PHIL COLLINS – FACE VALUE – 1980

 

NA ÉPOCA DO LANÇAMENTO EU DESPREZEI.

FOI CONSIDERADO DISCO ELEGANTE E BEM FEITO. VENDEU MUITO, E ALGUMAS FAIXAS TORNARAM-SE CLÁSSICAS , E ATÉ HOJE ESTÃO PRESENTES NAS RÁDIOS.

DE CERTA FORMA, EU REAGI À MUDANÇA NA PROPOSTA INICIAL DO GENESIS, ROCK PROGRESSIVO SETENTISTA E COM VÁRIOS BONS DISCOS.

DOS ANOS 1980 EM DIANTE, MUDARAM INSPIRADOS NA CARREIRA SOLO DE COLLINS, UM ARTISTA ANTENADO PARA OS TEMPOS E OS VENTOS DA MÚSICA. FIZERAM TODOS BEM!

FACE VALUE, QUE ESTOU OUVINDO PELA PRIMEIRA VEZ INTEIRO É, SIM, MUITO BOM NO CONTEXTO INTERGERACIONAL DO POP.

BASTANTE AGRADÁVEL DA BASE AO TOPO, APESAR DA FALTA QUE SEMPRE SINTO DE UM PESO NOS BAIXOS MAIS DEFINIDOR. ISTO DECORRE DO PERFIL POP QUE COLLINS ASSUMIU, DEIXANDO PRA TRÁS O ROCK.

EU RECOMENDO. E, TAMBÉM, O BOX EM QUE ESTÁ INSERIDO COM OUTROS SETE DISCOS DE ESTÚDIO.

ESTOU GOSTANDO DE OUVIR, APESAR DE UM FEELING ALGO ETÉREO DE QUE HÁ CONSISTÊNCIA SUTIL DEMAIS PARA O MEU PALADAR ALGO “HARD”…

KINKS – “ARTHUR, THE DECLINE AND FALL OF THE BRITISH EMPIRE” – 50 ANOS DO CULT QUE VIROU CLÁSSICO.

 

RAY DAVIES gosta e jogava bem futebol, como o CHICO BUARQUE, o ROD STEWART e o ROBERT PLANT. Participava daqueles jogos que reúnem celebridades para levantar grana para projetos sociais, etc… RAY é torcedor do Arsenal.

E talvez seja o maior letrista inglês de sua geração. Um observador arguto, irônico e sensível da vida social do reino. Escreveu e cantou clássicos do ROCK dos anos 1960 e 1970, e até recentemente. Escreve muito bem.

RAY é um cara do povo, sem ser popular ou populista. No final dos anos 1960, comprou meio a contragosto mansão em lugar nobre de LONDRES.

Odiou; não conseguia dormir, e voltou para MUSWELL HILL, onde nasceu, um bairro, hoje, de classe média.

Ele mora lá, e toca o estúdio KONK, construído no início dos anos 1970 com o irmão DAVE DAVIES e o baterista MICK AVORY, também moradores por lá.

Como PAUL McCARTNEY, ELTON JOHN, ERIC CLAPTON e variado etc…, recebeu o título de CAVALEIRO DO IMPÉRIO BRITÂNICO. ELE deve ser chamado SIR. Tem 78 anos de vida comparativamente até discreta, se pareada à de outros ídolos.

E introduzi com isso tudo, para falar sobre a ressurreição de um clássico: ARTHUR.

ÁLBUM CONCEITUAL que narra parte da História recente da GRÃ BRETANHA, via observações de familiares, lugares próximos, hábitos e pessoas. Fala do jeito de ser do povão inglês, suas ilusões, crenças, grandeza e …mediocridade.

É uma análise “clínica” do pequeno mundo em que RAY e família viviam, em contraste a um painel histórico que a todos moldava. A grandeza da obra foi aos poucos se evidenciando. É imperdível!

A síntese que RAY e DAVE DAVIES conseguiram, em 1969, hoje espelha quase à perfeição a Inglaterra que optou pelo BREXIT. O jeitão insular dos ingleses contra a associação com outros povos, culturas, a Europa moderna.

