NEIL YOUNG – SERÁ QUE ELE VALE ALGUMA COISA?

LERAM O VERBETE? NÃO?!!!? NEIL YOUNG VENDEU, RECENTEMENTE, 50% DOS DIREITOS SOBRE SEU CATÁLOGO – PASSADO, CLARO – DE MÚSICAS E GRAVAÇÕES PARA UMA FIRMA DE INVESTIMENTOS, A HIPGNOSIS.…

Ver mais

Nenhuma descrição de foto disponível.

Todas as reações:

12Nelson Rocha Dos Santos, Ayrton Mugnaini Jr. e outras 10 pessoas

9 comentário

1 compartilhamento

Compartilhar

PURE BOSSA NOVA – “A VIEW ON THE MUSIC OF…” SÉRIE COM 12 CDS LANÇADOS PELA UNIVERSAL EM 2005.

Você gostou?

Eu “gostou”, também – mas em termos….

Quando foram lançados custavam uma “baba forte” em reais! Próximo de uma curra financeira! É coisa pra pescar “nossa gente” e a “gringolândia”, que já experimentava o final da “NEW WAVE BOSSANOVISTA” nas “estranjas”…ooops…

TIO SÉRGIO, o iconoclasta POP da terceira idade, rides again…

“Tudo muito bem; tudo muito bom…mas, realmente …, nos ensinou a “BLITZ,” na década de 1980, faltou algo mais que o chope e as batatas fritas.

É coleção com artistas da BOSSA NOVA e suas adjacências, provindos de várias gravadoras, como PHILIPS e a VERVE. Mas, para esse projeto foram juntados sob outro selo original, a MERCURY RECORDS. Já naquela época e até hoje estão todos sob controle da UNIVERSAL MUSIC.

São DOZE CDS, cada qual coligindo gravações de um artista importante, e nem sempre as mais conhecidas e, de certa maneira, garante um diferencial enriquecedor para o ouvinte não iniciante.

Estão aqui, e foram lançados separadamente, CARLOS LYRA, LÚCIO ALVES, NARA LEÃO, ANTONIO CARLOS JOBIM, SYLVIA TELLES, TAMBA TRIO, SERGIO MENDES, ROBERTO MENESCAL, WALTER WANDERLEY, OS CARIOCAS, E VINÍCIUS DE MORAES. E mais outro CD ‘MISCELÂNEA’, chamado “THE BEST OF BOSSA”, destacando canções de cada artista, algumas interpretadas por outros também conhecidos.

A produção gráfica é muito bonita. O Rio e sua enormidade sempre evidente, sexy e belo.

Há letras reproduzidas? Claro; e finalmente…

Mas, cadê os textos, as explicações e o contexto? Onde está o derramar orgástico dos devotos?

Nem um ” textículo ” para nos fecundar o cérebro e o espírito?

Estará bom pra você?

Pra mim, como bem sintetiza o meu amigo Silvio Dean, é pouco e veio algo tarde… Ainda assim, é colecionável, bonito e agradável de ter. E serve de complemento a outros discos na coleção de BOSSA NOVA.

Eles vão permanecer na discoteca.
POSTAGEM ORIGINAL: 23/04/2020PURE BOSSA NOVA –

THE PERFUMED GARDEN – COLETÂNEA BOX SET – 5 CDS. 83 RARIDADES DO UNDERGROUND INGLÊS – 1965 / 1973

Muito legal!

SINGLES obscuros e faixas de LPs desconhecidos de bandas com gente luminosa, tipo CARL PALMER, PHIL COLLINS, AYNSLEY DUNBAR… É, também, um vasto etc… de “NO ONE HIT WONDERS”.

Misto de cartilha e mapa da mina, com som de ótima qualidade técnica. Talvez o melhor possível. Tem BOOOOKLET contando a história geralmente breve de pequenas maravilhas perdidas no SUBMUNDO POP. E de gente que se deu melhor.

Vou citar poucos e CULTS: JULY; ERIC BURDON & THE ANIMALS; SYN; SMOKE; BIRDS; CRAIG, FLEUR DE LYS; BLONDE ON BLONDE; e até JOHN McLAUGHLIN!…

Você conhece a caterva?

A maioria não? Então, melhor ainda!

Há clones e inspirados por THE WHO, PINK FLOYD, BYRDS, STEPPENWOLF, YARDBIRDS… Multidão de bandas exterminadas pelo eterno “CORONAVÍRUS” que sempre assolou o POP. Tipo aquelas músicas legais que você ouviu, não esqueceu e perdeu a referência para sempre?

Podem estar por aqui.

De quebra, há produções de JIMY PAGE e muitos outros bem conhecidos.

