O mais deslumbrante nome pelo qual um artista POP foi batizado, ou em parte adotou…
ENO é um artista multimídia de vanguarda, criativo ao extremo, e muito conhecido como produtor, músico e inventor de técnicas de gravação.
Foi além: é escritor, pintor e criador de instalações temáticas em museus, escolas, etc…
BRIAN ENO é o pioneiro da chamada AMBIENT MUSIC. Conceito da MÚSICA ELETRÔNICA CONTEMPORÂNEA para um amálgama de sons não necessariamente interdependentes, mas que podem ser acompanhados individualmente dentro da obra proposta.
Difícil entender?
Então, imagine-se em uma cidade com o trânsito, sirenes, vozes, barulhos diversos, eventos simultâneos e o vasto etc…, mas que você observe e concentre-se em um ou diversos segmentos, e deixe passar o resto…
Na “MÚSICA AMBIENTE” de BRIAN ENO “a participação ativa” do ouvinte é realizada assim. É inovação inusitada!
Mas, a grande obra que realizou, e marca indelével, foi na produção de discos. Da fase BERLIM, de DAVID BOWIE, 1977/1979, ao conceito sonoro mais refinado do U2, em discos como “UNFORGETABLE FIRE”.
Ele avançou para DAVID BYRNE, COLD PLAY e LAURIE ANDERSON, entre incontáveis.
É influência decisiva na obra da BJORK, por exemplo…
BRIAN ENO é seguidor dos princípios e ideias de compositores CLÁSSICOS CONTEMPORÂNEOS, como TERRY RILLEY, KARLHEINZ STOCKHAUSEN e JOHN CAGE.
Seu lado “NÃO – MÚSICO” , como preferia definir-se, participou e criou o ROXY MUSIC, com BRIAN FERRY e PHIL MANZANERA. Gravou com ROBERT FRIPP. E é um dos desenvolvedores do KRAUTROCK contemporâneo, com incontáveis coparticipações em discos, projetos, grupos e associados.
E fez mais; muito e muito mais!
ENO é ativo, enciclopédico e versátil em termos de criação e parcerias.
É um artífice de sonoridades, um “NÃO-MÚSICO” e, talvez, como se auto concebe, um “EVANGELISTA ATEU”.
Com certeza é um “ultra-dotado”; é, seguramente, um gênio!
Em 2019, ele entrou para o ROCK AND ROLL HALL OF FAME, junto com o ROXY MUSIC, de onde “foi saído ” na metade da feitura do álbum “FOR YOUR PLEASURE”, o segundo disco da banda. Brigou com BRIAN FERRY; porque inevitável. Um choque de egos; e concepções musicais não afinadas…
Ele e eu compartilhamos da convicção de que existe uma “certa fatalidade casual”.
ENO conta que, certo dia, aguardando o metrô, conheceu o saxofonista ANDY MACKAY, também fundador do futuro ROXY MUSIC e, papo vai papo vem, foi convidado para ir ao ensaio… e lá integrou-se ao grupo.
E pondera: “Se eu tivesse me posicionado uns dez metros à frente, certamente não o teria conhecido e hoje seria um professor…”
Eu acredito piamente nisso. Porque também comigo acasos tiveram significativas consequências…
Talvez com todos nós isso aconteça.
O BOX que postei, luxuoso e sofisticado, colige sua obra solo entre 1973 E 1993, em dois distintos volumes: VOCAL e INSTRUMENTAL. É um “must” e orgulho de minha coleção.
A GRAVADORA “E.C.M” LANÇOU ALGUNS BOXES COM 3 CDS DE CARREIRA DE VÁRIOS DE SEUS CONTRATADOS. ENTRE ELES, TERJE RYPDAL, JAN GARBAREK E GARY BURTON .
OS BOXES SÃO DESPOJADOS, TODOS BRANCOS E UM LIVRETO EXPLICANDO E ANALISANDO OS CONTEÚDOS. FAZEM FALTA AS CAPAS ORIGINAIS DE CADA UM DOS DISCOS MAS, A MÚSICA É SOBERBA!
ESCUTEI, HOJE, TRÊS DISCOS DE EBERHARD WEBER, CONTRABAIXISTA ESPETACULAR QUE VAI ALÉM DA FUNÇÃO BÁSICA DE CUIDAR DO ANDAMENTO E PARTE DO RITMO.
WEBER É ARTISTA SENSÍVEL E ESTILISTA MARCANTE. E SEMPRE ACOMPANHADO POR MÚSICOS DE SEU NÍVEL.
A MÚSICA É SOFISTICADA, PRECISA, MODERNA, E BELÍSSIMA DENTRO DA CARACTERÍSTICA DO JAZZ FRIO QUE OS EUROPEUS CRIARAM DOS ANOS SETENTA EM DIANTE.