Os KINKS cantaram a própria Vila sem aperceberem-se de que ela era maior, mais forte e vasta do que ironizou a obra.

ARTHUR concorria com TOMMY, do THE WHO, referência óbvia que discute, via metáfora, a perspectiva do jovem sob outro ponto vista: descobrir-se alguém via jogos eletrônicos, pebolim, à margem do que se “esperaria” num mundo mais sério e maduro. O prazer alienado e alienante.

TOMMY como ARTHUR é obra de vidência. O mundo que ambos criaram e descreveram tornou-se muito próximo ao real!

Mas, será que faz sentido a reedição da obra no tamanho do que está postado, alto luxo e tudo o mais?

Eu acho que sim. Mesmo porque musicalmente é tão tímida e conservadora quanto TOMMY. Um BEAT clássico que o próprio WHO não transcendeu no disco – à exceção da abertura. Mas, tem a grandeza do POP em sua essência. ARTHUR é mais inglês do que qualquer disco de PETER TOWNSHEND ou THE WHO.

O repórter perguntou a RAY DAVIES se ele já havia composto alguma coisa sob influência de drogas. E RAY disse que não. Primeiro, ele trabalhava, compunha e depois tomava uma coisinha ou outra.

Menino aplicado e trabalhador.

O CORINTHIANS NA “FAZENDINHA”, E A SAGA DO “BUIÃO”! HISTORINHAS QUE TIO SÉRGIO LEMBRA:

 

Foi antes de LUIZ INÁCIO meter o bedelho para o CORINTHIANS endividar-se, e conseguir fazer o estádio ITAQUERÃO, em SAMPA. Transcorria o seguinte: o CURINGÃO havia décadas mandava jogos no PACAEMBU e outros recantos – vários sem encantos!

O estádio oficial do clube era conhecido por FAZENDINHA, e ficava na Avenida “Marginal sem número”, gozação que as torcidas adversárias faziam com o time. Era acanhadíssimo e perigoso.

Não estive ainda no “PENHORADÃO DA ZONA LESTE”, o ITAQUERÃO, estádio confortável, afirmam todos, inclusive o meu amigo@Paulo Aristeu@Rensto Renato Cesar Curi Antonio Augusto Souza Cesar Lima corinthiano e frequentador regular, reverente e “organizado”….hum….

Mas, quando eu era adolescente, assisti a um jogo na FAZENDINHA junto com o meu falecido amigo e primo BETÃO. Era o CORINGÃO contra outro time do interior de SAMPA. Sei lá qual…

A historinha é a seguinte:

Estávamos na geral – claro! – bem junto ao alambrado do campo. Era tão perto que o bandeirinha tinha de andar em cima da linha lateral, para não ser esbofeteado, assediado fisicamente, receber saquinho de urina, ou quase currado pela massa ignara e fanática!

“Nossa, tio Sérgio, você esteve em lugar como esse?”

Sim, e até piores! Qualquer hora eu conto sobre assistir jogo no estádio do JUVENTUS, na MOOCA. Ou do NACIONAL, na BARRA FUNDA, outro time histórico em fase de extinção total!

Mas, voltando à FAZENDINHA, MÚÚÚÚ!!!, primeiro vou descrever o contexto do jogo.

O CORINTHIANS havia contratado um ponta direita que fazia sucesso no ATLÉTICO MINEIRO, lá por 1968 em diante, acho. O nome dele era onomatopeia pura: BUIÃO!!!!

Pois, bem; jogo lânguido, tarde preguiçosa e o BUIÃO, nada! Não se deslocava, não corria; tomava bronca o tempo inteiro do técnico e xingamentos da torcida! Um zero à direita! É metáfora bobinha, acalmem-se…

Então, perto de nós e junto ao alambrado, um torcedor enlouquecido berrava “carinhos”, ameaças, e tudo a que tinha direito em meio ao coro de urros que trucidava emocionalmente o time!

E o BUIÃO paradão…

De repente, veio a bola pra ele; fácil de alcançar, se deixasse de lado o bicho-preguiça e se transformasse em… um “quelônio”! Era dar um passo!

