, e personagem remanescente dos anos 1960.
BROOKER, como sempre, está cantando além do muito, muito bem. Sua voz e a performance permaneceram intactas. Ele é um ícone como poucos. E também tornou-se CAVALEIRO do IMPÉRIO BRITÂNICO, e detinha o “título-honraria” de “SIR”, como PAUL McCARTNEY, ELTON JOHN, BRIAN MAY, JEFF BECK e outros.
O Segundo DVD, LIVE WITH THE DANISH CONCERT ORCHESTRA, foi gravado em 2006, nos JARDINS de um CASTELO na DINAMARCA – claro! – e com basicamente a mesma banda ( menos Fisher ).
O PROCOL HARUM foi acompanhado por ORQUESTRA e CORO, em PERFORMANCE e REPERTÓRIO MARAVILHOSOS. Provando, mais uma vez, que entre os grupos que integraram BANDA de ROCK e ORQUESTRA, o projeto mais bem sucedido sempre foi o deles.
O DVD é imperdível pelo ambiente e todo o aconchego que nos passa. Local BELÍSSIMO, com serviço de BAR e MESAS EXTERNAS, inclusive. Não percam este show !
Por isso tudo e muito mais, GARY BROOKER é UM DOS MAIORES VOCALISTAS da HISTÓRIA do ROCK. Sua voz versátil e BLUESY cai muito bem com o PROGRESSIVO e o POP.
A clássica indefectível “A WHITHER SHADE OF PALE”, vendeu mais de DEZ MILHÕES de SINGLES, teve mais de “1000 REGRAVAÇÕES” por artistas diferentes e, juntamente com “BOHEMIAN RHAPSODY”, do QUEEN, foi eleita a música do século na Inglaterra. Até hoje é fascinante e moderna!
E um toque humano: ERIC CLAPTON e GARY BROOKER foram amigos íntimos desde sempre, gravaram juntos, e costumavam pescar juntos. Foi GARY quem o salvou nos períodos mais tenebrosos do vício em cocaína e heroína.
Eu havia prometido: se um dia o PROCOL HARUM tocasse por aqui, eu levantaria o glúteo da cadeira e não perderia o show.
Infelizmente, não rolou.
Quem não gosta do PROCOL HARUM, incluídos GARY, MATHEW e também o histórico estilista da guitarra, ROBIN TROWER, vai ter dificuldades em ultrapassar o purgatório
e entrar no céu!
POSTAGEM ORIGINAL: 18/08/2018
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MARTHA ARGERICH & CLAUDIO ABBADO – TCHAIKOVSKY, PIANO CONCERTO No 1

EU SOU UM ECLÉTICO SELETIVO; E PREFIRO MÚSICA POPULAR À CLÁSSICA. PORÉM, NO ESTADO DE ANOMIA EM QUE ESTAMOS VIVENDO, NÃO HÁ BÁLSAMO ANTI-BARBÁRIE QUE SUPERE OUVIR MÚSICA SENSÍVEL E SOFISTICADA.
“MARTHA ARGERICH” ESTÁ ENTRE AS MAIORES MUSICISTAS DA HISTÓRIA. É GRANDE SOLISTA; CRIATIVA E MUITAS VEZES INOVADORA. E, TAMBÉM, PIANISTA QUE ABDICA DE VIRTUOSISMOS EGOÍSTAS, PARA INTEGRAR-SE À ORQUESTRAS E A GRUPOS DE CÂMARA. MARTHA É OUVINTE ESTUDIOSA E ATENTA DAS PARTITURAS QUE EXECUTA. É UM PRODÍGIO!
AQUI ESTÁ O “CONCERTO PARA PIANO No.1, DE TCHAIKOVSKY, EM ESPETACULAR GRAVAÇÃO AO VIVO, REALIZADA EM 1983. O REGENTE É “CLAUDIO ABBADO”, COM A “FILARMÔNICA DE BERLIM”. TRAZ A PIANISTA EM INTERPRETAÇÃO MUITO DIFERENTE DE OUTRAS QUE CONHEÇO, BEM MAIS CONVENCIONAIS.