Uma verdadeira XEPA do ROCK. É bom e talvez ainda barato.
POSTAGEM ORIGINAL: 23/04/2020

BUBBLEGUM, ROCK DE GARAGEM, BEATNICKS… E OS ENSINAMENTOS DE DOSTOIÉVSKI PARA ANTROPÓLOGOS E MUSEÓLOGOS

Para mim, parte da década de 1960 trouxe dias menos sombrios. Mesmo que imersos na DITADURA MILITAR.
Motivo?
Eu era jovem, perambulava entre a consciência política ainda não adequadamente despertada, e o interesse ascendente em coisas culturais. E a prospectar e colecionar discos de ROCK!
E, quanto mais difíceis e improváveis de conseguir melhor!
No início dos 1970, resolvi melhorar o meu inglês e comecei a procurar curso para fazer com seriedade.
Fui em duas escolas de referência, em São Paulo: a CULTURA INGLESA e a UNIÃO CULTURAL BRASIL – ESTADOS UNIDOS.
Assisti aulas promocionais em ambas. Escolhi a CULTURA INGLESA.
Pois bem, foi quando se deu o que vou descrever e, por consequência, a minha “inflexão” e posterior “reflexão” ética (nossa, TIO SÉRGIO, manera, fru – fru, manera!).
Eu tive em vinil a maioria dos discos da postagem. Todos são legais: Dos FUGS, grupo FOLK BEATNIK ALTERNATIVO, inaudível para os mais sensíveis; até os HUMAN BEINZ, PROTO-PASICODÉLICOS e dançantes, criadores, em 1968, de um dos maiores clássicos dos bailes, na década de 1960: Quem não ouviu ou não dançou NOBODY BUT ME, não foi jovem naqueles tempos!
Há, também, dois discos contidos no CD dos BUCKINGHAMS, excelente banda, gravados na COLUMBIA RECORDS, em 1967 e 1968. São pequenas joias POP; e a primeira intervenção de JAMES WILLIAN GUERCIO, produtor requintado, e o criador do “JAZZ – ROCK”, o antecessor da FUSION.
O que ele fez foi muito contestado na época, principalmente pelos JAZZISTAS e JAZÓFILOS mais clássicos. GUERCIO foi um inovador da linguagem musical POP; até hoje viva e sólida!
Com os BUCKINGHAMS, ele esboçou e produziu o que desenvolveu, depois, com o BLOOD, SWEAT & TEARS, e o CHICAGO TRANSIT AUTHORITY, dois sucessos retumbantes. Procure ouvir!!
Na contramão, há os SHADOWS OF KNIGHT e a CHOCOLATE WATCH BAND, bandas do mais perfeito ROCK DE GARAGEM da História!
Porém, dois LPS, aqui, foram alvo de salvamento da “extinção por maus tratos e tortura”:
“THE MUSIC EXPLOSION”, gravou um LP, e vários SINGLES: “A LITTLE BIT OF SOUL”, 1967, estourou! Curiosamente, o LADO B do , “I SEE THE LIGHT” é garageira radical e matadora. Eu, até hoje, de vez em quando escuto! Só que nem lembro como consegui o SINGLE!!!???! E lembro, também, do LONG PLAY, e conta a história do “salvamento” logo mais…
“THE MUSIC EXPLOSION” foi uma das invenções da dupla de empresários, JERRY KASSENTEZ e JEFFREY KATZ, que produziram e venderam como chicletes músicas comerciais dançáveis, do final dos 1960 até meados dos 1970.
Eles foram um dos criadores do chamado “BUBBLEGUM”, sub-gênero meio fake, festeiro e juvenil, que legou “artistas montados por encomenda”, que transitavam entre as bandas e projetos da dupla, e no entorno.
Ficaram quase famosos “1910 FRUITGUM COM” e “OHIO EXPRESS”, entre os vários e notórios frequentadores das trilhas sonoras dos bailinhos e paradas de sucesso da época. Gravaram muitos SINGLES. E o primeiro disco da “OHIO”, é pura garagem!!!
Certamente, o maior sucesso da era do BUBBLEGUM foram os ARCHIES, criados por “DON KIRSCHNER”, um concorrente forte.
Mas, “KASSENETZ & KATS” eram os caras! Depois, se envolveram em outras formas de ARTE POP, CINEMA, e etc…
Outro disco que “salvei” foi KICKS, com PAUL REVERE & THE RAIDERS, banda que andava mais ou menos por ali. Eram muito melhores, mais bem produzidos, e fizeram muito sucesso entre 1965 e 1972!
Transitavam do POP radiofônico ao ROCK DE GARAGEM, com tudo o que uma… digamos… “BOYS BAND DA PESADA” poderia fazer de melhor! Tinham imenso FAN CLUB, e um grande “TEEN IDOL” , MARK LINDSAY, nos vocais. Tocavam bem; e a sonoridade e produção da COLUMBIA RECORDS garantia o restante!
PAUL & RAIDERS gravaram mais de 30 SINGLES de sucesso, e alguns álbuns que ficam bem em qualquer coleção de BEAT e GARAGE ROCK. Está em KICKS, a cheia de pique CORVAIR BABY, que vale o disco.

