JANIS SIEGEL – A CULTIVADORA DE PÉROLAS

Ela é parte do excelente JAZZY/POP sofisticado e talentoso grupo vocal americano MANHATAN TRANSFER.
Quatro cantores capazes de elevar em nível máximo COLE PORTER, JONI MITCHELL, DJAVAN, SLY & THE FAMILY STONE, TOM JOBIM, e tantos outros: sabem cantar tudo!
JANIS tem carreira solo tão virtuosa e versátil quanto em grupo. Vai muito bem com trios, quartetos e outras formações. E ajusta em estado da arte sua voz expressiva e controlada, bela e quente, ao piano de FREDDIE HERSCH.
Aliás, tenham o prazer em conhecê-lo. FREDDIE é músico e artista de altíssima qualidade. Arranjador de bom gosto, capaz de realçar repertórios extensos e inusitados, dando-lhes a tintura jazzística adequada e imprescindível aos que procuram seu talento e competências.
Os discos aqui postados são todos recomendáveis. Relaxantes sem serem vulgares; e melodiosos sem pieguices. São gravações em alto nível artístico e técnico – seguramente!
O meu predileto é “SLOW HOT WIND”, de 1989, em que SIEGEL & HERSCH iluminam compositores modernos como JAMES TAYLOR, JULIA FORDHAN, JUDY COLLINS outros vários. Escolheram músicas e repertório pouco usuais. E muito interessantes. TIO SÉRGIO garante.
Um instigante bálsamo para esses tempos vorazes e doentios. Descubram e curtam! Valem a pena!
POSTAGEM ORIGINAL: 29/05/2021
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HORACE SILVER , ENTRE O BE-BOP E O HARD BOP, ENXARCADO POR FUNK E BLUES

Estão aqui talvez uns 30% do que HORACE TAVARES DA SILVA produziu. Não se percam por este nome. Ele era americano, nasceu em 1928,e morreu em 2014. Seu pai era de CABO VERDE.
JOHN MAYALL em uma de suas passagens pelo Brasil, comentou que cruzou com HARACE SILVER nos bastidores do festival que participaram. Eram velhos conhecidos. E, claro, o BLUES os aproximava.
SILVER passou 28 anos na BLUE NOTE RECORDS . Muito tempo para um jazzista de sua geração. E muitos o consideram compositor melhor do que pianista.
Sei, lá. É notório seu capricho no lado melódico, daí ter composto uma série de STANDARDS, “DOODLING”, OPUS THE FUNK e PEACE, entre vários.
HORACE SILVER influenciou pianistas como RAMSEY LEWIS e LES McCANN, notórios cultores de ritmos e coisas mais funkeadas. Mas, também vanguardistas como CECIL TAYLOR.
Gosto dele; o lado BLUESY meio festeiro, tingido por algo meio DARK e GOSPEL e um toque seco, o tornam muito agradável e divertido.
Aqui está uma seleção bem substancial de discos do mestre. Esse box 12 CLASSIC ALBUMS 1953/1962, cerca bem a franga no terreiro, e é barato: uns R$ 140,00 MANDACARUS, na POPS DISCOS.
Mas, escutem antes de comprar.
Eu vou continuar comprando.
POSTAGEM ORIGINAL: 23/05/2023
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NINA SIMONE e DEE DEE BRIDGEWATER: DUAS ÉPOCAS E DUAS FACES DO R&B

O tempo esvai, e as modas vão e vêm.
É sempre bom observar como as coisas se deram, e os conceitos de JAZZ, BLUES, ROCK e vasto etc… se formaram ao longo da década de 1950, para serem mais bem definidos na década dos 1960.
Mas o assunto, agora, não é este.
Foi lançada, por aqui, uma ilustrativa COLETÂNEA de NINA SIMONE abrangendo o que ela fez antes do enorme e merecido prestígio.
Coisas entre 1959 e 1963. E apenas SINGLES. Não são de JAZZ, mas de RHYTHM AND BLUES. Aliás, Nina sempre foi cantora de R&B; e foi trazida para o “conceito de JAZZ: nos anos 1960 e 1970.
Erradamente, diga-se. Cantoras monumentais como SARAH, ELLA, BILLIE, DINAH WASHINGTON, e etc… são todas POP e basicamente R&B.