Mas, nosso anti-herói não deu!

E o torcedor, ensandecido, tirou a SANDÁLIA HAVAIANA, que devia ser número 45, e tacou na orelha do BUIÃO! Pegou em cheio! fez barulho e atiçou de vez a torcida!!!!

Daquele momento em diante, o BUIÃO virou lebre, correu, pediu bola, etc… mas bem longe do alambrado. Foi jogar perto da meia-direita!!!!

Moral da história?

Nada como a “pedagogia” adequada para resolver problemas “psicológicos-comportamentais”!!!!!

E.C.M. RECORDS, A ORIGINAL, ULTRA – ECLÉTICA E ESPECIALÍSSIMA MÚSICA FUSION DE VANGUARDA PRODUZIDA POR UM GÊNIO!

EU QUERIA SER MANFRED EICHER!

Eu admiro muita gente. Mas, invejar invejo poucos – muito poucos. Entre eles está MANFRED EICHER.

Pois, não, cavalheiro e madame, eu vou dizer um pouco sobre o incensado:

MANFRED é alemão, músico e produtor de discos. Fundou a ECM RECORDS (EDITION OF CONTEMPORARY MUSIC ), em 1969, gravadora especial, única, de linguagem própria, que focaliza JAZZ, PROGRESSIVOS, VANGUARDAS, FUSIONS DIVERSAS, ELETRÔNICOS e CLÁSSICOS.

E, sempre, MÚSICA CONTEMPORÂNEA NÃO ROTULÁVEL.

Mas, não quaisquer artistas e músicas: somente os que têm alguns quês e qualidades além do cotidiano.

EICHER tem o feeling para escolher artistas sensacionais do mundo inteiro. E combiná-los de maneira inusitada, dar-lhes absoluta liberdade criativa e, ao mesmo tempo, produzir uma sonoridade inovadora, diferenciada, mas perfeitamente identificável.

Ele é um gênio da produção. Deixa sua marca sem descaracterizar – muito ao contrário! – a obra de artistas e discos que produz.

Entre centenas de músicos, grupos e pequenas orquestras, MANFRED EICHER produziu e revelou para o mundo artistas como PAT METHENY, KEITH JARRET, EGBERTO GISMONTI, JACK DeJOHNETTE, RALPH TOWNER, JAN GARBAREK…

E, o talvez maior COMPOSITOR CLÁSSICO CONTEMPORÂNEO, o armênio ARVO PART, que grava suas obras através da subsidiária ECM NEW SERIES.

MANFRED é eficiente, eficaz e prolífico. Grava seus artistas em dois dias, e mixa o material em mais um!

Em três dias você tem uma obra de arte pronta e, sempre, no mínimo significativa e de muita qualidade! Ele já “fez” mais de 1.250 discos!!!

Por isso, FOI ELEITO O PRODUTOR DO ANO pela revista “DOWN BEAT”, bíblia e referência do JAZZ, em 1976, 2008, 2009, 2010, 2011, 2012, 2013, 2014 e 2015 ( por enquanto )!

Os Lps da ECM começaram a sair no Brasil no final da década de 1970. Eram magníficos! Capa, produção e sonoridade de primeira; verdadeiros objetos de coleção até hoje! Procurem.

Aqui, na postagem, outros discos de minha coleção: o guitarrista TERJE RYPDAL & THE CHASERS, um progressivo diferente; ANAT FORT, pianista israelense de vanguarda; WOLFERT BREDERODE TRIO, escandinavos, ele pianista; a cantora inglesa NORMA WINSTONE; o sensacional e eclético grupo americano OREGON; JAN GARBAREK, saxes tenor e soprano que dispensa introduções; GARY BURTON, vibrafonista espetacular. E o icônico grupo CIRCLE, de ANTHONY BRAXTON, CHICK COREA, DAVID HOLLAND e BARRY ALTSCHUL, gravados ao vivo.

E, também, PAT METHENY GROUP; o colecionável CODONA 2, a FUSION original feita por COLLIN WALCOTT, DON CHERRY e NANA VASCONCELOS.