Durante um mês eu frequentei a UNIÃO CULTURAL, mas “não a escolhi”.
Por lá, havia uma discoteca gerenciada por uma senhora que tratava os discos como o BOLSONARO trata os opositores; e LULA cuida da lógica.
Olhando a pequena estante, eu vi os dois LPs jogados, sujos, capas vilipendiadas; claramente manuseados com o desdém estúpido dos desinteressados. Para eles, eram lixos descartáveis…
Uma tarde houve o “descolamento e, ao mesmo tempo, o deslocamento” desses LPS daquela discoteca. Acho que por desmaterialização que só o CAPITÃO KIRK, da nave ENTERPRISE, fazia na época…
Naquele tempo não havia a “INTERNET DAS COISAS”…Acho que a combinação de magia e tecnologia fez os discos migrarem para a minha coleção…hummm!
Eu tratei bem deles. Foram lavados, curados, capas recompostas, entre atos de afeto diversos. Hoje, tenho quase certeza de que sobrevivem por aí.
O que leva aos ensinamentos da ARQUEOLOGIA, da ANTROPOLOGIA e de DOSTOIÉVSKI:
Um ANTROPÓLOGO americano respondeu a colega ARQUEÓLOGO mexicano, que lhe havia questionado sobre os “males do imperialismo, e o desvio das riquezas culturais de seu país…”
Ele simplesmente disse:
“Você está certo. Nós, e outros, tiramos daqui suas relíquias e as levamos para Museus. Foram, também, para coleções particulares metade do patrimônio arqueológico “removido”.
“Mas, eu pergunto: E com a outra metade, o que aconteceu?
E o professor mexicano respondeu:
“pois, é; perdeu-se ou foi destruída…”
E um grande problema ético se instalou:
Roubar, mas preservar. Ao invés vez de “respeitar” e perder um passado relevante e precioso? Uma escolha de Sofia?
Por muito tempo, senti-me um transgressor, pela materialização daqueles discos em outro lugar…
Depois, li CRIME E CASTIGO, de DOSTOIÉVSKI.
É sobre a racionalização de um crime hediondo cometido pelo personagem principal contra uma criatura nefasta e deletéria.
Com as devidas proporções consideradas, eu sou o RASKOLNIKOFF do colecionismo.
Eu e muita gente, né pessoal?
POSTAGEM ORIGINAL: 22/04/2022

BAILES E PARADAS DE SUCESSO, ALGUNS “BRANQUELOS” QUE DOMINARAM A CENA ENTRE 1966 E 1972.

Acho que fui a bailes e bailinhos até 1971. Foi rito de passagem obrigatório na minha geração. E não só nela, claro. Era o ponto de encontros e descobertas entre jovens meninos e meninas…

Aqui está parte dos artistas americanos branquelos mais frequentes em bailes por aqui, e também lá fora.

Alguns não vingaram no BRASL, mesmo sendo populares nas paradas do exterior:

FOUR SEASONS, por exemplo, foram enorme sucesso. Concorriam em prestígio com os BEACH BOYS que, aliás, em termos de vendas não chegavam aos pés deles!

Duas bandas de pouco sucesso no BRASIL, mas grandes vendedores de discos, e “Reis das rádios “AM” americanas, foram os GRASS ROOTS e os RASCALS. Os TURTLES nem tanto, mas “HAPPY TOGETHER” é tocada até hoje em rádios de OLDIES. E os COWSILLS, uma FAMILY BAND seguindo a trilha aberta pelo JACKSON FIVE, manteve o seu espaço com a linda “Sunshine Pop” “THE RAIN, THE PARK AND OTHER THINGS”.

No Brasil, não havia bailes ou bailinhos, sem MONY, MONY e CRIMSON AND CLOVER, gravadas por TOMMY JAMES AND THE SHONDELLS. Boa e popular banda, EXPLORADA pela Máfia italiana de Nova York, que ficava com a parte do leão do trabalho dos caras.

THE MAMAS & THE PAPAS rolavam muito com MONDAY, MONDAY; DEDICATED TO THE ONE I LOVE e CALIFORNIA DREAM…E também o excelente THE ASSOCIATION, criador das belíssimas CHERISH e NEVER MY LOVE. Ambos foram grupos famosos pelo VOCAL HARMÔNICO e PERFEITO!