MARTHA FAZ “ATAQUES MAIS DECIDIDOS”; E IMPÕE RITMO ALGO ACELERADO EM CADA COMPASSO, PRINCIPALMENTE NO PRIMEIRO MOVIMENTO, MAS DENTRO DO ANDAMENTO TRADICIONAL DA OBRA – SE É O QUE POSSO INFERIR DA AUDIÇÃO, SEM COMETER IMPROPRIEDADES…
O EFEITO É “ROCKÍSTICO” ! ( PÔ, TIO SÉRGIO, MANERA AÍ!!! OLHA ONDE VOCÊ ESTÁ PISANDO!) ; EXUBERANTE!
“MARTHA ARGERICH” É ARGENTINA ESTUDOU JUNTO E, ATÉ ONDE SEI, TEVE NAMORO COM “NELSON FREIRE”. MAS CASOU-SE COM OUTROS – E TEM 4 FILHAS.
USANDO COMO PARÁFRASE, CITO A OBSERVAÇÃO PERFEITA DO FAMOSO COSTUREIRO E EX – DEPUTADO “CLODOVIL HERNANDEZ”, SOBRE A HOMOSSEXUALIDADE E HOMOSSEXUAIS: “BOI PRETO RECONHECE BOI PRETO”.
ENTÃO, MARTHA COM NELSON, OU “STEPHEN KOVACEVICH” OU COM “CHARLES DUTOIS”, COMPUSERAM ESCULTURAS AFETIVAS PERFEITAS! PORQUE UM GÊNIO RECONHECE OUTROS!
POSTAGEM ORIGINAL: 27/08/2018
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JOHNNY MATHIS, UM FENÔMENO MUSICAL DE VÁRIOS TALENTOS

Eu fui jovem quando JOHNNY PHODIS…OOOOOPPPS MATHIS, ainda permanecia no auge.
O apelido maldoso foi dado pela geração dos que o contestavam. Lá por 1967/68, comecei a frequentar bailinhos, o jeito herdado das geração anteriores para socialização de jovens a caminho do mesmo: nascimento, escola, profissão, (casamento, casamento, casamento), velhice e morte.
As perspectivas ainda não haviam aflorado para fora do óbvio tradicional. Ao menos aqui no Brasil, na classe média bem média, refletindo o que vinha das “elites”, e atingindo a toda a escala social.
Os bailinhos mais ou menos respeitavam ( e acho que ainda respeitam ) duas sequências mutantes dependendo do clima e do ardor da turma nas pistas.
Havia as músicas RÁPIDAS, para dançar separados, e as esperadas “LENTAS”, para chegar junto, tentar alguma intimidade mais consistente, e geralmente sem maiores consequências – ao menos quando se tinha uns 14 ou 15 anos…
O JOHNNY, como o RAY CONNIFF eram resquícios dos romantismo da década de1950, naqueles meados dos 1960 em profunda transição.
Mas, não os desprezem. Já por aí, entrou JOHNNY RIVERS, nas LENTAS, e em seguida o CREEEDENCE CLEARWATER, para as RÁPIDAS, e mais tantos e tão diversos HITS fugazes.
Claro, fora o escurinho dos bailinhos, o negócio já era o ROCK, e a música brasileira de contestação, pontuando a progressiva subversão e desmonte do consolidado por gerações.
No correr dos tempos, mudou a tecnologia, repertórios; e apressou-se o avanço das liberdades individuais em vários sentidos.
Do final da década de 1960 em diante, o romantismo foi sendo progressivamente substituído por luxúria e liberdades mais plenas nas pistas.
Acho que até hoje canções como “TEACH ME TIGER”, de APRIL STEVENS; e a mais ousada ainda “JE T’ AIME”, MA NON PLUS… de JANE BIRKEN e SERGE GAINSBOURGH, são instigantes, “libertárias e libertadoras”…
Em meio a tudo isso, JOHNNY MATHIS é personagem único.
O pai já havia notado seu talento natural e o colocou para estudar canto. E MATHIS sempre foi persistente, aplicado e disciplinado.
Foi do canto LÍRICO ao JAZZ , e daí ao POP que o consagrou. Dizem que até hoje, quando não está em turnê, começa a praticar às 5,30 da manhã, diariamente, para manter em dia a sua marca registrada há 66 anos, batizada pelos admiradores de VELVET VIBRATO.