OS BOXES NÃO SÃO BARATOS, COMPARATIVAMENTE FALANDO. APESAR DO SUCESSO ARTÍSTICO, A “E.C.M” É GRAVADORA PEQUENA, POR ISSO DEVEM CHEGAR À CASA DE CADA UM DE NÓS POR UNS R$ 275, 00 MANDACARUS. EM TORNO DE $ 55,00.
Fosse no BRASIL e teríamos ALCIONE gritando “NÃO DEIXE O SAMBA MORRER”. Lá, no HOSPÍCIO DO NORTE, mais conhecido como Estados Unidos da América (USA, ou EUA, tanto faz..) há defensores das tradições da música negra.
O BLUES tem e sempre teve gente de toda parte preservando seu legado.
Na primeira onda de ostracismo, no início da década de 1960, veio a turma da “PÉRFIDA ALBION”, para fazer o serviço limpo de resgate e conservação desse gênero popular, repleto de sentimentos e intimamente ligado ao POP global.
ERIC CLAPTON, OS ROLLING STONES, JOHN MAYALL, KIM SIMMONDS, RORY GALLAGHER, JEFF BECK, ROBIN TROWER e incontáveis, influenciaram novamente os americanos para não esquecerem a herança dolorosa dos negros expressas no BLUES.
É História, é cultura humanitária, existencial; mas, com o tempo, transformou-se em festa jocosa onde quer que seja tocado. Bares de BLUES são alegres… Metamorfose não rancorosa; eficaz!
O Z.Z.TOP, conhecido na minha turma como “DESENTOPE”, nem lembro mais por quê – inspirou-se muito no CREAM, no HUMBLE PIE e no SAVOY BROWN.
Acho justo e normal.
Apesar do BLUES americano dos veteranos modernizadores como B.B.KING, BUDDY GUY, MUDDY WATERS, FREDDIE KING… estar na base de tudo, o que importava, mesmo, era o elemento ROCK; o BLUES/ROCK resultante.
Foi o que fez a turma jovem se divertir, dançar!!! E comprar discos.
É nítido.
Mas, como negar, ou sonegar a força da natureza do lugar, a construção dos mitos, e o advento das várias fusões realizadas e factíveis?
Quer dizer: e JANIS JOPLIN, por exemplo? e HENDRIX?
E assim, chegaram JOHNNY WINTER, STEVE RAY VAUGHAN, e os ALLMAN BROTHERS. Veio BONNIE RAITT; e também o GOV´T MULE, e GEORGE THOROGOOD. Todos contemporâneos do Z.Z.TOP; e todos mais ao sul…
Os texanos BILLY GIBBONS, bom e algo “sustenido” guitarrista; DUSTY HILL, baixista adequado e FRANK BEARD, baterista, se juntaram em 1969. A ideia era fazer BLUES.
Gravaram o primeiro disco em 1970, BLUES ROCK clássico, mais duro, e sem os refinamentos dos ingleses. Foram tateando, tocando a bola. Aprendendo a fazer.
Em alguns momentos, álbuns como TRES HOMBRES e RIO GRANDE MUD deixam entrever resquícios do HUMBLE PIE. E, também, que a direção está apontada para o SOUTHERN ROCK, onde fincaram estacas para, à partir dali, acrescentar as novas informações do BLUES ROCK em moda, no decorrer da carreira.
TEJAS, de 1976, também foi disco de ouro, e algo diferente dos anteriores. Um tanto mais lento e com menos solos…
A excursão mundial para promover o disco foi enorme sucesso: um saldo de 10 milhões de dólares! que permitiu que parassem por dois anos para descansar. Estavam a sete anos no pau contínuo.
O Z.Z.TOP Estava acostumado a fazer 300 shows por ano, o que integrou e melhorou a performance do grupo. Tocavam quase por telepatia.
Nesta adequação, houve sonoridades lembrando bandas como o BAD COMPANY. E, também o SAVOY BROWN, na formulação de um digamos SOUTHERN BOOGIE, com inovações – para o estilo deles – como o uso de “DELAYS” expresso em DEGÜELLO, 1979. Forjaram certa continuidade no inexpressivo EL LOCO, 1981.
Ambos são discos de transição.
E o processo culmina no grande sucesso de vendas do trio, em 1983. Foram, no decorrer do tempo, vendidas mais de 11 milhões de cópias de ELIMINATOR. A última faixa do disco é BAD GIRLS, e tem um RIFF emulando YOU REALLY GOT ME, dos KINKS!
Dá para perceber sonoridades BLUESY mais diluídas em POP, algo do tipo um FOREIGNER mais pesado, sempre ritmado e dançável. E um acento do tipo que a guitarra de ROBIN TROWER veio trazendo para o jogo do BLUES/PROGRESSIVO(?) Seria?
E que tal uma levada à BACHMAN, TURNER OVERDRIVE?
Teria o Z.Z.TOP perdido a essência e o vínculo com suas raízes?