E houve o CLASSICS IV, com TRACES e SPOOKY. E jamais faltavam músicas do CREEDENCE CLEARWATER REVIVAL, e de JOHNNY RIVERS. Além de outros, como BILL DEAL & THE RONDELLS, em “I’VE BEEN HURTED”; e “JUDY IN DISGUISE”, de JOHN FRED & HIS PLAYBOYS BAND. E o maior sucesso de todos, THE HUMAN BEINZ, com “NOBODY BUT ME”, marcou época e toca até hoje em “festinhas geriatricas”. Entravam, também alguns franceses e italianos, ainda fortes na audiência aqui do HOSPÍCIO DO SUL….

Ahhh, quase ia esquecendo a música pra “Roer Pescoço” da mulherada…. e o “Mela-Cuecas” supremo: “JE T’AIME”, com JANE BIRKIN e SERGE GAINSBOURGH. Era obrigatório! E havia o esperado set com o BREAD, e outras doçuras mortais para “melômanos diabéticos!

Vez por outra, rolavam coisas da JOVEM GUARDA, ROBERTO CARLOS, principalmente. E, eu ainda peguei RAY CONNIFF, JOHNNY MATHIS (PHODIS ?) e EARL GRANT sinônimos de música para dançar, naqueles tempos e um pouco antes…

Claro, baile nenhum dava certo sem a turma não americana, BEATLES e BEE GEES. Mas, se faltasse a inescapável VENUS, com os SHOCKING BLUES; ou coisas dos brasileiros “SUNDAY” não tinha festa! Então, podem ir lembrando aí…

Eu não trouxe para o salão a Música Negra, capítulo vasto e delicioso para ser tratado à parte. E não havia D.Js mais criativos intervindo na festa…

A música brasileira era muito pouco tocada em bailes, naquele tempo. Os jovens mais politizados se rebelaram politicamente contra a música estrangeira, que dominava parte significativa das programações nas rádios brasileiras. Um dos motivos foi a oposição à ditadura, tida como entreguista, também.

O SAMBA entrou pra valer na moda, por volta de 1970. Foi introduzido principalmente por universitários. O chamado “SAMBÃO”, bares especializados em samba e MPB ao vivo, para ouvir e dançar, “viralizaram” rapidamente. E se mantêm até hoje, em rodas e mesas de SAMBA, numa infinidade crescente de botecos pátrios.

O BRASIL prefere a MPB. É um dos poucos países onde a “música americana” não domina o mercado.

E ainda bem!

Um dado histórico curioso: na CONFERÊNCIA DE POTSDAN, reunião diplomática para decidir algumas regras no pós – Segunda Guerra Mundial, a delegação soviética protestou contra a expansão cultural dos ESTADOS UNIDOS no mundo.

Um diplomata disse claramente: “se a coisa continuar desse jeito, daqui uns tempos só vamos ouvir música americana nas rádios de nossos países!”

E não deu outra!
POSTAGEM ORIGINAL 22/04/2023

QUENTIN TARANTINO,”ERA UMA VEZ EM HOLLYWOOD”, CRÔNICA DAS DISTOPIAS E DISTORÇÕES DA DÉCADA DE 1960. E A TRILHA SONORA DO “LADO B” DA CULTURA AMERICANA

A discografia aqui postada é mínima perto do que aparece no filme, e para ser mais claro, em quase todo filme de TARANTINO. Porém é reluzente…

No atual, “ERA UMA VEZ EM HOLLYWOOD”, estão mais de trinta músicas. Há joias dos MAMAS & THE PAPAS, PAUL REVERE & THE RAIDERS, CLASSICS IV e CREEDENCE CLEARWATER. Vêm mescladas com HITS menores e onipresentes, mas quase desconhecidos fora dos E.U.A , como “THE ROYAL GUARDSMAN em “SNOOP X RED BARON; a versão esfuziante de “SUMMERTIME”, com BILLY STEWART; músicas dos BOX TOPS; e “BLACK IS BLACK”, grande sucesso internacional dos espanhóis LOS BRAVOS. Estão lá OHIO EXPRESS, clássicos do “BUBBLEGUM” MUSIC, e THE GRASS ROOTS…E até mais sofisticadas, tipo VANILLA FUDGE e THE ASSOCIATION.

Os interessados na contracultura precisam assistir ao filme de TARANTINO, que vez por outra rola nos canais H.B.O. É uma crônica do lado B dos tempos da “PAZ e AMOR”, na década de 1960. É surpreendente, muito instrutivo, sarcasticamente crítico! Imperdível!

O grande escritor inglês, GRAHAN GREENE, dizia que os americanos são interessantes porque capazes de cometer as maiores atrocidades com leveza e inocência na alma! Esta frase é um clássico em definição precisa. E qualquer indivíduo antenado neste mundo em eterno purgatório percebe isto.

As caras de “bolacha” dos americanos LEONARDO di CAPRIO e BRAD PITT, os atores principais, escondem a imensa disposição para perpetrar violências em legítima defesa, ou porque simplesmente foram provocados. Não há limite ou contenção.