O mais interessante é que simultaneamente, na escola, tornou-se atleta de alto rendimento. É inacreditável, mesmo tendo pouco mais de 1,70 metros de altura, JOHNNY bateu comprovadamente UM RECORDE MUNDIAL NA QUADRA DE BASQUETE da escola onde jogava e estudava!
Ele é um dos quatro atletas da História que conseguiram saltar acima de 1,95Metros de altura para arremessar uma bola à cesta!
E só não se tornou profissional, porque aos dezenove anos GEORGE AVKIAN, produtor da COLUMBIA RECORDS, o descobriu e o transformou em SUCESSO IMEDIATO e ABSOLUTO.
JOHNNY MATHIS é um dos mais longevos artista do CAST da gravadora.
Certa vez, declarou que lá descobriram a “essência de sua educação musical”. Ficou na COLUMBIA de 1956 a 1998, e periodicamente alguns de seus discos são relançados.
No começo da carreira, ele foi dirigido por RAY CONNIFF, grande MAESTRO e ARRANJADOR. E sua voz aveludada, quente e personalíssima que os críticos situam como “MIDDLE TENOR”, é capaz de atingir o FALSETTO, nas escalas mais altas, e descer ao TENOR beirando o BARÍTONO.
Ele é considerado grande cantor, do ponto de vista técnico. Mesmo que artisticamente seu repertório muito vasto e nada restrito, muitas vezes não tenha qualidade suficiente para realçar o seu potencial. Mas, isto é opção que assumiu.
Muitos dizem que JOHNNY MATHIS é o cantor perfeito para o “THE GREAT NEW AMERICAN SONGBOOK”, por sua técnica, escolhas e dicção perfeita. Da mesma forma que BILLIE, SARAH, ELLA e FRANK SINATRA encararam e encarnaram o SONGBOOK CLÁSSICO.
Seria?
Mesmo aberto a novos autores, JOHNNY nunca foi chegado a vanguardas musicais. E seu repertório consiste, em grande, de covers de HITS e STANDARDS de seu tempo de carreira. Ao escuta-lo se constata que é recheado por compositores brancos – como sempre foi e ainda é o seu público principal.
JOHNNY é um cantor pouco associado à BLACK MUSIC. A sua voz discrepa muito do cantor mais típico de R&B. Curiosamente, em seu período áureo, muitos fãs não sabiam que ele era preto!!!!
Porém, no início da década de 1970, MATHIS investiu mais no repertório da SOUL MUSIC e do R&B melodioso e romântico.
E, no decorrer do tempo, gravou músicas brasileiras, como AQUARELA DO BRASIL; e de várias partes do mundo também. É um eclético cantor POP.
Ficaram boas suas versões?
Certa vez, ao ser entrevistado, JOHN ROYCE MATHIS disse que se dava bem com gente variada, como a cantora lírica LEONTYNE PRICE, MILES DAVIS, ELLA, SARAH e NAT KING COLE.
Entre seus fãs estão BARBRA STREISAND e DENEECE WILLIANS, com quem também gravou – e afirma que JOHNNY é um dos homens mais bonitos que conheceu.
Dizem que é um cara legal, e muito discreto. Não fala demais, até para preservar-se e manter a voz; e é meio apolítico, mesmo apoiando causas sociais.
O guitarrista que o acompanha, GIL REAGERS, está com ele há 48 anos. E o pianista da banda, o mais novinho da “troupe”, já completou 27 anos por lá. Ele, ao que tudo indica, sabe conviver e manter sua quase orquestra.
Escreveram que JOHNNY MATHIS é o terceiro maior vendedor de discos da América, atrás de ELVIS PRESLEY e SINATRA. Não sei se é verdade…
Mas, JOHNNY vendeu mais 400 milhões de cópias pelo mundo inteiro. São 107 LPS originais ( seis só de canções de natal! ); 239 coletâneas; e, pasmem: 386 SINGLES e EPS!!!!, segundo consta no DISCOGS e a BILLBOARD endossa…E não contei participações e vídeos vários…
Para se ter a dimensão de sua fama, a primeira compilação “JOHNNY MATHIS GREATEST HITS” saiu em 1958, ficou entre os cem mais vendidos da BILLBOARD por quase dez anos. Foram 490 SEMANAS CONSECUTIVAS!!!! E só foi superada por “THE DARK SIDE OF THE MOON” – e vocês sabem quem gravou… – que, em 1983, completou 491 SEMANAS entre as 100 mais…
JOHNNY É PHODIS.
