ÁLBUNS CONCEITUAIS HISTÓRICOS 2 – OS AMERICANOS

AGORA, TRÊS ARTISTAS AMERICANOS E UM JAPONÊS.
O ÁLBUM MAIS FAMOSO É O “SMILE”, A OBRA DE “BRIAN WILSON” PARA OS “BEACH BOYS”; VETADA NA ÉPOCA PELA GRAVADORA E PARTE DA BANDA, PORQUE ESTRANHA E FORA DO ESTILO DELES.
É CONTROVERSO; MAS SEM DÚVIDA É OBRA CONCEITUAL. A IDÉIA É MOSTRAR A IMENSA VARIEDADE DA MÚSICA AMERICANA EM TODAS AS DIMENSÕES. FOI LANÇADA SOMENTE ANOS DEPOIS, JÁ NA DÉCADA DE 1990. CONFESSO QUE NÃO ME AGRADA MUITO. SINTO FALTA DE COESÃO E ACABAMENTO ESTÉTICO. MAS, É ORIGINAL E INSTIGANTE. UM CLÁSSICO UNGIDO MEIO EXTEMPORANEAMENTE.
OUTRO DISCO INESPERADO É “THE MOTH CONFESSES” DO “THE NEON PHILHARMONIC”, QUE SAIU EM 1969; E GANHOU UM GRAMMY DE ARTISTA REVELAÇÃO.
NÃO ERA UM GRUPO, MAS DUPLA: O CANTOR “DON GANT”, E O MAESTRO E ARRANJADOR “TAUPER SAUSSY” – QUE REGEU A ORQUESTRA QUE EXECUTOU AS SUAS COMPOSIÇÕES.
MAL COMPARANDO, TAUPPER É UM ROGÉRIO DUPRAT COM MAIS RECURSOS PARA TRABALHAR. A MÚSICA É PSICODELIA PURA. E A OBRA É UMA METÁFORA SOBRE A INOCÊNCIA E O AMADURECIMENTO.
É UMA CONSTRUÇÃO POÉTICO MUSICAL EM TORNO DA PAIXÃO QUE O PRIMEIRO AMOR SUSCITA. E, QUANDO NÃO DÁ CERTO – A MAIORIA DAS VEZES -, A PERCEPÇÃO DO EX-CASAL NUM EVENTUAL REENCONTRO, DE QUE AS COISAS E OS DOIS MUDARAM. DISCO INTELIGENTE, E IMPERDÍVEL.
PORÉM, DOIDA PRA VALER É A “CERIMÔNIA BUDISTA” EM FORMA DE ROCK, GRAVADA PELO GRUPO JAPONÊS “PEOPLE” – NÃO CONFUNDIR COM O “BABA POP ” AMERICANO DO FINAL DOS ANOS 1960, QUE REGRAVOU CANÇÃO MENOR DOS “ZOMBIES”.
PRA TERMINAR, DOIS DISCOS DE UMA DAS MELHORES “GARAGE BANDS” DE TODOS OS TEMPOS: “THE ELECTRIC PRUNES”.
A BANDA NÃO EXISTIA ENQUANTO UNIDADE; ELA PERTENCIA AO EMPRESÁRIO LENNY PONCHER, E ERA ORIENTADA PELOS PRODUTORES “DAVE HASSINGER” E “DAVID AXELROD”. CADA UM DOS CINCO DISCOS DOS “PRUNES” FOI GRAVADO COM UMA BANDA DIFERENTE! O INTERESSANTE É A MULTIPLICIDADE DOS CONCEITOS DESENVOLVIDOS PELA PRODUÇÃO! DISCOS CLÁSSICOS!
COMEÇO PELA SENSACIONAL “MASS IN F MINOR”, LANÇADA EM 1967 – INCLUSIVE NO BRASIL, PASMEM!!!. É MISSA CATÓLICA TOCADA DE UM JEITO QUE OS PADRES JAMAIS PERMITIRIAM: IMAGINE SE “JIMI HENDRIX” ENTRASSE EM TOTAL COMUNHÃO LISÉRGICA COM OS “MISSAIS” APROVADOS PELO VATICANO; E TOCASSE ACOMPANHANDO O RITUAL!!!!
PRA FICAR MAIS CATIVANTE, A MISSA É CANTADA EM LATIM!
ANTOLÓGICO, E IMPERDÍVEL!
REALIZARAM OUTRO DISCO, “RELEASE OF AN OATH “, EM 1968; QUE SEGUE O MESMO CONCEITO; PORÉM, APLICADO À RELIGIÃO JUDÁICA!!!! É UM ESPETÁCULO DE EXECUÇÃO, COM MÚSICOS DE ESTÚDIO DO MAIS ALTO NÍVEL! INCLUINDO “A MAIOR BAIXISTA DE TODOS OS TEMPOS, CAROL KAYE”!!!! TIA CAROL TOCA EM ESTADO DE GRAÇA, COMO SEMPRE FEZ!
OS “ELECTRIC PRUNES” ORIGINAIS GRAVARAM O PRIMEIRO ÁLBUM E VÁRIOS SINGLES, ENTRE 1967 E 1968; QUE ESTÃO ENTRE OS MELHORES DA ÉPOCA. E FIZERAM OUTROS DOIS LONG PLAYS, TAMBÉM BASTANTE APRECIÁVEIS. HÁ UM BOX COM OS 5 ÁLBUNS A PREÇOS POPULARES PELAÍ!!!! PROCUREM, E OBTENHAM!!! É MANDATÓRIO!!!!
A SONORIDADE DA BANDA TEM INFLUÊNCIA ENORME NO PÓS PUNK, PRINCIPALMENTE NA “DARK WAVE” E NO “GOTHIC ROCK”.
EM MINHA OPINIÃO, NÃO HAVERIA “THE CURE”, POR EXEMPLO, SEM A EXISTÊNCIA DOS “PRUNES”.
OUÇAM E CONSTATEM!!!
PROCUREM CONHECER. FOI BANDA QUE ACONTECEU, “MAS NUNCA EXISTIU DE VERDADE”.
POSTAGEM ORIGINAL: 31/08/2017
Nenhuma descrição de foto disponível.