É tipicamente americano, concordo com GREENE. E isto permeia as obras de SPIKE LEE e TARANTINO ( que sobrenome expressivo, heim…), por exemplo.

Mas, está nos filmes de BANG – BANG; sobre a MÁFIA; nos clássicos de guerras; em séries policiais; ou simplesmente nos conflitos juvenis, e nos tiroteios e massacres gratuitos nas escolas!

Pode-se comentar sobre pesquisas e criação de armas para destruição em massa; sempre realizadas em nome da ciência e das melhores causas e intenções. Ou lembrar dos Estados recalcitrantes que ainda aplicam a pena de morte…

A “AMÉRICA” é um país de competição, mesmo quando atenuada pela cooperação e o comunitário, também bases da construção da sociedade americana, segundo o filósofo ALEXIS DE TOCQUEVILLE.

QUENTIN TARANTINO nos revela um “Show Room Sociológico” que entrega o torpe e o sublime misturados em fascinação constante. Ele filma sobre isso. Mescla referências culturais, como a ideia de liberdade e autonomia do indivíduo, em roteiro recheado por metalinguagens, que vão de BRUCE LEE ao POP-ROCK; das rádios AM aos programas deTVs.

Mostra o clima e ambiente de gente em decadência na indústria cinematográfica.

Aborda a contracultura hippie desfigurada em simples vagabundagem; mas desaguando no líder de seita e assassino CHARLIE MANSON.

E nos recorda o cineasta ROMAN POLANSKY e sua vida sexual de completa falta de limites, usando usando como personagem SHARON TATE, mulher de ROMAN – que foi assassinada pela seita de MANSON, em 1969. Personagens e pessoas reais que viraram referência mundial dessa galopante metamorfose doentia.

A “Geleia Geral Cultural” flagrada pelo cineasta desvela o lado B americano. E, no filme, explode em violência exagerada pateticamente levada a extremos “cômicos”. Ou será que defender-se de alguém quase inoperante usando um lança-chamas, e depois tomando algumas com os vizinhos, pode ser considerado legítima defesa?

No contexto americano, lembrando GRAHAN GREENE, TARANTINO e SPIKE LEE, é perfeitamente possível.

Com o filme temos uma trilha sonora bastante original. O bom e o ruim lado a lado. Estão lá, também, o DEEP PURPLE psicodélico do final dos 1960; um HIT menor de NEIL DIAMOND; os ingleses CHAD AND JEREMY e JOE COCKER; a SOUL MUSIC de ARETHA FRANKLIN; e o FOLK REFINADO e COSMOPOLITA de SIMON AND GARFUNKEL.

Postei aqui um BOX mexicano barato, e meio TABAJARA, com 6 CDS abarcando o universo sonoro utilizado nos filmes de TARANTINO. Mas, quase nada neste filme…

É interessante, mas contém “tabajarices obscenas” , como versões das versões dos originais e outras raridades, descoladas sabe-se onde…

Para finalizar, dá pra escutar “BUFFY SAINT MARIE”, boa cantora FOLK, mas digamos uma sub-JUDY COLLINS. Ela canta versão famosa e deliciosa da belíssima “THE CIRCLE GAME”, de JONI MITCHELL.

Mas, depois de ouvir, a gente fica desconfiado, e com uma pulga de uns 2 quilos atrás da orelha: é que a conhecida “AQUARELA”, versão de TOQUINHO e VINÍCIUS DE MORAES para a música de um compositor francês, parece “inspirada” demais nela…

Será que fiquei intoxicado por TARANTINO e seu universo?
POSTAGEM ATUALIZADA DE ORIGINAL EM : 22/04/22

ERIC CLAPTON EM SEUS DISCOS MENOS IMPORTANTES

Grandes artistas raramente fazem discos ou ruins. Fazem discos menores, muitas vezes medíocres.

Estes são alguns dos que tenho de CLAPTON dos anos 1980 em diante. O primeiro acima à esquerda é uma coletânea.

Afinal de contas, teria ERIC CLAPOTN perdido O carisma? Não, mas deixou de criar surpreendendo, o que é bastante comum em quase todos aqueles que sobreviveram em carreiras muito longas. Vejam os ROLLING STONES, ou PAUL McCARTNEY, por exemplo. Ninguém fica 100% do tempo em alta performance. É quase impossível.

CLAPTON não tem discos insuportáveis. Todos são audíveis, adequados. Porém, nos últimos 40 anos nenhum é genial ou com músicas memoráveis, mesmo que muito conhecidas e de sucesso garantido perante ao público.

ERIC conservou um tom médio superior em sua fusão de gêneros, que o manteve como artista único. Tem voz diferenciada e canta muito bem. Tocar ele sempre o fez com maestria. Mas, os solos encapetados dos anos 1960 até quase o final dos setenta deram lugar a um BLEND entre BLUES, POP, R&B e BOSSA NOVA LOUNGE – charmosas pitada de “LIGHT JAZZ”.