“THE REAL JOHNNY MATHIS” , é uma coletânea tripla e chegou recentemente. Foi lançada em 2014, e tem embalagem bastante caprichada, se comparada ao lixo que tenho visto e até recebido. São três CDS, 54 músicas, abrangendo a sua fase na COLUMBIA RECORDS. Traz nome e data de gravação de cada musica, e seus compositores. Não há qualquer livreto, como ficou “normal” nos tempos correntes. É bastante boa, custou em torno de $ 10,00, com frete e tudo. Resume bem a carreira do JOHNNY. É bem gravada, e para mim basta.
Para encerrar, o moço disse, também, que as três coisas de que mais gosta estão nesta sequência: cantar – por isso não para; cozinhar e JOGAR GOLFE…
A tá, ele é um “ATLETA NATURAL”, como vimos, e quase foi profissional desse esporte, também!!! Dizem pela mídia que encaçapou 9 buracos seguidos em um torneio!!!!
Algum comentário?
JOHNNY MATHIS andou com mulheres – elas o adoram!!! – e homens. E abriu o jogo com o pai, quando tinha 15 anos. Contou que era GAY, e se sentia bem com isso. Mas, assumiu discreta e publicamente, somente em 1982.
Até onde sei, JOHNNY fazia anualmente 35 SHOWS, de duas horas cada. É muito para quem tem 86 anos de idade! Mesmo com histórico de atleta.
Ele é um homem riquíssimo, sua fortuna é calculada em $400 milhões de dólares; coleciona automóveis, e mora sozinho em sua mansão em BEVERLY HILLS. A mesma que um dia fora totalmente destruída por um incêndio.
Quando JOHNNY soube do desastre limitou-se a perguntar se alguém havia ficado ferido. E, como ninguém se machucara, apenas comentou que eram só “coisas”, e tudo estava bem….
JOHNNY MATHIS é gente boa, um americano típico de bem.
E andava sem namorado.
POSTAGEM ORIGINAL:19/08/2022
Pode ser uma imagem de 2 pessoas e texto que diz "THEREAL MATHIS LLUAA 3C.D"

CANADENSES: ENTRE A SOLIDÃO E O DESAMPARO SINGRA A MELHOR MÚSICA FEITA NO CANADÁ.

PAÍS ENORME, RIQUÍSSIMO, CULTO E BELO, COM MENOS DE 40 MILHÕES DE ALMAS GELADAS, É O FRUTO DE CONSTRUÍDA SINERGIA ENTRE AS CULTURAS INGLESA E FRANCESA.
O CANADÁ É PREMIDO PELOS E.U.A., AO SUL; E ESTÁ AMALGAMADO AOS AMERICANOS DE FORMA INTENSA, CORROSIVA E PECULIAR:
A MÚSICA FEITA PELOS CARAS TANGENCIA, MAS NÃO SE CONFUNDE, COM A MÚSICA FEITA NO “GRANDE HOSPÍCIO DO NORTE” – OS ESTADOS UNIDOS, CLARO!
ARTISTAS DO CANADÁ DISPUTAM O MERCADO AMERICANO – LEMBRAM DE “PAUL ANKA”, OU A BANDA ‘”GUESS WHO?” ; ESTÃO ENTRE OS PRIMEIROS A FAZER ISSO…
NO ENTANTO, O CANADÁ PROTEGE A CULTURA MUSICAL A FOGO E FERRO! E SEUS MUSICOS AJUDAM A DAR IDENTIDADE A TUDO O QUE PRODUZEM.
PORÉM, OBSERVAM ATENTAMENTE O QUE ROLA ABAIXO DO “PARALELO 49”, QUE SEPARA OS DOIS PAÍSES.