ÁLBUNS CONCEITUAIS – OS INGLESES

PENSOU-SE QUE ERAM IDEIAS DOS 960/1970. MAS NÃO. OS DOIS PRIMEIROS DISCOS CONCEITUAIS, E QUE VÊM SENDO ASSIM CONSIDERADOS ENTRE COLECIONADORES, FORAM FEITOS NO FINAL DOS ANOS 1940, INÍCIO DOS 1950!
O PRIMEIRO DELES FOI DO MAESTRO E ARRANJADOR “GORDON JENKINS”, EM 1946, CHAMADO “MANHATTAN TOWER”. É UMA SEQUÊNCIA DE FAIXAS COMBINANDO JAZZ, MÚSICA POPULAR, BUZINAS DE CARROS, NARRATIVAS E DIÁLOGOS. FALA SOBRE UM CONJUNTO RESIDENCIAL, EM NOVA YORK, TIDO COMO ARQUITETURA MODERNISTA. O DISCO É INUSITADO E INOVADOR.
DEPOIS, O GRANDE CANTOR DE “JAZZ,” “MEL TORMÉ”, RETOMOU OUTRA COMPOSIÇÃO DE “JENKINS”, CHAMADA “CALIFORNIA SUITE”, TAMBÉM GRAVADA NAQUELE MESMO DISCO SEMINAL; E “TORMÉ” A EXPANDIU, EM 1956.
ESTES SÃO OS PIONEIROS.
NAS DÉCADAS DE 1960/70 A IDEIA FOI RETOMADA E CONFIRMADA, TAMBÉM NA INGLATERRA.
OS TRÊS PRINCIPAIS SÃO “SGT PEPPERS” DOS “BEATLES”; E “DAYS OF FUTURE PASSED”, DOS “MOODY BLUES”, LANÇADOS EM JULHO E NOVEMBRO DE 1967, RESPECTVAMENTE. E “TOMMY”, DO “THE WHO”, DE 1969, TAMBÉM; QUE É ATÉ HOJE VENDIDO COMO A PRIMEIRA “ÓPERA ROCK”, MESMO SENDO CONTESTADA PELOS “PRETTY THINGS” E SEU “S.F.SORROW”, LANÇADO EM 1968.
” TOMMY ” É CLÁSSICO ULTRA CONHECIDO; TEMA INSTIGANTE E ATUAL; É A SAGRAÇÃO DE UMA POTENTE METÁFORA: A DO GAROTO, SURDO, MUDO E CEGO, QUE SE TRANSFORMA EM CAMPEÃO DE “FLIPERAMA”, O ANTECEDOR DO VÍDEO-GAME”. É OBRA ANATECIPADORA DO QUE VEMOS E, HOJE, CONVIVEMOS! É SÓ OLAHR EM VOLTA. O DISCO É CHATO E GENIAL, SIMULTANEAMENTE.
“THE WHO” PRODUZIU MAIS OUTRO DISCO CONCEITUAL, “QUADROPHENIA”, 1972; HOJE SUBINDO NA CONSIDERAÇÃO DOS QUE A PERCEBEM COMO OBRA DEFINIDORA SOBRE A ERA “MOD” – QUE, VEZ POR OUTRA REVIVE, DESDE OS 1960.
MENOS FESTEJADOS, E TALVEZ BEM MAIS INTERESSANTES SÃO OS DOIS DISCOS CONCEITUAIS DOS “KINKS” :”THE VILLAGE GREEN PRESERVATION SOCIETY”. LANÇADO EM 1968, É SOBRE A ECOLOGIA E VIDA… MAIS “NATURAL” …; VISTA POR UM NARRADOR IRÔNICO E ÁCIDO. CLARAMENTE RAY DAVIES E SUA VERVE ALGO DISTANTE.
E HÁ, EM 1969, PRINCIPALMENTE, “ARTHUR, OR THE DECLINE AND FALL OF THE BRITISH EMPIRE”. ESTE SIM! VISÃO BEM HUMORADA E CORROSIVA SOBRE A HISTÓRIA INGLESA, SEU POVO, IDEOLOGIAS E MEDIOCRIDADES. RAY DAVIES É MAIS LETRISTA DO QUE PETER TOWNSHEND; MAIS INCISIVO E CONSCIENTE. MAIS PARA SOCIÓLOGOS E OUTROS PERSCRUTADORES DA VIDA SOCIAL!
EU TROUXE PRA FOTO MAIS OUTRO ÁLBUM… “UM TANTO QUANTO MEIO SOBRE…DIGAMOS… UM TANTO QUANTO”… É “THE STORY OF SIMON SIMOPATH”, DO “NIRVANA” INGLÊS! – SIM, EXISTIU! TAMBÉM FOI GRAVADO EM FINS DOS ANOS 1960. O SOM É ALGO MELOSO E POUCO CONVINCENTE; MESMO FERFEITAMENTE INSERIDO NO “ROCK PSICODÉLICO” DA ÉPOCA.
PROCURANTO, A GENTE SEMPRE ACHA MAIS COISAS E PROPOSTAS. E OS TEMPOS TRAZEM E REVIRAM AS CRIAÇÕES NA PERCEPÇÃO DA GENTE.
DEVE HAVER MAIS COISAS SOB AS CINZAS… BASTA ASSOPRAR.
POSTAGEM ORIGINAL: 31/08/2017
Nenhuma descrição de foto disponível.