MR. “SLOWHAND” é muito bom de palco, tem bom gosto musical e faz trabalho de arqueologia do blues muito importante e consistente. É um dos responsáveis pela ascensão da MÚSICA NEGRA, e diminuição do racismo.

Sei de ERIC desde mais ou menos 1966. E o conheci pra valer em 1967 ouvindo o CREAM, adorando os YARDBIRDS, e idolatrado JOHN MAYALL! Ele está entre os meus ídolos, e certamente ficarei triste e algo desolado se ele mergulhar na cachoeira das eras antes de mim.

Grande, muitas vezes incompreendido e sofrido ERIC CLAPTON.
POSTAGEM ORIGINAL: 19/04/2019

ELTON JOHN, THE ROCKET MAN! O NOME DELE É REGINALDO!

ASSISTI A “ROCKET MAN”, FILME SOBRE A VIDA E CARREIRA DE “ELTON JOHN”. GOSTEI!

NO FUNDO, É UM GRITO DE AUTO-LIBERTAÇÃO EXPONDO AS MAZELAS DE SUA CRIAÇÃO TRAUMATIZANTE, RELACIONAMENTOS COM OPORTUNISTAS, E OUTROS PERRENGUES DO VIVER. E SUAS MÚSICAS EMOLDURAM ESSA HISTÓRIA DE VIDA RICA, E DIFÍCIL.

O QUE HOUVE COM “ELTON” ACONTECE MUITO. LEMBREM-SE DE “ERIC CLAPTON” E DE “JOHN LENNON”: AMBOS NÃO TIVERAM O ACONCHEGO FAMILIAR DE CAETANO VELOSO OU MILTON NASCIMENTO, QUE FORAM CRIADOS COM AFETO. A FRIEZA INGLESA TAMBÉM AJUDOU A QUEBRAR O GAROTO SENSÍVEL E TALENTOSO.

HOUVE COISAS BOAS, TAMBÉM, CLARO. ELE É “SIR ELTON HERCULES JOHN”, TEM A ORDEM DO “DOS CAVALEIROS DO IMPÉRIO BRITÂNICO”, COMO VÁRIOS OUTROS, “TOM JONES” E “BRIAN MAY”, POR EXEMPLO.

E TORNOU-SE MERECIDAMENTE UM MILIONÁRIO, É ÓBVIO….

O FILME TEM ERROS E OMISSÕES. O NOME “ELTON JOHN” É A JUNÇÃO DE “ELTON DEAN”, JAZZISTA INGLÊS DE ALTO NIVEL; E O JOHN NÃO VEM DE LENNON, MAS DE “LONG JOHN BALDRY”, UM PIONEIRO DO R&B E DO BLUES INGLÊS. OS TRÊS ERAM AMIGOS.

FALTOU DIZER QUE “REG” É ÓTIMO CARÁTER E MUITO GENEROSO. SEUS AMIGOS CONFIRMAM.

AQUI ESTÁ UM EXCELENTE BOX ALEMÃO COM OS CINCO PRIMEIROS LONG PLAYS DE “ELTON JOHN”, LANÇADOS EM CDS. SÃO DISCOS RECONHECIDAMENTE IMPORTANTES, E MUITO BEM GRAVADOS E PRODUZIDOS; TÊM ALTO NÍVEL ARTISTICO-MUSICAL; GRÁFICO E TÉCNICO; E DÁ PRA OUVIR TUDO EM FIDELIDADE ABSOLUTA!

JUNTO NA FOTO, O DISCO DE “ELTON” COM “LEON RUSSELL”, EVENTO DA MELHOR MEMORABILIA EM MÚTUA HOMENAGEM ENTRE DOIS PIANISTAS FUNDAMENTAIS DA HISTÓRIA DO POP.

NÃO ESQUEÇAM: O NOME DELE É “REGINALDO”, “REGINALD KENNETH DWIGHT”; E QUEM CONSEGUIR O SINGLE DO “BLUESOLOGY” – QUE “APARECE” TOCANDO EM UMA CENA DO FILME, GANHA O “CHATINHO GARIMPADOR DE OURO”, PRÊMIO ALTERNATIVO INSTITUÍDO PELO “TIO SÉRGIO” PARA OS COLECIONADORES IGUALMENTE CHATINHOS – COMO ELE!

NÃO PERCAM!
TEXTO ORIGINAL: 19/04/2020

“NUGGETS” – ROCK AMERICANO DE GARAGEM ESSENCIAL DOS ANOS 1960.