E, para terminar, dois pianistas além do marcante: BOB STENSON; e o gênio resmungante KEITH JARRET. Nem vou falar dos “acompanhantes de luxo” que a maioria dos discos aqui traz!

Por isso, se budistas e hinduístas tiverem razão, QUANDO o TIO SÉRGIO AQUI MORRER, VAI QUERER VOLTAR “REMASTERIZADO” EM MANFRED EICHER!!!!

Eu juro que aviso vocês se isto acontecer!

Curtam a ECM sempre!!!

BEACH BOYS – A COLEÇÃO

 

Gosto bastante, claro!

Estão entre os meus prediletos, mesmo que talvez não tão ouvidos.

São diferenciados e disputaram com os FOUR SEASONS por muito tempo, e no olho mecânico, o status de banda mais popular da América .

Ganharam por pontos por causa do PET SOUNDS.

Na minha opinião, entre as bandas BEAT – no caso deles na variante SURF – perdem em qualidade para os BEATLES e os ROLLING STONES.

Mas, quem liga pra isso?

Seja como for, é uma autêntica e importante banda americana, e colecionável até o fundo dos olhos!

Historinha relevante sobre eles. Eram republicanos e tocaram para o ex-presidente RICHARD NIXON na posse dele, no final da década de 1960. Mas, e existe sempre um mas, fumaram maconha no back-stage e dentro da Casa Branca… os anfitriões não gostaram!!!!!🤣

Grosso modo, tiveram três fases distintas, mas consequentes.

A fase SURF, juvenil, praieira e “diletante”.

Mas, em surto de grandeza de BRIAN WILSON, sempre de olho nos concorrentes de LIVERPOOL – os BEATLES, claro -, criaram o PET SOUNDS, tentativa de resposta à evolução que REVOLVER representara para os ingleses.

PET SOUNDS é m grande disco, sem dúvidas. Certamente mais estruturado e diferenciado do que REVOLVER, e plenamente identificado com a PSICODELIA americana em voga. E esta é a segunda fase…

A tentativa de parear com ‘SGT PEPPERS” teria sido “SMILE”. Esboçado e não concluído por discordâncias internas banda. E retomado mais tarde na carreira solo de BRIAN WILSON.

Eu ainda prefiro os BEATLES.

SMILE soa como projeto meio sem rumo. Uma tentativa de construir a história americana através da variedade musical existente no “HOSPÍCIO DO NORTE”.

Pra mim, não rolou. E o restante do grupo também não aderiu…

E neste ponto, termina a fase dois.

Durante a loucura e internamentos de BRIAN WILSON, o grupo evoluiu para um terceiro estágio, em que de certa forma combina o que se fazia no ROCK da Califórnia e nos EUA, naquela época. Um FOLK ROCK mais sofisticado, com tinturas de R&B, algum JAZZ, “costeando os alambrados”, como disse Leonel Brizolla, dos DOOBIE BROTHERS, os ALMANN BROTHERS e, depois, os EAGLES. É diferenciado, mas coerente com aqueles tempos, na década de 1970…

É história que merece outra abordagem.

JETHRO TULL – ACQUALUNG – 1971

ACQUALUNG é um favorito de sempre.

Diz a lenda que IAN ANDERSON, quando amador, foi assistir a um show de SIMON & GARFUNKEL para conferir o FOLK – POP dietético que os americanos sempre fizeram.

Na saída, ele comentou com um amigo: “se fazer ROCK é isso aí, então eu faço muito melhor”.

E fez!

ACQUALUNG eu pedi e ganhei de presente, em 1971, de tia que viajou para os “esteites”. Através da gentileza dela, tive a vida inteira a primeira edição americana. Um assombro.

Hoje, tenho outras deste album, e muitos e muitos outros da banda. A Capa, repertório e a música são espetaculares.

O RIFF inicial de ACQUALUNG, a sequência de LOCOMOTIVE BREATH, a sólida e soft pauleira de WIND-UP; em resumo, o disco inteiro são únicos.

O JETHRO TULL é banda seminal e inaugurou a vertente FOLK – PROGRESSIVA do ROCK. Falar deles é conversa para a vida inteira.