JULIE LONDON – A DIVA BRANCA DA GRANDE CANÇÃO AMERICANA

Caso raro e exemplar. Mulher lindíssima começou como atriz e fez uns uns vinte filmes. Gostava e frequentava CLUBES DE JAZZ, no início dos anos 1950.
Mas, cantava só para os amigos. Tinha voz pequena, mas afinada, versátil, límpida e sensual. Ela foi incentivada por BOB TROUP, seu marido; músico e produtor, que percebeu o imenso talento potencial de JULIE.
É bom notar que falamos de 1956, onde a grande canção americana imperava. E além de BILLIE, ELLA, DINAH e SARAH, havia cantoras brancas de altíssimo nível.
E, também, um princípio de “revolução cultural” no jeito de cantar, que nos trouxe CHET BAKER, e a própria JULIE LONDON. E, no BRASIL, desembarcou em JOÃO GILBERTO, NARA LEÃO, CAETANO VELOSO e na imensa variedade de estilos e vozes que temos hoje.
JULIE LONDON era muito boa cantora. Gravou mais de trinta LONG PLAYS, e um monte de compactos ( SINGLES ) durante sua curta e sensacional carreira de uns 13 anos!
Ela fez sucesso de verdade, e seus discos são ótimos. Gravou dos clássicos da GRANDE CANÇÃO AMERICANA a COMPOSITORES SEUS CONTEMPORÂNEOS. Ousada e proficiente!
Na foto, estão 17 de seus LPS, e duas coletâneas de SINGLES. Todos são colecionáveis!
JULIE LONDON foi bela, sensualíssima, e com certeza inspiração para uma legião de onanistas frenéticos.
Raramente o visual correspondeu tão fielmente ao conteúdo das obras.
Comprem os discos dela. Principalmente para ouvir…
POSTAGEM ORIGINAL: 31/08/2024
Nenhuma descrição de foto disponível.