ALIÁS, “HYNNS OF THE 49 PARALELL”, NA FOTO, É O TÍTULO DE UM EXCELENTE ÁLBUM DA CANTORA “K.D.LANG”, TRAZENDO REPERTÓRIO COMPOSTO POR SEUS CONTERRÂNEOS – INTROSPECTIVOS, E AO MESMO TRMPO EXPLÍCITOS SOBRE A SOLIDÃO E O DESAMPARO… ESTÁ NESSE DISCO, “HALLELUJAH!”, DE “LEONARD COHEN”, NA MAIS COMOVENTE VERSÃO JÁ FEITA! PROCURE OUVIR; É MANDATÓRIO!
TAMBÉM NASCEU NO CANADÁ A “MULTI – ARTÍSTICA” JONI Joni Mitchell; COMPOSITORA, INSTRUMENTISTA, INTÉRPRETE DE CANÇÕES INESQUECÍVEIS SOBRE AMORES E RELACIONAMENTOS “PLENOS DE INCOMPLETUDES”.
NINGUÉM DISCUTE A RELAÇÃO, OU EXPÕE UMA “D.R” TÃO INTENSA, TRISTE E PROFUNDAMENTE, QUANTO “JONI MITCHELL”!
E POUCOS ARTISTAS COMPÕEM MELODIAS TÃO LINDAS; OU CRUZAM O POP, O FOLK E O JAZZ COMO ELA! E MUITO MENOS PINTAM AS CAPAS DE SEUS PRÓPRIOS DISCOS COM TAL ESTILO E TALENTO!
“JONI” É COMPOSITORA E CANTORA EXIGENTE E “APETRECHADA” ( PÔ, TIO SERGIO! QUE PALAVRA HORROROSA!!! ) PARA EXPOR EM FORMA DE ARTE O DESALENTO, A DEPRESSÃO E O DESAMPARO.
O GELADO, IMENSO E DISTANTE CANADÁ AINDA SUFOCA SUA PERSONALIDADE INQUIETA. “JONI MITCHELL” É CANADENSE ATÉ O CAIXÃO….E SEUS INÚMEROS DISCOS SÃO COLECIONÁVEIS E IMPRESCINDÍVEIS!
“LEONARD COHEN” É OUTRO QUE NASCEU NAQUELE PAÍS AO NORTE DO “HOSPÍCIO DO NORTE”. É COMPOSITOR COM TALENTO LITERÁRIO À “BOB DYLAN”, E A DEVASSIDÃO E MORBIDEZ DE UM “LOU REED” MAIS SOFISTICADO.”CROSSOVER CULTURAL AMBULANTE”,FOI BUDISTA RECHEADO DE REFERÊNCIAS CRISTÃS. HÁ SINERGIA NAS CONTRADIÇÕES… ACREDITE!
“COHEN” EXALA UM QUÊ EUROPEU NO JEITO DE CANTAR; E LEMBRA O FRANCÊS “SERGE GAINSBOURG”. AS COMPOSIÇÕES E O JEITO COMO “LEO” AS INTERPRETA, SÃO LÂMINAS FRIAS DISSECANDO DESENCANTOS.
DEIXEI PARA OUTRO DIA “GORDON LIGHTFOOT”, GRANDE CANTOR, E COMPOSITOR PROLÍFICO, É O MAIOR ÍCONE MUSICAL CANADENSE. É FATO, CONFIRA!
E O “RUSH”, BANDA ECLÉTICO PROGRESSIVA DE JEITO EUROPEU, E PERFEITAMENTE INTEGRADA AO CANADÁ, TAMBÉM FICOU PARA DEPOIS.
AMBOS MERECEM POSTAGENS EXCLUSIVAS – E MAIS DETALHADAS.
JAMAIS ESQUECERIA “NEIL YOUNG”! A VOZ PUNGENTE, DOLORIDA E TRISTE; E O JEITO DE SER E ESTAR DE SEUS COMPATRIOTAS DO EXTREMO NORTE DAS AMÉRICAS, SÃO VEÍCULOS PERFEITOS PARA O ESTILO E REPERTÓRIO QUE COMPÔS.
“NEIL” É UNICO E INSUBSTITUÍVEL; E TORNOU-SE ÍCONE DA MÚSICA INTERNACIONAL!!!
CASO INTERESSANTE É “DIANA KRALL”, EXCEPCIONAL JAZZISTA, CANTORA E PIANISTA ONIPRESENTE.