De carreira diversificada, e discos nunca menos que excelentes, poucas bandas têm em suas discografias álbuns do nível deste.

Ou de BENEFIT; ou LIVING IN THE PAST. Sem comentar as sequências de SUÍTES PROGRESSIVAS, como THICK AS A BRICK, 1972; ou A PASSION PLAY, em 1973. Para falar o mínimo, em vista de tantos outros e ótimos, ao longo de 55 anos!!!

Eu os assisti na primeira vez em que vieram a São Paulo, no início dos anos 1980, acho.

Quando se fala de FRONT MEN como IAN GILLAN, ROBERT PLANT, JAGGER, ou FREDDIE MERCURY, esquecer IAN ANDERSON é imperdoável!

E, por favor, ponham MARTIN BARRE na galeria dos GUITAR-HEROES: onipresente, discreto, eficiente para a banda e com muita imaginação para criar e tocar!

Certa vez, JÔ SOARES entrevistou IAN ANDERSON em seu programa. O grande JÔ não tinha a menor ideia de quem ele era ou foi….

O BRASIL mora e sempre morou longe do mundo relevante!

Quem não tem ACQUALUNG não passa de ano em ROCK’ N’ ROLL!

 

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Todas as reações:

3Rene Mina Vernice, Davidson Senomar e 1 outra pessoa

PATRICIA BARBER E SEU ECLÉTICO JAZZ CONTEMPORÂNEO.

Ouçam. É cantora e pianista de jazz americana, carreira sólida e discreta, e tem uns 65 anos. Esses dias, recebi mais um disco dela, “MODERN COOL”, de 1998. É bom.

No entanto, meu preferido é MYTHOLOGIES, lançado em 2006, pela BLUE NOTE.

PATRICIA BARBER é boa pianista; cantora de voz quente, agradável e algo dark. Tem ótima formação musical, e recebeu vários prêmios.

Ela faz letras inteligentes, sofisticadas, solitárias e muito críticas.

O som é um capítulo à parte: é “JAZZY”. E com elementos de ROCK e POP. Não é exatamente FUSION. Mas, digamos, um híbrido écletico ziguezagueando entre o JAZZ e o ROCK, e outras influências.

E há na banda um guitarrista da pesada chamado NEIL ALGER, que bota pra quebrar confundindo tudo… E o grupo tem um som muito próprio, carregado.

Vocês vão gostar.

PATRICIA é mulher bonita, com aquele desleixo naturalmente estudado que encanta feministas e “feminófilos”. É moderna, compõe diferente, e escreve bem. Ela é homo”. O que é irrelevante, porque faz música que transcende categorizações, orientações e outros babados.

PATRICIA BARBER é uma criadora instigante. Começou a gravar em 1989, e fez 14 discos para diversas gravadoras como ANTILLES, CONCORD JAZZ … e uma chamada PREMONITION… Hummmm!!!!

Em 2004 gravou outro disco, que foi lançado aqui no BRASIL pela BLUE NOTE: LIVE AT FORTNIGHT IN FRANCE.

Escutem PATRICIA, meninos e meninas. É incomparavelmente melhor que a imensa maioria dos modernosos, cujos nomes eu não recordo. Tanto os lá de fora, como a turma daqui no HOSPÍCIO DO SUL.

Tentem.

ANNIE NIGHTINGALE – A PRIMEIRA D.J. MULHER DA B.B.C – RÁDIO 1!

 

Não se percam pela foto, aliás de 1970.

Ainda hoje, e aos 85 anos de idade, ANNIE apresenta um programa noturno, nas terças feiras, sobre música na BBC radio1!!!

Ela é um caso único, raro e precioso. A primeira D.J. mulher da rádio! há 53 anos no ar.

Começou como jornalista, em 1962, e sempre ligada à música. Conheceu, conviveu, entrevistou os BEATLES, YARDBIRDS… e a nata do beat dos anos 1960.

Conheceu, tocou e divulgou a turma da BLACK MUSIC americana, em sua história, evolução e atualização constante.