Acho que não. Mas, foram de encontro ao que a maioria de seu público da época gostava.
Dá pra notar que não queriam seguir o conselho de RORY GALLAGHER e tornarem-se o “último dos independentes” americanos.
Eles continuaram a carreira, muito além do que está coligido neste BOX. E com sucesso. Cruzaram a década de 1990, 2000, 2010 e finda em 2020. Mais 40 anos para escutar!!!!
Mesmo após a morte de DUSTY HILL, recentemente, dizem que vão prosseguir. Acho compreensível.
Parar pra quê? Imagino que a falta de DUSTY não elimina os compromissos com o espólio e o passado profissional dele.
Os três estavam juntos há mais de 50 anos. Nenhuma banda conseguiu manter-se por esse tempo sem a troca de participantes. É recorde. É uma empresa.
O BOX valeu a pena comprar. O conteúdo é bom, mesmo não sendo integralmente do meu gosto.
Mas, o preço final pago com a FADINHA MASTERCARD, ficou em torno de $30,00 (trinta BIDENS). Pechincha total: É money pra tomar uma cerveja no bar da esquina. Uns R$ 16,00 MANDACARUS por CD!!!!
O BOX é bonito e bem construído. Mas, não há qualquer livreto explicando… porra nenhuma. Os CDS estão em de MINI LPS, inclusive respeitando a capa dupla em TRÊS HOMBRES; e a tripla para TEJAS. A qualidade melhor do material é superior ao das outras séries populares por aí. Não há design qualquer nos CDS, todos iguais.
O custo de produção é o mais barato possível. Mas, a qualidade de som é adequada. Acho que não houve qualquer remasterização posterior ao lançamento original. E também não há faixas bônus.
Da minha parte, paro por aqui com eles.
Agora, o Z.Z.TOP é o último nome na ordem alfabética de minha coleção, que terminava nos ZOMBIES!
Ninguém irá suplantar o Z.Z.TOP!!! Tenho quase certeza!
ACHO QUE ENTENDO TARANTINO FILMANDO DE MANEIRA DETIDA E DETALHISTA A “SUA” “SAGA AMERICANA”, REPLETA DE GENTE COMUM, ALGUNS DESVALIDOS E OUTROS SIMPLESMENTE MARGINAIS E BANDIDOS.
É um jeito antissistema de ver a luta de muitos para realizar e desfrutar o sonho americano, e geralmente sendo derrotados, e alguns massacrados pela realidade competitiva, desumana e cruel.
TARANTINO filma e revela uma das faces tristes da América.
Mas, um lado fortíssimo em seus filmes são as trilhas sonoras: populares, compreensíveis por gente comum, com pequenas joias e grandes hits mesclados deliciosamente.
Por isso, se acharem este JACKIE BROWN pelaí enfrentem.
Há coisas inesquecíveis como “Across the 110th Street”, de BOBBY WOMACK, R&B de alto nível. E ao menos 5 músicas memoráveis com BROTHERS JOHNSON, THE DELPHONICS, THE GRASS ROOTS, MINNIE RIPERTON e RANDY CRAWFORD.
Bom, DEXTER gravou uns oitenta discos, nas mais diversas gravadoras do mundo. Era quase comum, na época dele; ainda assim, é para poucos.
Minhas memórias sobre o cara são indeléveis: era o negão COOL; HIP, como diziam no JAZZ na década de 1950. Um cara enorme, com vozeirão grave e jeito de pegador! Inesquecível!
E por que digo isto?
Eu o assisti pela televisão CULTURA, em 1978, em concerto no FESTIVAL DE JAZZ que aconteceu por aqui.
DEXTER GORDON deu um show de técnica, criatividade, feeling e empatia dizendo poucas palavras, e comunicando tudo para o público presente. Foi um sucesso!
Na época, seu SAX TENOR há muito já soava como GUITARRA ELETRICA COM DISTORCEDOR. Um quê de ROCK dos tempos de HENDRIX E JEFF BECK, Moderníssimo, para dizer o mínimo…
Nas palavras de meu falecido tio Juliano Garini, músico da ORQUESTRA SINFÔNICA DO ESTADO DE SÃO PAULO, e que assistiu parte da transmissão comigo, “o som deste sujeito é de taquara rachada”!!!!
“Era não sendo”, é óbvio: foi todo um desenvolvimento que o levou àquilo. Estilo e sonoridade próprios. Um diferenciado!
Alguns certamente assistiram ao filme “ROUND MIDNIGHT”, 1985, de BERTRAND TAVERNIER, que valeu a DEXTER GORDON o prêmio de ator do ano.
O nosso herói fazia o papel de um músico americano, em Paris nos anos 1950/1960, um misto de Charlie Parker com ele mesmo.
A TRILHA SONORA existe e é sensacional! E, claro, TIO SÉRGIO postou aqui!!!!