AS SÉRIES AQUI POSTADAS TÊM ORIGEM NO VINIL DUPLO COM FAIXAS COLIGIDAS POR “LENNIE KAYE”, GUITARRISTA DA BANDA DA COMPOSITORA E CANTORA PATTI SMITH, NA DÉCADA DE 1970.

É A PRIMEIRA PESQUISA HISTÓRICA DO FUNDÃO DO ROCK QUASE “LOW-FI”, GRAVADO POR BANDAS E ARTISTAS DESCONHECIDOS, ESPALHADOS AMÉRICA ADENTRO, E ALGUMA COISA TAMBÉM MUNDO AFORA, E ATÉ CHEGOU NO BRASIL!

ESTÃO AQUI O FABULOSO SUB-MUNDO DO “GARAGE ROCK”, DA “PSICODELIA” E DO “SUNSHINE POP”. O FINO DO FINO AMPLIADO E OFERECIDO EM EDIÇÕES ADEQUADAS PELA “RHYNO RECORDS”, NO FINAL DOS ANOS 1980 E DURANTE OS 1990.

A SÉRIE “NUGGETS” FOI A PRIMEIRA A SER RELANÇADA. OS TRÊS CDS BATISADOS POR “CLASSICS FROM THE PSYCHEDELIC SIXTIES VOLUMES 1,2 E 3”, SÃO CARTÕES DE VISITA RELUZENTES. PODE COLOCAR EM SUA DISCOTECA.

OS REPERTÓRIO FASCINANTES FORAM AMPLIADOS PELA SÉRIE “SUMMER OF LOVE”, EM DOIS VOLUMES, LANÇADOS EM 1992.

O PRIMEIRO DELES, INTITULADO “MIND EXPANSION & SIGNS OF THE TIME”, É DIGAMOS MAIS “CONSCIENTE” E “REFLEXIVO”. TEM “ELECTRIC PRUNES”, “STRAWBERRY ALARM CLOCK” , “CHOCOLATE WATCH BAND”, “LOVIN’ SPOOFUL”, “BYRDS” E OUTROS IMENSOS – E ATÉ ALGUNS NÃO AMERICANOS…

O SEGUNDO DISCO É MAIS “OBA-OBA”, E TRAZ CANÇÕES DE AMOR E DE AFETO CONSAGRADAS, COMO “SAN FRANCISCO” DE SCOTT McKENZIE; “GET TOGETHER”, COM OS YOUNBLOODS; “GROOVING” E “THE RAIN, THE PARK & THE OTHER THINGS”, COM RESPECTIVAMENTE THE YOUNG RASCALS, E OS COWSILLS. E MAIS UM MONTÃO DE HITS E OUTRAS DELÍCIAS DO “FLOWER POWER”…

AS PEPITAS AQUI EM CDS FORAM EM PARTE REPETIDAS E AMPLIADAS LUXUOSO BOX ‘NUGGGETS”, NA POSTAGEM, QUE TRAZ EM 4 CDS, COM LIVRETO E FOTOS, E MUITO MAIS COISAS INÉDITAS, QUE VIERAM À LUZ.

NÃO FALTAM OS CITADOS, E AINDA TEMOS “SEEDS”, “OUTSIDERS”, STANDELLS”, “13TH FLOOR ELEVATORS”, “COUNT FIVE” , E ATÉ OS “HUMAN BEINZ”, QUE ERAM ÓTIMOS “GARAGEIROS – PSYCHS”, COM “NOBODY BUT ME”, SUCESSO RETUMBANTE NOS BAILES DA DÉCADA DE 1960 EM DIANTE, FOREVER AND EVER!!!

EU COLECIONO AQUELES TEMPOS IDÍLICOS E MAGNIFICOS! HÁ, HOJE, MUITOS DISCOS ESPALHADOS COSMO ADENTRO, COLIGINDO AS MÚSICAS E A PRODUÇÃO DE UMA ÉPOCA MARCANTE E SIGNIFICATIVA.

MAS, SINTO FALTA DE OUTROS ARTISTAS E CANÇÕES QUE SAÍRAM NO BRASIL, MAS QUE NÃO VI PELAÍ: “THE OX BOW INCIDENT”, COM LOVE SWEET LOVE, COMPACTO QUASE DESTRUÍDO, DE TANTO OUVIR; “THE PLASTIC PEOPLE”, EM “IT’S NO RIGHT”, PRODUZIDO PELO “CULT” “CURT BOETTCHER”; “IF I NEVER LOVE AGAIN”, EXCELENTE LADO B DE SINGLE DE ALGUM SUCESSO DO GRUPO “THE LOOKING GLASS”, 1967; O MEGAHIT DE 1967, “BEND ME SHAPE ME”, COM THE AMERICAN BREED, QUE PARECE,JAMAIS FOI CEDIDO PARA COLETÂNEAS!!! E UMA VELHA SISMA DO “TIO SÉRGIO”, “I SEE THE LIGHT”, LADO B DO HIT SINGLE “A LITTLE BIT OF SOUL” , COM “THE MUSIC EXPANSION” – GARAGEM ROCK NO TOP DO CONCEITO…

O “ROCK MOLEQUE” DE VERDADE ESTÁ POR AQUI. “LOW-FIS” AUTÊNTICOS E IMPRESCINDÍVEIS. SÃO OS PAIS ESPIRITUAIS DOS PUNKS, DOS GRUNGES, E INFINDÁVEIS OUTRAS TENDÊNCIAS EXPONDO SUAS GARRAS!