ESPIRAL DO TEMPO: MATEUS ASATO E MARTIN MILLER SESSION BAND

TIO SÉRGIO É VELHO. MAS, NÃO É VELHACO E MUITO MENOS DESATENTO DO NOVO QUE CAMPEIA PELAÍ:
OUÇO, OBSERVO; GOSTO; E PENSO.
A MINHA TURMA DE ORIGEM, OS CLÁSSICOS DO ROCK DA DÉCADA DE 1950; TODOS REFLETIDOS DAQUELE MOMENTO AVANTE, PARA OS SIXITIES, SENVENTIES, E DALÍ BEYOND; FINALMENTE FORAM SUPLANTADOS PELO TEMPO, ABRINDO ESPAÇO PARA GENTE NOVA.
SEM QUAISQUER CONDENSCENDÊNCIAS, E APENAS PELO VAGAR DO TEMPO.
ENTÃO, PARA OS ATENTOS, SE OLHAREM PARA O ATUAL RESSURGIMENTO DOS ‘OLDIES”OBSERVARÃO QUE A TURMA DA DÉCADA DE 1980 COMPÕEM A REFERÊNCIA.
ASSIM, OBSERVEM ESTA EXCELENTE BANDA DE ESTÚDIO ALEMÃ, QUE TEM ACOMPANHADO MUITA GENTE, PRINCIPALMENTE BRASILEIROS. ELES REALÇAM “LARI BASÍLO” E O “MATEUS ASATO”, AMBOS DAQUI, O HOSPÍCIO DO SUL, E GUITARRISTAS EM ASCENÇÃO NO POP/ROCK INTERNACIONAL E ADJACÊNCIAS.
JÁ POSTEI VÍDEOS COM A “LARI”. HOJE MANDO MATEUS, QUE É DO MATO GROSSO DO SUL, E TOCA COM BRUNO MARS ENTRE VÁRIOS.
PENSEM NA ESPIRAL DO TEMPO: ELA SEMPRE SE DESLOCA.
AS REFERÊNCIAS E CONVERSAS HOJE SÃO OUTRAS.
DESFRUTEM!
POSTAGEM ORIGINAL: 31/08/2024
Martin Miller & Mateus Asato - Head Over Heels (Tears for Fears Cover)

JIMMY RUSHING – BLUES SINGER SUPREMO!

ESTE É O CARA!
NÃO TERÍAMOS VAN MORRISON, MICK JAGGER, ERIC BURDON E TANTOS OUTROS, SEM O ESTILO ABERTO DE CANTAR DO JIMMY RUSHING.
ELE ERA UM “BLUES SHOUTER”; “POLPETONE” CANTANTE, BAIXINHO, MAS EXTREMAMENTE VASTO, LARGO, DAÍ SEU APELIDO “MISTER 5X5”, TAMBÉM NOME DE MÚSICA DE SEU REPERTÓRIO.
SUA VOZ ERA TÃO POTENTE QUE SE SOBREPUNHA AOS METAIS DA ORQUESTRA, O QUE LHE RENDEU A FAMA DE SER O MAIOR “BLUES SHOUTER” DA HISTÓRIA.
JIMMY É UM DOS OITO JAZZISTAS HOMENAGEADOS COM SELO PELO CORREIO AMERICANO. UM PORTENTO!
ELE CANTOU ATÉ 1970. GRAVOU COM MUITA GENTE, E AQUI QUATRO EXEMPLOS ENTRE TANTOS QUE O PRETÃO NOS BRINDOU.
EU RECOMENDO ESSE DISCO COM O “DAVE BRUBECK QUARTET,” DE 1960. É UM PRIMOR DE ARTE E TÉCNICA! EXIBE O CONTRASTE E A INTEGRAÇÃO ENTRE QUATRO MÚSICOS PORTENTOSOS, MAS ACADÊMICOS, E A SENSIBILIDADE BLUESY , RUEIRA E BALADEIRA DESSA CRIATURA ÍMPAR, O “JIMMY RUSHING”!
HOJE TIO SÉRGIO, QUE DESFRUTOU MERECIDAMENTE A TARDE, E ESTÁ DE BOM HUMOR.
PORTANTO, OUVIR “JIMMY RUSHING” É UM TRIBUTO AO SUBLIME NO MEIO A TANTA CHATEAÇÃO E MEDIOCRIDADE.
DESFRUTEM; EMPANTURREM-SE!!!!
POSTAGEM ORIGINAL: 30/08/2018
Nenhuma descrição de foto disponível.