O filme, magnífico, tem como subtema o jeito que funcionava o mundo do JAZZ na FRANÇA – país consumidor, produtor e curador do melhor JAZZ, em sua melhor fase criativa, mas a caminho da decadência.
E a música é inesquecível, como só os grandes sabem fazer. Colecionar edições francesas é um MUST quando se pensa em JAZZ e adjacências.
GORDON viveu muito tempo na Europa, e fez discos para a CULT “STEEPLE CHASE”, gravadora errática, e seus discos são difíceis de encontrar. Ele esteve na COLUMBIA, NA DÉCADA DE 1970. Passou pela CULT SAVOY, na década de 1940/1950 – postei um CD sensacional sob todos os aspectos na foto. Ele esteve na PRESTIGE, também na década de 1960.
DEXTER GORDON percorreu, tocou/esteve em quase todas as grandes gravadoras de seu tempo. Deixou obra imensa, entre elas esse BOX coligido pela BLUE NOTE. Eu não terei vida suficiente para conseguir tudo o que ele gravou… e sinto muito.
Pois, então; 6 CDS, libreto e que quisermos entre 1961 e 1965. Standards aos montes, músicas originais, e a companhia de monstros eternos que nem vou citar – são muitos!
O box é lindo, bem produzido, e o som tem alta qualidade técnica. Tudo considerado, é o que DEXTER fez na BLUE NOTE…
Se consigo decifrá-lo um pouco, eu diria que seu fraseado mais longo tem cadência, andamento algo lento, é muito expressivo e pessoal.
A sonoridade que DEXTER retira do SAX é única. Mal comparando, e já pedindo desculpas pela irreverência, lembra um quê de JEFF BECK na guitarra – se é que é possível??!!!! É corretamente emitido e afinado. Seu jeito de tocar é vanguarda total, mesmo quando toca os clássicos do repertório do JAZZ.
DEXTER GORDON, viveu 67 anos. Nasceu em 1923 e morreu em 1990. Ele foi capaz de tocar de tudo e do seu jeito!!!! O que justifica a gravadora BLUE NOTE tê-lo sob projeto; o que, ao mesmo tempo, lhe dá a distinção do estilista imediatamente identificável.
Mas TIO SERGIO, este BOX da BLUE NOTE é bom para todo o mundo que gosta de JAZZ?
OOOOOOOOOOOOOOOHHHHH se é! Temos aqui um compêndio de ESTILO, TECNICA E MAGIA!
Neste final de semana recebi o último número da RECORD COLLECTOR, bíblia mensal que me insere no colecionismo e no “como anda” a música lá pelas “estranjas”.
Abro e vejo no interior da primeira capa uma série de lançamentos da cult, eclética e vanguardista gravadora inglesa ACE – que sempre encontra o inusitado e imprescindível de todas as tendências e épocas. Estão lá um monte de miscelâneas concebidas por BOB STANLEY, o lado pensante do excepcional pop – group SAINT ETIENNE, de grande sucesso nos anos 1990 e além.
STANLEY é um refinado colecionador e intelectual do pop. Nos últimos tempos tem escrito coluna fixa na RECORD COLLECTOR onde aborda, compara, resenha e indica pepitas e barras de ouro do pop, feitas ao longo das décadas, mas eu diria sob um ponto de vista mais contemporâneo. Ler STANLEY é sempre instigante, prazeroso e criativo.
A razão dessa postagem é sua capacidade para estender-se e voar pelos tempos, e conceber e perceber inter-relações entre os vários estilos concomitantes que circularam pela capilaridade do pop contemporâneo. Além de ter ideia clara sobre as transições, sempre nos traz pequenas coisas esquecidas ou desleixadas que ele, BOB, consegue informar e argumentar como importantes.
Essas coletâneas/miscelâneas, produzidas por ele e vários parceiros, dão água na boca até quando o conteúdo não é de meu interesse direto. Acessem e vejam. Os mais jovens curiosos certamente sacarão…
Mas, para não ficar no texto árduo, mandei junto o que deixei em minha discoteca feito pelo SAINT ETIENNE: a dançável coletânea dupla de singles e adjacências, de 2001. E o que talvez seja seu disco mais legal e importante: “TIGER BAY”, de 1994, delicioso techopop light e ultra dançante, adoravelmente cantado por SARAH CRACKNELL, a vocalista algo “naive e politicamente correta”, mas irresistível. A turma que gosta de cantoras pop contemporâneas precisa escutar e curtir o SAINT ETIENNE!
Quase tudo dito, fiquem de olho no STANLEY – o cara à esquerda na capa do disco – e ouvidos em seus discos. Ele tem muito a dizer e a ensinar a todos nós.
Hoje, eu deveria estar todo pimpão. É o dia do meu aniversário. Completo 71 anos, o que não é uma “idade”, mas piada pronta. Tenho amigos que colocaram outro 1 antes do 7…
Eu estava deambulando por minha discoteca, e novamente bateu um “sub – frenesi” quando relembrei de alguns “BARULHOS BRANCOS” que me trouxeram alegrias no decorrer da vida.