NINA é única! Por sua formação sofisticada e erudita, opção de carreira, atitudes, e a voz especialíssima! Hoje em dia, o que se ouve nesta COLETÂNEA DUPLA é o que está sendo chamado de “VINTAGE”. O conceito de “OLDIES”, parece ter migrado para coisas de 1967 para frente…
É COLETÂNEA belíssima e barata! Para os não preconceituosos eu recomendo. MAS, cautelosamente, euaviso aos mais jovens que talvez estranhem o que ouvem…
DEE DEE BRIDGEWATER é outra representante da linhagem. Boa cantora; flerta dos STANDARDS do “JAZZ” ao POP/R&B sofisticados. Antenada.
Este álbum foi gravado no MALI, em 2007 e, como a imensa parte do que vem da ÁFRICA, tem sua força principal na percussão e no ritmo. Neste caso, não somente.
RED EARTH é um cross-over, simbiose de culturas. Quem aprecia muita percussão vai adorar. Os mais calmos talvez dispensem.
E se vocês cruzarem com esses discos pelaí, tentem. TIO SÉRGIO garante; valem a pena!.
POSTAGEM ORIGINAL: 27/05/2019
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MOODY BLUES – DAYS OF FUTURE PASSED – 1967 – 50 ANOS! – O ÁLBUM CONCEITUAL QUE INAUGUROU O ROCK PROGRESSIVO SINFÔNICO

A TURMA DA MÚSICA SABE QUE É OBRA HISTÓRICA E SEMINAL DO ROCK . O DISCO INAUGURAL DO “ROCK PROGRESSIVO SINFÔNICO”, E O PREGO DEFINITIVO NO CAIXÃO DA “ERA BEAT”.
“THE MOODY BLUES” PRA QUEM NÃO SABE, FOI (É?!?!) BANDA INGLESA CRIADA EM 1964, QUE MUDOU RADICALMENTE DE ESTILO COM A ENTRADA DO GUITARRISTA “JUSTIN HAYWARD”, E DO BAIXISTA “JOHN LODGE”.
FLERTOU, TAMBÉM, EM ALGUNS SINGLES COM A PSICODELIA. E À PARTIR DESTE ÁLBUM, QUE FOI GRAVADO EM DOIS ESTÚDIOS, ASSUMIU DE VEZ O ROCK PROGRESSIVO.
A PARTE ORQUESTRAL, INSPIRADA EM VARIAÇÃO DE SINFONIA DE “DVORAK” , FOI CAPTADA EM UM DELES. E A PARTE COM A BANDA DE ROCK EM OUTRO. FORAM JUNTADAS FORMANDO ESTA OBRA SINFÔNICA POP MONUMENTAL.
A IMPRESSÃO QUE SE TEM, EM ALGUMAS VERSÕES E MIXAGENS, É DE QUE HÁ UMA “JUSTAPOSIÇÃO” ENTRE AS DUAS PARTES, MAIS DO QUE INTEGRAÇÃO. DE QUALQUER FORMA, O TEMPO E AS RECONSTRUÇÕES DA MASTERIZAÇÃO SOLUCIONARAM O PROBLEMA.
O RESULTADO É MEMORÁVEL E PONTUA DETALHE IMPORTANTE: FORMOU DISCO CONCEITUAL, QUE DESCREVE UM DIA NA VIDA DE UM INDIVÍDUO COMUM…
A EDIÇÃO AQUI POSTADA, LANÇADA EM 2017, COMEMORA OS 50 ANOS DO ORIGINAL. A GRAVAÇÃO É “DERAM”, GARANTIA DE QUALIDADE E COM STATUS DE “CULT” ENTRE OS COLECIONADORES E A CRÍTICA. ESTE BOX VEM COM 2 CDS E 1 DVD, DISTRIBUÍDOS ASSIM:
DISCO 1) A MIXAGEM ORIGINAL ESTÉREO, DE 1967, QUE ESTAVA INÉDITA EM CD POR TER SIDO DANIFICADA. AGORA, FOI RECUPERADA PARA ESTA EDIÇÃO.
DISCO 2) CD COM A MIXAGEM TRADICIONAL DE 1972. E FAIXAS BÔNUS COM TODOS OS SINGLES DERIVADOS DA SESSÃO DE GRAVAÇÃO, E APRESENTAÇÕES NO MIDEM E NA B.B.C DE LONDRES.
DISCO 3) DVD COM A MIXAGEM EM “QUADRAFÔNICO”, AGORA RECOMPOSTA EM DVD 5.1. FICOU LEGAL! E TRAZ LIVRETO EXPLICATIVO, E ACOMPANHA POSTER COM FOTO DE VÁRIOS SINGLES DA ÉPOCA.