CHUCK BERRY – ENSINAMENTOS EM AULA MAGNA: A GUITARRA DO MESTRE DESDE O ROCK AND ROLL ATÉ O ROCK ALTERNATIVO

Há frase feita e mal elaborada sobre as relações de poder em uma sociedade moderna. Alguns afirmam e disseminam que TUDO É POLÍTICA.
ERRADO! A política está em tudo, mas nem tudo é política. É obvio e lógico. Ou não?
É feito CHUCK BERRY. Nem todo ROCK é consequência direta do jeito do mestre tocar guitarra. Mas, CHUCK está em vários desenvolvimentos e sonoridades.
Os clássicos fundadores do ROCK AND ROLL: ELVIS PRESLEY, BILL HALEY, CHUCK BERRY, LITTLE RICHARDS, JERRY LEE LEWIS e a influência decisiva de JOHNNY CASH semearam escolas. E arrastaram outros tantos e significativos.
Se ELVIS é o cantor supremo do estilo, CHUCK é o cara seminal do instrumento chave para todo sempre: a GUITARRA.
Claro, ela evoluiu de CHUCK a VAN HALEN, a SATRIANI e muitos outros.
Porém, sem o jeito de CHUCK tocar não teríamos os ROLLING STONES, e nem os BEATLES. E, acho, nem os KINKS.
O que seria dos BEACH BOYS da primeiríssima fase sem CHUCK? Eles até plagiaram o mestre! ‘SURF IN USA”, por exemplo…Tá, depois se acertaram…
Para ficar apenas no pátio da escola, a turma seguidora de BERRY energizou o BEAT ROCK, tanto o inglês como o americano. E do mundo inteiro, também.
Ou não?
Haveria a SURF GUITAR do início dos anos 1960 sem CHUCK BERRY? Ouçam os TRASHMEN, ou quem vocês quiserem…
E o jeito garageiro de tocar dos TROGGS? E deles ao posterior refinamento dos PUB ROCKERS tipo DAVE EDMUNDOS, e DR. FEELGOOD, para focar apenas os filhos da “PÉRFIDA ALBION”?
Vamos chamar o STATUS QUO, cerca 1971/1972?
Ouçam o LP. “PILEDRIVER”, principalmente BIG FAT MAMA e PAPER PLANE? Sem falar em ROADHOUSE BLUES, que vocês sabem quem também gravou…
Se aquilo tudo não for o glorioso CHUCK BERRY nas cordas, o TIO SÉRGIO vai bater bumbo em escola de samba!!!!
Pra adoçar a pílula contaminando pensamentos mais diabólicos e diabéticos, que tal juntar CHUCK aos BEACH BOYS e ao STATUS QUO?
Teríamos os RAMONES e THE CLASH. Que tal?
Quer dizer, nem tudo é o tio BERRY, claro! MAS, CHUCK É TAMBÉM A BASE DO PUNK. E, depois, de alternativos tipo GREEN DAY.
Ou TIO SÉRGIO bebeu “MUDDY WATERS DEMAIS”?
E “siga prosseguindo”….ooopsss!
Vá à tua adega e pegue uma garrafa de SONIC YOUTH, e gele adequadamente. Ponha na taça, sinta o “bouquet”. E deguste:
SONIC YOUTH é o BLEND fino de CHUCK BERRY com o compositor erudito contemporâneo de “guitarradas” GLEN BRANCA.
E mais não digo: se nem todo ROCK é CHUCK BERRY, ainda assim ele está em quase tudo o que foi feito.
CHUCK BERRY FIELDS FOREVER!!!!
POSTEGEM ORIGINAL: 26/08/2023
Pode ser uma imagem de 7 pessoas e texto
Todas as reações:

Sergio Luiz Simonetti

O QUE É BOM, É BOM! O QUE É RUIM, NÃO PRESTA.

POSTEI DOIS DISCOS DESCONHECIDOS DA MAIORIA: O PRIMEIRO DO ROBERTO CARLOS, “LOUCO POR VOCÊ ” , RUIM A PONTO DO RONALDO BÔSCOLI DIZER PARA ELE DESISTIR DA CARREIRA! MAS, É ITEM DE COLEÇÃO MUNDO AFORA.
EU TENHO UMA EDIÇÃO EM CD FEITA NO PANAMÁ. PRA VOCÊS TEREM UMA IDEIA,…O CARA QUE ME VENDEU TINHA UM PAPAGAIO NO OMBRO BERRANDO “CURRUPACO”, CURRUPACOPAPACO”… PIRATA DO TIETÊ…
O OUTRO CD É DIFERENTE. FOI GRAVADO AO VIVO POR UMA UMA CANTORA QUE ANDA POR AÍ, MAS NÃO ROLOU. O DISCO É PERTO DO ESPETACULAR. TANTO O INSTRUMENTAL COMO A PERFORMANCE DA MOÇA!
NOS ANOS 1990, SILVANA STIEVANO LANÇOU ESTE “POR PURO AMOR”. SHOW EXCELENTE, COM MÚSICAS SENSACIONAIS DE COMPOSITORES NÃO TÃO CONHECIDOS, TALVEZ COM EXCEÇÃO DO PAULINHO DA VIOLA E DE TOM JOBIM. O DISCO AGRADA GERAL PELO BOM GOSTO. É DELICIOSO E RECOMENDO, MESMO SABENDO QUE É DIFÍCIL ENCONTRAR.
MAS, TIO SÉRGIO, O QUE TEM UM DISCO A VER COM O OUTRO? NADA, UÉ! PUBLIQUEI JUNTOS APENAS PARA JUSTIFICAR A MÁXIMA CAIPIRA DO TÍTULO DA POSTAGEM!
POSTAGEM ORIGINAL: 24/08/2017
Nenhuma descrição de foto disponível.