E resolvi escrever e publicar de novo.
Claro, está longe de esgotar hipóteses ou gostos. Mas, vamos às justificativas.
Pra começar, três das mais legais introduções a concertos ao vivo que conheço:
1) SIOUXIE AND THE BANSHEES, NOCTURNE, 1983. Abertura: “O Pássaro de Fogo, de STRAVINSKY”. Clássico Moderno, cheio de inovações e “progressivismos”, esquentando a audiência por uns 2 minutos.
E “projeta” ISRAEL, talvez a melhor música da banda, com um baixo e bateria vigorosos, antes de SIOUXIE entrar com o vocal, moderno, em semitons! Um espetáculo DARK fantástico. O disco continua bem por inteiro…
2) MARILLION, “THE THIEVING MAGPIE”, 1988. Claro, o MARILLION era um GENESIS pilotado pelo RUBINHO BARRICHELLO. Quer dizer, atrasado uns dez anos!
Abre magistralmente com “LA GAZZA LADRA”, DE ROSSINI. A música vem num crescendo, o andamento em evolução deságua na banda com “He knows, you Know”. É FISH em interpretação magistral! O disco inteiro é um progressivo retrô, e vai muito bem do início ao final!!!
3) LOU REED, “ROCK AND ROLL ANIMAL”, 1973. Existe a continuação, LOU REED LIVE, lançado logo após, é o mesmo show. Nunca entendi porque não lançaram integral em álbum duplo?
Bom, DICK WAGNER E STEVE HUNTER, abrem com introdução para “Sweet Jane” simplesmente deslumbrante. Um duelo de guitarras clássico, pesado, até lírico!
É um disco de HARD ROCK? Ou já escorregando para o PUNK? Nesta cumbuca enfiei e retirei minhas mãos muitas vezes. Então, decidam!!!! Mas, não deixem de ter!!! Ouço até hoje no carro!
4) CLIMAX BLUES BAND – FM LIVE -1974.
BLUES ROCK INGLÊS de primeira linha e, curiosamente, gravado no mesmo teatro em que foi o disco de LOU REED: o “ACADEMY OF MUSIC, em NEW YORK.
PETER HAYCOCK, na guitarra e COLIN COOPER, no sax arrassam; juntos com o baixista DEREK HOLT e o baterista JOHN CUTTLEY.
Abre com “All the Time in the World”, magnífica, pesada, em nível de porrada sonora do show do LOU REED!
Bem “up to date” com aquele momento, é feito por uma banda funkeada, técnica e espetacular. SE encontrarem, consigam!!! Ah o vinil é duplo, sensacional e colecionável!
5) JAMES GANG LIVE IN CONCERT, 1971:
Traz JOE WALSH, na guitarra e vocal, à época um “darling alternativo” em ascenção, e requisitado por muitos, como STEVE WINWOOD.
JOE arrasa, juntamente com o baixista DALE PETERS, e o baterista JIM FOX formando um POWER TRIO sensacional e pesado. Para mim, é até melhor que o GRANDFUNK RAILROAD!
A plateia, no CARNEGIE HALL, é pura vibração e barra pesada audível no “concerto” inteiro. Quando a banda “se acalma”, se ouvem berros de “EIA, EIA, EIA”, como se fosse em um rodeio”!
O riff em STOP é demolidor, como os solos que WALSH faz no explosivo BLUES “You Gonna Need Me”, combinando talentos de PAGE e PLANT ao mesmo tempo. Disco essencial!
6) U.F.O – “STRANGERS IN THE NIGHT”, gravado ao vivo direto e sem overdubs, em CHICAGO, durante a turnê americana, de1979.Originalmente, é um álbum duplo.
Vou resumir.
É concerto que inicia muito bem e vai progressivamente melhorando ao absurdo! MICHAEL SCHENKER “comete” riffs matadores, quase em todos as músicas, e toca com precisão e pique o tempo inteiro. Uma saga” que só alemão consegue!
E o vocalista PHILL MOGG, um dos melhores de sua geração, e o restante da banda estão arrasadores. Um dos melhores shows dos anos 1970.
7) PHIL MANZANERA & 801 LIVE, 1976
Um time de craques do ROCK PROGRESSIVO formando um supergrupo: PHIL, o guitarra do ROXY MUSIC; BRIAN ENO, digamos um “multiarticulado Não- Músico”, na eletrônica; BILL MacCORMICK , do MATCHING MOLE, baixista excepcional; E SIMON PHILIPPS, baterista que gravou e esteve com vários, inclusive JEFF BECK, e JACK BRUCE. E FRANCIS MONKMAN, do CURVED AIR, teclados.