EXISTEM OUTRAS EDIÇÕES DO ÁLBUM MAIS OU MENOS SOFISTICADAS. INCLUSIVE EM VINIL, LANÇADOS NO MUNDO INTEIRO, BRASIL INCLUÍDO. E HÁ DIVERSAS EDIÇÕES EM CD NO DECORRER DO TEMPO, MAIS ADEQUADAS AO PÚBLICO EM GERAL.
GOSTO TANTO DO ÁLBUM E DA BANDA QUE TENHO O VINIL ORIGINAL AMERICANO, E MAIS INÚMERAS VERSÕES EM CDS.
A MELHOR ENTRE ELAS FEITA NO JAPÃO, EM SHMCD, EM QUE A INTEGRAÇÃO BANDA-ORQUESTRA SOA PERFEITA. ELES CONSEGUIRAM, FINALMENTE!
PARA MIM, É MAIS DO QUE UM DISCO. É OBJETO CULTURAL RELEVANTE; BONITO, MUSICALMENTE REFINADO E IMPRESCINDÍVEL!
DETALHE QUASE ÍNTIMO: “TUESDAY AFTERNOON” É MINHA MÚSICA PREDILETA EM QUAISQUER GÊNEROS, E EM TODOS OS TEMPOS! E VAI TOCAR EM MEU VELÓRIO, QUANDO A BOLA SETE ESTIVER INDO PRA CAÇAPA!!!
TENHAM “DAYS OF FUTURE PASSED” EM SUAS DISCOTECAS E COLEÇÕES.
É MANDATÓRIO, E SEM CONTRAINDICAÇÕES DE PÚBLICO, ÉPOCAS OU IDADES!
POSTAGEM ORIGINAL: 28/05/2018
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Weldon Wayne de Lima, Luiza Angélica Guerino e outras 47 pessoas

KRAUT ! – COLEÇÃO ESPETACULAR E IMPRESCINDÍVEL DO ROCK PROGRESSIVO FEITO NA ALEMANHA

Comprei os BOXES no espaço de uns 4 meses, porque bastante caros! Preços muito mais altos do que a média, por causa do excepcional trabalho para a sua realização.
A BEAR FAMILY RECORDS é a mais perfeita pesquisadora, preservadora e editora de quaisquer coisas relevantes do passado musical gravado. Não tem pra ninguém: não há produtos mais perfeitos, amplos, relevantes e bem feitos na indústria discográfica mundial. Obras de arte, sempre!
Os quatro BOXES, cada um com 2 CDS, foram baseados nas regiões geográficas da antiga “ALEMANHA OCIDENTAL”. E trazem livretos excepcionais com fotos, históricos, etc… em qualidade gráfica suprema. Mas pecam por um absurdo: o TEXTO É EM ALEMÃO. E ler “ozalemão” vamos combinar que não dá! Cadê a tradução para o inglês, PÔ!
Mesmo assim, as biografias completas de cada uma das 87 bandas e artistas que aparecem nas coletâneas, são diagramadas de forma que se ter acesso direto ao nome dos integrantes, e a fotos espetaculares de tudo o que gravaram. Ou seja, permite uma comunicação visual direta e imediatamente compreensível.
Os artistas escolhidos são incontestáveis. Mas, incompleto: não há nada dos 3 principais e mais famosos representantes do KRAUTROCK: KRAFTWERK, CAN e AMON DUULL- 2. Questões contratuais, essas coisas, impediram…
Fazem falta? Certamente; porém são bandas e discos de fácil acesso internacional, e a opção adotada é plenamente supletiva e vitoriosa.
Entre as 87 faixas, todas remasterizadas, há várias com mais de 6 minutos. Estão aí 24 de bandas muito conhecidas, como TANGERINE DREAM, EMBRYO, GURU-GURU, PASSPORT, TRIUNVIRAT, LUCIFER FRIENDS, NOVALIS, BIRTH CONTROL, JANE, FRUMPY, ELOY, NEKTAR e KHARTAGO. Não vou citar todos.