“DIANA” CASOU-SE COM “ELVIS COSTELLO”, INGLÊS E CANTOR DE ROCK; LETRISTA DE PRIMEIRA LINHA, E COMPOSITOR ADMIRÁVEL QUE TRANSCENDEU – E MUITO! – AO PUNK E ‘A NEW WAVE, ENTURMANDO-SE COM “BURT BACHARACH”, “ALLEN TOUSSAINT”, ETC…
ECLÉTICO, OUSADO E SELETIVO, “ELVIS” PRODUZIU E USOU GRUPOS DE CÂMARA EM ARRANJOS PARA SUAS COMPOSIÇÕES. PROCURE POR “ANNE SOPHIE VAN OTTER”, A CANTORA LÍRICA EXUBERANTE! “COSTELLO” PRODUZIU PARA ELA!!!!
“DECLAN McMANUS” TEM ALMA EUROPEIA, E TRANSBORDA TALENTO! E TAMBÉM COMPÔS E GRAVOU COM A “PATROA”…
O MARIDO ESCOLHIDO POR “DIANA KRALL” É “O” SINAL DE QUE ELA É CANADENSE MESMO!!!
POSTAGEM ORIGINAL: 18/08/2020
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ATLANTIC RHYTHM & BLUES – 1947/ 1974 – 7 CDS OU 7 ÁLBUNS DUPLOS COM 14 LPS

É o SUMO da música negra no CAST da GRAVADORA ATLANTIC.
Grande série com 7 CDS, e menos músicas por questão de espaço em relação aos LONG PLAYS.
A série foi planejada e criada na época do VINIL, na década de 1980. E os CDS foram para o mercado no início dos 1990, um a um, com a expansão progressiva da venda dos CDS PLAYERS. O BOX que acondiciona os CDS FUI EU QUEM FIZ. Ficou legal!
Aqui temos ARETHA FRANKLIN, WILSON PICKETT, OTIS REDDING, SPINNERS e ROBERTA FLACK; E BROOK BENTON, KING FLOYD, RAY CHARLES, CARLA THOMAS e BEN E.KING; E, também, BOOKER T; RUTH BROWN, COASTER, CHUCK WILLIS, JOE TURNER, e muitos outros.
O mais legal é que dos grandes nomes estão vários HITS, e grandes faixas. É miscelânea grandiosa, um compêndio de “quem era quem, e o que fez”!
Este BOX , ou itens individualmente, são altamente COLECIONÁVEIS! Na mesma época, a ATLANTIC RECORDS lançou outra série apenas com gravações de “BLUES”, em 4 álbuns duplos; e, depois em CDS. Importantíssima, também! E fizeram mais uma só com JAZZ; mas de características diferentes; e também muito interessante e colecionável!
O ponto baixo está nas edições em CDS. Os livretos que acompanham cada álbum, são impressos em letras ofensivamente minúsculas. Um atentado contra velhinhos como o TIO SÉRGIO, aqui!
Com o tempo, este legado foi superado pelas SÉRIES lançadas pela “BEAR FAMILY RECORDS”. A de “RHYTHM AND BLUES”, intitulada “BLOWING THE FUSE”, abrange de 1945 a 1960. É altamente sofisticada e próxima de ser completa.
A sua extensão lógica foi “tentar” separar a SOUL MUSIC do R&B original, e colige o fino entre 1961 e 1974 ). São, obviamente mais modernas e inclusivas, porque reúnem artistas de muito mais gravadoras. Um XTUDO musical disputadíssimo!
E há outra coleção destacando o DOO-WOP, que pretende completar a narrativa do amplo espectro abrangido pela música dos pretos.
Seja como for, a iniciativa da ATLANTIC RECORDS é histórica e muito bem feita. E caso vocês a encontrem por aí em VINL ou CDS, procurem obter. É incentivo perfeito para continuar garimpando a vibrante, preciosa e imprescindível música feita pelos “PRETOS” do HOSPÍCIO DO NORTE….oooooopppsss U.S.A!
Tio SÉRGIO recomenda de copos cheios e ouvidos abertos!
POSTAGEM ORIGINAL: 17/08/2018
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