Um show de bola monumental, em composições de MANZANERA e ENO, mescladas com “You Really got me” dos KINKS, e uma versão antológica de “Tomorrow Never Knows”, dos BEATLES. Um mix do melhor progressivo já extrapolando para o futuro eletrônico de vanguarda elaborado por ENO.
Quem imagina viagem e monotonia, não tem ideia do que fizeram no palco! Imperdoável perdê-lo!
DAVID BOWIE, STAGE, 1978, o disco original é um vinil duplo. Para mim, é o melhor concerto de BOWIE em todos os tempos! A banda voa, literalmente! Outro show na curva do tempo/espaço saindo do PROGRESSIVO para o ELETRÔNICO DE VANGUARDA, TECHNO POP estilizado, e mesclado a ROCK, GLAM-POP, FUNK e o vasto etc.. que só BOWIE ofertava.
Não há gravação melhor de HEROES do que a versão desse disco! E ouvir “Speed of Life” ao vivo é experiência de vanguarda e precisão irrenunciável. Disco obrigatório!
9) JOHN MAYALL, MOVING ON, 1972. Fusão JAZZ-BLUES, gravado no WHISKEY A GO-GO, em Los Angeles.
Superbanda, super-show, para ninguém ficar parado. É o melhor entre os vários ótimos ao vivo que MAYALL gravou durante a carreira.
A primeira vez que ouvi, quase caí de costas. E toda a vez que busco este clássico definitivo em minha discoteca, fico imaginando toca-lo à beira da piscina, em dia de sol e festa, tomando gim tônica ou cuba-libre!
Ainda não realizei o sonho. Mas, no próximo verão vou fazê-lo. Levarei um sistem qualquer para a piscina do prédio; um petisco legal, a garrafa de gim, água tônica e gelo à beça!!!!
Paciência, perfeccionismo e gosto apurado ao extremo tem TAKESHI TEE FUJI, o criador da gravadora THREE BLIND MICES , a cult, cara e espetacular TBM. Um caldeirão operado por feiticeiros da técnica de alguns dos mais perfeitos discos já gravados ou transcritos!
TEE, como gosta de ser chamado, fundou a gravadora em 1970, na expectativa de gravar e produzir JAZZ, no Japão, com artistas locais talentosos e desconhecidos.
Fez.
Não ganhou dinheiro, mas desenvolveu técnica de equalização do que foi gravado que, quando transcrita a música, garantia que esta não perdesse “nada” do que estava contido no MASTER original.
Pureza e perfeição total. Um prodígio!
Eu sei de alguns discos por eles produzidos.
Consegui a coletânea THE T.B.M. SOUNDS, com a maioria das gravações realizadas entre 1973 e 1977. São vários artistas sensacionais, com catálogo bem recheado, e até cantora japonesa fazendo clássicos eternos do JAZZ americano.
A qualidade é divinamente indescritível! Mais de 47 anos de ultra fidelidade exposta!
A produção gráfica e a edição da JVC japonesa são, também, de primor tangível.
Agora, consegui mais 4 CDS espetaculares.
O primeiro deles é do baterista GEORGE KAWAGUCHI´S BIG 4, gravado em 1976. A técnica de gravação a serviço da excelência artística do artista.
Há outro com o baixista ISAO SUZUKI & TRIO, acompanhado pelo pianista TSUYOSHI YAMAMOTO e o baterista DONALD BAILEY. O disco é ORPHEUS, baseado na obra ORFEU DO CARNAVAL, e traz a composição de LUIZ BONFÁ, Manhã de Carnaval, e outros standards. Também foi gravado em 1976.
E há dois do TRIO do pianista TSUYOSHI YAMAMOTO, “MIDNIGHT SUN”, gravado em 1978. E MISTY, este de 2021, mas sob o conceito DSD, em processo DIRECTING CUTTING, um avanço em relação à proposta da TBM SOUNDS. Afinal feito 43 anos depois e no JAPÃO…
Não sei o quê dizer sobre a qualidade técnica e artística de cada um desses discos. Apenas que jamais ouvi algo tão perfeito quanto isso!!!
É a essência, a alma dos instrumentos, e da música por eles reproduzida, trazida à tona pela técnica e sensibilidade dos intérpretes! Escutei almas, espíritos materializados. Acho que é isso.
Certa vez, ouvi outro disco desta série da T.B.M em uma loja de equipamentos de som. A MÚSICA literalmente invadia o cérebro, vinda de algum lugar entre o teto e as caixas! Subia e descia pelas paredes!
Dá medo de tentar descrever o que havia lá e o que postei aqui.
Eu falo de 4 discos com gravações realizadas há mais de 40 anos, captadas e trabalhadas no estado da arte!
Desconfio que não ainda não foram pelas técnicas atuais de nossos amiguinhos de olhos puxados.