As restantes 63 músicas são igualmente representativas, relevantes, e fazem uma cartografia do KRAUTROCK inédita, abrangente e integradora. Por enquanto, não escutei a tudo. Vou fazê-lo aos poucos. É audição difícil, truncada; é “alemão e racionalista” demais para um velhinho já não tão da pesada, feito eu…
A BEAR FAMILY lançou mais dois “BOXES” DUPLOS, com os grupos e artistas da EX-ALEMANHA ORIENTAL! Portanto, mapeamento concluído! CHUCRUTE para todo lado…
É preciso relembrar a espetacular e ainda subestimada participação de BRIAN ENO na consolidação da vertente. Ele tangencia a tudo isto, mas é inglês, portanto…
A concepção de ENO na FASE BERLIM de DAVID BOWIE, 1977/1980; audível nos LPs: LOW, HEROES, LODGER, STATION TO STATION, STAGE – é enunciadora dos novos tempos. Ou alguém ainda duvida que a MÚSICA DE BASE ELETRÔNICA domina progressiva e inexoravelmente, o cenário musical dos últimos quase 50 anos?
Ahnnn, hoje o CONCEITO DE KRAUTROCK é mais abrangente. Então, “aproveito o ensejo” para também recomendar o BEAT e o ROCK PSICODELICO ALEMÃO.
Ouçam THE BOOTS, e principalmente THE LORDS – PSICODELIA de alto nível, mais para o estilo INGLÊS do que para o AMERICANO.
A coleção KRAUT! é matéria para MESTRADO em ROCK ´n´ ROLL. E quem não buscar acesso não ganha o título de “MESTRE”.
Vá atrás. É imprescindível!
POSTAGEM ORIGINAL: 27/05/2021
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BILLY COBHAM – CINCO PRIMEIROS DISCOS SOLO, GRAVADOS ENTRE 1973 E 1975 – ORIGINAL ALBUM SERIES

Estou entre os que não gostam muito de bateristas e percussionistas como líderes de grupos.
Não há razão objetiva; e não é de meu feitio alegar platitudes do tipo “gostos e cores não se discutem”. Porque é falso: cores existem em relação às outras; e não são tão específicas, porque há incontáveis matizes, e vasto etc… Como escolher?
E os gostos são preferências ainda mais difíceis de pontuar, já que tudo tem uma base e mil possibilidades.
Eu simplesmente não aprecio bateristas como líderes de bandas. E talvez por preconceito. Já que alguém em nível dele tem de ser reconhecido entre os melhores. E bateristas e percussionistas são essenciais na música popular moderna.
COBHAM nasceu no PANAMÁ e esteve com muita gente. É baterista preciso, cheio de recursos, e muito requisitado. Tocou, na década de 1970, em discos de MILES DAVIS. Participou da MAHAVISHNU ORCHESTRA, de JOHN McLAUGHLIN, uma das principais implementadoras da FUSION.
Os cinco discos neste pequeno BOX deram poder de fogo para BILLY. O primeiro deles, SPECTRUM, é considerado clássico no gênero, e é o mais “ROCKER” entre todos. Estão lá o guitarrista TOMMY BOLIN, depois no DEEP PURPLE; o excelente baixista LELAND SKLAR, rodado ad-infinitum na música, principalmente no FOLK e no POP; e JAN HAMMER, nos teclados. Claro, vocês os conhecem!
Na sequência, os discos foram se definindo cada vez mais na FUSION, mas com “sotaques” do FREE JAZZ, e o colorido enorme da palheta musical norte americana. Muito bons!
Estão presentes em sua discografia músicos em nível dos irmãos BRECKER: MICHAEL e RANDY, nos sopros. E guitarristas como de JOHN ABERCROMBIE e JOHN SCOFIELD, entre os melhores dos últimos quarenta e tantos anos. Sem falar nos demais músicos. Afinal, craque procura craque…
Para resumir, se você gostar de FUSION, e esse BOX aparecer em sua frente a preço baixo, não perca.
É isso. Eu e muita gente se diverte bastante bastante com o BILLY COBHAM!
POSTAGEM ORIGINAL: 07/05/2023:
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LITTLE RICHARD – “HERE IS” – SPECIALTY. 1956 e “ROCKS” – COLETÂNEA ESPETACULAR DA BEAR FAMILY, 2010

Disco seminal da história do ROCK, “HERE IS”, É o primeirão dele. Aliás, esse disco e o segundo, “LITTLE RICHARD, VOL 2, de 1958 – que aproveitou as sobras de estúdio do primeiro – formam um imenso latifúndio de clássicos essenciais. Tudo o que importa está nos dois…Para os completistas, é indispensável.
Mas, para arrasar mesmo, nada como a excepcional coletânea ROCKS, da veneranda BEAR FAMILY RECORDS. Está lá tudo o que ele fez em suas diversas fases, em masterização soberba. É “o” disco para se ter!!!!