ENTÃO, “TUDO O QUE VOCÊ QUERIA SABER SOBRE FUNDÃO OS ANOS 1960 E NÃO SABIA COMO PERGUNTAR”, MOSTRADOS EM SÉRIES E COMPÊNDIO EXAUSTIVO, BEM DOCUMENTADO E IMPERDÍVEL!

É MATÉRIA PARA “VESTIBULAR E ATÉ PÓS GRADUAÇÃO EM ROCK’N’ ROLL”. TRECOS E COISAS ULTRA RECOMENDÁVEIS!
POSTAGEM ORIGINAL: 17/04/2020

ISAAC HAYES E VANILLA FUDGE. O QUE TÊM EM COMUM ESSES DOIS EXCEPCIONAIS ARTISTAS DO FINAL DOS ANOS 1960?

Mas, TIO SÉRGIO você endoidou de vez?

Em 1968, escutei um single brasileiro da banda italiana “I RIBELLI”, que fez a versão para “YOU KEEP ME HANG ON”, das SUPREMES, “copiando e colando” os americanos do VANILLA FUDGE. Quem conseguir esta gravação, lançada por aqui em compacto com foto na capa, compre imediatamente. Os dois lados são ótimos!

O VANILLA FUDGE, banda americana, estava na encruzilhada entre o ROCK PESADO a PSICODELIA. Tocavam lá dois monstros sagrados, o baterista CARMINE APPICE e o baixista TIM BOGGERT.

E sabem a origem do nome?

É muito criativa. Metáfora para claro e escuro, branco e negro: VANILLA ( baunilha ) e FUDGE ( chocolate derretido ), coberturas para o megasorvete SUDAE. A coletânea deles chama-se “PSYCHEDELIC SUNDAE”, a propósito:

Há várias versões ao longo da discografia da banda orientadas para mescla de música “BRANCA E NEGRA”, o PSICODÉLICO com R&B, SOUL, BLUES, por aí…

Eles fizeram revisões notáveis, principalmente de hits da MOTOWN, STAX, VOLT; e, também, do POP branco convencional, coisas de BURT BACHARACH, por exemplo.

Em pouco mais de dois anos de carreira, gravaram 5 LONG PLAYS excepcionais. Os discos do VANILLA FUDGE são antológicos e nada monótonos. Coisa para rocker refinado, na fronteira com o HEAVY METAL e o HARD ROCK e o PROGRESSIVO, com um inexplicável charme de BLUE EYE SOUL! Escutem, por exemplo “SOME VELVET MORNING, YOU KEEP ME HANGING ON, ou THE LOOK OF LOVE. São obviamente recomendáveis e cults!

Está por aqui ISAAC HAYES, contemporâneo ao VELVET, e de carreira eclética como produtor, cantor, arranjador e compositor. Mas, no contexto aqui, fez o mesmo do que o VANILLA FUDGE, porém no caminho inverso!

ISAAC fundiu elementos do ROCK PSICODÉLICO à SOUL MUSIC e ao R&B, mantendo o charme e ampliando a essência do música negra.

ISAAC HAYES faz música de “negão” na melhor definição do termo: vozeirão, lascívia controlada, expressiva e plena.

Suas versões ficam entre o romântico e sempre dancável, e o tremendamente viajante.

Orquestrações adequadas, guitarras “PINK FLOYD/HENDRIXIANAS” e mil outros artifícios executados pelos BAR-KEYS, excepcional grupo de estúdio, e arranjados por HAYES e DAVID PORTER; sempre na medida correta emoldurando a excepcional e inesquecível voz de ISAAC HAYES.

Ouçam a clássica e meio brega “WALK ON BYE”, de Burt Bacharach, na versão PSICH/SOUL/PROGRESSIVA. É das coisas mais bonitas feitas na música negra até hoje!

Na foto, quatro discos de ISAAC HEYES, todos mais ou menos nessa tendência, e sem exceção igualmente belos e dançantes.

Recomendo pra valer e defendo que a comparação entre esta fase de HAYES com o VANILLA FUDGE é pra lá de adequada.

Testem e observem. É música popular de alto nível!

O TIO SÉRGIO sempre endoida com certo método…
POSTAGEM ORIGINAL 19/04/202