Cada um desses discos custa uma baba. Os dois de TSUYOSHI e o de ISAO , são reedições atuais. Dois deles, dos MASTERS originais da TBM feitas pela SONY JAPÃO. Chegaram os três por $ 40 BIDENS cada um, impostos incluídos.
Os outros dois não estão disponíveis, e os preços pedidos são estupros financeiros garantidos…
Estou algo inseguro para escrever este comentário.
O ideal teria sido estudar mais sobre esta senhora, uma original e verdadeira gênio brasileira, reconhecida internacionalmente.
Mas, no Brasil, muito poucos sabem dela fora do mundo acadêmico e da música de vanguarda. Então, algumas palavrinhas: JOCY é doutora em música, detém outros títulos acadêmicos, e publicou vários livros.
Eu a conheço faz tempo. Mas, reativei a curiosidade quando, recentemente, assisti a um documentário sobre música eletrônica brasileira, chamado “ELETRÔNICA MENTES”.
Lá, aparece JOCY cultuada por D.J.s, músicos de vanguarda, críticos, e etc… porque foi a primeira a compor, gravar e divulgar a MÚSICA ELETROACÚSTICA, no Brasil.
Era novidade revolucionária dos anos 1940, em diante, e que nos legou STOCKHOUSEN, LUCIANO BERIO, XENAKIS, LUKAS FOSS, JOHN CAGE, CLAUDIO SANTORO, PIERRE HENRI, e incontáveis…
JOCY DE OLIVEIRA é importante criadora da modernidade musical, que deu na MÚSICA ELETRÔNICA DE VANGUARDA. E por consequência, em parte do ROCK PROGRESSIVO e seus CROSSOVERS históricos, que inundam a cena atual e alimentam D.J.s., RAVES, o HIP-HOP, FUNKS DE PERIFERIA, e vastíssimo etc…, mundo afora, e Brasil adentro.
A criadora/criativa JOCY nasceu em 1936, e foi amiga, parceira, e correspondente de quase todos aqueles compositores citados. Alguns até compuseram especialmente para ela. Pianista de primeiro time, e carreira internacional com 25 discos gravados.
A mestra também dedicou-se a estudar OLIVIER MESSIEN, e fez álbuns com músicas dele.
JOCY teve a orientação de grandes maestros. Inclusive foi regida por STRAVINSKY, de quem era amiga, e trocava correspondências.
E também por ROBERT CRAFT, talvez o maior e mais cultuado especialista internacional em STRAVINSKY.
De certa maneira, ela desistiu de ser concertista de piano para concentrar-se em “óperas” – entre aspas, mesmo!
O que JOCY faz e cria abrange música, teatro, textos, performances de plásticas diversas. Quer dizer: é e sempre foi artista de vanguarda; a pioneira da arte MULTIMÍDIA no Brasil.
Observem o escopo da professora!!!!
Em 1961, JOCY compôs e tocou no primeiro espetáculo feito por aqui de música eletrônica e MULTMÍDIA, no THEATRO MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO.
No palco, a nata da vanguarda do teatro brasileiro, daqueles tempos: FERNANDA MONTENEGRO, FERNANDO TORRES, SÉRGIO BRITO e ITALO ROSSI.
“APAGUE MEU SPOT LIGHT” é um “DRAMA ELETRÔNICO”, escrito por JOCY; e teve a parte musical dirigida pelo grande maestro e compositor LUCIANO BERIO!!!! Foi sucesso total, durante dez dias! Depois, virou história, correu a Europa…
Um feito artístico de larga envergadura!!!!
A partir daí, JOCY DE OLIVEIRA, professora da UFRJ, pessoa organizada, assertiva e determinada, dedicou-se a compor.
Ela revolucionou a ópera moderna no Brasil, trazendo-a para novo formato, bem mais contemporâneo!
Há nove peças compostas e encenadas por ela, Todas estão registradas em DVDS. São difíceis de achar.
Eu assisti a duas.
JOCY dirige e atua com seu “ENSEMBLE” de músicos sensacionais, onde há um “GUITAR HEROE” peculiar: ALOYSIO NEVES, é o primeiro acadêmico, “professor doutor” em guitarra elétrica do Brasil. Pulou na cova, EDDIE VAN HALEN?
JOCY tem iniciativas. E agrega em suas apresentações cantores e cantoras afinados com sua proposta artística.
Procurem saber da sensacional “CANTATRIZ” GABRIELA GELUDA, por exemplo, e sua performance em “LIQUID VOICES”, um… digamos, duplo monólogo e performance entre dois atores; mediada por “ENSEMBLE” dirigido por JOCY.
Nos últimos 40 dias, eu já assisti duas vezes, no ART CHANELL, Adorei!!!
O disco A MÚSICA SÉCULO XX DE JOCY, foi lançado em 1959.
O LONG PLAY original e os outros relançamentos, tocam em 45RPM. É um tanto fora do convencional. São 13 músicas, com total de 20 minutos! A duração é mais curta dos que os discos de “JOÃO GILBERTO” e do “DAVE CLARK FIVE” considerados “concisos”… hum!