RICARDINHO nasceu em Macon, Georgia, em 1935. São de lá os também “enormes” ALLMAN BROTHERS BAND.
Ricardinho da mesma forma que Miguelzinho era talentoso bailarino e cantor. RICARDINHO com 7 anos levantava uns trocos na rua dançando e cantando. Com essa grana, aos poucos, foi pagando lições de piano.
MIGUELZINHO sofreu mais. Ele e os quatro outros irmãos JACKSON foram domados a pau pelo pai psicopata que, na marra, lhes desenvolveu a arte e arruinou o emocional.
Eram, pois, duas crianças; e ambos geniais e históricos.
RICARDINHO tocava muito. Ele e outro contemporâneo irrequieto e trabalhoso fincaram a estaca do piano no ROCK: JERRY LEE LEWISs acrescentou ao RHYTHM AND BLUES, a praia de RICHARD, a levada melódica do COUNTRY. Ambos são a linguagem pianística fundamental do ROCK. “As consequências vieram depois”…
O disco da postagem é o primeiro de LITTLE RICHARD. Este Cd reproduz a edição original do LP para a SPECIALTY, gravado entre 1955 e 1956, todo recuperado, e masterizado em Mono, e som de qualidade. Há livreto e esse poster grandão.
Estou com preguiça de enumerar. Mas, sete faixas são STANDARDS e clássicos do rock. Tá bom, tá bom; tem “Tutti Frutti”? Tem, sim senhor! Tem “Slipping and Slidin`? Tem, sim senhor! E “Long Tall Sally”; “Miss Ann”; “Rit it up”; “Jenny, Jenny”; e “Ready Teddy” também estão todos na marmita. As clássicas restantes: “Good Golly Miss Molly”; “Keep on knocking” “Lucille” e “Girl Can´t help it”, todas gravadas nas mesmas sessões, ficaram para o volume 2. E, claro, estão no BOX ROCKS, aí na postagem.
Em poucas e berrantes palavras, um escandaloso império de clássicos compostos e gravados em menos de 3 anos! O restante da carreira, seus problemas e dilemas? Bem, vieram depois.
LITTLE RICHARD tinha talento esfuziante e característico: Cantar! Era um … digamos “RHYTHM AND BLUES “SHOULTER!” Nenhum dos fundadores, nem ELVIS, nem CHUCK BERRY ou quem você recordar soltava a voz como ele!
Isso mesmo! O cara é influência direta em JAMES BROWN, MICK JAGGER, VAN MORRISON, ROBERT PLANT, JOHN LENNON e quaisquer rockers que não se envergonhassem de cantar, expor entranhas e vísceras. Sua rouquidão controlada é o lusco-fusco entre o cantar bem e corretamente e o simplesmente berrar.
RICARDINHO ERA UM GRANDE CANTOR!
Nesse disco, existe uma faixa pouco notada. Mas, é a minha predileta porque faz a ponte que a turma do ROCK sabe existir entre o “DOO-WOP” e a “SURF MUSIC” dos BEACH BOYS e companhia, na década de 1960.
Então, saiam do óbvio e procurem ouvir “TRUE, FINE MAMA”. Está tudo lá, BRIAN WILSON deve ter escutado até aprender. É o fino!
Não vou comentar sobre a vida, opções e outras influências pioneiras de RICARDINHO. Mas, quero pontuar que a turma dos anos 1950 fazia ‘ROCK AND ROLL”. E o AND é fundamental para separar eras e consequências. A redução “N” foi coisa de meados dos anos 1960.
E devo lembrar que a primeira loja brasileira de discos usados só de ROCK foi “composta” por outro fundamental, e se chamava eloquentemente: WOOP-BOP! – as palavras iniciais de “TUTTI FRUTTI”. Rene Ferri não cantava. Mas, conhece muito bem quem sabe fazê-lo, inclusive o LITTLE RICHARD!
POSTAGEM ORIGINAL:14/05/2023
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JOHN PIZZARELLI: A ARTE DE SER COOL USANDO VOZ PEQUENA.

Eu gosto muito do cara!
E não só eu; o mundo e PAUL McCARTNEY, também. Ele tocou guitarra no disco do EX-BEATLE gravado em 2012, “Kisses in the Botton”. Em troca, PAUL o instigou a gravar um repertório de músicas dele no estilo JAZZ digamos…pizzarelliano. E deu em “MIDNIGHT McCARTNEY”; um hit internacional.