SAMBALANÇO TRIO – REENCONTRO – 1965 GRAVAÇÃO ORIGINAL SOM MAIOR – REEDIÇÃO SOM LIVRE – 2005

Estava quieto no escritório tratando de coisas tidas como sérias, quando recebi um Zapp de meu amigo Fábio Dean, dizendo maravilhas sobre esse disco. Principalmente no aspecto técnico.
O Fábio não é exatamente pródigo em elogiar. É bem mais jovem do que eu, mas sabe ouvir música – e muito, muito bem! É incisivo e lógico nos comentários; não tem débitos emocionais com o passado, como eu e o Silvio, o pai dele – meu grande amigo há décadas e interlocutor nessas coisas de música, política, vida…
O Fábio comentou sobre a excelência técnica da edição japonesa, pelo selo BOMBA. Estava impressionado com o PALCO SONORO conseguido em um disco gravado em 1965, pela SOM MAIOR do Brasil! E com a pureza do som e a consistência da arte desenvolvida pelo trio. Discasso!!!
Eu tenho o CD há anos e fui localizar.
A minha edição faz parte dos projetos que CHARLES GAVIN, o baterista dos TITÃS, realizou. Trabalho quase antropológico recuperando gravações originais imprescindíveis da MPB, principalmente da Bossa Nova.
Quem não desfrutou o empenho de CHARLES, perdeu muito. Mas talvez ainda esteja em tempo para buscar pelaí. Um grande acervo de discos excelentes foi relançado, no final dos anos 1990 e início de 2000. Ele fez a curadoria, produziu, recolocou, e cuidou da parte técnica. Reapresentou o passado com o máximo que a tecnologia podia conceder. Há coisas imprescindíveis! Entre os quais, esse disco.
Pois bem, eu perscrutei se a edição japonesa não era a mesma gravação fruto das repescagens de Gavin. Deve ser.
E seja como for… Meninas, meninos e adjacências, eu vi! e ouvi! A edição da SOM LIVRE é formidável! O piano de CESAR CAMARGO MARIANO está perfeitamente mixado em stereo quase natural na caixa esquerda; a bateria de AIRTO MOREIRA está na direita; e, principalmente, o exuberante e impecável baixo de HUMBERTO CLEYBER, surge ao centro, mas de maneira mágica, atrás da bateria. E todos funcionam integrados como poucas vezes ouvi em gravações feitas por aqui! A mágica remixagem foi feita por LUIGI HOFFER, no D.M.S STUDIO, no Rio de Janeiro.
A qualidade geral do som e da remasterização, é de nitidez demolidora. O PALCO SONORO está entre os melhores que ouvi em gravações nacionais. 55 anos depois, a excelente captação original se expôs em ESTADO DA ARTE para ser apreciada!
O repertório é de bom gosto indiscutível “SAMBA-JAZZ” como sempre se soube fazer aqui em PANDEBRAS!!!! ooooooooooPSS!
E com direito de a gente perceber que NANÃ de “MOACIR SANTOS”, têm um quê de TAKE FIVE de “DAVE BRUBECK”…
Encontrem este CD por aí.
É fundamental em qualquer discoteca de gente grande!
POSTAGEM ORIGINAL: 24/08/2020
Nenhuma descrição de foto disponível.