O disco não foi ignorado, mas execrado pela crítica e o público, porque intencionalmente mal compreendido.
JOCY tinha 22 anos, naquela época!!! E tinha cabeça muito além de um barquinho e um violão…
No decorrer de décadas, tornou-se caso à parte na música popular brasileira. Eu diria que é a “anti – BOSSA NOVA”!
Por isso, coloquei foto de CD com os três primeiros discos de JOÃO GILBERTO. Falsos parâmetros para algo tão inovador e contestador.
Mas, como assim, TIO SERGIO??!!!
Vou tentar descrever:
Começo citando algumas faixas do disco: SOFIA SUICIDOU-SE; UM ASSALTO NO MORUMBI; INCÊNDIO; BRASÍLIA SÉCULO I; UM CRIME; A MORTE DO VIOLÃO; SAMBA GREGORIANO, entre outras iconoclastias.
E, agora, algumas do JOÃO: CHEGA DE SAUDADE; DESAFINADO; LOBO BOBO; NOSSO AMOR; A FELICIDADE; AMOR CERTINHO; O BARQUINHO…e uma fieira de clássicos…
Sacaram a VIBE em termos de lírica?
JOÃO, TOM, VINÍCIUS e os bossa – novistas nos brindavam com o otimismo da era JUSCELINO. Cantaram o amor, o sorriso e a flor.
E João trabalhou em seu violão sofisticando o samba. Sua voz foi cuidadosamente posta, em canto com as divisões musicais alteradas, e muito estudadas. Obras de arte.
Uma evolução sofisticada, mas conservadora e de bom gosto evidente. A turma da Bossa Nova conseguiu “jazzificar” o samba, tornando – o rico em estrutura harmônica, o que enriqueceu e favoreceu as improvisações.
Pois, saibam: o contraste com o disco de JOCY é chocante! Procurem escutar no YOUTUBE. É rápido; instigante, diferente, dolorido; e talvez desagradável ao primeiro contato.
É um retrato certeiro de um Brasil despontando, e visto por outro tipo de classe média intelectualizada!
JOCY de OLIVEIRA é paranaense, bem formada, e também da classe média alta.
Ouvir “A MÚSICA SÉCULO XXI”, é descobrir que ela se utiliza – talvez o verbo correto seja emular – de modernidades e ensinamentos dos bossa novistas para subvertê-los e contradizê-los.
Em vários momentos, você “acha” que é Bossa Nova. Mas, não é!
O grupo faz introduções nitidamente inspiradas em STRAVINSKY e outros clássicos modernos. E JOCY os amalgama com rupturas de andamentos, mudanças abruptas de ritmo na narrativa musical, e quebra de métrica; mas que se adaptam livremente ao discurso cantado por ela.
A música de JOCY é uma crítica aberta à sofisticação conservadora de seus companheiros de geração da Bossa Nova. É feita de propósito para contrapor-se ao bom-gosto absorvível de imediato. É constante ela cantar quase à beira da desafinação, fazendo harmonizações na ladeira do atonal… Seria???
As letras de JOCY inspiram-se em cenas de violência e desespero. Expõem o vazio e a depressão de seus personagens, através de sua poesia peculiar, e de observações agudas.
É ironia e iconoclastia combinadas o disco inteiro. Ela escreve bem e criativamente.
JOCY arquitetou essa desconstrução. E a música que ela faz está sintonizada ao caos. Afinal, a mestra entende e se especializou em operar os sons incidentais e sem explicações, que habitam ou recaem sobre as pessoas e as cidades, em colagens eletrônicas, os ancestrais dos SAMPLERS de hoje.
Ela sempre operou na criação do inusitado, que a música de vanguarda, e os computadores de hoje permitem a cada vez mais.
Claro, tudo isso requer organização. E ela existe nitidamente. As músicas sempre acabam abruptamente! O que dá impressão de síntese reticente e inconclusa. Um nada mais a dizer repentino. E pronto! Para não dizer F@-se!
Impressiona!
Eu imagino o susto e a perplexidade do ouvinte comum, uns 64 anos atrás, dando de ouvidos com essa cacofonia mascarada por uma tentativa de JOCY ser doce, contemporânea e alegrinha, de violão “em punho!
Em uma das audições que fiz, sei lá porque este LP juntou-se a outro gravado por JOCY: “HISTÓRIA PARA VOZ, INSTRUMENTOS ACÚSTICOS E ELETRÔNICOS”, lançado em 1981. Disco magnífico, e certamente dificílimo de achar.
Pois bem, de alguma forma casaram-se, e não me perguntem o motivo!
E acabou.TIO SÉRGIO ESTÁ TODO PIMPÃO! GANHEI ELOGIO DA PROFESSORA JOCY DE OLIVEIRA!