JOHN PIZZARELLI é ótimo guitarrista, capaz de emular WES MONTGOMERY e DJANGO REINHARDT; dar vida nova aos BEATLES; gravar TOM WAITS, JONI MITCHEL, NEIL YOUNG, BRIAN WILSON, além de um monte de autores novos.
Sua voz pequena e bem postada, herdeira de estilistas como CHET BAKER e JOÃO GILBERTO, casa suavemente com imenso repertório.
Ele não é um mestre da interpretação. Mas, vai do POP ao JAZZ. E sua versatilidade disciplinada, estudada, e ao mesmo tempo COOL e relaxada, traz achados sobre quaisquer autores que escolha gravar. Ele não tem discos ruins. Todos são prazerosos e tecnicamente muito bem gravados.
Recentemente, PIZZARELLI revisitou o fundamental disco de FRANK SINATRA e TOM JOBIM. Não escutei; mas as críticas foram boas. Tá na lista, e um dia vai aparecer em casa…
Vários músicos jovens, como ele, perceberam ser preciso ir além dos clássicos. E PIZZARELLI não se limitou a fazer eternamente o AMERICAN SONG BOOK tradicional. Muito bem comparando, a tocar os eternos e geniais CHICOS e JOBIMS do cancioneiro americano. Mesmo assim, sempre dá nova perspectiva à grande canção americana com arranjos que tangenciam a tradição, mas sempre modernos e de excelente gosto.
Na imensa discografia de PIZZARELLI não faltam COLE PORTER, GERSHWIN, JOHNNY MERCER e muita MÚSICA BRASILEIRA. Aliás, há discos dedicados somente a ela. E, complementando, JOHN PIZZARELLI cai bem em quaisquer festas e reuniões. Seus discos são dançáveis, cheios de balanço. E ele é COOL, POP e MODERNO.
Aqui, alguns entre os quase 40 álbuns que já gravou. Inclusive o icônico com as músicas dos BEATLES. Tudo muito bem e muito bom. De vez em quando PIZZARELLI passa por aqui no Brasil e América Latina, e a turma vai assisti- lo.
JOHN PIZZARELLI, é filho do grande músico, BUCK PIZZARELLI. Ele cresceu rodeado da fina flor do JAZZ , e ilimitada adjacência. JOHN é rapaz de bem, trabalhador incansável, e vem construindo obra relevante, que muita gente ainda vai gostar. Ele é um futuro “clássico” para outras gerações.
Não perca; “se perca’ nos discos que ele gravou!
POSTAGEM ORIGINAL 23/05/2023
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KING CRIMSON: HEROES – EP AO VIVO, e OUTROS GATOS PINGADOS NA DISCOTECA

Pois, é; TIO SÉRGIO É FUCEIRO – como quase todo mundo por aqui. Para discos, música, livros, essas coisas…, eu me comporto feito um GATO que “SUPERVISIONOU” o churrasco que assei no quintal, uns 30 anos atrás: dei mole e o bichano queimou a pata na grelha tentando pegar um peixe… E, mais rápido do que a língua da GLEISI HOFFMANN, o felino escalou o muro e foi comer na casa do vizinho…
O TIO prospecta na internet e consegue achar coisas muito legais; às vezes a preços abaixo da linha da ganância. Parte do aqui postado é assim. De vez em quando, agindo feito aquele gato, eu me estrepo por causa do risco que “arrisco”. Aí estão alguns discos que ainda não ouvi direito, misturados a velhos conhecidos em novas edições.
Começo por gratíssima surpresa que chegou por $ 8,00, com tudo incluído. Acima, e o primeiro à direita, está O EP. “HEROES”, do KING CRIMSON. Cinco faixas ao vivo, adequadamente gravadas em BERLIM, VIENA e PARIS durante a turnê de 2016. Pra variar, MEL COLLINS, GAVIN HARRISON, TONY LEVIN, PAT MASTELLOTO e FRIPP estão em plena forma criativa.
Quatro músicas são cantadas pelo guitarrista JAKKO JAKYZIK, de voz clara que ressoa a GREG LAKE: “EASY MONEY”, “STARLESS” e duas versões deliciosas do clássico HEROES, em arranjo muito próximo do original, onde ROBERT FRIPP e sua guitarra despontaram e pespontaram à época. A gravação comemorava 40 anos, e sua inclusão foi homenagem ao BOWIE, que falecera em 10 de janeiro de 2016.