Em 1970, assumiu programa na BBC rádio 1. Sempre no auge da onda, incentivou o PUNK e o POP em geral. Tocou e entrevistou de BOB MARLEY a JOHNNY ROTTEN.

Entrou da década de 1980 com a DANCE MUSIC; o BRIT POP, na década de 1990, e continua tocando a “crista da onda atual”.

ANNIE NIGHTINGALE embarcou em tudo, e viveu o que rolou nos últimos 60 anos de música popular.

Na entrevista que deu para a RECORD COLLECTOR uns cinco anos atrás, contou que estava lançando seu terceiro volume de memórias. Já deve estar preparando o quinto…

Continua discotecando e diz que é muito curiosa. Por isso, é a decana da área.

Não falou nada sobre a sua coleção particular – que “tem” de ser inqualificável. Há fotos antigas dela com SINGLES e 78 ROTAÇÕES!!!!!!! Nem pensei nos LPS, CDS, e o “X TUDO GLORIOSO, que vai de discos autografados às primeiras edições, e memorabilia variada, portanto!!!

ANNIE trabalha a noite desde sempre, porque acha mais livre e aberto. Sofreu concorrências e deslealdades em penca vinda de gente consagrada – que hoje está na inevitável rolança da cachoeira dos tempos…

Ela continua.

ANNIE era ( é? ) bonita. E ainda hoje continua – moderadamente – da fuzarca. Eu não conheço ninguém como ela.

E vocês?

MOODY BLUES – IN SEARCH OF THE LOST CHORD – DERAM, 1968

 

TENHO MOTIVOS PESSOAIS PARA CITAR O DISCO: GANHEI O VINIL IMPORTADO DE MINHA MULHER, EM 1969, QUANDO COMEÇAMOS A NAMORAR! CUSTOU DUAS VEZES A MESADA QUE ELA RECEBIA: UMA ‘IGNOMÍNIA’ QUE RECONHEÇO ATÉ HOJE!

E FIQUEI TÃO EMPOLGADO QUE DEIXEI ÂNGELA NA CASA DELA, E CORRI PRA OUVIR O DISCO, POR HORAS, COM MEU AMIGO-IRMÃO SÍLVIO!

ALÉM DE TER UMA DAS MAIS BELAS CAPAS JÁ FEITAS NA INDÚSTRIA MUSICAL, ESTE ÁLBUM É UM ARRASO TÉCNICO E ARTÍSTICO! MAGIA + TECNOLOGIA, DIRIA o Jaques Sobretudo Gersgorin!

EM 2013, ESSE DISCO FEZ 55 ANOS! É CONSIDERADO PELA REVISTA “RECORD COLLECTOR” ENTRE OS VINTE LPs MAIS IMPORTANTES DA HISTÓRIA DO ROCK PSICODÉLICO.

OBRA REALMENTE MONUMENTAL DE INÍCIO AO FIM: GUITARRAS , CELESTAS, MELOTROM, SITAR, FLAUTAS, E MIL INSTRUMENTOS COMBINADOS ÀS VOZES ESPETACULARES DA BANDA!

A ABERTURA E SEQUÊNCIA COM “RIDE MY SEE-SAW” É ROCK PESADO DE PRIMEIRA LINHA. “LEGEND OF A MIND” É UM CLÁSSICO DA PSICODELIA!

ESCUTEM, TENHAM E MANTENHAM PARA O RESTANTE DA VIDA!

IMPRESCINDÍVEL!

BLUE NOTE JAZZ

 

Pescaria de Natal passado em águas turvas e nada óbvias. A Universal havia lançado vários CDS a preços promocionais. Imperdíveis, mesmo se repetidos, ou para atualizar “mixagens e masterizações”.

Aqui estão parte deles na gravadora BLUE NOTE.

O interessante é que são discos de catálogo e nada corriqueiros. Preciosos.

Peguei vários outros da CAPITOL JAZZ, deixei de lado muitos que tenho, e perdi alguns que a turma da POPS DISCOS não sabe se conseguirão novamente.

RECOMENDO FEROZMENTE!!!

Faz tempo que não via coleção tão Boa e Barata por aqui.