GRAVADORA ELENCO 1963/1966; 1969: A PRIMEIRA GRAVADORA BOUTIQUE DO BRASIL

Nós, os colecionadores, somos caçadores e mercadores de ilusões.
Quem olha de fora não tem ideia do que nos fascina. Não sabe do “pré-sal” imenso, recheado por discos esquecidos, ou inviabilizados comercial ou artisticamente por tantos e tontos motivos. Obras formadoras de banquetes culturais que jamais serão repetidos.
Querem exemplo?
Entre os originais lançados pela gravadora ELENCO há um disco de TOM JOBIM, VINÍCIUS DE MORAES e JOÃO GILBERTO chamado “ENCONTRO”. Jamais foi relançado!
Depois da morte dos três é quase impossível que os detentores do espólio permitam ou se interessem. Principalmente na edição original – que é para poucos!
Não vou citar. Mas quase a metade do que foi lançado originalmente sob este selo, nem de longe veio a público novamente. Acreditem: tem ouro puro no Acervo.
A ELENCO foi criada por ALOYSIO DE OLIVEIRA, que entre várias coisas produziu o seminal “CHEGA DE SAUDADES” de JOÃO GILBERTO. Currículo melhor, impossível!
Porém, a origem da gravadora respondeu a duas realidades de mercado. 1) A MPB tradicional, pré BOSSA NOVA, fora ultrapassada e marginalizada; 2) O conceito de BOSSA NOVA, enquanto moda – e não como fora internacionalmente interpretada, espécie particular e simbiótica ao JAZZ , também estava em crise por aqui.
O que tínhamos ou teríamos, então?
Foi quando surgiram os BEATLES, e o POP INTERNACIONAL que desaguaria na JOVEM GUARDA, concorrentes fortes e excludentes do que estava acontecendo.
ALOYSIO sacou a oportunidade surgida para acomodar o melhor da MPB TRADICIONAL, como ARACY DE ALMEIDA e DORIVAL CAYMMI, com os que estavam sendo excluídos das grandes gravadoras, como SYLVIA TELLES, AGOSTINHO DOS SANTOS, e mais os que ainda estavam em atividade e com algum sucesso, TOM JOBIM, ROBERTO MENESCAL, EDU LOBO…
A intenção encoberta era dar uma resposta à ODEON, que o dispensara. E seguir com o melhor na tradição e na vanguarda.
ALOYSIO DE OLIVEIRA criou a ELENCO, em 1963: foi a PRIMEIRA GRAVADORA BOUTIQUE DO BRASIL. E ele a levou até 1966, com 60 LPS lançados!!!!
A história ainda não está completamente explicitada. Mas, como não tinha grana, o empreendimento foi financiado por CELSO FROTA PESSOA, padrasto de TOM JOBIM; e por um dono de vários “NIGHT-CLUBS” no RIO DE JANEIRO de sobrenome RAMOS.
Vingou. Até onde poderia ir, claro…
ALOYSIO um bom aluno, observou GRAVADORAS como a BLUE NOTE e a VERVE, e percebeu que se distinguiam por dois elementos onde os americanos sempre foram craques: MARKETING e e identidade visual, DESIGN. O conceito das capas da ELENCO seguiam as MESMAS CORES, TENDÊNCIAS e DESIGNS.
E ALOYSIO também implantou uma certa similitude na produção dos discos, expondo o que era brasileiro nos artistas, a modernidade que representavam; o que se comunicava muito bem no exterior. Tornou a gravadora parte do contemporâneo.
Em 1968, a ELENCO foi vendida para a PHILIPS, hoje POLYGRAM, que manteve por certo tempo o nome, até desativa-lo de vez, em 1984. Para vocês terem ideia de alguns absurdos! chegaram a gravar discos de cantores como Francisco José, sob o sacrossanto nome ELENCO. Mas, esses não interessam…
Os discos que juntei até hoje, e expus aqui, foram os que saíram em CD mundo afora.
Percebi que o primeiro LONG PLAY do EGBERTO GISMONTI, lançado em 1969, já sob a nova administração, não segue o padrão de cores original. Que pena! Ou seria uma contravenção?
Para mim, não importou. Juntei ao box que eu mesmo fiz, para acondicionar o que der e vier desse “REPASTO CULTURAL ÚNICO e INIGUALÁVEL” ( pronto; cunhei frase brega, antimoderna, mas perfeitamente definidora).
Procurem VINIS e CDS da ELENCO, são colecionáveis até o infinito!
POSTAGEM ORIGINAL: 23/08/2020
Nenhuma descrição de foto disponível.