Agora, os gatos pingados:
1) THE ARTWOODS, “LIVE AT KLOOKS KLEEK”. É show abaixo da linha da pobreza artística, gravado em 1965. Se a carrocinha passar em frente ao prédio, é capaz de me carregar para um centro de controle de zoonoses! Estou indignado e enraivecido! A performance deles está anos – luz aquém da excelente banda que nos legou “ART GALERY”, em 1964; um clássico da era BEAT! O LIVE custou muito caro e não vale o quê o gato excretou depois de papar o peixe….
2) MIKE SMITH, “IT´S ONLY ROCK ´N´ ROLL”, 1990. “Pout pourri” de clássicos do ROCK AND ROLL feito pelo vocalista do DAVE CLARK FIVE – entre os melhores “crooners” de seu tempo -, com pegada mesclando BEAT e R&B. É disco para completistas; ou indicado aos que gostam de “GOING BACK HOME”, disco de ROGER DALTREY e WILKO JOHNSON. Pepita a ser considerada.
3) SOFT MACHINE, “BUNDLES”, 1975, álbum clássico na intersecção entre o ROCK PROGRESSIVO e FUSION JAZZ; com pitadas de PHILLIP GLASS. A edição é japonesa, SHMCD de alta qualidade. E CARAVAN, “NONE OF YOUR BUSINESS”, 2021, que ainda não ouvi, mas “Sei que vou te amar”, como filmou o JABOR! São duas bandas de CANTERBURY, cidade e ambiente musical que definiram estilo preciso no ROCK.
4) SPOOKY TOOTH e PIERRE HENRI, “CEREMONY”, 1969. VANGUARD ROCK mesclando MÚSICA ELETROACÚSTICA e ROCK PESADO. Disco imperdível e ultra colecionável, edição japonesa em SHMCD, que voltarei a ouvir com interesse e a redobrada “paixão da razão”!
5) GURU GURU GROOVE, disco experimental de 1969, nos primórdios do KRAUTROCK. Não escutei ainda. “Só relei a orelha”… e vou devagar. Pode ser um “andor”, carregando um santo de barro. É um trio alemão de guitarra, baixo e bateria, totalmente imbuído do marmóreo propósito de arruinar minha sanidade já mínima… Hummm!!!! Saberei.
6) LEE RANALDO, “BETWEEN THE TIMES AND TIDES”, 2012. Ele é um dos guitarristas do SONIC YOUTH, a extraordinária, criativa e vanguardista sem ser chata NOISE GUITAR BAND americana. Ele fez esse disco pesado, mas “amenamente dosado” com certo retrogosto do SHOEGAZE. O clima é algo lírico/onírico resvalando o DREAM POP. Dois estilos vizinhos naqueles tempos entre 1980 e 2010 – e talvez beyond. É ROCK pra valer, e o TIO SÉRGIO está gostando muito!!! Vê aí, pô!
7) LANA DEL REY – “VIOLET BENT BACKWARDS OVER THE GRASS”, 2021. É uma coleção de poesias escritas e narradas pela algo pachorrenta gatona canora… Há discreto acompanhamento instrumental. Eu não sabia o que era. Mas, custou tão barato que, sei lá… Vai enclausurar-se em minha discoteca, porque eu gosto da moça.
POSTAGEM ORIGINAL: 25/05/2024
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MILES DAVIS AO VIVO! A ÍNFIMA PARTE DO QUE EXISTE!!! E OUTRAS QUEIXAS SOBRE A MODERNIDADE…

Acordei lá pelas 8 horas, e passei o café como diariamente faço. Abri a porta da cozinha para ver se a REVISTA VEJA havia chegado.
Não!!! Virou rotina nos finais de semana: atrasam dias, às vezes semanas, e só tomam providência quando telefono para reclamar. O ESTADÃO eu já havia desistido de esperar em casa; deixei pra lá e fiquei no digital. Vez por outra leio no computador.
TIO SÉRGIO é da turma do papel. E todo mundo, inclusive jornais e revistas, já migrou para o digital! Ler no computador é um puta saco!!! ! E odeio não tocar em coisas impressas – uma das paixões de minha vida.
Vocês não têm ideia da maratona/martírio! Eu precisava me desfazer de parte dos livros. São ótimos, a maioria relevante, e todos bem conservados.
Eu preferi doar. Fui a bibliotecas, liguei para sebos, faculdades locais e vasto escambau… Ninguém queria saber. O diretor da BIBLIOTECA MUNICIPAL DO GUARUJÁ se recusava a me receber. Insisti e persisti. Trouxas da modernidade, feito eu, perdem o contato com o novo real. É fato consumado: mundo moderno abomina o papel. E ponto.