A CURVA TABURELLO DA MODERNIDADE: ENTRE O ROCK PROGRESSIVO, O ERUDITO DE VANGUARDA E O JAZZ FUSION

O JAZZ MODERNO e toda a sua construção sofisticada durante a década de 1950, desembocou na cachoeira letal do FREE JAZZ e, depois, no JAZZ AVANT-GARDE; estilos desconstrutores de melodias. E levaram junto a GRANDE CANÇÃO AMERICANA e seus ícones ELLA, BILLIE, SARAH, DINAH…O esgotamento criativo desses e outros grandes artistas colocou ponto final em uma era.
Pensando melhor, ponto e vírgula; e tudo isso ao mesmo tempo em que o ROCK AND ROLL vinha se consolidando, e quase caiu! Mas firmou-se, a partir de 1962, com BEAT ROCK dos ingleses, criado por artistas como os BEATLES, ROLLING STONES, e vasta e vasta entourage que, imediatamente, o revigorou também na América.
Outro mundo; outras hipóteses, novas desilusões. Em meados dos anos 1960, o que ficara conhecido e rotulado como “JAZZ” entrou em decadência comercial e ameaçou sair de moda…
Há centenas e centenas de discos lançados entre 1965 e 1970, feitos por jazzistas de verdade, que procuraram explorar o terreno do POP, do ROCK e das babas musicais daquele momento; mas com técnica, talento e qualidade.
Não eram exatamente FUSION; estavam, talvez, próximos ao LOUNGE. Mas, haviam deixado de ser JAZZ…Para mais bem redefini-los, quem sabe tenham se tornado uma espécie de “TRANSJAZZASSEXUADO” ( tá siderando, TIO SERGIO? )
Exemplo? WES MONTGOMERY em seu disco “California Dreaming…” E, como ele há incontáveis.
Entretanto, um dos artífices da revolução do moderno JAZZ, o trompetista MILES DAVIS, entrou de cabeça na criação de um híbrido com elementos do POP e a sofisticação experimental do JAZZ MODERNO e do AVANT-GARDE.
MILES, em 1958 fizera “KIND OF BLUE”. A obra definidora, e talvez definitiva, do último refinamento melódico e musical. E propôs “IN A SILENT WAY”, em 1969; e, lançou “BITCHES BREW”, em 1970.
E um reerguimento do conceito de JAZZ deu-se daí em frente: a FUSION.
Não foi nada pacífico. A crítica especializada em JAZZ odiou! Aquilo era ROCK, carimbaram…
Foi, claro, atitude reacionária e saudosista, a meu ver. Afinal, o que se poria no lugar do passado, que se revelara explorado ao extremo? “Exangue” – para usar palavrinha antipática e pedante.
O que seria viável comercialmente e ao mesmo tempo sofisticado?
E foi a grande COLUMBIA RECORDS, que assumiu o risco em larga escala, a ponto de promover e levar ao sucesso uma série de bandas e artistas, que transitaram em diversos níveis nesse lusco-fusco entre o JAZZ, o BLUES e o ROCK.
Que tal o “CHICAGO TRANSIT AUTHORITY”? ‘ELECTRIC FLAG’ e ‘BLOOD SWEAT & TEARS”? Também promoveram a FUSION de MILES DAVIS; a MAHAVSHNU ORCHESTRA, com JOHN McLAUGHLIN; e mais o RETURN TO FOREVER, de CHICK COREA e FLORA PURIN. Investiram no WHEATHER REPORT, de JOE ZAWINULL, WAYNE SHORTER e JACO PASTORIOUS; e em THE FLOCK, de JERRY GOODMAN.
E não deixaram de lado a “FUSION BLUES / PROGRESSIVA” de JEFF BECK, em seus vários momentos. E algum POP ROCK sofisticado, como THE BUCKINGHAMS.
Todos mais ou menos nessa nova linhagem / linguagem sonora, forjaram e garantiram este Universo em transformação.
O enorme nicho desbravado pela COLUMBIA RECORDS seguiu e prosperou em outros visionários.
Na Alemanha, em meados da década de 1970, surgiu e ainda permanece a já lendária gravadora ECM. Eclética simbiose de estilos e propostas que mantêm como norte apenas a alta qualidade dos artistas e obras…
Agora, onde entra o ROCK PROGRESSIVO?
Em tudo, é claro”! do SINFÔNICO AO ELETRÔNICO; das origens do JAZZ ao BLUES expandido, passando pela MÚSICA CLÁSSICA, pelo ERUDITO DE VANGUARDA; por formas sofisticadas de FOLK; e até da MPB!
É conversa para outros bares e outras postagens. Mas, fica a pergunta: o que são realmente bandas como o CREAM, o SOFT MACHINE, o CARAVAN, o GENTLE GIANT, o KING CRIMSON e o PROCOL HARUM? E artistas como FRANK ZAPPA e DAVID SYLVIAN, e quem sabe BJORK?, para ficar em tão poucos.
Respondo: são formas e propostas de FUSIONS variadas, VANGUARDAS e ROCK PROGRESSIVO, tudo junto ao mesmo tempo agora e sempre.
A viagem do JAZZ ao ROCK, do FUSION ao PROGRESSIVO e ao KRAUTROCK bate em “guard-rails”; sofre e causa acidentes.
Uma autêntica e infinita CURVA TAMBURELLO ESTÉTICA superada perigosamente, a cada volta, a cada era, ou proposta estética.
Desafie-se a ousar. Curta muito e verifique!
Ou discorde, quem sabe.
POSTAGEM ORIGINAL: 20/08/2020
Nenhuma descrição de foto disponível.