Demorou um pouco, mas tomei coragem: carreguei dezenas de caixas. Voltei à Biblioteca na cara dura com umas três caixas.
Aceitaram. Dia seguinte mais três… e sucessivamente. No final, elogiaram fotografaram, etc. e tal….
Quando uma sociedade formada por imensa maioria de iletrados migra para o digital, a falta de base, a dispensa da escrita correta, essas coisas, baixa o nível dos cidadãos…. A má vontade oficial está incrustada na “Res pública”!
Tá bom, tá bom!!!!
Sobraram os discos. Ao menos eles – e por enquanto, me dizem…
Voltando à parte séria da minha cantilena, enfiei a mão numa das braguilhas da minha discoteca e puxei um dos CDS que comprei: MILES DAVIS, LIVE AT VIENNE. Foi gravado em 1991; é FUSION moderna.
É a fase WARNER. No disco vem “TIME AFTER TIME” da CINDY LAUPER; também PRINCE; umas coisas do baixista MARCUS MILLER e, claro do próprio MILES. Tudo muito legal!
A banda tem bastante proeminência. E é formada por gente menos famosa. O som é a deliciosa qualidade que DAVIS sempre nos entrega. Saiu aqui em 2021. Vale a Pena. Então, resolvi dar uma sapeada na produção desse gênio, ver outras gravações feitas ao VIVO….
QUÁ!!! Patos-Cidadãos dessa imensa PATÓPOLIS TROPICAL, e URBI ET ORBI: São incontáveis! E de todo jeito: edições locais, internacionais, pirataria fina, o que vocês imaginarem!!!!
Como dizia o FAUSTÃO, “Quem sabe faz ao vivo”. Mr. DAVIS talvez seja a prova mais bem fundamentada deste axioma!!!
MILES DAVIS viveu 65 anos!!! Só; foi muito pouco!!! Mas deixou 161 álbuns, quase a metade ao vivo!!!! Postei pouquíssimos. Devo ter mais uns trinta LIVES!!! Ele nos legou, também, 177 SINGLES e EPS; E são 886 compilações em VINIL ou em CDs; Nem fui atrás dos DVDS… As Informações estão na DISCOG.
Vocês sabiam que ele é o único JAZZISTA que está no ROCK AND ROLL HALL OF FAME? Foi indicado em 2006! Soube que a PREFEITURA DE NOVA YORK mudou o nome de um trecho da RUA 77, onde ele morou 20 anos, para MILES DAVIS WAY!!! Homenagem justíssima!
Quando morreu, em 1991, deixou um patrimônio líquido de $ 10 milhões de dólares. Achei pouco. Mas, certamente foi multiplicado pós – mortem: a indústria musical respira MILES DAVIS até hoje. Espero que seus poucos herdeiros usufruam. E nós, os fãs, sempre o tenhamos à mesa…
Nesta publicação está o BOX “BITCHES BREW”, início da década de 1970. Aqui existe DVD ao vivo daquela fase. O mesmo acontece no BOX “THE WARNER YEARS”, 2011, com tudo o que ele fez para a nova gravadora. Lá está MILES & QUINCY JONES, LIVE AT MONTREUX!!!
O TIO SÉRGIO aqui assistiu MILES ao VIVO, EM SÃO PAULO, no dia 28/05/1974! Já contei em detalhes pelaí. Lançaram, em 2022, um CD DUPLO PIRATA com o SHOW!!! Vou ver se consigo.
Na época, quase 50 anos atrás, um músico da ORQUESTRA SINFÔNICA DO ESTADO DE SÃO PAULO, colega dos meus tios ABRAMO E JULIANO GARINI, comentou:
“Eu estava na plateia, quase no palco. E sei lá o que o negão tava fazendo com aquele trompete ligado a uma traquitana!!!” – era um pedal de guitarra elétrica. “Só sei que era fenomenal, e o som que ele tirava era difícil demais para fazer” . “Adorei!”
TIO SÉRGIO e o mundo inteiro, também!!!!
POSTAGEM ORIGINAL: 20/08/2023
Pode ser uma imagem de 1 pessoa e texto que diz "8 MILES DAVIS 996-1991 WARNER EARS ZIVAG 23JIM MILES DAVIS HਸAG LIVE Burope 1967 QUINTET LA Merci MILES Milez! LIVET VIENNE"